The Event, após 5 episódios, ainda empolga, mas a estrutura da série precisa de reparos? [1×05] [PdS]

The Event: Ano 1, Episódio 05! Foi exibido nos EUA dia 18 de Outubro:
“Casualties of War

Enquanto isso no Brasil: The Event já está sendo exibido no Brasil pelo canal Universal Channel, toda segunda as 22h. Hoje, será exibido o episódio 2 (“To Keep Us Safe”)!

Aviso: Continue apenas se você já assistiu ao episódio 1×05 deThe Event. Haverão spoilers!

Não conhece o Papo de Série? Basta clicar aqui e ficar por dentro do projeto. Depois do “continue”, a gente conversa mais.

“Casualties of War”

Imagino o quão difícil deve ser criar uma série começando por um episódio piloto e torcendo para que depois de alguns episódios exibidos, o canal de TV garanta o restante da produção. Deve ser por isso que é muito comum que tais episódios pilotos acabem se saindo melhor do que os episódios seguintes de começo de uma série. Ainda mais se for do gênero ação e drama, até porque as de comédia e besteirol, acabam sendo episódios isolados uns dos outros e tudo acaba dependendo das piadas e do humor. Numa série de ação, o que comanda o sucesso é a história, que precisa ter mistério, intrigas, reviravoltas e muita ação que prenda o telespectador no sofá. E The Event, após 5 episódios, vem demonstrando que tem forças para tal, mas ainda precisa de uma certa calibragem e regulagem para encontrar seu formato ideal.

Quando comentei sobre o episódio piloto aqui no blog, acabei comparando supercialmente o formato da série como algo meio Lost e meio 24 Horas. Passados alguns episódios, acho que podemos riscar Lost da lista e ficarmos apenas com 24 Horas, já que a série vem focando muito mais na adrenalina da história dos que os enigmas de ficção da mesma. E não veja isso como um ponto negativo, porque se os roteiristas forem espertos, eles ainda podem dosar esse ingrediante na série, diminuindo a ação e focando na ficção sempre que acharem necessário dar uma freada na correria da história. Para quem ficou órfão de Jack Bauer, The Event realmente vai matar um pouco da saudade.

Uma pena que a série não contiuo com o formato narrativo do primeiro episódio, separando os personagens por uma tela preta com os nomes deles, como se separassem tudo por blocos de personagens, mesclando presente e passado da trama. Essa divisão sumiu já no episódio 2, ficando apenas a idéia de flashbacks na história quando for necessário construir a personalidade de um personagem, como acontece com o flashback da Vicky no 5º episódio.

Mencionando os flashbacks, não posso deixar de questionar a qualidade dos mesmos. No piloto da série, eles foram usados de forma que o telespectador pudesse encaixar as peças do quebra cabeça, criando toda uma trama enigmática que iria se revelando aos poucos. Um recurso que arrancou meus elogios no começo. Pena que os episódios seguintes não tenham usados os mesmos de forma tão sábia e inteligente. Os flashbacks dos episódios posteriores estão um pouco mal encaixados na trama, como se estivessem ali para encher linguiça, e acabam acrescentando muito pouco a história. As histórias pararam de se cruzar como aconteceu no primeiro episódio e com isso, eles ficaram menos interessantes. Por exemplo, neste episódio 5, “Casualties of War”, temos o passado de Vicky, como uma agente de seja lá de onde ela é (ainda não foi revelado) tendo que matar um bebê, que se os mais ligados irão perceber que trata-se do filho de 5 anos dela, que apareceu alguns episódios atrás, e que Sean havia tirado uma foto pelo celular. No final do episódio quando Sean ameaça a vilã, ficou óbvio que ela acabaria o ajudando a resgatar Leila. O flashback serviu para costurar melhor o papel de Vicky na história, mas acabou entregando o climax final do episódio. É preciso tomar cuidado com tal recurso por conta disso. Felizmente Vicky teve jogo de cintura e continuará na trama e deve continuar no papel de vilã, mas até onde isso irá se desenrolar?

Já um momento que achei o máximo foi com o Presidente dos estados Unidos ligando com Thomas, um personagem novo da trama que parece promissor e interessante a idéia de te-lo como outro dos vilões da história. Alias o que o sequestro de Leila, o atentado terrorista com o avião e Sean tem a ver com a história destes seres não humanos? Os vilões estão interligados ou são paralelos as histórias? Isso ainda não ficou muito claro. Voltando ao Presidente, a cena do telefonema onde ele intima Thomas a liberar o anticorpo para os enfermos ou mataria todo mundo aprisionado foi o máximo. Tensão idêntico à 24 horas sem sombra de dúvida.

