Cavaleiros do Zodíaco – Batalha do Santuário: enfim juntos!

Quando um fã cego encontra o seu tão amado jogo meia boca!

Rapaz… como essa sexta demorou a passar hein. Mas calma, não foi porque eu fiquei com os dedos coçando pra comprar a minha cópia dos Cavaleiros do Zodíaco não. É porque sexta feira é isso aí mesmo, ela sempre me faz pensar como o dia seria mil vezes melhor se já fosse sábado (e eu penso o mesmo do domingo). Aliás se não fosse o Mauri avisando lá no fórum da equipe no começo da semana eu nem me lembraria que dia 15 estaria rolando mais um evento na Saraiva Megastore do Shopping Center Norte, com direito a autógrafos e tudo.

Só que dessa vez eu fui apenas na condição de consumidor e não de repórter. Sai voando do trabalho direto pra lá na esperança de encontrar algo interessante acontecendo, mas acabei chegando atrasado. Só tive tempo mesmo de ouvir a mulher no microfone dizendo que a parte de cima da loja, a mesma que abrigou o evento que trouxe o Charles Martinet ano passado pra cá, estava completamente lotada.

Desanimado? Nem um pouco, meu hype pra esse evento estava zero desde o começo e enquanto Pegasus Fantasy ecoava pelo lugar na voz do Rodrigo Rossi seguido de perto pelos berros de quem chegou mais cedo pra ver o show, eu só pensava em pegar logo a minha cópia do jogo e cair fora dali. Afinal ser pouco objetivo numa noite de sexta feira em São Paulo pode lhe render horas terríveis preso num engarrafamento. O meu único e crucial problema é que procurar algo naquele lugar foi quase a mesma coisa que se aventurar numa selva. Fora o meu péssimo hábito de me distrair facilmente.

Quando não via livros, via CD’s, quando não via Cd’s, via Macs caríssimos e quando não via Mac’s caríssimos via mais livros de novo. Passei uns 3 minutos nessa até descobrir que do outro lado estavam os jogos de 3DS, PS3 e Xbox 360. Mas ao invés de finalmente me encontrar com o Seiya eu dei de cara com um monte de box de jogos traduzidas. Coisa que me surpreendeu e me tomou mais uns 20 minutos. Distração #1.

Pra quem já está costumado a comprar em lojas grandes, em shoppings center e tal, isso com certeza não é nenhuma novidade. Mas quando você procura preços mais generosos em lojas mais afastadas (o chamado mercado cinza das importações), tipo no centro da cidade como eu. A última coisa que você costuma ver é uma box apresentando dizeres como “Agora é guerra” (Syndicate) ou “A ajuda está a caminho” (Dead Space 1), entre outros que agora não me recordo.

É uma pena que na hora do disco rodar no console o idioma seja outro, mas não deixa de ser interessante saber que cada vez mais esses jogos estão ganhando uma cara só nossa. Sinal de que talvez nos estejamos mais perto de mudanças do que realmente imaginamos.

E ainda fuçando esses games eis que me deparo com um aglomerado de cuecas num lugar só. Obviamente que o motivo para um fenômeno desses acontecer só poderia ser um: Cavaleiros do Zodíaco: A Batalha do Santuário rodando ao vivo no PlayStation 3 pra quem quisesse testar. Os caras estavam exatamente na mesma TV onde meses atrás testamos Zelda Skyward Sword do Wii.

Ainda não tinha achado o jogo e tampouco me animei a entrar na fila para testá-lo, mas decidi cessar um pouco as buscas pela minha cópia do mesmo afim de ver em que pé do gameplay a turma já estava. Distração #2.

Era a luta do Seiya e o Aldebaran na casa de touro. Os gráficos são mesmo uma tristeza, parece um Play 2 versão 2.0. Seja lá quem foram os responsáveis dentro da Namco Bandai pela parte gráfica desse jogo, eles deveriam ter vergonha de apresentar um visual tão aquém dos games atuais em plena sétima geração (até um jogo de Pachinko consegue ser mais bonito). Se a idéia era construir um visual meia boca desses, que lançassem o jogo logo como um multiplataforma mesmo. Essa exclusividade não faz o menor sentido pra mim (ou insucesso do 360 no Japão não justifica nem mesmo um port vagabundo?).

Ainda bem que ao menos os movimentos parecem dinâmicos o suficiente pra que o triste sentimento de estar jogando um  Dynasty Warriors não seja tão constante. Também parece que cada casa vai ter alguma peculiaridade pertinente ao universo da série. Por exemplo, o rapaz que estava jogando provavelmente não estava muito afim de ler as legendas, mas na parte inferior de todo aquele HUD a Marin só faltou sair da tela pra avisar o pobre diabo que ele deveria atacar o Aldebaran somente quando ele saísse da sua posição de defesa (os bracinhos cruzados, lembram?).

