TV por Assinatura corre o risco de extinção…

É verdade. Pois segundo notícia da Folha de São Paulo do dia 04 de março, o pacote mais barato (com aquela merreca de canais) de uma Tv por assinatura, pode chegar a custar R$ 200 e o mais completo, por R$ 300. Graças ao nosso Governo que quer controlar o conteúdo da TV por assinatura… clique em “more” e saiba mais detalhes:

Você tem TV por assinatura? Eu também. Adoro ter o que assistir domingo e esquecer que existe Faustão e Gugu. Adoro não ter que acompanhar novela. Adoro poder ver desenho a qualquer hora do dia. Adoro não ter que esperar quase 2 anos para ver seriados na TV aberta. Adora ver séries no idioma original (dublagem nacional porca não dá). Adoro poder ver séries do começo ao fim, sem mudança de horarios todo mês ou series sendo exibidas pela metade ou como tampa buraco (pois assim elas são tratadas na TV aberta). Adora ver filmes sem precisar esperar 3 anos para passar na TV aberta. Adoro TV por assinatura.  Mas você está sabendo que tudo isso pode acabar? Vou fazer um pequeno marketing aqui porque o assunto é sério e merece a atenção de quem gosta de Tv por assinatura.

Matéria publicada na Folha de São Paulo, dia 04 de março,  e repassada aqui aos leitores do Portallos:

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Cota de conteúdo nacional é atacada pela TV paga

Para programadores, assinatura ficará mais caraELVIRA LOBATO


DA SUCURSAL DO RIO

 A criação de cotas obrigatórias para programação nacional na TV paga, prevista no projeto de lei 29, em discussão na Câmara, abriu nova guerra no setor, já estremecido pela aquisição de operadoras de TV a cabo pelas companhias telefônicas.

Os programadores estrangeiros entregaram ontem ao deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ), relator do projeto, estudo sobre o impacto econômico das cotas. A previsão deles é que haja aumento de até 144% na assinatura mensal dos pacotes básicos. O estudo foi feito a pedido da Associação Brasileira de Programadores de TV por Assinatura, que representa Discovery, ESPN, Fox, HBO, MGM, Nickelodeon e Turner.

Foi calculado o impacto sobre os preços de dois pacotes básicos da Sky. O primeiro iria de R$ 88,90 para R$ 196,48 (144,1% de alta), e o segundo, de R$ 134,90 a R$ 228,51 (82,6%).
O encarecimento, segundo o estudo, reduzirá a base de assinantes atuais, de 5,8 milhões para 3,92 milhões em 2010, mesmo com as teles sendo liberadas para oferecer TV a cabo.

O projeto propõe a criação três tipos de cotas, que se sobrepõem. A primeira determina que os canais pagos ocupem ao menos 10% de seu horário com conteúdo nacional de produtoras independentes. A segunda, que 50% dos canais de “”espaço qualificado” -excetuando jornalísticos, religiosos, propaganda comercial, propaganda política, eventos esportivos, televendas e horário eleitoral- devem ser de conteúdo nacional, sendo 25% de produtores independentes. A terceira cota é sobre o empacotamento de canais: metade precisaria de programadores brasileiros (30% independentes).

O projeto também limita o tempo de veiculação de publicidade na TV paga e cria a possibilidade de radiodifusores serem remunerados pela transmissão dos canais da TV aberta.

O projeto dá prazo de quatro anos para adaptação. As cotas devem ser cumpridas à proporção de 25% ao ano. Segundo o estudo, serão necessários R$ 3,3 bilhões de investimentos, nos quatro anos, para produzir conteúdo nacional para cumprir as cotas.

O projeto enfrenta oposição da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) e dos programadores internacionais. A ABTA colocará no ar, na próxima semana, sua segunda campanha contra as cotas.

“”Precisamos de conteúdo nacional, mas as cotas são um retrocesso medieval. Elas inviabilizam a diversidade de canais, encarecem a assinatura e fracassaram em todos os países”, afirma o diretor-executivo da ABTA, Alexandre Annenberg.

A Sky Brasil, segundo seu presidente, Luiz Eduardo Baptista, terá que eliminar metade de seus canais estrangeiros para atender à cota de 50% de canais brasileiros. A alternativa, diz ele, seria incluir 15 novos canais de conteúdo nacional, o que considera inviável.

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É claro que nem tudo na TV por assinatura é excelente. Canais que reprisam demais programas, legendas com qualidade duvidosa, falta de sites nacionais com programação etc etc etc. Mas isso não é desculpa par o governo chegar metendo a mão no nosso direito de assistir, ainda mais numa TV que nós pagamos. O_O

Depois em casa vou pegar o link da página de protesto, que passa toda hora na SKY e colo aqui.

OBS: Eu sei que a chamada do tópico ficou meio apelativa, mas a intenção era essa mesmo. Afinal, são poucos que podem se dar ao luxo de pagar R$ 200 por mês em TV por assinatura num pacote básico sem metade do conteúdo, e sem falar que geralmente os melhores canais estão nos pacotes mais caros.

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