The Walking Dead: Tudo começa com uma mordida… E termina com restos mortais! [1×01/Pilot] [PdS]

The Walking Dead: O primeiro episódio da 1ª temporada foi exibido nos EUA dia 31 de Outubro de 2010 (Halloween!): Days Gone Bye

Enquanto isso no Brasil: A season premiere foi exibida no dia 02 de Novembro no canal Fox!

Aviso: Continue lendo apenas se você já assistiu o episódio 1×01 de The Walking Dead. Haverão spoilers!

Não conhece o Papo de Série? Basta clicar aqui e ficar por dentro do projeto. Depois do “continue”, a gente conversa mais.

1×01: “Days Gone Bye”


Após um longo coma, um inesperado Apocalipse!

Finalmente! A espera terminou. Queria muito que a série fosse fiel a HQ, mas à princípio parece que Darabont tem algumas ideias diferentes da versão original e não hesitou em começar a revelá-las. Primeiro, devo dizer que o primeiro episódio foi bom, mas não fantástico como esperava – mesmo que tenha atingido uma audiência de 5,3 milhões de americanos, em média, no Halloween, um recorde para a AMC! The Walking Dead começou bem mas temo a continuação que será dada a série.

Talvez esteja sendo muito exigente por já ter lido a HQ umas 3 vezes e admirar muito  o desenvolvimento da história tal como ela foi construída. Talvez esteja sendo precipitado ao rejeitar as mudanças que Darabont planeja fazer na história. Porém, por outro lado, talvez eu esteja certo. Isso logo veremos com os próximos episódios.

Bem, tudo começa com uma conversa entre Rick Grimes e Shane, bem antes do Apocalipse. De acordo com a minha memória, não lembro do Shane ser tão machista na versão original, mas como é suposto não nos apegarmos muito a isso, assim Darabont nos desafia, até deu para tolerar. Quanto a atmosfera, isso a AMC soube produzir muito bem. Durante todas as cenas deu para sentir um certo clima de abandono e destruição. A luminosidade adequada aos momentos, os ambientes vazios, destruídos ou/e cobertos por cadáveres (às vezes andando, outras vezes deitados e outras vezes mortos de verdade).

O caos apocalíptico e os mortos-vivos!

No início, há logo a apresentação dos zumbis e do protagonista, Rick. Que genial a arte aplicada aos mortos-vivos! Que perfeito os efeitos especiais na produção da garota zumbi. E como a genialidade também se prende aos detalhes, o urso de pelúcia (acho que era um urso, já não lembro ao certo) contrastou ao máximo com a garota zumbi – uma verdadeira antítese irônica. A suavidade de um bicho de pelúcia e a dureza de uma garota “morta” e faminta por carne humana.

Quando Rick acorda do coma, tudo é feito seguindo inteiramente a HQ. O próprio corredor do hospital, todo destruído, foi um elemento que fez diferença, que deixou uma boa marca. Lamento que não tenham deixado Rick abrir a porta “Dead Inside, Don’t Open” como ele fez na HQ porque isso seria ainda melhor, uma cena forte e significativa para a apresentação do caos apocalíptico do contexto da série. Eu realmente desejei que ele tivesse aberto, mas não aconteceu. Paciência. Compensaram (um pouco) com a parte da saída na qual ele entra em uma sala escura e acende um fósforo! Que suspense! Não é uma cena que tenha ocorrido na versão original, por isso fica aquela possibilidade da sala estar cheia de mortos-vivos e a luminosidade de um único fósforo não diminui a tensão.

Um lado mais humano e profundo de Morgan!

As personagens não me convenceram tanto quanto os zumbis que acho que foram reproduzidos com uma excelente qualidade. Entretanto, sempre há uma excepção: neste caso, Morgan. Na HQ ele parece mais tímido, menos agressivo, mesmo que ainda atento. Já na série da AMC, ele apresenta outro estilo. Parece mais forte, mais confiante, mais esperto e mais humano. Destaco a última característica porque isso foi uma das coisas que tiveram um forte impacto positivo: a parte na qual ele tem que consolar o filho que sofre, grita e chora; e depois a parte na qual ele deve e quer matar a própria esposa (“zumbificada”) mas não consegue – perfeito! É uma dimensão mais  profunda da personagem que ficou perfeitamente contextualizada e enquadrada. O mesmo não posso dizer do seu filho, Duane. Nem tudo é como desejamos.

