Quadros confusos no volume Memórias de Noah? [D.Gray-Man Vol. 10] [MdQ]

Mais mangá para entrar no rodízio do MdQ ali no menu lateral. D.Gray-man até que não estava tão atrasado aqui no blog, faltando apenas comentar sobre o 10º volume lançado pela Panini, o próximo deve estar chegando este mês de Junho, já que o mangá virou bimestral. O motivo é a proximidade dele com os volumes japoneses, que atualmente está no 20º volume. Para não ficar muito próximo e com isso a Panini não ter que dar longas pausas entre os volumes, optou-se por torná-lo bimestral, o que pra mim é um decisão mais do que acertada e com tanto mangá sendo lançado atualmente, meu bolso agradece. Enfim, comentários e opiniões sobre o rumo da história neste décimo volume, após o continue:

D.Gray-Man – Vol. 10 – Memórias de Noah

Comentei recentemente numa Conversa de Mangá de Katekyo Hitman Reborn! (este aqui) sobre o fato de que cada autor de mangá ter um estilo próprio que acabamos não notando quando vemos uma destas séries em versões animadas. Katsura Hoshino, a autora de D.Gray-Man, também possui um estilo peculiar, pelo menos é o que venho notando nos últimos volumes lançados pela Panini e está bem evidente neste volume. A autora é tão detalhista em seus quadros, em termos de personagens, cenários e explosões que está se tornando cada vez mais comum, pelo menos pra mim, não entender direito certos quadros e páginas do mangá.

Hoshino trabalha com muitos quadro indicando movimento e explosões, quadros tortos e alguns que se soprepõem a outros, com onomatopéias enormes tampando parte de quadros entre outros pequenos detalhes. Não que tudo isso seja um problema, ou que seja feio, pelo contrário, o talento de Hoshino para reproduzir tudo isso em pequenos quadros é de impressionar, porém isso também deixa tudo muito confuso pra mim e as vezes fico perdido me perguntando o que diabos aconteceu naquela cena de ataque ou aquela cena de explosões, principlamente quando há muitos personagens e um cenário enorme interagindo tudo ao mesmo tempo, como este final do arco de Edo.

As próprias cenas com o retorno de Allen Walker à Edo confrontando o Conde do Milênio (89ª Noite) ficou bem confusa, talvez essa tenha sido a idéia da autora, não sei, já que até mesmo Lavi demorou a se tocar que aquela figura que ia de lá pra cá contra o Conde era Allen. Não que não dê para entender tudo, mas tem quadros ali que nem entortando a cabeça, consigo imaginar o que diabos aconteceu. Dá para fazer por exemplo, um contraste com Tite Kubo, autor de Bleach, que muitas vezes faz aqueles capítulos sem cenário algum, com fundo branco, justamente para destacar e mostrar os personagens com bastante clareza. Hoshino não tem o hábito de fazer isso, muitas vezes nas lutas os cenários se misturam com tudo e fica compreender certos quadros, apesar de que no geral, dá para pescar a idéia final das coisas.

Mudando um pouco de assunto, foi empolgante o final do confronto em Edo. Kanda e equipe chegando, Lenalee em apuros e Allen se reunindo novamente ao seus companheiros. Alias a innocence da Lenalee, assim como a própria personagem estão meio complicados de entender, desde o confronto com o Akuma de level 3, particularmente, gostava do visual da personagem de cabelos compridos e parte de sua personalidade ficou mais melancólica agora, mas não é de se estranhar depois de tudo que ela passou, mas ainda não sei se acredito que a sua innocence seja realmente aquela que o Conde procura.

Grande parte deste volume é dedicado ao arco que se passa dentro da arca de Noah, que está sendo destruida pelo Conde. Gozado que o vilão queria tanto a innocence da Lenalee e acaba prendendo ela na arca para ser destruida. Mas e a innocence? Agora o grupo de personagens trancados dentro da arca precisa encontrar uma saída.Tyki Mikk, um dos vilões do flã Noah, acaba ajudando o grupo, ou pelo menos dando esperanças ao mesmo, não sei porque a conclusão da história só no próximo volume. Alias, o guarda-chuva do Conde, o Lero, também ficou trancafiado dentro da arca e com os mocinhos da história. É difícil entender das motivações dos vilões em D.Gray-Man, certas coisas não fazem muito sentido pra mim, o Conde do Milênio pra mim as vezes age como o Coringa (personagem do Batman), outro personagem dos quadrinhos que não tem muita coesão as vezes. Pra mim o Conde só quer ver o circo pegar fogo, sem se preocupar muito com o que isso vai acarretar em seus planos.

Um dos bons momentos deste volume é o confronto de Kanda com Skinn Bolic, também do clã dos Noah. Finalmente está a comprovação de que os personagens desse clã não são exatamente imortais como vinham alegando até então, não que tenha sido muito fácil para o Kanda vencer o grandão. Alias D.Gray-Man também não chega a ter lutas muito bem elaboradas como outros mangás, eu gosto mais é da trama e do bom humor que a série tem, mas os confrontos em si, muitas vezes também tem quadros confusos e não tem aqueles momentos de genealidade, se reumindo a ataques e contra-ataques até que um dos personagens caia. Mesmo assim, as batalhas tem impacto dentro da história. O próprio desfecho deste confronto mesmo deixa em aberto se Kanda morreu ou não, espero que não, mas aí fica a dúvida de que como a autora explicará se ele não tenha morrido.

Outro elogio que posso fazer em relação a este volume é ao bom humor da série. Kanda, Lavi e Allen interagindo juntos pela primeira vez gerou momentos engraçados e ótimos quadros. Até mesmo aquelas páginas extras do volumes, com a sala de bate papo em quadrinhos e a histórias da vida privada da autora são engraçadas. E servem de contra-peso a toda tramadização da história.

Agora é esperar pelo volume 11 e ver a conclusão de algumas pontas soltas deste volume e ver se tramar volta ao eixo principal, que era a procura pelo general Cross.

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