Primeiras Impressões de Transformers: War for Cybertron!

One shall stand. One shall fall!

Sem dúvida, os Transformers eram as minhas figuras de ação favoritas durante a minha infância. O conceito de robots in disguise me cativou tanto que até passei a colecionar as figuras da coleção dos Gobots, que era um desenho que tentava pegar carona no sucesso dos Transformers. Eu juntava as duas coleções e com elas tramava as maiores batalhas do meu universo imaginário durante aquelas saudosas tardes.

Como fã, meu hype em torno de Transformers: War for Cyberton, o mais novo jogo baseado na milenar guerra entre Autobots e Decepticons era alto e cheio de expectativa. Durante essa semana pude me aventurar pelo mundo sólido e frio de Cybertron, e já posso escrever um pouquinho sobre essas primeiras impressões que obtive nessas primeiras horas de jogatina…

Antes de mais nada, esqueça os Transformers de Michael Bay que assolaram os cinemas nos últimos anos. Dessa vez, não temos um filme em que basear o conceito do jogo, mas sim uma história nova que conta o começo de toda essa interminável guerra, uma história que se passa muitos séculos antes dos acontecimentos da primeira leva de desenhos, que é carinhosamente chamada pelos fãs de G1 (Generation 1).

A história de War for Cybertron (vamos abreviar de agora em diante para WFC, ok?) é canônica, ou seja, não é um mero caça-níquel, mas algo importantíssimo para a cronologia transformer. Ainda assim, tudo é contado sem as maarras causadas pela extensa e confusa cronologia existente. Portante, mesmo que você nunca tenha tido contato com os Transformers, pode jogar WFC sem medo.

O jogo é dividido em capítulos, um total de dez, sendo os cinco primeiros sobre os Decepticons e o restante apresentando o que aconteceu no lado Autobot. Você pode escolher qual facção quer começar inicialmente, mas jogará todos os capítulos, embora eu aconselhe a você optar pelos Decepticons, pois assim o ritmo da história flui melhor. Você pode escolher um dos três personagens disponíveis de cada facção, e se você estiver jogando sozinho, seu console controlará os outros dois.

Cybertron está sendo assolada pela guerra civil entre os militares Decepticons e os operários Autobots. Megatron descobre uma nova e poderosa forma de energon (o combustível dos Trasformers), o Dark Energon. Basicamente, sendo um decepticon voce deve colocar suas maõs metálicas nessa nova forma de energia, e como Autobot você tentará impedir que o Dark Energon seja tomado pelos vilões. Tuddo isso culmina em grande e apoteótico final, que servirá de gancho para os eventos que darão origem ao que será visto na G1.

A versátil Unreal Engine 3 é bem utilizada aqui, fazendo de WFC um TPS (Tiro em Terceira Pessoa) de respeito. Pense em Gears of War com toda a fluidez de Halo, mas sem o chatíssimo sistema de cobertura. Os combates são intensos, com hordas de inimigos vindo pelo ar e pelo chão, além de muitas armas espalhadas pelo cenário. Por falar em armas, aqui tem para todos os gostos: pistolas, metralhadoras, canhões, granadas, rifles de longo alcance, escudos, enfim, muita variedade. As classes dispoíveis são Leader, Scout, Soldier, e Scientist, todas com suas vantagens e desvantagens, claro. E com apenas um toque de botão, você alterna entre o modo robô e sua forma alternativa, o que garante mais possibilidades dentro da partida, tanto jogando sozinho no modo cooperativo com até 3 pessoas.

O Decepticon Barricade, por exemplo, se transforma em uma carro veloz, sendo um dos meus favoritos. Não pude testar o multiplayer ainda, mas sua variedade de modos e classes de personagens foram muito bem vistos pela crítica. Tem até um modo similar ao “Horde” de Gears of War! De certa forma, WFC é uma das boas surpresas dessa primeira metade de 2010.

Apesar de Cybertron aqui não ser um mundo aberto, nem dá para sentir falta disso, pois as fases são longas e tudo é construído de maneira a fazer crer que se está em um mundo vasto. É verdade que de vez em quando o cenário parece se repetir, mas isso acontece devido as próprias características de Cybertron. Os modelos dos personagens são variados, exceto para os inimigos comuns, mas hoje em dia essa é uma maldição crônica que assola todos os jogos. Graficamente falando, você não ficar de boca aberta e babando, mas tudo funciona bem e com designs funcionais.

Confesso que que nem reparei na trilha sonora, até porque eu a deixo em volume baixo, mas nada nela me irritou, o que é sempre bom. Os sons de ruídos e afins estão bons, mas o que realmente brilha em WFC é a dublagem. Peter Cullen novamente empresta sua voz clássica e imponente para Optimus, e fiquei empolgado ao jogar com Bumblebee só de ouvir os comandos falados por Optimus, Cullen passa bem a idéia de um Optimus que é obrigado a se tornar um líder.

Já no lado Decepticon, é muito, mas muito divertido jogar com Barricade e escutar Megatron berrando e xingando, dá vontade de errar só para receber insultos do líder Decepticon, eu garanto! Pena que só Peter Cullen retornou ao elenco de dubladores, e Megatron ficou a cargo de Fred Tatasciore, que até que não fez feio. As demais dublagens estão ok, nada que tenha chamado muito minha atenção.

Atenção, especialmente se você é fã das antigas, não perca os créditos finais, onde rola a música “Till All Are One”, um clássico tema de Transformers feito por Stan Bush, é de arrepiar os parafusos!

A desenvolvedora de WFC, High Moon Studios, conseguiu fazer um jogo de Transformers que supera Transformers Armada (PS2), até então tido como um dos mais legais. Misturando elemntos da G1 com aspectos da trilogia para o cinema, o jogo consegue ser agradável tanto para o fã clássico quanto para os novatos. Com belos visuais, jogabilidade prática e variada, uma história reveladora, produção que respeita muito a franquia original, e um sólido multiplayer online, recomendo a todos que sigam as ordens de Optimus Prime:

_”Autobots, roll out!!!”

Veja agora o começo da campanha com os Autobots:

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