HITMAN Ep. 2 | Um fim de semana em Sapienza, na Itália! (Impressões)

Amanhã, dia 31 de maio, é a data de lançamento do terceiro episódio de Hitman, que se passará em Marrakesh (Marraquexe em nosso português). Porém antes de viajar até Marrocos, para uma missão de assassinato ainda não revelado, precisei fazer uma parada em Sapienza, na Itália para concluir o Episódio 2, afinal como bem explicado aqui, Hitman agora é um game dividido em episódios!

Como já escrevi as impressões em torno da capítulo inicial do game, o texto aqui deve acabar ficando um pouco menor, pois não irei repetir alguns dos pontos abordados no review do primeiro episódio, exceto casos pontuais e comparativos que senti que sofreram algumas mudanças.

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A belíssima Sapienza

De cara preciso dizer: que gráficos de ambientação incríveis! Caramba, a Io-Interactive já havia me impressionado com o visual do episódio em Paris, ainda que não fosse possível andar pela cidade lá, mas aqui, em Sapienza, os cenários estão maiores e estonteantes, ainda mais rico em detalhes, e finalmente em uma área livre para o jogador explorar. Me senti como se realmente estivesse de passeio pela pequena Sapienza na Itália. Quer dizer, ao menos eu presumo que seja assim, já que nunca viajei até a Europa, muito menos para a Itália – mas está na lista de lugares para se conhecer antes de morrer.

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Então este segundo episódio veio com essa impressão de que a área da nova missão está muito maior do que a missão de Paris, que se situava apenas em uma mansão (enorme) e sua área externa. Aqui em Sapienza também existe uma mansão (tão grande quanto a de Paris), mas a área externa é muito maior, ainda que parte da ação nem sequer envolva muito das várias localidades dessa área.

É até uma pena que parte do clichê da missão se repita e os alvos estejam concentrados dentro de uma mansão recheadas de seguranças e guardas. Estava torcendo para ter mais um pouco de ação nas áreas externas, como em alguma das muitas lojas da cidade, ou até mesmo nas catacumbas da Igreja próxima a praia.

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No final das contas a área externa serve apenas para recolher chaves que destravam algumas portas que levam a chance da cumprir alguns objetivos extras e também de disfarces malucos. Alias, começo a sentir falta de alguns colecionáveis em Hitman. Com uma área tão grande, não faria mal se o game tivesse mais colecionáveis, ainda que parte das pistas, disfarces e desafios possuam um sentimento semelhante a colecionáveis.

Maior, porém mais fácil?

Sendo assim, grande problema dos alvos estarem dentro de uma mansão se dá ao fato disso limitar as ações do jogador. Tudo bem, entrar parece difícil. Porém há um monte de opções possíveis, indo de um florista que entra pela porta da frente mesmo, tendo que se revistado pelos guardas, até mesmo a um auxiliar de cozinha que vai entrar por uma das portas laterais.

Até aí estava achando genial. O problema é que explorando a cidade antes de entrar na mansão, acabei invadindo vários apartamentos e dei de cara com um disfarce em uma trouxa de roupa: segurança da mansão. Pronto! Matei a charada. E próximo a esse disfarce um muro para saltar para dentro da mansão. Achei meio moleza demais essa solução, o game me entregou isso de mão beijada. Podia aceitar ou ir procurar outra forma. Abracei os elementos facilitadores, afinal eles surgiram de uma maneiro muito acolhedor. Fiquei com a sensação de que deveria ter sido mais difícil encontrar esta solução.

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Lá dentro, poucos guardas me reconheciam. O primeiro alvo matei muito mais rápido do que na missão em Paris. Fui subindo na mansão, até chegar a uma sala com uma espécie de traje de teatro, próximo a um lustre imitando um planetário. Estava lá brincando de experimentar o traje quando de repente o meu alvo entra na sala para mexer em um computador! Putz! Ataque de oportunidade!

Dois seguranças. Joguei uma moeda e peguei um deles. Joguei outra moeda e peguei o segundo. No fim, dei um soco em meu alvo e quebrei seu pescoço. Escondi o corpo, assim os seguranças não o encontraria morto quando acordassem e com isso não ficariam eternamente me procurando. E fui embora dali.