Ou a emoção de apanhar do cavaleiro de touro segurando um joystick foi mais forte ou simplesmente ele não assistiu o anime o suficiente pra se lembra disso. O fato é que ele acabou tendo que passar o controle sem conseguir sair da segunda casa. Vi pouco, mas gostei do que vi. É exatamente esse tipo de apelo, que vai fundo nas memórias do fã, que me fez alguém interessado no jogo. Apesar dos pesares.

Pena que minutos antes da minha saída um falastrão logo atrás de mim chegou enchendo a boca pra dizer: ”PO@#$% MANO, ZUARAM O JOGO, NEM TEM MODO VERSUS” (…). Foi triste ouvir isso, até a voz inconfundível do Rodrigo deu passagem para a frase que ecoou pra dentro do meu cérebro, quebrando um pouco da ilusão que eu tinha. Sem contar que isso me lembrou de Bleach Soul Ignition no mesmo instante.

Em outras palavras, nada bom. O relato não foi o bastante pra me fazer desistir da compra, mas a partir dali eu fiquei consideravelmente menos animado. Afinal, eu vou jogar, fechar uma vez e depois usar a box como um belo peso de porta. A propósito, o jogo do One Piece também é cria da Namco Bandai né? Hum… então terei 3 pesos de porta bonitões até o fim do ano. Oh Well…

E dale pausa para o Facepalm nosso de cada dia. Distração #3?

Acabei saindo da loja sem achar o jogo, mas por sorte (?) trombei com uma das lojas da UZ Games do lado de fora do shopping antes de dar a causa como perdida e… lá estava ele, vários dele na verdade. Fiquei tão emocionado com a capinha toda traduzida que até me esqueci da qualidade horrorosa que a minha câmera tem e tirei uma foto só pra registrar o momento (essa mesma que abre a postagem).

O manual também vem todo em português do Brasil e com o direito ao DLC da armadura de Sagitágio já incluso (baixável apenas na PS Store brasileira). Quando cheguei em casa dei uma boa olhada no disco Blu Ray também, acho que a última em que peguei num material assim, com a logo brazuca “Os Cavaleiros do Zodíaco” foi em meados da década de 90. Quando a minha mãe me comprou aquele vinil oficial lindaço com todas as músicas “From Brazil” criadas por conta do tamanho hype que o desenho tinha naquele tempo (e que o jumento aqui quebraria anos mais tarde).

E é isso, espero poder prestigiar mais lançamentos nacionais como esse daqui pra frente. O empecilho continua sendo o preço abusivo, mas o cenário atual infelizmente não vai mudar da noite pro dia. Logo, quem puder que faça a sua parte, pelos menos com os títulos que mais curte. Afinal, se algum dia esse tímido investimento (porém cada vez mais crescente) das produtoras na nossa República das Bananas for todo por água abaixo, vamos poder ao menos dizer que um dia tentamos.

 

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14 Comentários

  1. Assim, o pessoal se iludiu porque quis, porque desde sempre ficou bem claro que esse jogo é um “Skin” de Dysnaty Warriors, assim como foi com Gundam,Kenshiro e será com One Piece. Essa é a estrategia da Namco Bandai,por sinal uma estrategia fdp, mas é assim.
    Esse tipo de jogo so vai agradar mesmo quem for fã da Serie Dysnaty Warriors e do anime em questão, porque senao ele vai se decepcionar muito.
     
    No meu caso, eu adoro a serie do DW(a a versão da Capcom Sengoku Basara), porque me lembra dos tempos aureos dos Beat’Up onde a unica coisa que vc se preocupava era andar pra frente e socar inimigos genericos(sim, eu gosto de coisas simples, heheheh). Ja joguei varios DW, mas o meu favorito foi o do Gundam(principalmente o 3), gastei umas 100 horas no jogo(junto com um amigo, o jogo tem um coop otimo), pra maximizar nossos gundams preferidos,alem de habilitar umas outras centenas de robos diferentes. Do mesmo jeito vou jogar direto esse SS, so fico triste porque o Coop é limitado(so umas missões extras, nada do modo historia), mas mesmo assim vai ser legal. O proximo na minha lista é do Kenshiro e do One piece,quando este sair.
     

    1.  @Wazuki Foi o que eu disse no texto, quando o jogo desperta tudo aquilo que o fã mais gosta na série não tem porque não se sentir atraído, de um jeito ou de outro.
      Não tinha ilusões de que o jogo fosse incrível, apenas de que fosse ao menos melhor do que o de Bleach. Mas como vc falou tem modo coop (ainda não joguei). Logo, deve valer um replay divertido quando você já estiver quase esquecendo que o jogo existe!
       
      Jogos nesse estilo tbm me fazem lembrar dos velhos beat em ups, mas o brilho passa longe de ser o mesmo. Consigo enxergar diversão do início ao fim num Final Fight ou Streets Of Rage sem esforço algum, mas não consigo dizer o mesmo de um Sengoku Basara ou Dynasty Warriors.
       
