Construindo uma irmandade!

Acabo de me formar, a partir de agora me chamem de mestre dos assassinos!

Putz, eu sinceramente não imaginei que a Ubisoft ainda pudesse agitar as coisas assim em Assassin’s Creed, falei aqui no blog já há algum tempinho nesse post que o meu medo em alguns títulos anuais é esse perigo constante de determinada franquia acabar se perdendo na sua proposta e coisa e tal. E acabei de tomar esse medo pra mim com relação à série Assassin’s Creed porque eu realmente me apaixonei por ela e agora me importo mais do que nunca com cada passo que a história dá. Mas fico feliz de comprovar que por enquanto esse medo é totalmente infundado, depois de 3 jogos a série só evoluiu mais e mais e enfim… mal vejo a hora de cofrar Revelations e seguir em frente rumo ao desfecho da história do Ezio. Um domingo desses aí vi muito nego dizendo que chorou com o final de Skyward Sword, será que alguns chorões vão se unir a mim no último capítulo desses repentino diário de Assassin’s Creed?

Calma, ainda esse ano eu chego lá, por hora vamos falar da irmandade, em particular da minha que não durou muito, mas me divertiu cada segundo que passamos juntos.

Cara, que início épico o desse Assassin’s Creed, esse gancho de continuidade pegando os acontecimentos do fim do segundo jogo foi massa, imagino na época pra quem ficou esperando um ano exato para rever os rumos da história como se sentiu, deve ter sido muito show. Não costumo ver isso muito em games, isso me lembrou mesmo foi da época em que eu ainda tinha TV a cabo em casa e ficava esperando fervorosamente pelas temporadas novas das séries que eu via na Warner ou AXN.

E que tom cinematográfico foi aquele logo no começo da trama? Me lembrou Uncharted 3 na mesma hora, pena que durou muito pouco, até fiquei esperando por mais um pouco daquilo, mas no restante do game nem sinal daquelas cenas bacanudas voltarem. Quanto à trama, desta vez eu não senti o amadurecimento que eu esperava no Ezio, já imaginava que ele enfim seria tratado como o chefe dos assassinos, mas eu esperava um turbilhão de emoções conflitantes na cabeça do protagonista até essa consagração por tudo o que aconteceu logo no início de Brotherhood. Um certo personagem importante morre (tentando escapar de spoilers) e pouco se explora do que o Ezio sentiu naquele momento, uma vez que ele presenciou tudo sem poder fazer nada. Particularmente acharia mais interessante se a Ubisoft tivesse explorado esse sentimento de dor e revolta no personagem, enriqueceria mais o enredo na minha visão. Por outro lado talvez os produtores tenham agido certo e amadurecido os sentimentos do Ezio sem notarmos, caso contrário teriamos praticamente o mesmo plot do game anterior.

Mas nem tudo foi perdido, gostei muito de ver o desenvolvimento da Cláudia por exemplo, parando para ler as costumeiras fichas de personagens que ficam registrados no Animus, fiquei curioso com uma frase dela dizendo que gostaria que o Ezio entendesse o desejo dela de sair e criar asas para conhecer o mundo, de se libertar daquele super protecionismo. Já ficava claro ali que se não explorassem nem que fosse pouco a personagem, seria uma falha e tanto. Gostei da volta de outros personagens como o Zorro, nome que eu nem tinha decorado no outro jogo. Caterina Sforza chamou boa parte da trama para ela, até gostei da personagem, mas lendo uma breve biografia da sua vida real no Wikipédia, dificilmente ela tem chance de aparecer em Revelations. Já o Maquiável foi um personagem que eu sinceramente não sei de onde saiu ou quando conheceu o Ezio, não sei se perdi algum momento da história dormindo, mas realmente fiquei boiando quando ele apareceu pela primeira vez, coube a mim aceitar e seguir jogando. Aliás quase não fui com a cara do personagem o jogo todo, fiquei mesmo achando desde o começo que ele poderia trair todo mundo no final e surpreender se revelando o vilão. Engano meu.

