O frenesi eterno das artes marciais! Gamaran!
A vida na ponta da espada, lança, arco, e punhos!
Gamaran retrata um mundo aonde não há a compaixão recorrente do mundo “Shonen”. Nada de deixar atordoado, ao invés de matar, de jogar bem longe alguém, ao invés de decepar seus membros.
Não existem Hadoukens, bolas de energia, Ki, Chakra ou algo do gênero. Armas de Fogo? Nem pensar. Estamos na Era Edo. Aonde o imperador é um mero peão diante das disputas internas entre os Senhores Da Guerra.
A história começa em uma sucessão a um Shogun. Este decide que, cada uns dos seus 20 e tantos filhos, tem igual direito a cortejar seu posto, e para decidir isto, cada um deles deverá escolher uma escola, um estilo de artes marciais, ou manipulação de armas para representá-los e travar batalhas sangrentas entre si, para enfim decidir o grande campeão, além de coroar o melhor estilo.
Nosso protagonista vai atrás de uma escolha pouco conhecida, que há alguns anos já obteve grande reconhecimento além de produzir aquele que hoje é conhecido pela alcunha de “O assassino de mil homens”, tido como o maior guerreiro de todo Japão até então.
Após a chegada ao local, e a constatação do poder do único aluno do estilo Ogame, Gama, é dada a partida rumo ao Grande Torneio De Unabara.
Gamaran possui um ritmo quase próprio. Totalmente envolto em um frenesi de sangue e batalhas, posso contar nos dedos as vezes em que o mangá realmente deu uma parada em lutas de vida ou morte.
Este é outro ponto que me vez gostar muito mais da obra: diferentemente da gama de mangás shonens que temos por aí cujos quais, morte não é algo muito praticada pelos autores Gamaran sabe como é seu mundo e quais leis o regem. Uma batalha só acaba realmente quando um dos adversários perece ao chão sem forças para se levantar ou respirar.
As poucas vezes em que algum inimigo ou aliado foi poupado foi devido a interesses secundários de tramas que vão se revelando ao longo da história. Até é de se pensar que a história ficaria em segundo plano devido ao ritmo de batalhadas e o grande foco na ação, e isso é o que acontece aqui mesmo.
Honra é o motivo de vários acontecimentos no mangá, assim como vingança. São coisas que pautam as vidas dos guerreiros, e isso se verifica de forma exponencial em um mundo tão regido pela força como este Japão.
As batalhas no início se mostraram bem imaginativas, porque a cada, o autor tinha que inventar maneiras de livrar seus heróis de situações adversas, porém sem ultrapassar a barreira que ele mesmo havia imposto da linha tênue entre o humano e o sobre humano, assim não estragando o clima geral do mangá. Mas com o tempo algumas deixam a desejar, principalmente quando são inimigos de menor escalão que tentam a sorte com os protagonistas. São aquelas batalhas de um mangá shonen que servem para mostrar “como X é forte”.
Esse é outro ponto crucial: o clima. O mangá consegue ser coerente a si mesmo, e bem honesto em sua proposta. As batalhas são bem feitas, existem zilhões delas a todo momento, e não existe a enrolação de “segurar o golpe especial”, na maioria das vezes é visada a morte do oponente de maneira rápida, pois qualquer ataque em falso pode realmente acabar com sua vida.
Comentando um pouco sobre o traço: ele de longe não é um dos pontos altos, e até fica estranho em algumas pontuais cenas de anatomia, porém acho o estilo meio sujo e brusco do autor totalmente pareado com o seu mundo e a história que ele passa. É tudo simples, súbito, mas nem por isso as batalhas deixam de ser fluidas e entendíveis.
Falando um pouco mais sobre dados técnicos, o mangá é publicado na Shonen Magazine, semanalmente desde 2009, e é de autoria de Nakamaru Yousuke. O autor não tem trabalhos conhecidos até onde pesquisei, acredito que essa seja a sua estréia no mercado.
Algumas reviravoltas até temperam a história, mas a obra brilha mesmo no quesito batalha. Então se quiser algo mais puxado para os shonens de antigamente algo que Toriko fez um pouco, mas hoje em dia anda mais light), algo que deixe de lado algumas convenções e abrace com força alguns clichês: junte-se a Escola Ogame na sua busca.
a que propósito serve este texto? O mangá esta saindo no brasil? estourou em vendas no japão? tem algum fansubber traduzindo? paerece que faltou algo na matéria…
Acho que pelo fato de divulgar um mangá desconhecido por muitas pessoas e exprimir o que o autor do texto achou sobre o mesmo.