Enquanto isso a história trabalha de forma meio arrastada com Sean. Não sabemos como ele foi parar naquela avião do episódio piloto e nem mesmo como sabia o que iria acontecer, no passado só vimos ele fugindo do navio quando Leila some. A história está devendo algumas respostas importantes a respeito deste personagem e o porque dele ser tão importante a trama. Agora de uma lado positivo, a trama dele em busca da namorada sequestrado, na qual, sinceramente cheguei a achar que levaria toda a temporada, acabou terminando neste episódio, ou seja, no sexto episódio, as coisas podem começar a entrar no eixo para esse pedaço da trama. O que os roteiristas reservam para Sean agora que ele resgatou Leila? E a tal agente do FBI? Começo a suspeitar que ela morre logo logo, no mesmo estilo que acontecia em Jack Bauer, onde todos os parceiros do Jack morriam ou saia de cena. XD

Deu para notar que The Event ainda tem muito que crescer e melhorar na sua estrutura. Os episódios não levantam milhares de enigmas felizmente, mas também não anda respondendo muita coisa sobre os seres não-humanos. Eles são extraterrestres? São do Futuro? De uma outra dimensão? Tudo isso já foi abordado em séries de TV ( V – The 4400 – Fringe ), mas estou curioso para saber o que eles realmente são. Thomas falando sobre tecnologia e o quanto somos atrasados tecnologicamente foi interessante, assim como o flashback dele ajudando a criar a fisão nuclear em meses  o que levaria décadas. Dá a impressão que ele são do futuro, mas ao mesmo tempo isso cai por terra se for pensar que eles estão alterando o passado, e se fazem isso, como poderiam voltar ao futuro sem criar os tais paradoxos temporais. E fissão nuclear é uma forma de criar algo relacionado a energia em larga escala, o que me faz pensar em alguma máquina que possa viajar a uma longa distancia (pelo espaço?). Rá! Complicado ficar tentando adivinhar.

Na falta de melhores séries de ação e história sequencial, The Event continua me animando, mas vamos ser se mantém o fique até o fim da temporada. Pelo menos a história andou nestes 5 episódiso, a trama do sequestro de leila acabou e Sophia foi libertada, e agora devemos ver as consequências disto já nos próximos episódios. E daqui mais alguns episódios, volto a conversar sobre a série por aqui!

Mais alguém está acompanhando para deixar sua opinião sobre a série?

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10 Comentários

  1. Eu gosto da serie como um todo, tambem achei o 1º, ou os 1ºos episodios, mais empolgantes. Por agora nao tenho uma opiniao formada sobre a serie, mas acho que ela tem enorme potencial. Só espero que ela volte a se tornar mais envolvente, criando mais misterios, e tambem que nao seja cancelada como muitas outras ^^

    1. Mas V já teve mais episódios para vc poder analisar…sem mencioanr que a série nova já tem toda uma estrutura de universo de enredo pronto para se brincar, graças a série clássica… e pra mim, o ano 1 de V teve uns episódios bem sofríveis mesmo… ruins de dar vontade de parar de ver, e essa montanha russa de bom e ruim é um problema para séries assim.. precisa ter um equilibrio.

      The Event é algo novo, que ainda está sendo moldado… o remake de V surgiu já moldado, então é bem mais fácil de se adaptar… ainda há potencial em The Event para superar V.

      Alias ainda não ficou muito claro se estamos tratando de uma mesma idéia de enredo, falando de alienigenas tentando dominar e vivendo em nossa sociedade. The Event tem a possibilidade de ir para rumos diferentes, como The 4400 por exemplo, que por sinal, considero infinitamente melhor do que V.

      chegou a ver essa andré?

      1. Nossa, mandou SUPER bem Thiago! Concordo 100% contigo, The 4400 é CLÁSSICA!Manda bem mais que V mesmo. Na época que passava na Universal vi 2 temporadas e perdi o restante, ai ano passado comprei a box com as 4. E não é que o seriado continua muito bom, mesmo com novos “padrões” sendo moldados!? Vale a pena todo mundo que curte histórias de ficção, alienígenas, super poderes, assistir.E você também tem razão, V tem a vantagem de ser um remake, logo a base já é mais sólida. Talvez meu receio seja por conta da decepção que foi FlashForward, lembro que me amarrei nos primeiros episódios, mas depois de uns 7 começou a cair muito.Os atores do V são mais rodados (ou ao menos mais conhecidos) também né, a “Juliet do Lost” :D, o “Tom Baldwin do The 4400”, a alien belíssima que fez / faz algumas pontas naquele seriado do Super Homem, etc. Não que os do The Event sejam ruins, mas acho que ainda estão em desenvolvimento.Na falta de Lost e 24 Horas, o The Event tá completando bem este espaço, mas ainda não consigo ver uma direção para a série. Torço realmente que esses capítulos sirvam mesmo como uma introdução, e que o enredo engate logo uma marcha mais alta daqui em diante.

