Logbook: Sobre travas de região

Travas de região! E se tal jogo não for localizado? Comprar BR ou importar?

Idéia nova no pedaço. Algo muito debatido entre nós do blog, no fórum interno da equipe, é sobre as variadas discussões que surgem a todo momento. Não há semana em que fiquemos sem tecer opiniões variadas, pontos de vista extremos (e umas trolladinhas) entre nós. Pipoca rumores do Wii U? O pessoal começa a soltar opiniões ácidas, e amorosas ao console. Um mero pensamento ou comentário acaba virando um texto, esse que muitas vezes não conseguimos transformar em um post para debater com vocês leitores. E é exatamente isso que tentarei fazer a agora.

Muitos sites tem podcasts, hoje dia há muitos e dos mais variados tipos. Aqui no portallos o pessoal (antes da minha chegada a equipe), chegou a manter um, porém é algo complicado de se fazer já que com a andar da carruagem do tempo as agendas foram ficando cada vez mais incompatíveis e apertadas. O nosso fórum serve muitas vezes de “podcast”, mesmo que não tomemos ciência disto. Então achei Logbook um termo adequado para o que eu vou fazer após o continue.

O assunto em pauta hoje foi: travas de região em consoles…

Tudo começou na verdade quando o TMT, veio de umas comprinhas na ShopTo. Comprou alguns joguinhos Europeus para o Xisboca, e acabou levando FF XIII-2 no pacote pelo preço camarada. Até que…. Ele descobriu que especificamente este jogo não era region free! Rapidamente surgiram os comentários:

Dakini: Videogames com trava de região, até quando. A Nintendo já disse se o Wii U vai ter? Porque o 3DS me dá raiva, sério. Ainda mais agora que tô aprendendo japa pra valer e poderia importar jogos.

A Dakini despretensiosamente soltou isso no fórum e logo atrás veio Mauri ácido como sempre:

Mauri: Eu espero que tenha. Sou a favor do fortalecimento do comércio local, só isso, e simplesmente isso.

Comprar coisas lá de fora ou do mercado cinza só contribuem para que a situação nunca mude. É exatamente isso o que inviabiliza a entrada forte das publishers no Brasil. Aquelas com mais grana conseguem se virar, e ainda assim empresas do porte da Capcom não estão aqui. O problema do Brasil não é só a pirataria, há algo tão ruim quanto, que é a compra legalizada feita em outro país.

Eu cá com meus botões já levei em consideração a fator preço levantado pelo Paulo, após. Mauri voltou a responder agora de forma mais completa:

O fato de termos a Sony e a Microsoft estabelecidas não é tão grandioso assim, pois elas trazem os jogos delas apenas, os jogos licenciados ficam a cargo das publishers. O mercado de quem comprar o original já é pequeno, e dentre esses uma parcela fica a comprar lá fora, então a solução cômoda e infeliz é ver as publishers licenciandos seus jogos para empresas como NC Games, ZAP, Arvato e afins. Assim, como mais um atravessador, o preço não consegue ser legal mesmo. É muito garfo pra pouca refeição.

Os últimos jogos que comprei, comprei Uncharted 3, MW3, Skyrim e Mass Effect nacionais, a 199,00. Lógico que não é um preço legal, dói muito no bolso, mas penso que estou contribuindo para mostrar para Activison e outras que existem consumidores nacionais. E mandei um e-mail para cada uma delas falando sobre isso. Uma guerra se vence no campo de batalha, não em terreno neutro.

É isso o que eu tenho a ver com isso. Eu você, e todo mundo que comprar jogos de videogame. Quem compra lá fora é tão nocivo quanto quem compra um pirata. Se quando você compra pirata você não aparece nos resultados da empresa, quando você compra nos EUA você aparece como consumidor americano, e não brasileiro. Com isso, a publisher é lógico que prefere investir no mercado americano. Pra quê investir no Brasil, se os brasileiros no fim acabam comprando lá nos EUA mesmo?

A minha opinião é bem clara, o Brasil tem potencial, mas o próprio país se sabota. O pirateiro, o comprador externo e os impostos são a tríade que impede o mercado nacional de se expandir na velocidade que portencialmente pode. E isso não afeta só games, mas outras coisas também. Quantas vezes eu já não li comentários no Omelete sobre pessoas que ficam zuando quem compra os encadernados da Panini, pois os “espertos” compraram lá fora? O editor da Panini, Fernando Lopes, já disse que por ele lançaria encadernados todos os meses, mas que para isso o pessoal precisa comprar que os italianos vejam que tem espaço no Brasil pra isso. Como a maioria baixa o scan ou compra lá fora, os italianos não se arriscam e lançam só aquilo que é garantia de alguma venda mínima. Por isso a DC só tem 6 revistas mensais e a Marvel 15, também.