A descoberta e o pânico em Atlanta!

O cavalo não foi encontrado no celeiro como era de se esperar; não fizeram a conversa entre Rick e o cavalo. Aliás, quanto a isso, se imaginarmos a cena, acho que ela não ficaria tão boa na série quanto na HQ, ou talvez até ficasse se fosse muito bem feita e com uma atuação especial de Andrew Lincoln.

Voltando aos cenários, que não consigo deixar de comentar mais um pouco dada a qualidade com a qual foram feitos, os cadáveres dentro da casa em que Rick passa antes de encontrar o cavalo, a mensagem na parede escrita a sangue (“God forgive us”), os carros vazios e abandonados num trânsito horrível, até os pássaros, os zumbis em geral, a angústia de Rick, a garota/mulher zumbi na beira da estrada, sem pernas e esticando a mão para Rick em agonia, enfim, tudo, cada pequeno detalhe, deu uma ótima impressão para o começo da série.

Glenn (suponho): Hey, you. Dumbass. Hey, you in the tank. Cozy in there?

A parte final foi bem pensada e deixou uma situação não resolvida e tensa em aberto. E a voz no rádio (Glenn, eu suponho), dentro do tanque, foi uma boa forma de fechar o primeiro episódio com chave de ouro. Gostei, também, do acampamento, dos atores escolhidos para atuar (Dale está mesmo muito parecido com àquele velho inseguro da HQ) e da perseguição dos zumbis quando Rick entra em Atlanta. Aproveitando o momento, coitado do cavalo!

Ótimo episódio! E o futuro da série?

Mesmo considerando toda a expectativa (que não era pouca), todo o marketing e todo o resto que mencionei acima, o primeiro episódio me agradou bastante, tirando algumas falhas, a fraca entrada (principalmente se compararmos com a entrada feita por Daniel Kanemoto que postei aqui no blog) e uma certa dose de monotonia que esteve presente em alguns momentos. Numa escala de 0 à 10, daria 9 sem nenhum problema.

The Walking Dead parece ser uma história sobre zumbis numa primeira análise, mas na verdade se trata de uma história mais complexa, uma história sobre pessoas, seres humanos vivos em situações difíceis, de desespero e de sobrevivência. Um mundo conhecido destruído, pessoas mortas, abandono das civilizações, guerra por comida, água, combustível, enfim, o básico, dias “mais longos” e com menos atrações – tudo isso muda as pessoas e The Walking Dead foi escrito para mostrar as reações que ocorrem quando são atingidos os limites humanos. E Robert Kirkman sabe surpreender e manter a história interessante. Tudo aquilo que pensamos que não pode acontecer, Robert Kirkman faz e joga na sua cara como a vida é imprevisível. Ele não tem piedade nenhuma, faz o que quer como se fosse o Destino, Ananké, e isso é genial!

A partir de agora, o que mais temo é que Darabont ao não ser fiel a HQ estrague a história. Não que eu não confie nele, mas já li a história de Robert Kirkman e tudo se entrelaça com um desenvolvimento tão surpreendente e adequado que fugir a isso poderia (possibilidade) levar a série a dar errado e não queria que isso acontece com  algo que tem tanto potencial.

No próximo episódio, “Guts” (1×02), Glenn vai encontrar e salvar Rick, tal como deveria ser,  e Rick encontrará um grupo agressivo de sobreviventes na cidade, amigos de Glenn, entre eles Andrea que não era para já estar tão boa no gatilho de acordo com a HQ mas tudo bem eu acho. Todos também estarão em desespero, claro. Isso significa que teremos uma nova situação para todos, quer os que tenham lido a HQ quer para os que estejam vendo a série apenas. Não desgosto disso, quero ver no que vai dar. Aliás, poderia dizer que isso é até uma vantagem para quem já conhece a história.

A tal maior vantagem da série não ser fiel à HQ é que mesmo aqueles que já leram The Walking Dead poderão se surpreender com a adaptação televisiva. Isso me anima, mas como disse, traz também algum receio. Aguardar, assistir e tirar as conclusões depois. Esse é o plano. Ah! E aconselho todos a lerem a HQ.