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Dentro da mansão, passeando com um disfarce que poucos me reconheceriam e procurando pelo segundo alvo, a encontro em uma sala com um único segurança. Na primeira tentativa vacilei. Meu alvo saiu da sala e outro segurança chegou e me reconheceu e alertou a todos da mansão. Deu tudo errado e morri! Carreguei um save de uns minutos antes e cheguei na sala detonando o segurança, derrubei o alvo e matei o segundo segurança que entraria ali alguns segundos depois. Mortos e escondidos, tudo estava nos conformes! E novamente estava livre para explorar a mansão sem qualquer rede de alerta contra um careca com código de barras na cabeça.

Talvez desta vez eu quem estava melhor preparado, mas achei muito mais fácil eliminar meus alvos em Sapienza do que foi em Paris. Posso arriscar um palpite aqui, quer dizer, lembro que no episódio 1 reclamei das trilhas de oportunidades, sendo que aqui, neste episódio, resolvi não seguir nenhuma delas em meu primeiro gameplay.

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Isso porque as trilhas em Paris me obrigavam a seguir certas metas antes de me encontrar com os alvos. Tirando-os de seus próprios trilhos e desentocando-os de seus esconderijos. Desta vez eu fui sem estas oportunidades, que talvez coloquem mais empecilhos aos jogadores justamente para que os assassinatos sejam mais… memoráveis.

Felizmente o legal da missão em Sapienza é que não se trata apenas de um duplo assassinato. Há também que descobrir um laboratório secreto e destruir um vírus que poderia ser usado como arma biológica. E admito que essa parte da missão me deu trabalho.

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Encontrar o laboratório me levou um certo tempo. Como entrar também. Ao todo não consegui completar a missão sem mortes incidentais. Tive que matar ao todo, tirando os alvos principais que precisam realmente serem mortos, mais quatro pessoas, três guardas e um cientista. Todos caras malvados com certeza, porém o chato é que matar pessoas, que não sejam os alvos, prejudica o placar final da missão.

Dentro do laboratório tive sérios problemas para decidir como avançar. Reiniciei o salve várias e várias vezes até me decidir por onde entrar. Mas no fim deu tudo certo. Gostei da tensão dessa área, enquanto nas outras áreas da missão a liberdade de exploração era muito maior, aqui é tudo muito fechado, bem vigiado e isso obriga o jogador a estudar com cuidado como avançar sem ser descoberto.

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Havia uma submissão, neste momento no laboratório escondido, que envolvia ir atrás de um cientista que estaria na igreja, mas a distancia para ir até a igreja me deixou com preguiça, confesso. Improvisei na destruição do vírus como pude lá dentro, sem ir atrás do tal cientista. Deu tudo certo de todo jeito.

E no fim, escapar da missão foi bem mais fácil do que na missão anterior, já que havia um avião ao lado da última meta da missão. Um fuga fácil demais, poderia envolver uma quest envolvendo achar as chaves do avião, mas no fim não precisava disso e acabei indo embora de avião mesmo.

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No total, Sapienza me tomou apenas 1h40 para ser concluída, porém esse contador não leva em conta os carregamentos do save (eu acho). No geral senti como se a missão toda tivesse levado aproximadamente 2h30 , mas isso porque eu explorei bastante a cidade antes de ir para a mansão.

Levou bem mais tempo do que Paris, ainda que na missão anterior eu tenha causado muito mais problemas e erros, despertando a atenção dentro da mansão e sendo caçado por várias áreas. Em Paris ainda estava aprendendo como o mundo de Hitman funciona. Aqui, em Sapienza, as coisas foram bem diretas ao ponto, ainda que algumas ocasionadas pela pura sorte de estar em salas onde os alvos se encontravam.

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Contrato Elusivo #2

Não foi coincidência ter deixado para jogar o episódio de Sapienza apenas neste final de semana. Na verdade fiquei aguardando um evento exclusivo do game, que acontece apenas durante 48 horas, os tais contratos elusivos!

O primeiro acabei perdendo a oportunidade de jogar, não percebendo que eles possuem um prazo limite para serem realizados e que nunca mais retornam depois disso. E para dar ainda mais tensão: se morrer, não tem como jogar novamente o contrato! O alvo escapa e não retorna mais!

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Neste segundo contrato, o objetivo era caçar um Congressista que estaria em contato com os alvos principais da missão principal. Aqui o game não considera que o jogador já eliminou tais alvos, então estão todos vivos novamente.

A grande sacada dos contratos elusivos, além de serem por tempo limitado (48 horas, começando sempre em um ponto de uma sexta-feira e terminando no domingo pela manhã) e apenas terem uma única chance de sucesso, são que estes contratos não possuem pistas. O jogador realmente precisa dar de cara com o alvo.