Mudando o assunto para personagens mais queridos. que pena o Leonardo Da Vinci não ter recebido mais destaque, apenas ouvimos o nome dele a cada esquina pelas máquinas de guerra que César mandou roubar. E pelos acontecimentos finais do jogo ele não volta mais a aparecer. Uma pena mesmo porque vai deixar muitas saudades, na minha visão ele era o maior braço direito que o Ezio poderia desejar depois de tudo que fizeram juntos no segundo jogo, mas já estava nítido que os seus caminhos não podiam andar juntos por muito tempo.

Do lado dos vilões eu não tenho muito a destacar, só me impressionei com a história do Rodrigo Borgia não ter morrido no final do segundo jogo, achei mesmo que a faca tinha atolado no ”bucho” do gordo, e que fim ridículo o infeliz acabou tendo anos depois, fala sério. Ah, também tem o César, o vilão da vez, gostei dele por ter sido mais presente que as grandes cabeças pensantes dos outros jogos. Al Mualim por exemplo sempre esteve lá, de cara limpa para o Altair, mas a menos que você tenha recebido spoilers antes de terminar o primeiro Assassin’s Creed, você nem em sonho deve ter imaginado o que estava por trás de todos aqueles assassinatos. Rodrigo Borgia  no segundo jogo foi mais legal, mas ele pouco se mostrou o jogo todo, deixou aquela impressão de vilão overpower, mandava e desmandava em todo mundo e no fim das contas nem era tudo isso. Já o César eu gostei dele pela sinceridade demonstrada desde o começo, chegando lá pelo meio do jogo você via que o personagem era muito mais emoção do que razão e ele não foi nenhum mascarado, se mostrou muitas e muitas vezes até me deixando em dúvida se seria mesmo ele o vilão da hora.

O climão da luta final foi o mais épico até agora na minha opinião, mas o combate em si não me surpreendeu muito, não foi o desafio que eu esperava em vista da evolução constante que foi todo o resto do  jogo. Mas como o ponto  final dessa minha árdua caminha ainda é Revelations, eu espero muito ser surpreendido no final desse jogo.

E.. ufa, comecei pela parte que mais gosto que é falar da trama, mas agora vamos ao gameplay, nas lutas contra os guardinhas xaropes nem vi muita novidade, apenas alguns movimentos novos que o Ezio aprendeu nessa pausa de um jogo pro outro. Acho que nem tem o que a Ubisoft mudar ali, talvez acrescentar novas armas, vi em alguns trailers antes do lançamento de Revellations que vai ter uma variedade enorme de bombas e ainda vamos poder criar outras tantas, é esperar pra ver se o mesmo vai rolar com outras armas. Por falar em guardas, senti eles bem mais amenos em Brotherhood. Lembro que no primeiro jogo você nem podia trombar com um grupinho de anônimos que os guardas já vinham dispostos a tomar as dores de quem foi empurrado. Mas aqui, confusão mesmo só na hora de invadir algum local restrito, tipo queimar uma torre dos Borgia ou destruir as armas do Leonardo espalhadas pela cidade. Gostei de ver a arma escondida do Ezio entrando nos golpes de contra ataque, soltei uma gargalhada sem querer a primeira vez que vi ele esfaqueando e disparando logo em seguida. A mira ficou melhor também, no segundo jogo era mais chato tentar mirar alguém com ela. Quanto às outras armas acabei não testando, não peguei mais uma vez o machado e nem cheguei a testar o mini atirador de flechas, fiquei perdendo tempo comprando armaduras, botas, ombreiras e não tive tempo para ver o repertório de armas, mas prometo explorar tudo com mais calma em Revelations.

Uma coisa que a Ubisoft me fez fazer nesse jogo aliás foram as side quests, eu as detesto e por isso mal consigo colocar meus olhos em games sandbox atualmente. Por conta disso, GTA IV e Saints Row The Third estão aqui encostados esperando uma chance, o mesmo vale para Red Dead Redemption que acabei perdendo o save fuçando onde não devia no PlayStation 3 e até hoje tenho uma preguiça enorme de recomeçar, isso sem falar nesse assédio todo, quase sexual que é o mundo inteiro falando de Skyrim. Mas com Assassin’s Creed a coisa deslancha que é uma beleza e nem eu sei explicar direito o porquê, tudo o que eu sei é que foi uma prazer danado procurar as escrituras escondidas do Rômulo, tudo seguiu o mesmo estilo dos puzzles com os selos que desbloqueavam a armadura do Altair e nisso eu não tive nenhuma objeção. Infelizmente eu acabei não pegando todos os manuscritos, me envolvi demais nos últimos capítulos e acabei esquecendo, vou tentar pegar a duas que me faltam antes de cofrar Revelations, mas se alguém tiver sido menos apressado que eu e tiver pego tudo pode me spoilar contando qual é o tesouro do fundador de Roma nos comentários que eu não ligo.

