Cinema: Remember Me/ Lembranças – Eu fui!

Um filme digno de ser assistido e recheado com alguns momentos emocionantes!

“O que quer que você faça será insignificante, mas é muito importante que você o faça.” – Gandhi.

Remember Me (Lembranças, título nacional oficial) é um filme que, analisado através da minha visão e experiência, surpreende aqueles que o vão assistir. Sim, o filme é melhor do que parece ser no trailer. Houve uma surpresa no final do filme para mim, algo bem inesperado! (algo que eu não sabia que iria acontecer, de fato). Mas deixa esse detalhe para o fim do post.

Sabe aquele filme com romance misturado com conflitos? Remember Me é um filme desta natureza, mas trabalha também com alguns problemas atuais da sociedade.

Não planejava ir ao cinema para assistir esse filme, mas como tinha um ingresso gratuito aqui do lado e uma tarde livre… por que não? Fui e gostei do filme mais do que pensei que fosse gostar.

O protagonista Tyler Hawkins, interpretado por Robert Pattinson, é um jovem que possui as suas próprias ideias, os seus próprios problemas e um espírito crítico, insurgente, revoltado. Não sou fã do Robert Pattinson como ator, porém tenho que reconhecer que nesse filme ele até atuou bem (provavelmente, a melhor atuação dele) e provou que pode ser algo mais do que Edward Cullen.

A vida é feita de momentos… Sim, ela é! E o filme acompanha essa ideia com precisão e também faz uma abordagem interessante de cada momento vivido…

O filme recebeu críticas positivas e trata de diversos problemas em simultâneo: o bullying, os problemas familiares e o retrato social e a importância de cada um na sociedade. Pode-se dizer que o filme teve uma boa direção de Allen Coulter. Poderia ter sido melhor? Sim, até poderia – difícil encontrar um filme perfeito. O resultado final é agradável, filme bem feito, e conquista a atenção do espectador. Durante o início, Remember Me apresenta os sentimentos e conflitos das personagens e conquista gradualmente o público. Entretanto, no meio do filme, a ação se torna um pouco melosa e parada – nada que o estrague completamente, porque a ação retorna com um aumento dos conflitos que acaba por conduzir ao surpreendente desfecho.

Mesmo assim, o filme pode ser caracterizado como um filme emocionante, dado que há uma exaltação das emoções ao longo do desenvolvimento dos conflitos e das atitudes e alterações psicológicas das personagens. Fiquei com uma boa impressão do filme por ele ter sido melhor do que esperava (e de fato o filme está bem feito), mas o filme não consegue ser mais do que um filme normal com uma boa qualidade.

Filme Recomendado!

Após o trailer do filme abaixo, há um resumo do filme. Se você não tolera spoilers, não continue lendo.

Risco de Spoiler! Se ainda não assistiu ao filme e não deseja saber detalhes, não leia o post a partir deste parágrafo.

O filme começa com a morte da mãe de uma garota, Ally Craig. Mais tarde, Tyler conhece Ally na NYU (New York University) e a convida com relutância para sair em uma tentativa de se vingar do policial que o havia prendido, policial esse que é o pai de Ally. Mas vamos por partes!

Tyler se manifesta ao longo do filme, lutando por aquilo que ele acredita. Por aquilo que ele acha justo. Ele é uma personagem que não consegue ver algo que considera injusto ou errado sem fazer nada, ficando ali parado, assistindo. Durante o filme, ele se intromete em muitas situações conflituosas por ser assim – isso é o principal foco do filme. O seu relacionamento com o pai, interpretado por Pierce Brosnan, é péssimo, principalmente após o suicídio do seu irmão que havia começado a trabalhar na empresa do pai há pouco tempo.

Ele vai para a prisão por se envolver em uma confusão, defendendo os seus princípios. O policial, pai de Ally, é o responsável  pela prisão de Tyler. Ele é um homem que sofre de depressão desde a morte de sua mulher – mãe de Ally. Enfim, após Tyler e Ally se conhecerem, eles  se apaixonam mas… não ficam juntos. Sim, não há um final feliz de contos de fada ou de romances melosos.

Quanto à irmã de Tyler, Caroline Hawkins, ela não recebe atenção do pai – um dos elementos que levam Tyler a aumentar o conflito com o pai – e sofre bullying na escola por possuir um enorme talento, uma enorme aptidão artística e por ser um pouco deslocada.

O final surpreendente? Dia 11 de Setembro de 2001. Exatamente, quando Tyler reaproxima o seu pai da sua irmã e inicia uma nova e boa relação com o seu pai, ele morre no famoso atentado que matou milhares de pessoas, o atentado das Torres Gêmeas. Este desfecho nos faz sentir a dor das vítimas do atentado e a dor sofrida pelos familiares e amigos das vítimas. Não esperava o atentado no filme.

“O que quer que você faça será insignificante, mas é muito importante que você o faça.” – Assim termina o filme, com a frase de Gandhi que é mencionada por Tyler no início e repetida no fim.


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