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Foi aqui que fracassei. Passei quase duas horas explorando o mapa de Sapienza. Vasculhei a mansão, a cidade, a igreja, a prefeitura e outras áreas consideradas como “invadindo” e nada do alvo. Depois de tanto tempo, cansado já de andar pela cidade, estava testando as minas de proximidades do game quando uma explodiu muito próxima ao Agente 47, o que resultou em sua morte e no fatídico Game Over. Contrato fracassado.

Sem poder tentar de novo, acabei indo para o You Tube (claro), ver onde diabos o alvo estava e acabei descobrindo que estes alvos seguem trilhos, refazendo seus passos e diálogos constantemente. E o Congressista em questão ficava em três áreas, uma sala na parte térrea da mansão, a entrada da mansão e a adega de vinhos. Que mancada! Tenho certeza que duas destas áreas eu passei, mas no momento em que fiz, provavelmente ele estava na adega.

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Achei um pouco vacilo da programação do game não me dar dicas mínimas sobre o alvo exclusivo após ficar tanto tempo explorando, especialmente ao passar por áreas em que ele deveria estar. Estando próximo dele, poderia algum funcionário da mansão mencionar o alvo. Ou até mesmo os alvos da missão interagir com o Congressista. O game não deveria prender tantos os personagens em trilhos pequenos e não auxiliar o jogador em certos momentos.

Fiquei meio frustrado com o contrato elusivo, ainda que tenha achado a ideia e a dificuldade do mesmo bem interessante. Pena que aparentemente eles estão sendo feitos apenas uma vez por mês. Deveria ser feito um contrato elusivo por final de semana! Espero que com mais episódios sendo lançados os desenvolvedores possam pensar e planejar mais missões exclusivas nesse formato, ou então retornar estes primeiros contratos que os jogadores podem não ter jogado ou que fracassaram.

Pontos rápidos

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— Achei que o sistema de save está um pouco melhor. Mais pontuais. Quase não precisei usar saves manuais em Sapienza. Sempre que pensava em salvar o game, o save automático já estava salvando ou feito um próximo do momento em que eu faria um save manual.

— O carregamento do game no geral melhorou bastante. Ainda leva bons minutos para a missão principal começar, mas ela ficou ligeiramente mais rápida. O carregamento dos saves também melhorou bastante, agora estão bem mais rápidos. Na nota oficial do update do episódio 2 menciona algo como loadings 50% mais rápidos e acho que está isso mesmo.

— O episódio de Sapienza tem muito mais disfarces e situações de exploração e assassinatos do que o episódio de Paris. O game soube escalonar para ficar maior e melhor, o que gera grandes expectativas para Marrakesh, o próximo episódio.

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— No que diz respeito a uma das minhas queixas nas impressões do episódio 1, quanto as legendas, nada mudou. Há diálogos no game sem legenda alguma. Quando não há legenda nos NPCs da cidade, automaticamente o jogador sabe que estes diálogos não tem qualquer importância. Somente os diálogos de oportunidades estão legendados. Isso acaba sendo um facilitador (claro) e também mostra uma falta de cuidado com a localização. O game poderia ter uma atenção maior nesse ponto. Acho que parte da imersão é estar tudo localizado e não apenas a parte essencial do game.

— O plot principal da campanha continua perdido na separação episódica do game. Há uma CG ao final da missão que dá mais enredo ao game, mas já está claro que esse formato episódico anda desfavorecendo totalmente a drama geral do game como um todo. Poderia haver outros pontos que expandissem essa narrativa, dentro de desafios e missões extras, que melhoraria essa sensação.

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— Agora no mini mapa mostra onde o jogador largou disfarces. Um recurso bem útil, já que a cada troca, os uniformes vão se espalhando para todos os lados!

— Quando a conexão de internet cai o game não mais desconecta direto. Agora ele deixa o jogador tentar reconectar sem que isso ocasione perda do savepoint. Eu tive justamente um problema assim durante o Contrato Elusivo e o game voltou assim que dei um reboot na internet. O game ficou apenas pausado no Xbox Box. Neste caso, se a queda tivesse rolado, uma mensagem me alertou que eu poderia tentar o contrato novamente.

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É isso! Que venha Marraquexe e o terceiro Contrato Elusivo!

Mais imagens!

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Sapienza está visualmente incrível!
Maior área e mais variedade de exploração que Paris (ep. 1)
Gameplay preso a certos clichês de suas mecânicas
Contratos Elusivos são interessantes, mas precisam de refinamento
Loadings e saves melhorados
Trama maior ainda sem a devida atenção

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