Enfim, me alonguei mais do que queria, mas é só pra não deixar dúvidas na sua cabeça. Se você falar “eu me recuso a comprar jogo no preço praticado e prefiro outra maneira”, tudo bem, faça o que quiser, só espero que entenda a minha posição também.

Questão levantada e respondida, realmente. Faz todo o sentido isto que foi comentado. Eu realmente nunca havia pensado no lado “empresa/comércio” da coisa. A maioria das ações empresarias são baseadas em números (dá pra contar nos dedos as que não são, não?) e se nós desviamos os números para outros mercados, há uma tal fuga de consumidores para mercados já fortes e que já conquistaram certa credibilidade do consumidor em termos de comprar produto X.

Theo, mandou a segunda questão da coisa:

Theo: No meu entendimento comprando jogo original já seria o suficiente, mas você mandou um ponto de vista que eu ainda não tinha analisado. Mas no caso da trava por região: e os jogos que não veêm a luz do dia em outros países? Jogos orientais e europeus? Ficarão restritos a esses mercados?

Acho que essa é a maior reclamação da Dakini.

E essa a maior razão para alguém querer consoles sem travas de região. Eu por exemplo, tenho uma história de amor com um dos melhores jogos que já joguei na minha vida (e que inclusive serviu de porta de entrada para mim no Portallos), que é o Jump Ultimate Stars. Um jogão em todos os sentidos, mesmo pra quem não é tão fissurado na Jump como eu (foi por ele também que conheci várias pérolas como Hokuto No Ken). E Disaster no Wii que nunca saiu em terras Americanas? E o Tingle Rose RuppeeLand (como queria jogar essa bizarrice)? Poderia citar uma penca de Tales Of, outra lista de jogos crossovers… E eles?

Mauri: Sim, mas a pergunta é: existe espaço para esses jogos? Captain Rainbow venderia bem se fosse lançado no ocidente? Acredito que não, se eu fosse o Reggie eu nem ia querer lançar mesmo. Mesmo sendo o nicho do nicho, até entendo também existir pessoas que queiram jogar, mas comercialmente falando é algo dificultoso. Se eu tiver um console sem trava de região, uma pequena parcela de meus consumidores aproveitará jogos não lançados na sua terra. Por outro lado, uma parcela maior de consumidores pode recorrer a compras em outros mercados de títulos que estão disponíveis. Isso é algo que assombra o mercado do entretenimento, e que com a globalização se fortaleceu, enfraquecendo os mercados locais, que assim perdem também o poder de exercer um maior curso de ação.

A trava de região foi criada para sustentar o mercado local, porque o pessoal abusa. Na época do SNES, era muito comum encontrar as lojas cheias de jogos japoneses, o pessoal não queria esperar pelo lançamento americano, mesmo nos casos em que o jogo fatalmente seria lançado lá. Meu amigo comprou o SFII Turbo lá nos EUA, japonês, pode? Se fosse o Super Hokuto No Ken, ok, mas SFII não pode, isso estraga o mercado. Eu fico meio assustado com essas campanhas de “comprem tudo lá fora”, tenho medo de chegar um dia em que as empresas simplesmente vão desistir do Brasil. Afinal, brasileiro compra tudo de fora, pra que investir o mínimo que seja?

Pegando o caso do Xenoblade e similares, eu achei muito legal a iniciativa de se fazer um movimento que mostrasse para a Nintendo “EI, queremos esse jogo” ao invés de todo mundo só simplesmente comprar o jogo de outro país. Agora, ainda assim, o jogo vai ser lançado lá, mas como muitos já compraram, não vai vender com o potencial que deveria, e com certeza vai desestimular a Nintendo na próxima vez que um jogo similar aparecer. Em vez de da Nintendo USA ter vendido sei lá, 200 mil jogos, ela vai vender 80 mil. A Nintendo européia por sua vez, deveria ter vendido 300 mil, mas terá vendido 420 mil. Isso provocou uma distorção do mercado, e os números não mentem, e de acordo com a contabilidade oficial é certo que a Nintendo Europa vai dar mais atenção a esses jogos e a Nintendo USA não.

Entre mortos e feridos, é melhor pra mim eu ver o meu mercado forte do que agradar alguns usuários.

