Impressões: Soul Calibur V

Uma espada de dois gumes que ainda corta muito bem!

Soul Blade foi o primeiro jogo de PlayStation que joguei. Sendo assim é lógico que ele ia ficar marcado pra sempre. Lutadores com estilos diversos lutando com total liberdade de movimentação, aliado ao seu épico filme de abertura, conquistaram muitos outros jogadores naquela era do 3D tosqueira.

Agora, cá estou com o sexto capítulo da saga de almas e espadas, que ocorre 17 anos após os acontecimentos de Soul Calibur IV, tendo os filhos de Sophitia como protagonista (Patroklos) e antagonista (Pyrrha), além de ter Ezio Auditore de Firenze como “convidado”, e um convidado desinteressante na minha opinião, só está lá por modinha assim como aconteceu com o Spawn em Soul Calibur II de Xbox.

SCV possui em seu elenco lutadores novos e antigos, e no meio deles há alguns “mímicos” como Elysium, o tradicional Edge Master e Kilik, além de se poder utilizar o estilo de luta do Devil Jin (Tekken). Me pareceu ser um elenco de lutadores variado, só não gostei do Kilik possuir estilo mímico. As armas e itens não possuem mais alterações em seus atributos, o que é uma pena, era tão legal envenenar a espada!

O jogo contou com um novo diretor, Daishi Odashima, e por isso provavelmente ele é diferente dos jogos anteriores, de maneira boa e má. O jogo foi produzido de maneira rápida até, e é uma pena que não é um SCIV não só com adições, mas também com subtrações. Talvez tivesse sido melhor se o SC de PSP tivesse sido limado e o time de desenvolvimento tivesse se focado logo em SCV.

A parte ruim é que os modos para um jogador estão bem ruins e chatos. O modo de história é terrível, recheado de painéis desenhados em estilo mangá, e conta com um enredo sem sentido. É só uma desculpa para navegar por um mapa inútil e travar algumas dezenas de batalhas comuns. No lugar do desafiante e entusiasmante Tower of Lost Souls, temos agora o Legendary Souls, onde você só enfrenta sucessivamente personagens com I.A. alta e ganha uma pontuação ao final de 7 estágios.

A porção boa é o modo de criação, mais completo do que a versão anterior, compartilhando inclusive itens entre personagens masculinos e femininos. Por conta disso, é muito legal entrar em disputas online e rir muito com as bizarras criações que surgem. Falando em online, na edição atual o sistema é bem mais completo, com direito até a torneios. Eu gostei mais do Global Collesseum, que é um lobby gigantesco que abriga uma determinada região/país/cidade. Pena que eu entro no lobby de San Paolo (que mancada Namco!) e é raro encontrar alguém por enquanto.

O que mais me chamou a atenção em um primeiro momento é o visual ainda mais bonito, especialmente nos cenários, que agora até sofrem variações no melhor estilo Dead or Alive. A jogabilidade também se destaca, ficou mais atual e incorpora elementos vistos em jogos como SFIV, dando por exemplo a oportunidade ao jogador de fazer golpes “cinemáticos”, graças a adoção de uma barra de especial. Achei que as lutas ficaram mais dinâmicas e divertidas com as novas implementações.

Em linhas gerais, SCV brilha mesmo na parte online, se você costuma jogar sozinho não há muito o que se fazer além de dominar os estilos de luta de cada personagem. Mas online é interessante e mantém o jogador mais tempo ocupado. Eu não pretendo me desfazer de SCIV, ele é melhor para jogar sozinho do que SCV, então não é uma má idéia ter os dois jogos, no fim acredito que um complementa o outro. SCV não me decepciona profundamente, não me empolga em demasia, mas também não conseguiria viver sem ele. É um bom jogo para ter na coleção e continua obrigatório para quem curte o gênero.

Transcending history, and the world, a tale of souls and swords, eternally retold.

Nota: o vídeo que abre o post mostra uma das lutas entre mim e o @Haiiro87 (que ganhou várias vezes de mim, inclusive com ring-outs seguidos xD) onde eu uso o Samurai Cego, um dos lutadores que criei.

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Um Comentário

  1. MÃE, TÔ NO PRINT XD
    Hint: O chute "This is Sparta" (<-K) do Mitsurugi é obrigatório pra quem quer dar ringouts em sujeitos desprevenidos. :V
    Concordo com… tudo, basicamente. O story mode é MUITO fraco se você assumir que é o "modo principal", especialmente pra quem já jogou Blazblue que tem histórias multi-branching pra cada personagem. Se foca apenas no Patroklos, com pitadinhas de alguns outros, metade dos personagens nem aparece… e a história é bem mais ou menos, pra não dizer ruim, apesar de eu ter gostado muito das cutscenes e achei o final bem foda, de arrepiar até XD Clichezão, mas foda.
    Sempre curti ficar no Training mode por tempos e tempos, mas depois que se faz isso, realmente não sobra muito pra se fazer sozinho.
    Curto chamar o povo pra jogar em casa, mas nem sempre dá então o online acaba sendo o "modo padrão" de jogo… até encher o saco. =P
    Comprei a CE, não me arrependo, estou gostando MUITO do jogo, só seria muito legal se fosse "mais". XD

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