Cinema: Sherlock Holmes – Eu Fui!

Alerta! Alerta!
Risco de spoiler! Se você é alérgico, não continue!

Guy Ritchie volta a acertar a mão!

O estilo do diretor Guy Ritchie é inegável. Seus filmes sempre seguem a mesma fórmula: Londres, submundo, criminosos e planos mirabolantes. Quatro de seus nove filmes seguem a risca essa fórmula (“Jogos, Trapaças E Dois Canos Fumegantes”, “Snatch – Porcos e Diamantes”, “Revolver” e “RocknRolla”), o que não é necessariamente algo ruim. Mas é nítido o desgaste dessa fórmulas em seus filmes recentes e Ritchie estava precisando colocar seu talento a prova. E aqui chegamos em “Sherlock Holmes”. Mas a pergunta é: Ritchie se desfez da fórmula que o lançou ao sucesso?

A resposta é óbvia: não! Substituindo apenas os personagens principais (no lugar de criminosos, um detetive e seu médico ajudante) a fórmula continua intacta: Londres, submundo, criminosos e planos mirabolantes. Mas é exatamente por causa da substituição dos personagens principais que o filme ganha uma força extra. Isso sem contar no carisma absurdo da dupla de atores principais: Robert Downey Jr. e Jude Law possuem uma química perfeita em tela. Downey Jr. como Holmes é impulsivo, sarcástico e arrogante (o que me lembrou demais de Tony Stark), já Jude Law como Watson é companheiro, preocupado e planejador. Junta-se ainda ao elenco o competente Mark Strong como o vilão Blackwood e a adorável Rachel McAdams como a misteriosa Irene Adler. Por esses nomes não é preciso nem discutir a qualidade das atuações vistas no filme…

A história e o seu desenrolar é competente, mas estranhei um pouco a pegada sobrenatural do filme. Foi difícil me acostumar com Holmes falando de rituais de magia negra, poderes e poções. E tudo me pareceu ainda mais vazio ao final do filme, onde cada detalhe é devidamente explicado. Outro fato que me incomodou é o poder dedutivo e o raciocínio lógico de Holmes. Sério! Sei que ele é um detetive e possui experiência de sobra, mas o que vemos em tela é algo, bem, sobrenatural. Divertido? Certamente, basta ver as ótimas cenas onde Holmes analisa o ponto fraco de seus inimigos e planeja todos os golpes a serem desferidos.

Aliás, por mais que tente entregar algo a mais o filme é apenas isso: divertido. Um bom filme pipoca para dar início as grandes estréias de 2010.

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