Resumão da Conferência Eletronic Arts – EA Play! (E3 2017)

A Eletronic Arts foi a primeira empresa este ano a apresentar sua próxima rodada de novidades e lançamentos nestas dias que antecedem a abertura oficial da E3 – Electronic Entertainment Expo. Não foi uma chuva de título e boa parte era esperado, porém uma ou outra surpresa acabou acontecendo. Segue então um breve e curto resumo do que foi apresentado na conferência que aconteceu neste sábado, dia 10 de junho:

Battlefield 1 DLC – Expansão In the Name of the Tsar

Sem muita surpresa aqui, já que Battlefield 1 de fato conteúdo sendo um dos maiores sucessos da empresa, tanto conteúdo programado para ser lançado, via DLC, até o começo de 2018, e a EA aproveitou sua conferência para apresentar sua próxima expansão que chega em setembro.

Não vou detalhar o conteúdo anunciado, mas é meio o que se espera de acordo com os conteúdos adicionais que já foram lançados para o game: novos mapas multiplayer, novas armas e veículos, novos modos multiplayer e desafios. Tenho um comunicado da EA para ser publicar aqui em nossa área de releases que irá detalhar todo esse conteúdo (farei isso hoje ainda).

Minha única crítica em relação a Battlefield 1 diz a respeito do modo campanha. Eu entendo que o forte do game é realmente seu multiplayer, porém com modelo de campanha single player feito em capítulos, na qual cada uma conta história isolada da Primeira Guerra Mundial, imaginei que a EA lançaria alguns capítulos extras com novas histórias dentro de cada uma destas expansões pagas. Não acho ruim expandir o multiplayer com novos mapas e modos extras, porém acho uma pena que a campanha no fim está ali apenas para que ninguém diga que o game “não possui uma campanha single player”. Tem um potencial desperdiçado nesse sentido… na minha opinião, claro.

Gameplay de Need for Speed Payback

Anunciado há alguns dias antes, esse trailer também vai estar logo abaixo, a EA apresentou finalmente o gameplay do próximo Need for Speed, cujo o subtítulo será Payback.

Ainda é cedo para julgar ou tirar maiores impressões, mas a sensação é de uma mistura daquele ambiente Velozes e Furiosos, modo campanha com história parecido com Need for Speed The Run com um modo Takedown na qual é impossível não lembrar dos bons tempos de Burnout, aquela franquia que merecia um Paradise City 2, mas parece que nunca vai rolar mesmo.

A EA parece empenhada em colocar a franquia Need for Speed em destaque novamente, porém o desafio é enorme, em particular por conta de sucessos como Forza Horizon, que andou levando os games de corrida para um novo patamar. Não significa que um clássico deve morrer, ao menos uma das maiores críticas do game anterior, uma experiência offline, estará presente aqui. Sem mencionar que parece que não há tantos concorrentes no gênero para este segundo semestre. De fato foi uma boa não ter lançado um Need For Speed em 2016. Melhor competir com Forza Motorposrts do que Horizon, não?

Need for Speed Payback será lançado em 10 de novembro, um período bem turbulento de lançamentos. Vai competir com blockbusters como Call of Duty… e a própria EA tem Star Wars Battlefront II sendo lançado uma semana depois de Need For Speed Payback. Puxa, a EA não fez a mesma coisa em 2016 com Titanfall 2? Será que Need For Speed Payback não deveria sair em um outro momento, na qual sua atenção seria melhor direcionada?

Anthem, nova IP da BioWare

Difícil dizer algo a respeito de Anthem, pois a EA avisou que este seria apenas um teaser curtíssimo e mais do game seria revelado na Conferência da Microsoft, que irá ocorrer hoje às 18h (horário de Brasília).

O teaser apenas dá um aperitivo a respeito do universo na qual essa nova IP está propondo. De uma certa fora pra mim ficou aquela sensação de um clima meio Crysis, meio Halo e Destiny. Futuro na qual recursos são escassos, selva com enormes criaturas, guerreiros de armaduras de alta tecnologia… sinto como se fosse algo que já existe por aí, entretanto é válido dar o benefício da dúvida.

Saberemos mais em algumas horas! Espero que não seja um título para 2019. Deve sair em 2018, porém seria ótimo se fosse uma das apostas do Xbox One para o lançamento em conjunto ao Xbox Scorpio ainda esse ano, mas acho que isso seria otimismo demais.