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29 Comentários

  1. Coitado do cavalo! [2] Sério, não precisava morrer… tá, pra dar o clima certo sim, mas fiquei triste igual. =[

    E adorei o primeiro episódio! Como não li a HQ, é tudo bem novo pra mim. Quero ver como ele vai sair do tanque! E de fato, o final foi muito perfeito com alguém (pra mim é desconhecida, né) falando daquele jeito pelo rádio hahahahha. No aguardo do segundo episódio! /o/

  2. a serie eh mt foda,a maquiagem dos zumbis,pqp mt mt mt loco. Gostei tb q mostra o estrago dos tiros,qndo acertou a garotinha eu fiquei “:O” pq esperava q fossem da um close no policial (ainda nao deu pra gravar no nome xD) e so aparecer o cadaver no chao. Ate agora to me segurando pra nao baixar a HQ xD (ela ja foi completada? ou ainda esta em andamento?). Espero q continue mt boa a serie, pq ela ta de longe a melhor serie/filme de zumbi q ja vi *-*

  3. Eu gostei da repercurssão que a serie esta tendo, os mais variados publicos estao comentando bem sobre ela… o que comprova minha teoria de que os Zumbis estao ficando muito “na moda” recentemente, alguem mais ja percebeu isso? ^^

  4. Eu li a HQ toda, na verdade continua sendo publicada, porém estou “em dia” 😀 Realmente algumas coisas diferentes, o que já era previsível. Achei meio ridículo a Lori beijando o Shane, na HQ ela não chega a ter tanta afeição assim por ele, de certa forma até se arrependia da (única) noite que eles tiveram.

    Gostei do seriado, muito bem produzido. Uma coisa que não tem como evitar porém me incomoda um pouco, é como os filmes (e seriados) de zumbi sempre demoram a engrenar. Faz parte da idéia de passar uma sensação de isolamento, de destruição, etc…. mas me irrita um pouco ver cenas demoradas praticamente sem ação, diálogo e emoções… é basicamente o personagem e o cenário de fundo.

    1. Me deu um baque aquela cena em que eles se beijam =O
      pq na HQ, ela tinha repulsa por ele…o fdp se aproveitou da tristeza e da carência da Lori pra traçar ela!

      Foi o único fail do episódio, para mim.

  5. Eu não li a HQ, mas posso dizer que o piloto foi espetacular!A cena da esquda no escuro, apesar de curta, foi realmente tensa e eu esperava que aparecesse um zumbi bem na cara do infermo.Gostei muito do que vi na TV, me deu até vontade de ler a QH, quem sabe….

    O desfecho do episódio foi pereito, também achei ^^

    1. Sim, teve a conversa entre o Rick e o cavalo – apenas a parte inicial da proposta. Na HQ, Rick conta para o cavalo sobre o dia mais feliz da vida dele: o dia em que seu filho, Carl, nasceu e a alegria que ele sentiu. Isso durante a viagem dele até Atlanta. É desta conversa que estava falando ; )

  6. Ah sim,antes de mais nada,a sena em que Rick dobra a rua e ver simplismente toda a população transformada em zumbi foi tensa…e aquela cituação em que vc estufa o peito e fala…agora fudeu.

  7. Nossa, gostei muito desse episódio *-*
    não li a HQ e nem quero, pq vou querer ficar comparando, aí vou acabar não gostando tbm. Isso é bem ruim, e como é tudo novo pra mim, foi bem melhor.

    Muuito triste a parte do cavalo 🙁

    Ah, e uma coisa que eu não gosto são os clichês e tbm o fato de não explicarem o porque de tudo. Tipo, tudo acontece do nada e o mundo acaba… fim. É sempre assim nessas mídias sobre o assunto.

    Aliás, só residentevil tem uma explicação plausível, eu acho…

    1. Mas a HQ é melhor. Seria a mesma coisa que não ler um Harry Potter para poder ver os filmes. Claro que é diferente, e claro que alguns pontos iremos reclamar, mas isso faz parte e no geral não prejudica de forma alguma as adaptações.

  8. Acompanhei a HQ até o volume 10, se não me engano…
    Mas eu simplesmente ODIEI a troca de cartunista!
    A mudança de desenho me deu um impacto negativo tremendo…e mudou para pior, ainda por cima…chegou um momento em que eu não reconhecia os personagens xD
    A história evoluiu muito, mas o gráfico deixou a desejar…

    Portanto, fiquei muito feliz com a notícia da série!
    Aliás, foi por causa dela que decidi parar de ler a HQ e esperar o seriado.
    E esse 1º episódio não me desapontou.