O mesmo aconteceu com as torres dos Borgia, estava mais para um hobby do que obrigação ir em cada uma delas e derrubar tudo, se eu voltar para queimar as que faltam vai ser mesmo só para passar o tempo. Talvez eu perca um tempinho treinando mais assassinos para me ajudar a derrubar tudo sem muito esforço. A propósito amei demais a idéia de contratar homens e mulheres de fora para ajudar a derrubar a opressão na cidade (o jogo não se chama Brotherhood à toa), pena que na minha pressa em terminar o jogo eu acabei não treinando muito bem os meus aliados. Inicialmente eu achei que a evolução deles não ia depender de muita coisa, mas só muito tempo depois é que eu fui descobrir que todo mundo precisava fazer missões país afora para ganhar experiência. Foi mais um parto para eu me tocar que o pessoal também ganhava pontos para receber armaduras e armamentos, o que acabou me rendendo algumas baixas pelo pouco tempo que tive para me focar nesse aspecto do jogo. Fiquei muito ”P” da vida no finzinho do jogo quando soltei os assassinos para pegar os guardas do César, uma das duas mulheres recrutadas (coisa rara de se achar naquele momento) acabou morrendo e eu só fui perceber depois que tudo o que tinha que fazer era derrubar os capitães com o poder do fruto do Éden, foi frustrante porque ela era uma das melhores ali no grupo. Na luta final eu também acabei esquecendo de usar a irmandade, na verdade nem lembro se dava para chamar o pessoal naquela hora, talvez me poupasse a chatice de ter que me preocupar com aquela pistolinha safada do César.

Terminei por usar a rapaziada apenas para derrubar alguns guardas chatonilos, mas sempre ficava de longe para ver se ninguém corria o risco de morrer, depois a galera aprendeu a usar aquela saraivada de flechas e mesmo quando eu não segurava o L2 sempre tinha um escondido nas sombras lançando facas. Muito show, uma pena eu não ter conseguido aproveitar mais os serviços do pessoal. Achei no fim das contas que a opção de recrutar membros para irmandade poderia ter aparecido desde o começo do jogo, logo após o ataque à vila seguida da chegada do Ezio à Roma, daria muito mais tempo para preparar o pessoal e se acostumar com essa adição, uma vez que eu estava muito mais focado na campanha principal do que nisso. Mas mesmo assim foi de impressionar o rumo que esse terceiro jogo tomou, ainda que me contassem eu não saberia o quão enriquecedora foi e continuará sendo essa experiência para os fãs da série e para quem ainda vai jogar esse jogo. A Ubisoft mais uma vez ampliou esse pequeno universo infestado de possibilidades que é a franquia Assassin’s Creed, e o mais interessante de tudo é que provavelmente essa grande idéia não será reutilizada ou mesmo melhorada em Revelations. Mas quem sabe? Talvez eu esteja redondamente enganado, não joguei ainda. Seja lá como for será uma experiência e tanto, o ponto máximo de toda essa minha viagem pela série, depois de tudo que vi até aqui, não posso deixar de ter essa certeza.

Também dei uma passadinha no modo multiplayer e gostei da desculpa que os produtores arranjaram para incluí-lo no jogo. O templários formando um verdadeiro exército é algo interessante e vai de encontro com esse destaque a mais que o Desmond recebeu em algumas partes do jogo. Não imagino um Assassin’s Creed só com o personagem se aventurando no futuro, mas revesar as atenções entre o assassino do passado e do presente é uma grande sacada, e uma sacada maior ainda seria ver o Desmond se deparando com um verdadeiro exército de templários com as mesmas habilidades que ele nos tempos atuais. Considerando que a história do Desmond também termina no próximo jogo (ou ao menos foi isso o que a Ubisoft prometeu) fico aqui só imaginando as possibilidades.