E é exatamente assim que a empresa pensa, por mais que seja chato, por mais que gostaríamos ter várias pérolas japonesas como Taiko no Tatsujin. A Entusiasta por CEs então volta para a réplica:

Dakini: Eu entendo a questão do mercado nacional, e sinceramente gostaria de comprar as coisas aqui. Até diria dane-se pro fato de ser o dobro do preço em casos de jogos que quero muito, mas aí entra outro problema: CEs. Elas não vêm pro Brasil, somente em casos de jogos famosinhos mas aí é tipo 7x+ o valor cobrado lá fora. Impraticável. E hoje em dia quase tudo que eu compro tem CE e portanto eu pego essa edição.

E outra coisa diferente é a não localização de jogos. Eu não digo que não entendo as ações da NoA ou de outras publishers. Elas tão no direito de achar que x vai ser rentável e y não vai vender nem mil cópias, isso não é discutível, é arbitrário e é ok ser assim. Mas não é porque é assim que funciona o mercado que eu não posso achar ruim. O que sai aqui do que eu gosto eu compro, mas eu quero poder jogar o que não sai também. COMPRAR ORIGINAL o que não sai, sem desbloquear console ou jogar em emulador. E a trava de região impede justamente isso. Que ela serve pra fortalecer o mercado local não há dúvidas, mas não é por isso que eu tenho que gostar dela.

E para fechar o papo:

MauriNada errado com suas vontades, algumas delas são minhas até, mas representam uma parcela muito pequena dos consumidores. Eu digo que entendo pois trabalhei em uma empresa grande de serviços, e recebíamos feeedback variados, mas alguns deles eram de nicho de tal maneira que tornava impossível o atendimento.

Se o Brasil mal está lidando bem com os jogos standard, imaginem com CE’s. Nada errado conosco, simplesmente não somos o público adequado, e eu por isso comemoro cada pequena conquista. Mass Effect por exemplo, aqui a edição standard saiu com o mesmo conteúdo da edição de pré-venda. É pouco, é claro, mas são pequenas iniciativas como essa que podem sinalizar demanda de mercado mostra que a EA tenta compensa compensar de algum modo. A warner veio com um brinde legal em Arkham City e tal.

Um exemplo diferente é os grandes blockbusters como Vingadores estrearem primeiro no Brasil. Os americanos ficam putos tipo “porque um filme feito aqui chega primeiro em outros países”, mas estréia primeiro aqui e em outros mercados por questão estratégica, não é que os estúdios queiram sacanear os americanos.

Não simplesmente questão da empresa X ou Y ser evil ou não, é uma questão de consumo e demanda dele (ainda que em alguns casos a empresa realmente tenha tomado um curso de ação infeliz). Ninguém toma uma atitude que desagrade o consumidor por sacanagem, é só o que tem pra hoje. Acredito que quando o mercado como um todo atingir uma maior maturidade, a trava pode ser reavaliada.

Depois deste debate de ideias, a hora é de vocês leitores, puxem uma cadeira e continuemos o papo!

Isso também pode lhe interessar

24 Comentários

  1. Rackor: lol, minha quote. XD

    Sobre o post, deve ser egoísmo mesmo, mas não consigo ligar pra um mercado nacional que me cobra 200 a 250 reais num lançamento que posso arranjar legalmente por 120 já com frete. Seria ótimo comprar aqui, nem precisaria esperar o correio, mas sou paciente. =P
    Eu não entendo patavinas de economia então posso estar falando merda, mas pra mim, incentivar a compra aqui com as coisas como estão é se declarar satisfeito com a situação. Não sei até onde as empresas conseguem influenciar no preço dos jogos, mas vejo o exemplo da Ubisoft, que deve ter usado alguma magia negra, mas os jogos dela saem aqui a preços aceitáveis e alguns até menores que nos EUA. Resultado: meus Rayman: Origins, Assassin's Creed (1) e AC: Brotherhood foram comprados na Saraiva (acredito que em breve, AC: Revelations também.) . Eu nem ligo de pagar um pouco mais caro pela comodidade e até pelo incentivo a essa iniciativa(?), mas não o dobro ou triplo (case in point, Pokémon HeartGold, de 2010, custa 200 reais por aqui, e 40 dólares lá fora. O preço não abaixar é entendível porque Pokémon não abaixa nem nos EUA, mas o inicial é bizarro.)