  9. Não acompanhei a HQ, mas pelo primeiro episódio a série tem tudo para ser excelente. Falando em produções de cinema e tv, é a primeira vez que um apocalipse zumbi vira tema para abordar os dramas humanos dos sobreviventes, o que torna a trama mais “real” e me deixou inevitavelmente curioso com o que vai acontecer com os personagens.

    Fiquei na vontade de ler a HQ…

    1. Tb assisti. Bem divertido, ainda mais se for uma série de 22 episódios por temporada e durar… dá pra fazer zilhões de situações e histórias com isso… vamos ver se os roteiristas vão ser criativos ou vão ficar amarrados demais a HQ que deu origem a história.

  10. Gostei demais do primeiro episódio! Eu nunca li a HQ, mas se for como os livros que já li e que foram adaptados ao cinema, vai ficar aquela do pessoal da HQ querer que tudo seja fiel e quem não conhecia nada achar tudo magnífico hehe.

    Eu, particularmente, não gosto de adaptações sem alteração. Pra mim não pode ficar ficar igual, perde a graça. Existem coisas que ficam boas apenas no seu tipo de mídia. Mas é só minha opinião.

    Ah, muito bom o review! Gosto muito de ler o papo de série hehe.

  11. Gostei demais do primeiro episódio! Eu nunca li a HQ, mas se for como os livros que já li e que foram adaptados ao cinema, vai ficar aquela do pessoal da HQ querer que tudo seja fiel e quem não conhecia nada achar tudo magnífico hehe.

    Eu, particularmente, não gosto de adaptações sem alteração. Pra mim não pode ficar ficar igual, perde a graça. Existem coisas que ficam boas apenas no seu tipo de mídia. Mas é só minha opinião.

    Ah, muito bom o review! Gosto muito de ler o papo de série hehe.

  12. A série já é um fenomeno pelo menos em n°….. Mas não tô nem ai, o que interessa é o fato do que vi ter ficado ótimo. O ator escolhido cmo protagonista, é um cara normal, , não musculoso e nem o mais F…. de todos.. é um cara normal (Só que armado). Acho que o filme consegue passar essa sensação de desolação, de vazio e de flata de esperança, mas ao mesmo tempo a questão de lutar para manter a sanidade. É o caso do ator principal, mesmo depois que tudo acabou, ele vai a delegacia, veste seu uniforme e passa a agir e a andar como tal, ou seja, a sanidade esta ligada a presença do estado e das instituições…. nossa filme de zumbi é algo questionador kkkk. Mas a série tá legal e agora com a transformação em série de 13 capitulos vai ser mais legal.

  13. Achei bom o primeiro episódio, mas não sei, apesar de bem produzido, faltou algo, para digamos tornar a história mais grandiosa, se comparar com o primeiro episódio de Lost, por exemplo. O protagonista atua muito bem, mas já esse tal de Shane, achei o ator muito ruim, não convence em nenhum momento e o que foi aquele diálogo no início do episódio? Quase sem pé nem cabeça, 5 min do primeiro episódio de uma série muito esperada e um diálogo monótono e sem graça que deve durar quase 5 min. Outra coisa que achei um pouco artificial, foram as reações do RIck. Quando ele sai do hospital até encontrar o Glenn ele parece uma criança assustada- ok, ele não sabia de nada, e deve ficar assustado mesmo- mas a mudança que ele teve apartir do moemnto em que saiu da delegacia foi muito abrupta, não teve uma transição. DE medroso e indeciso ele virou o fodçao de uam hora pra outra. Acho que essa tarnsição devria ter sido um pouco mais bem trabalhada, não sei, talvez na HQ tenah sido melhor. Outra coisa é Glenn e seu filho. Realemente achei muito boa a cena em que ele não consegue matar sua esposa, mas de resto, essa historinha do pai ou mãe que fica sozinho com o filho(s) é clichê, vide Eu sou a Lenda, Sinais, Guerra dos mundos e etc. Mas, se na HQ está assim, não tem o que fazer mesmo.
    No geral, achei boa a série, vou continuar acompanhando, mas por tudo que estava se falando, esperava um “algo mais”.
    Abraços

  14. pow eu to irado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    eu naum vi a cena do cavalo pois tive de ir ao banheiro mas eu to adorando a serie!!!

    sou fa de Resident Evil mas estou mudando meus conceitos apos acompanhar esta serie!!!

    valeu..

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