        1. Sobre os atores de The Event, realmente me chama muito a atenção o ator que faz o Sean Walker na série, que não sei se vc se lembra, esse ator fazia o irmão paraplégico de Joan na série Joan of Arcadia (gostava demais dessa série, uma garota que falava com Deus, a forma como certas tramas se interligavam pelas tarefas que Joan fazia sobre ordem de Deus era foda). Voltando ao ator, ele realmente está num papel bem diferente de Joan of Arcadia, e se destaca por esse mérito de conseguir fazer um papel diferente… um dos problemas de séries atuais como vc mesmo menciona, é que certos atores são tão famosos e rodados que as interpretações deles acabam ficando meio iguais entre uma série e outra, impedindo assim aquele sentimento de algo original, fica parecendo mesmisse.

          The 4400 eu vi em DVD por sinal…tenho a coleção tb… uma pena ter terminado como terminou, mas tambem mais para o fim da série, as coisas estavam meio desordenadas demais e a estrutura inicial da história se perdeu bastante.. e ficou sem um fim de verdade… uma pena. Mas a premissa é uma das melhores de ficção dos últimos anos.

  2. dois comentários:

    1 – essa idéia de paradoxo temporal é apenas uma teoria. Existem
    diversas teorias, como universos paralelos, que explicam como
    voltar no tempo sem mudar nada. Ou seja, nada impede que haja
    uma viagem no tempo na série sem se preocupar com paradoxo
    temporal.
    E outra, mesmo que eles estejam mudando o passado, você
    ve que ele influencia em algo que ocorreu – projeto Manhatan.
    Então novamente não há mudanças no sentido das coisas que
    já aconteceram, mas sim o que aconteceu por influência deles.

    2 – Você fala de fissão e depois você trocou para fusão no texto.

    1. 2 – realmente amigo, erro meu na hora de digitar o texto. é fissão mesmo, escrevi errado, mas já consertei. 😉

      1- escrevi sobre isso ontem no CdM de Katekyo Hitman Reborn… assuntos relacionados que não me toquei nesta matéria. XD

  3. Estou acompanhando ela também, mas por enquanto não tenho muita coisa o que dizer exceto que estou gostando. Mas parece que estão com medo de repetir o fracasso que foi “Flashforward” e estão economizando na evolução da trama. Alguns arcos eles conseguiram avançar bastante na história, já outros eles estão segurando demais… Não sei, ainda estou esperando um momento “OMFG!!!!1!!one” (como a cena onde o avião desaparece) pra dar um gás na trama.

    O casal de atores principais não possuem química alguma! Apesar de ambos trabalharem bem eu não consigo comprar esse amor incondicional deles.

    Curiosidade: o ator que faz o Blake Sterling (Zeljko Ivanek) interpretou um personagem bem parecido em Heroes, o Danko, lembram?

  4. Muito legal o texto Thiago. Me corrija se eu estiver viajando, mas uma coisa que fiquei sem entender nesse quinto episódio foi aquele flashback do Presidente e sua esposa indo jantar com a Sophia e o flashback indicava que isso ocorreu há 1 ano atrás, ou seja, antes dele descobrir toda a história dos prisioneiros em Inostranka. Nesse caso ele estava mentindo e já sabia de tudo??

  5. Esta série tem inúmeros erros de roteiro, que demosntra a total incompetência do autor em lidar com assuntos de ficção cientifica. 1-Se os aliens não tinham energia suficiente para transportar os seus da igreja, como transportaram um planeta inteiro. Como colocariam este planeta em órbita, pois sem movimento de translação seria imediatamente atraido pelo nosso sol. 2-Se os aliens viveram aqui porque sairam. E os humanos de onde vieram. E os guardiões eram de outra raça? 3-O aparato de segurança dos EEUU foi reduzido ao de uma republiqueta de terceiro mundo. 4-Voces já vira alienígenas preto ou japonês. É de dar risada no mínimo E por ai vão os disparates desta série. Ainda bem que acabou.

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