Dexter | O fim é o que resta!
Um grande problema entre séries ou talvez entre espectadores, é o hábito de gerar comparações. As vezes a nova série é até boa, mas acaba sendo desvalorizada por conta de outras. HIMYM vs Friends; The Ofiice UK vs The Office USA; Lost vs Todas do J.J. Abrams e mais um monte por aí.
E a comparação da vez é Hannibal (veja mais aqui) e Dexter. Dexter que já está em seu oitavo ano, veio decaindo aos poucos, mas não percebíamos até que estreou Bates Motel, The Following e Hannibal, abrindo nossos olhos para alertar: Dexter se rendeu a audiência.
Não é de hoje que séries começam com um público direcionado e com o passar dos anos, quando se tornam os “carros-chefe” das emissoras acabam por mudar de horário, buscar novos públicos, estender-se e outros fatores que acabam por torna-la nada mais do que comum. Durante a sexta e sétima temporada da série achei que fosse esse o caso, mas depois percebi que Dexter sempre foi feita para abranger o máximo de público possível.
Podemos ver isso nos flahsbacks do personagem Dexter com o Doaks. Surprise MotherF*cker!
O padrão de temporada de Dexter já se tornou maçante, seguindo sempre a mesma fórmula, de um arco considerado maior, com um ou dois casos por temporada e um final “explode cabeças”.
A evolução do personagem
Dexter começou a série como um personagem que não se encaixava na sociedade, mas que havia achado um jeito de viver na surdina. E até aí era um personagem interessante, muitas vezes criando questionamentos sobre o quanto aquilo era certo ou errado. Entretanto, esse personagem veio desaparecendo e hoje é apenas um assassino em série que não sabe se controlar, que já burlou suas regras, que já não coleciona seus troféus, é apenas mais um.
Quando cheguei a pensar que isso seguiria novos rumos, não durou nem dois episódios e percebi que ou faltava coragem pra seguir ou manter o máximo de público continuava necessário. O estranho dessa precaução toda é que em entrevista a atriz que interpreta a Debra, disse que muitos vão odiar o final.
Nos primeiros anos a série era o que faltava na tv, mas hoje temos substitutos muito melhores. Por mais que eu tenha minhas reclamações, ainda assim vou finalizar.
Vamos ver como será o desfecho.
Sou um leitor dos livros do Dexter, ainda não vi a serie (mas pretendo).
Quando ouvi falar dela, a alguns anos, achei interessante e diferente do que tinha na televisão na época, mas por não ter tempo pra vê-la, resolvi ler os livros, que são muito bons mesmo e ,com exceção do primeiro, são diferentes da serie de tv,
Pelo que vejo no seu artigo, acontece algo parecido com o personagem Dexter no livro, devido as coisas que vão acontecendo ele acaba mudando e as vezes fica muito diferente do Dexter que conhecemos no inicio, me parece que as mudanças de personalidade não são as mesmas e nem são, as circunstancias que nós fazem perceber isso, mas essas mudanças, na minha opinião, são o mais importante da historia, o modo que o personagem se desenvolve, como ele lida com as coisas que acontecem, as dificuldades que ele tem ao mudar do tipo de personagem que ele era no inicio.
Acho que todas essas que todas essas mudanças que acontecem com ele é o principal motivo de eu ter continuado a ler os livros, saber o que vai acontecer com ele, como ele vai reagir, no geral como o personagem vai continuar se desenvolvendo.
Como não vi o seriado, não sei se na serie essas mudanças são bem apresentadas e se são tão bem fundamentadas como no livro, mas pra mim o melhor modo de fazer uma serie ou um livro permanecer por um bom tempo com aquele ar de novo e de diferente é mudando, seja mudando as situações os personagens ou ambos, senão houver mudança eles caem na mesmice e é ai que grandes series deixam de ser geniais, como exemplo acho que foi smallville, não consegui terminar de ver parei na sexta temporada, devido a falta de mudanças.
Mas isso é minha opinião, como disse não vi a serie ainda (mas irei), gosto muito do personagem e como já terminei os livros até agora lançados pelo autor, brevemente devo assistir a serie e poderei tirar as minhas conclusões sobre ela.