A Way Out, dos criadores de Brothers: A Tale of Two Sons

Na linha indie, a EA, dentro do programa EA Originals, revelou A Way Out do estúdio Hazelight, que deve ser lançado no começo de 2018. O título segue a mesma linha de Brothers, sendo mandatório que dois jogadores joguem juntos a aventure. Não há a possibilidade de jogá-lo em single player. O game terá suporte a modalidade online e split screen.

A Way Out é sobre dois companheiros de cela que precisam escapar da prisão, e para isso devem trabalhar cooperativamente  para um audacioso plano de fuja. Soa meio como Prison Break, não? Ao longo da campanha os jogadores irão descobrir mais sobre a dupla de protagonista, quem são, o passado de cada um e o que fizeram para estarem presos.

Assim, na boa? Parece uma ideia legal. Não nego que o desenvolvedor quando diz que não há algo assim na atual indústria de games, no sentido de uma experiência cooperativa que faz parte da narrativa e estrutura de mecânica de um game, esteja certíssimo. Minha queixa fica por conta de por mais que ele esteja certo, essa não é uma experiência que quero ter de forma obrigatória. Acho uma pena que haja essa obrigação do cooperativo, que seja um game que precise de 2 jogadores obrigatoriamente.  Podem me julgar, mas é exatamente por isso que não curto Brothers: A tales of Two Sons, mesmo sabendo o quão ele é aclamada por jogadores e foi pela crítica especializada.

Fifa 18, Madden NFL 18 e NBA Live 18

Como esperado a EA também anúncio os próximos games da linha EA Sports. Aqui nenhuma surpresa chocante, exceto de que a ideia de uma modo campanha com uma linha narrativa parece ter dado certo no Fifa 17, tanto que Fifa 18 continuará a história de Alex Hunter, enquanto Madden e NBA também irão ganhar novos modos história.

Apesar de não ser fã de games de esportes e nem ter o hábito de jogar tais títulos, me parece um caminho interessante isso de games com esportes com campanhas e narrativas que agregam valor as mecânicas que são quase que as mesmas ano após ano. Ainda que sinta falta de certas loucuras nesse gênero. Bem que a EA poderia fazer um game de esportes com os personagens de Plants vs Zombies… eu abraçaria a ideia…

Gameplay de Star Wars Battlefront II

A conferência da EA fechou com sua grande aposta para o segundo semestre de 2017: Star Wars Battlefront II. E a empresa deixou bem claro: três vezes mais conteúdo do que o primeiro Battlefront. Vai ter modo campanha, vai ter modo multiplayer, haverá mais personagens, mais veículos, mais modos de game, agora os personagens terão classes, o game irá de passar por todos os períodos da franquia e haverá conteúdos via DLCs gratuitos ao longo dos meses iniciais após lançamento do game, sendo que o primeiro lançamento será baseado no filme que estreia em dezembro nos cinemas, Star Wars: Os Últimos Jedi.

Bonito mesmo foi a demonstração de mais de 20 minutos com uma partida multiplayer do game. Gráficos de tirar o fôlego e ação desenfreada. Estas partidas massivas, com mais de 40 jogadores, são tudo de bom. Dá gosto de jogar. Quem experimentou a modalidade em outros games da EA, sabe bem como são. Esse momento da transmissão também se encontra mais abaixo, vale a pena assistir.

Só para não deixar passar, o trailer revelado mês passado e que ainda não havia sido postado aqui no site:

E esta foi meio que os principais pontos da EA Play 2017. Não foi uma enxurrada de anúncios ou muitas surpresas. Certamente dá para sentir algumas ausências. Eu gostaria muito de um novo Dead Space – e acredito que hoje existe espaço para isso no atual cenário de jogos. Também acho que era uma oportunidade da EA falar algo sobre o futuro de Mass Effect. Andromeda, por exemplo, não terá nenhum DLC? E apesar de ser justificável pelo lançamento de Battlefront II este ano, há uma certa curiosidade pelos outros games de Star Wars que estão sendo produzidos por outros estúdios da EA, como a Visceral. Sem mencionar que acho meio chato essa sensação de que o EA Originals é meio que o plano de um indie game por ano, sendo que o indie apresentado em 2016 (FE) sequer foi lançado… gostaria de ver a EA abraçando mais indies, enquanto apoia aqueles já lançados. UnRavel não merece ma sequência?

Enfim, não foi uma conferência ruim, porém foi previsível. Não foi uma conferência de virar o jogo no atual cenário. Apenas mostrou uma EA jogando de forma segura, naquilo que ela atualmente está fazendo bem. Ótimo para ela, mas quando se fala em hype, este sim deixou um pouquinho a desejar.

A conferência completa pode ser assistida no link abaixo (a conferência começa em torno de 2h45 do vídeo):

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