    Não sei se sou ingênuo demais nesse ponto, mas acho estranho assumir que as empresas olham somente os números e não os acontecimentos que levaram a algo. Se a gente percebe essas coisas, creio que eles também conseguem.
    Xenoblade, mesmo, pra mim é um caso que o recado passado é "Olha o quanto vocês perderam por demorar tanto", e não "É, esse jogo não dá certo por aqui", principalmente pra quem acompanhou todo o movimento envolvido. Eles têm é que ver o quadro geral e perceber que se tivessem percebido o interesse do público em tempo hábil, venderiam bem mais.

    Por fim, concordo com a Dakini (em grau bem menor, suponho =P) tanto em relação às CEs quanto à possibilidade de jogar jogos nicho que nunca vão ser lançados aqui. Realmente é uma minoria que não influencia o suficiente pra incentivar algo do mercado nacional, mas existe e eu como consumidor não quero ser forçado a cruzar os braços e dizer "é, não vão lançar aqui mesmo, paciência". Isso é um ponto de vista pessoal mesmo, com certeza não estou pensando em nada de grande escala e não sei o que poderia ser feito, mas é o que acho.

  2. Sou contra a trava por região.

    Vendo pelo lado da empresa, como o Mauri expôs, esse sistema é vantajoso (para ela).

    Mas pelo lado do consumidor, é extremamente desgastante. Você compra um console (caro, pois baratos eles não são), e mesmo antes de comprar já sabe que vai depender "da sorte" para jogar jogos que "quem sabe" você queira muito.

    Outro ponto, que é o prejuízo do mercado interno. O mercado interno (produção) não consegue dar segurança nem para os games nacionalizados. Então é meio que perigoso deixar esta como única opção.

    Em se tratando de região, é bem provável que a America inteira fique com uma região única. No caso, isso não resolveria o problema de comprar no exterior, pois os consumidores continuariam comprando coisas dos EUA. O máximo que poderia acontecer seria acabar com a concorrência do mercado Europeu e Asiático, porém o mercado interno (Brasil), continuaria em desvantagem.

    Por fim, outro ponto que embora não provoque grande reflexo, mas não deve ser esquecido, é o da concorrência. Se tenho 03 opções de compra, há chances de haver 03 preços diferentes. Se tenho apenas 01 opção, esta se torna absoluta e livre para praticar o preço que quiser.

    Em relação a esse assunto específico (produção de games, etc) não sou nenhum conhecedor, mas analisando a nível de mercado geral, essa é minha opinião.

  3. No mundo ideal, sem travas de região, os lançamentos chegariam ao Brasil a 99,90 como Rayman Origins, e só compraria fora quem for mazoquista (pagar mais ou menos o mesmo preço e correr o risco de extraviar e ser taxado).
    E sem as travas de região ninguém seria impedido de importar os jogos que não saem no seu país (pois tem coisas que nunca vão sair do Japão).

    Só acho que importar é muito melhor que comprar pirata. Você não está ajudando o mercado local, mas está incentivando as empresas e os responsáveis pelo jogo que você gosta.

  4. Espero que a América inteira (Sul, Centro e Norte) sejam uma zona só, que aí me arrisco a comprar um 3DS. Nunca vi pelo ponto de vista comercial, mas agora que percebi isso vejo como é importante para a empresa nacional. Mas mesmo assim sou contra a trava de região…

  5. Também desejo um mercado nacional forte. Mas como o Felipe disse, se comprasse todo mês um jogo de 200 reais num jogo eu ia é estar incentivando esse tipo de negócio. Hoje tenho 5 jogos,(roubaram o resto, coisas da vida), 2 eu comprei por 200 na submarino, mas vinham com brindes que podem nem valer 5 reais mas é algo diferente, 1 importei e outro peguei no Jogo Justo. E acho que essas iniciativas de Jogo Justo que devemos incentivar. Num link abaixo tem uma materia que fala de Assassin's Creed Revelations, a Ubisoft anuciou o jogo por 149, mas os lojistas aumentaram o preço. Pq? Pq pagam. http://www.finalboss.com/fb5/ctu.asp?cid=73261

    Devemos incentivar o mercado ao mesmo tempo que conscientizando ele que esses preços praticados não são o caminho.

    Aliás tem um censo rolando aí, uma boa forma de mostrar nossas visões sobre jogos. http://www.censogamerbr.com.br/

  6. aproveitando a materia tenho um ps3, ouço dizer que os jogos tem travas outros ja dizem q nao o meu é americano. tem como eu importar games da europa ate mesmo por eles alguns virem em portugues sem medo da trava?