Desde que comecei Hannibal, Dexter parece quase comédia, é bem mais suave. Não acho que seja ruim.
Agora, discordo do que você disse sobre o Dexter, pra mim ele só evoluiu. Achei sensacional ele ter parado de colecionar troféis, ele conseguiu se libertar do que não agregava e ainda colocava em risco, ele foi além, exatamente o contrário de ser mais um serial killer comum.
Dexter é uma série que nunca chamou-me a atenção. A essa altura você recomendaria a série para alguém? Tenho um amigo que me diz que a série vive de picos, uma hora está muito boa e outra bem ruim, e isso me afasta da curiosidade de assistir.
Cara, Dexter está na 8 Temporada, impossível comparar ou fazer uma avaliação com séries que estão em sua primeira ou segunda temporada, até porque, grande parte delas bebem do rio de sangue que o Dexter derramou. Além disso, Dexter não é uma serie de serial killer, é uma série da "mente" do serial Killer. Não consigo enxergar uma série mais complexa e orgânica do que Dexter, pra mim esse é seu encanto, mesmo alguns episódios meio "parados" são muito valiosos, cada pequena mudança de comportamento do personagem principal, é tudo muito profundo, tudo em Dexter é muito sutil e real, pois mostra uma transparência que só nós vemos, sua evolução, sua integração social, essa é a beleza dessa série.
Pra mim a série morreu junto com a Rita. Não que ela fosse fundamental para a série, mas a última cena da quarta temporada foi a última cena do Dexter que eu gostava de ver. O que veio depois perdeu toda a magia.
Bom, deixando qualquer favoritismo de lado, Dexter é uma excelente série. Teve seus altos e baixos, mas consegue sim entregar um produto final muito satisfatório. Concordo plenamente que o Dexter de hoje não é o mesmo de 8 temporadas antes, mas nenhum personagem é. São muitos fatores, muitos momentos, e esperar que tudo continue igual não é sensato.
O Dexter era aquele cara que não se encaixava na sociedade, o serial killer, o que vivia um disfarce para poder viver de verdade, o da célebre frase "Tonight is the night", mas as coisas foram mudando. Ele foi construindo uma família com a Rita, teve um filho, eventualmente toda a vida dele foi mudada, e consequentemente ele também.
Nós vimos isso tudo, nós acompanhamos essa transformação. Aquele cara que se controlava, que forçava emoções já perdeu a cabeça, já foi contra o código, se livrou das lâminas de sangue, evitou inúmeras situações em que quase foi pego e ainda está aí, matando como sempre.
E não foi só o Dexter que mudou, todos ao redor dele mudaram, principalmente Debra. Ela foi ganhando destaque e desde que Rita se foi, ela assumiu de certa forma o seu posto. Mas não convém comentar isso. O fato é que essa temporada de Dexter, com o Dexter de hoje, está tão boa quanto a primeira. Depois de tudo o que se passou, de tantos personagens terem passado (e morrido) pelas mãos de Dexter, depois de tantas histórias contadas, a série está conseguindo passar um drama que realmente empolga, como se tudo fosse novidade.
Como foi dito aqui, aquele formato de "o vilão da temporada" realmente já estava incomodando. Acho que desde a quarta temporada a qualidade caiu um pouco, justamente por causa disso, mas essas duas últimas temporadas estão aí pra fazer a série de redimir.
Não sei como vai acabar a série, se vou amar ou se vou odiar, mas estou curtindo a trajetória, e embora também goste bastante de The Following, Bates Motel e Hannibal, não dá pra comparar. Não dá.
Sinceramente, o que você criticou foi justamente o que mais me prendeu ao Dexter. Essa sua mudança, em como ele foi se desenvolvendo a ponto de abdicar de matar alguém(vi o ep. 8×11 agora mesmo rs). Achei muito bem empregado a forma em que ele foi mudando. Como toda série longa aconteceu de as vezes ficar um pouco chato, mas são transições necessárias para o desenvolvimento da história. Como o GGrangeiro citou "Dexter não é uma serie de serial killer, é uma série da "mente" do serial Killer" o que torna a série única.