      Não porque eu os ache completamente ruins, apenas não me estimulam a seguir em frente. E eles não me empolgam já que mal conheço os personagens por exemplo, não me identifico. Mas é isso o que mais conta nessa hora pra que a diversão aconteça. Então admitindo que pra toda regra existe uma exceção, vou ali descarregar uns meteóros de pégaso num bando de NPC’s sem cérebro.
       
      O Seiya merece! o/

      1.  @K o n S a m a se você acha um DW entediante, tenta jogar o DW Online para PC, duvido que consiga jogar 1 semana.
         
        Mas a versão sengoku basara eu até joguei um pouco, pois conhecia os personagens e gostava da série, então acabei jogando mais pela série do que pelo jogo, acho que será o mesmo com One Piece, que sim eu vou comprar.

        1.  @K o n S a m a é que o DW online só tem uns 4 modos de jogo, e as recompensas são minimas, ai você precisa fazer a mesma missão, 900 vezes para subir de patente militar ( é por patente não por lvl), Muito massante, muito repetitivo mesmo.

        2.  @Jonatas P Mattos Putz, é repeteco e ainda passa isso na cara de quem tá jogando sem cerimônia? Passo, obrigado pelo alerta! XD

        3.  @K o n S a m a mas isso o servidor do resto do mundo né. porquê o servidor asiatico tem trilhões de coisas a se fazer. como todo mmo.

        4.  @Jonatas P Mattos É… tbm não curto MMO, mas sei que a última característica que um jogo desses deve ter é ser repetitivo. Isso chegou a ser lançado oficialmente fora da Ásia? Porque pelo que tu falou a resposta parece ser não!

        5.  @K o n S a m a sim sim chegou, o problema dos MMOs, é que nos servidores asiáticos eles são super avançados, quando sai o servidor do resto do mundo, eles saem atrasados, e ao invés de adicionar tudo q tem no asiático logo, eles vão adicionando de pouco em pouco, logo o DW online do resto do mundo é o de 2 anos atrás dá ásia. o mesmo acontece com praticamente todos os mmos.

      2.  @K o n S a m a Eu entendo, pra ser sincero eu mesmo demorei muito pra gostar da serie DW e SB, mas depois que descobri o Coop neles,eu e uns 2 amigos jogavas direto e o vicio nasceu! xD
        Hoje,eu realmentegosto muito dessas series, sei-la, é tudo repetitivo,mas acho tao legal dizimar milhares de soldados genericos com um soco, hauhauahuha.
         
        E to gostando dessa iniciativa(meu fdp, como falei cara de pau no maximo, hahuhaua) da Namco Bandai de lançaR versões “skins” de animes pra DW. Adorei Gundam e mal posso esperar pra colocar minhas mãos no CDZ.
         
        É isso ae, o Seiya mereçe! o/

  2. Pra mim é quase obrigação que os exclusivos de Ps3 tenham graficos extremamente fodas, pq os multi-plataformas quase sempre ficam melhor no 360 =P
     
    Em relação a serie, acho que Saint Seiya jah perdeu o brilho pra mim jah faz um tempo, tenho acompanhado o Saint Seiya Omega, mas não sei, acho que se lançarem um Saint Seiya Kai remasterizado bonitin, acho que animaria a rever tudo [apesar de nao ter assistido as sagas pós-santuario].
     
    Como não tenho Ps3 e nem pretendo ter [se for pra ter um dessa geração vai ser um 360, e provavelmente na proxima geração xDD] acho que não comprarei esse jogo, quem sabe jogo em algum Fliper =P [o One Piece e The Last of Us tb xDD]

    1.  @MagoDoMetal Pra mim Saint Seiya tá nos clássicos mesmo. Omega começou bem pegando todo aquele fan service e tal, mas desceu ladeira abaixo logo no episódio seguinte. Ainda tinha que ver mais episódios pra formar uma opinião melhor, mas tá difícil arranjar tempo pra ver algo tão… duvidoso! XD

      1.  @K o n S a m a Assisti ateh o 5, e posso dizer que estão usando bem os cliches da serie [“AHHH NAO POSSO PERDER ESSA! A SAORI ESTA ME ESPERANDO! AHHHHHHHHH”], somando com uma escola para Cavaleiros e somando com elementos, até que tah divertido, nada muito surpreendente, mas da pra passar o tempo.
         
        Toh querendo e ver o Shun aparecer o 12 episodio @_@’  

  3. To sperando o meu eu comprei na araiova e ja foi enviado, mas deve de chegar la pela terça ou quarta somente eu acho. Memso lendo os contra e tudo sobe o jogo não eixa de ser uma volta a infancia poder finalemnte jogar um game da serie, visto que nao tinha como jogar o jogo do PS2 ois meu PS2 é bloqueado.

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