Que tal apresentar algo que um grande número de pessoas desconhece? Precisa necessariamente algo ter estourado em vendas ou algum “fansubber” estar traduzindo para se falar de algo que é bom?
Se você acha que realmente tava difícil de achar um caminho para ler o mangá a GodHand está o fazendo: http://godhandscans.com.br/gamaran/
Em inglês tem milhares de MangaFox, e Mangareaders da vida para se ler também.
No mangafox esse mangá é um dos mais visitados, então é difícil não vê-lo logo de cara. ^^
Gamaran é um dos top shonens que estão saindo atualmente pra mim, mas eu gostava bem mais do estilo batalha pura na primeira saga. Agora parece que deu uma decaída, principalmente nesses últimos capítulos. Mas ainda assim, totalmente válido de ser lido. Ótimo texto.
Gamaran é um mangá que já conhecia de nome mas nunca me interessei em ler o mesmo. Mas ao ler que o “objetivo é a morte” no texto, meio que me interessei….Sinto falta de shounens assim. Até por isso que fiquei em total euforia há um tempo atrás quando comecei a ler Shingeki no Kyoujin(aliás, viu o PV soltado mostrando o que podemos esperar the animação desse mangá? Sensacional!), por exemplo, há um tempo atrás. Quando comecei a lê-lo, vi ali algo que sentia falta, algo um pouco mais “dark” do que os shounens atuais vem retratando. Com certeza, colocarei Gamaran na lista pra ler qndo tiver tempo. XD
Valeu pela indicação Rackor. E em retribuição deixo aqui uma dica de leitura.
Um “webcomic” coreano chamado Girls of the Wild’s. Comecei a ler um tempo atrás e se tornou rapidamente um dos meus “xodós” atuais.
Obrigado Hyoga-Chan! (é você né?)
Sobre Girls of the Wild, já vi no Baka updates mas nunca bateu a curiosidade de saber o que é. Do que se trata? Poderia me dar uma sinopse geral?
“algo um pouco mais “dark” do que os shounens atuais vem retratando” WTF? acho que os 3 grandes têm vindo apresentar cenários bem dark, nao tanto o one piece e naruto mas bleach é dos shonen mais dark que podes arranjar. Eu nao estou a tirar mérito ao attack of titan e ao gamaran (sao boas obras) agora vir dizer que os shonen de hoje nao têm clima dark, desculpa mas isso so pode ser uma anedota. Para além disso bleach é mais maduro que o gamaran (engraçado dizer que o autor inspirou-se em na arte de tite kubo)
Realmente, Bleach é muito dark. Só ver o Kon.
lol tu viste bleach até onde?
Luís Couto quando cito “dark”, cito algo sem muito do “com amizade podemos tudo”. Basta comparar um capítulo de Shingeki no Kyojin com o de Bleach e já podemos ver a diferença. A tensão, o clima de que tudo pode dar errado, de que vc não tem certeza se alguém dos principais vai morrer está lá em uma obra enquanto na outra o máximo que vemos é pessoas só perdendo braços(lol). Além disso o dia em que vc vê Ichigo ou qualquer outro protagonista da Jump atual assassinando um bandido sem nem pestanejar. mesmo que em flashback, vc pode vir aqui e me dizer que Bleach e qualquer outra obra da Jump tem uma história que não seja de clima “arco-íris” . O que acho impossível, já que na Jump atual os protagonistas praticamente abominam a morte não importando o quão ruim o vilão foi.
@[100002926864867:2048:Antonio Carlos Resende], eu sou o Ryogachan sim. =D
A história de Girls of the Wild’s é simples: O pobre e fraco protagonista entra numa escola que antes sempre foi uma academia para garotas. Só que elas não são garotas normais…Nessa escola, sua especialidade é a luta(tanto que é a melhor escola nesse quesito com várias ex-alunas se destacando em coisas como impedir assaltos a banco por exemplo) e por isso as garotas são todas lutadoras natas e por causa da reputação da escola, o protagonista é o único homem a entrar nesse colégio, gerando assim situações bem hilárias como as vezes em que o maluco quer tomar banho e as minas tão tudo do lado de fora com câmeras, binóculos e etc… para espia-lo.
GotW pra mim é um ótimo mangá para quem gosta de luta e comédia. As personagens femininas que mais aparecem na história, entre elas a protagonista(?), são bem “badass” e bastante carismáticas. O protagonista tem vários complexos, alguns compreensíveis verdade, mas mesmo assim o deixando um “mala” em vários momentos. Mas creio que com a ajuda das garotas e ele entrando no mundo das lutas, ele possa se tornar alguém que vc possa vir a gostar.
the para perceber que claramente inspirado em bleach relativamente à maneira à estrura das lutas e também um pouco a nivel de arte.