  7. Em um mundo ideal, não existiria trava de região, nem pirataria, nem mesmo compra no exterior…

    Mas como esse mundo não existe e eu sou CONSUMIDOR, sou totalmente contra trava de região…

    Quando o país parar de explorar seus trabalhadores, as empresas não visarem lucros altissimos (as empresas não querem lucro de 10%, querem de 100%, custe o que custar), ai eu penso no bem do país e no crescimento… Por enquanto eu penso nas pessoas que tem em um Play 2 pirata sua única forma de diversão… Que mesmo sendo errado, uma criança pobre só tem um sorriso no rosto, porque um maldito vendedor pirata, vende um console por 300 reais… Os políticos pensam que um jogo pode tirar essas criança da rua? Não… Ele pensa que não se deve incentivar as crianças a jogarem… falo logicamente em uma maioria, claro que tem os raros bons governantes…

    Sempre que comento sobre isso, geralmente dizem: é por isso que o país não vai pra frente… Você é a favor da pirataria…
    Ai eu pergunto: Sério? Em quem você votou nas últimas eleições? A vida se resume a um game? Tem coisas profundas a serem mudadas e só quem conhece pessoas humildes, que não tem dinheiro pra nada, é que sabe, que elas também merecem se divertir depois de trabalhar muito o dia inteiro ou viver em condições sub humanas… Eu compro jogos originais para o meu DS, porque tenho condições para isso, mas não condeno quem compra pirata e sou totalmente contra travas de região… A mudança começa com a cobrança aqui de baixo, mas só é efetivada lá em cima, no topo do poder… se eles não querem, que todos se beneficiem então, inclusive os pirateadores…

    Apenas comprar jogo pirata, que é pirataria? Vejo que as pessoas que criticam pirataria relacionam muito a questão dos jogos, mas baixar músicas, animês, séries, também é pirataria…. E quero ver um aqui falar que não faz nada disso… O problema é muito maior do que se imagina, para poder julgar alguém… eu vejo isso quase como impossível de acabar de vez, assim como dizer que todos politicos serão honestos algum dia…

    Igual a Dakini comentou: não acho que as publisher tem direito de decidir o que lançar ou não em uma região do mundo, só visando o lucro… lancem no mundo inteiro todos os jogos, em tiragens diferentes, calculando o provável interesse do consumidor e assumam o risco de ter prejuizo também, ai fica igual para todas as partes envolvidas no processo…

      1. [2] Mas aí eu sempre me pergunto quanto será que vendem os jogos da NISA nos EUA. E ela continua a trazê-los sem falta. Do tipo, CERTAMENTE vendem menos que um Tales of, então… ou a NISA não se importa de ter prejuízo (haha…) ou o padrão de lucro da Namco é alto demais.

  8. Eu ainda acho que ela deve comprar as licenças por atacado. =P
    A NISA traz muitos jogos de custo de produção baixo (não dá pra comparar algo da Compile Heart a um Tales of da vida, IMO) que vendem pouco mas mantém a margem. Mas também tem outros bem mais dignos, então acho que o ponto se mantém. XD
    Pode ser que o padrão de lucro da namco seja mais alto, mesmo, ou talvez alguns dêem prejuízo, mas nesse caso eles prefiram pensar a longo prazo (manter a base de fãs pra ter a possibilidade de um sucesso inesperado).
    Mas não sei até que ponto isso é viável porque é achismo completo. =P

  9. Eu sou contra as travas de região e nem é por causa das importações para pagar mais barato, e sim pelos motivos que a Dakini citou depois, que são os jogos não lançados na nossa região e as CE's que raramente chegam ao Brasil e que quando chegam vem custando quase o preço de um console. E também por uma questão ideológica minha de não ser limitado pelas empresas através dos produtos que eu consumo.