Voltando ao multiplayer, até que gostei e fiquei abismado por encontrar gente jogando aquilo ainda, achei que todo mundo já tivesse debandado para o multi de Revelations, mas o de Brotherhood por algum motivo anda está bombando, ao menos na PSN. Achei bem simples, dá para se divertir, mas não muito, assim que terminei uma partida de free for all com um bando de gringo bebezão urrando no headset, vi que se jogasse mais duas não voltaria tão cedo para jogar de novo. Provavelmente com uma galera conhecida e com todo mundo no headset anime mais, vi que também tem cooperativo, mas acho que deve ser meio complicado achar alguém para jogar esse modo a essa altura do campeonato. Acabei entrando mesmo só para ter uma idéia e ver como vai ser a evolução do modo em Revelatons, inclusive quem quiser adicionar na PSN fique a vontade, não apareço muito por lá, mas marcando estamos aí. Logo mais quero voltar as minhas partidas de Uncharted 3 e se o multi de Assassin’s Creed animar estarei lá também.

Antes de fechar queria ressaltar o desfecho, o ponto alto do jogo foi poder controlar o Desmond daquele modo, já tinha rolado um momento assim no segundo game, mas foi muito rápido. Nesse a exploração dos cenários, aquelas ruínas antigas da vila dos Alditore e o templo (era um Templo, certo?) onde ficou a maçã do Eden, tudo isso mais uma vez me trouxe um pouco do que mais gosto em Uncharted, só que de um modo ligeiramente diferente. E é estranho isso porque Assassin’s Creed foi a segunda franquia dessa geração que me prendeu tanto, antes disso só Nathan Drake e cia me faziam ponderar tanto sobre o enredo ou gameplay de um jogo nessa geração. E em Brotherhood para a minha surpresa os dois praticamente se encontraram ainda que por breves momentos. E acho que agora isso não tem mais volta, a partir daqui um vai me fazer lembrar do outro sempre que eu me pegar pensando ou jogando um dos dois.

Acho que é só isso, depois do final que arregalou os meus olhos e me deixou algumas perguntas sem resposta, não sei e nem quero saber como vai ser Revelations antes da hora, vou deixar a curiosidade tomar conta das coisas por aqui e tentar terminar algumas das poucas side quests que eu pensei em fazer tantos jogos depois. Provavelmente vou acabar repetindo isso quando eu terminar o atual último jogo dessa franquia, mas quem puder não deixe de conferir toda a trama de Assassin’s Creed na íntegra. A história, os personagens, o plano de fundo, tudo, eu disse tudo, foi feito para te envolver do começo ao fim, sem exagero. E para quem já tiver ingressado nessa irmandade, é só ficar esperto no Portallos. Post de impressões sobre Assassin’s Creed Revelations bem atrasado, mas com aquele nosso jeitinho que você só encontra aqui rola em breve. Antes tarde do que nunca, né?

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13 Comentários

  1. Gostei de saber que você está gostando, da franquia Assassin's Creed! 🙂

    Uma pena, mas provavelmente não lerei suas experiências com Revelations, pois tudo indica que até lá ainda não terei jogado esse jogo da série, e quero me preservar dos spoilers. Mas eu gostei, dos textos que li.

    1. Vlw mesmo Mark, eu curti pacas escrever essa série de textos sobre a franquia, tudo começou sem muita pretensão com aquele post sobre o meu sofá me ferrando pra terminar o primeiro jogo, mas daí tomei gosto mesmo pela série!

      A minha vida gamer vai ficar um pouco mais triste depois que eu terminar Revelations, provavelmente vou sentir aquele mesmo gostinho de quero mais que eu senti a cada fim de um capítulo dessa franquia, mas dessa vez vai ser diferente já que é o último. De qualquer forma tentarei fazer do próximo post o mais caprichado de todos até aqui, se um dia tu fechar o jogo não deixe de ler! XD

      Abraço!

  2. O Maquiavel aparece TRÊS vezes no AC2. Na primeira quando o Ezio passa pelo ritual para se tornar assassino, na segunda é no primeiro DLC (Battle of Forli) onde ele está examinando a Apple com os outros assassinos e por ultimo ele aparece no segundo DLC (Bonfire of Vanites) guiando Ezio Pela Florença dominada pelo Savonarola.

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