Star Wars – Marcas da Guerra | Reunião no segundo ato da história! (Impressões – 2ª Parte)

Meses se passaram desde que escrevi meu primeiro texto sobre Star Wars – Marcas da Guerra aqui no site. Na ocasião mencionei o fato de ser meu primeiro livro de Star Wars e da dificuldade que estava tendo inicialmente com o excesso de informações na narrativa do livro.

Depois da publicação da matéria e de ter terminado sua primeira parte acabei guardando Marcas da Guerra para uma nova ocasião, pois é exatamente assim que ando lendo livros atualmente – leio até uma parte, paro por um tempo indefinido, começo um novo livro e depois volto para um livro pausado no momento em que sinto a vontade de continuar a aventura anterior, dissequei mais sobre isso no começo deste outro texto.

Esse modelo de leitura em partes tem me agradado. E está funcionando, pois voltei a ler diversos livros, após perder por anos o costume. Sendo um adulto ocupado, com trabalho e família, ler apenas um livro por meses a fio foi justamente o que me fez parar com tal hábito. Lendo vários, de formas episódicas, tenho a mesma sensação de entretenimento que tenho com seriados ou mangás. Pra mim tem funcionado.

De volta ao planeta Akiva

Um dos meus maiores medos ao ficar meses sem ler Marcas da Guerra seria justamente não me lembrar do que havia previamente lido. Não lembrar de onde parei ou quem eram os personagens. Nada disso aconteceu, felizmente. Prova de que a narrativa estava funcionando, ainda na ocasião eu não tivesse percebido apropriadamente.

Como disse, no texto anterior havia mencionado uma certa dificuldade inicial para assimilar o universo proposto pelo livro. Lugares, momento cronológico, nomes de personagens e até mesmo o estilo narrativo do autor. Havia, acredito, uma certa insegurança da minha parte durante toda a primeira parte de Marcas da Guerra.

Não sei o que mudou. Se ler outros livros ao longo dos últimos meses ajudou ou não. Só sei que a segunda parte foi muito mais divertida e fluida do que a primeira parte. Quase engatilhei a terceira parte na euforia de querer continuar a aventura. Me contive pois ao mesmo tempo surgiu a vontade de retornar a um outro livro também pausado (Eu Sou a Lenda, que em breve também irá ganhar outro texto aqui no site).

Cá estou, de volta ao planeta Akiva e aos principais personagens desse segundo ato: Norra e Temmin Wexley, Sinjir Rath Velus e Jas Emari e a tenebrosa Rae Sloane.

A segunda parte de Marcas da Guerra afunila muito bem sua trama. Chega de histórias paralelas ou longas explicações sobre quem são cada um destes personagens. A primeira parte do livro finalmente se justificou a meu ver. E pensando que esta é uma trilogia de três livros, talvez tenha sido realmente necessário essa longa curva introdutória.

Agora é hora de entrelaçar a trama, de resolver conflitos e armar o cenário para o terceiro ato, que irá envolver o resgate de um personagem capturado no primeiro ato da história.

Não estou certo até onde devo revelar partes da trama ou ser mais indireto quanto ao cenário montado neste segundo ato do livro. Continuo achando que posso continuar falando a respeito sem entregar grandes spoilers a respeito da trama. E quero assim continuar.

Reunião

A segunda parte de Marcas da Guerra é então sobre reunir os múltiplos cenários e conflitos criados na primeira parte do livro. Os personagens que no primeiro ato possuem histórias e capítulos individuais já não mais seguem essa fórmula aqui.

Talvez soe clichê isso de eventos aparentemente desconexos criarem esse cenário típico que obrigará em certo momento que tal grupo de personagens seja reunido em pró de uma necessidade em comum: sobreviver a um evento maior e perigoso. Talvez eles tenham objetivos e metas diferentes, porém a jornada para tais resultados seguem um mesmo caminho: a reunião da frota imperial reunida no planeta Akiva, sobre o comando da comandante Rae Sloane.

E esse segundo momento de Marcas da Guerra é repleta de excelentes momentos de ação. Há caçadas, fugas e perseguições nas mais diferentes situações. Personagens são capturados e resgatados, batalhas acabam ocorrendo e planos precisam ser criados.

Gosto de como essa parte dedica um momento maior para o relacionamento de Norra e Temmin. Há um excelente momento de reflexão na qual se discute o senso de justiça de Norra ao se aliar a Aliança Rebelde e no fato disso resultar em ter abandonado seu filho, Temmin.

Se bem que logo nota-se que ela não se alistou apenas pelo sendo de justiça… porém é um momento interessante, afinal há todo esse cenário de injustiças políticas no mundo de hoje e o peso sempre recai aos jovens essa briga pela moralidade, sabendo que aos adultos, com trabalhos e família, a decisão de abandonar tudo (completamente ou parcialmente) nem sempre é uma decisão justa.

Além disso Marcas da Guerra continua discutindo e trabalhando exatamente esse momento em que a Galáxia está dividida entre a Nova República auxiliada pela Aliança Rebelde e os últimos resquícios do Império. Se o Império perdeu a guerra, mas os poucos que sobraram não querem desistir, seriam eles uma espécie de novos rebeldes?

Se a Aliança Rebelde fez tanto com tão pouco, então surge essa questão se o que restou do Império conseguiria fazer nesse momento? Rae Sloane parece decidida de que ainda há como retomar o status que previamente o Império possuía.

O debate dentro da cúpula dos remanescentes do Império é repleto de ótimos diálogos. Fora toda a questão de que não importa quem está no poder, basta que uma organização fique no poder por tempo o suficiente para não fazer qualquer diferença, pois há essa teoria de que o poder vai a corromper de qualquer maneira.

Justamente por causa dessa reflexão de poder e política é que existe um momento nesse ato com o almirante Akcbar discutindo exatamente como intervir em Akiva, sem agir de uma forma como o Império agiria caso estivesse no poder. Até onde os Rebeldes devem pressionar o que sobrou do Império, se isso trouxer guerra a um planeta que no momento não está em guerra?

A vontade por mais Star Wars…

O segundo ato termina então com esse momento na qual o livro parece seguir para seu terceiro ato pretendendo concluir a missão principal proposta pela trama. É um terceiro ato enorme, seguido por um curtinho quarto ato. Quando voltar a escrever novamente a respeito do livro aqui no site, será com a leitura concluída, tendo terminado ambas as partes. E pronto para a sequência, que a Editora Aleph espera publicar ainda em 2017.

Em todo caso, me sinto animado de saber que deu tudo certo ao retomar a leitura de Marcas da Guerra e que o livro melhora bastante seus momentos de ação e aventura nessa segunda parte, trazendo finalmente a interação entre seus personagens chaves e criando novas reflexões e profundidade em torno de sua história.

Ficou mais agradável o ritmo e a leitura. O que me anima para a possibilidade de leitura de sua sequência, que será Star Wars: Life Debt que deve sair ainda em 2017 no Brasil. Antes disso, talvez eu consiga até mesmo engatar a leitura de um dos próximos lançamentos da linha de Star Wars nas mãos da Aleph, que será Star Wars Battlefront – Companhia do Crepúsculo, livro baseado no game lançado em 2015 pela Eletronic Arts e canônico ao novo universo de livros da franquia.

Certamente estou mais confiante para me emaranhar ainda mais por esse universo de Star Wars!

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