    No entanto eu entendo perfeitamente o ponto de vista do Mauri apesar de não concordar, pois a maioria das coisas escritas por ele são bastante pertinentes. Só que acontece o seguinte, eu sou consumidor e não empresa e nem sempre (Quase nunca na verdade) o que é melhor para empresa é o melhor para o consumidor, se não não teriamos zilhões de processos contra empresas no mundo. Eu devo ter uns 30 jogos de PS3 e todos foram comprados aqui mesmo, eu pessoalmente não vejo tantas vantagens ao se fazer importações de jogos ( A não ser os 2 casos que eu citei no início). Sabem qual foi a quantia mais cara que paguei num jogo ? 140R$ no Red Dead Redemption Game of The Year Edition e isso porque peguei no mês de lançamento, meu MK9, Uncharted 3 e o UMVSC 3 foram 120 cada, o resto sem exeção foi de 100 reais para baixo, nem ferrando que vou dar 200 reais na droga de um jogo (é 1/3 de um salário mínimo), e para mim esses preços que paguei são até razoáveis. Eu vejo muita gente importando jogo esperando 20,30, 40 dias, pagando imposto (ou não), risco de extravio, risco de problemas com a loja, pagamento tem que ser cartão para mim e muita desvantagem para uma diferença de preço que na minha opinião não justifica as desvantagens, digo isso pois canso de ver gente pagando 70 reais em jogo importado quando aqui você arranja nesse preço ou 10, 20 reais mais caro. Quanto aos lançamentos, não entendo essa tara que alguns têm de querer jogar um jogo só porque é novidade, é muito difícil encontrar alguém aqui no Brasil que pegou algum console no lançamento e tem uma porrada de jogo "antigo" de qualidade nos consoles que se acha a menos de 100 reais.

    Não sou ingênuo sei que muitos jogos que eu compro nas lojas daqui são importados de maneira ilegal pelas lojas nacionais, inclusive tenho uns 3 ou 4 jogos europeus, mas muitos também são importados de maneira legal. Uma outra coisa que gostaria de salientar e que canso de ver pessoas enchendo a boca para falar que compra jogo original importado, e chama o cara que compra jogo pirata de criminoso, pilantra, que não contribui para indústria a ladainha de sempre, quando se esquece que a sonegação fiscal que fazem eu seus jogos importados é crime assim como a pirataria, embora esse último seja mais prejudicial a indústria dos games, mas os dois são crimes do mesmo jeito, acho importante deixar isso claro pois a quantidade de falsos seguidores da lei e moral que tem por ae não está no gibi.

    Não acho que comprando jogos em grandes lojas e esse preço de 200 reais faz as empresas olharem com mais carinho para o brasil não para falar a verdade acho que o tiro pode até sair pela culatra, pois tem produtos no Brasil que foram reduzidos os impostos e receberam um maior incentivo, mas continuam o mesmo preço de antes, pois o interesse principal de uma empresa é e sempre será maximizar os lucros, a satisfação do consumidor vem depois, então se eles vem que os jogos deles vendem bastante aqui mesmo com o preço bastante superior do que é vendido lá fora, nem as empresa e nem lojistas (Pelo menos a maioria) vão ter interesse em abaixar o preço dos seus produtos mesmo com o incentivo que for, pois estarão lucrando mais. Talvez eu seja um pouco pessimista, mas infelizmente é essa a visão que eu tenho das coisas.

    1. Só por curiosidade, esses jogos que vc compra por 120 reais no máximo, foram em alguma loja autorizada(não bem o termo, mas no momento não achei uma melhor, para lojas que vendem os jogos lançados no brasil) ou vc comprou via mercadolivre e/ou alguma outra loja virtual? Pq comprar no mercadolivre e na maioria das lojas virtuais é apenas um tipo de importação já que quando vc compra deles é uma revenda da compra que eles fizeram lá fora e importaram.
      Se foi em uma loja que vendem jogos lançados no Brasil passe o link por favor. Pq numa rápida busca por submarino, fenac e saraiva só encontrei o jogo por 200. No mercadolivre sim achei por 140.

  10. Só uma pergunta pro Mauri

    Quem é o lado forte nessa balança? Eu, pequeno "importador" que compro meus jogos lá fora por N motivos (nenhum desses motivos é preço) ou as grandes "publishers" que não se instalam no Brasil?

    Primeiro eles tem que mostrar pra mim que é vantajoso comprar no BR, não eu abdicar de comprar jogos lá fora só para mostrar que aqui tem consumidor em potencial.

  11. Creio que o conceito de travas e o jogo não ser poduzido pra países / regioões X, Y ou Z sopropicia a pirataria. Quem nunca jogou Dragon Ball, Yuyu Hakusho, entre outros para snes em japones? Isso os gamers old school é claro.

  12. Cara trava de região é um assunto complicado… em jogos que possui a versão nacional eu concordo muito com a trava de região para realmente apoiar o mercado, agora games que nao possuem versão nacional nem nunca vao possuir, nao faz sentido nenhum a existencia dessas travas de regiao, ridiculo alias!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Dê uma ajuda ao site simplesmente desabilitando seu Adblock para nosso endereço.