Rio Game Show – Eu Fui!

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Foi ontem, em Niterói, mais precisamente no clube Canto do Rio, que aconteceu a Rio Game Show, evento que contou com a participação de diversas empresas, com a organização de campeonatos e mesas redondas com profissionais da indústria, e muito Free Play. Mas será que valeu apena? Continue!

A Organização

O evento, que estava programado para começar às 13h, atrasou por volta de 45 minutos, gerando filas e mais filas, que davam contorno na rua em frente ao local do evento. Rápidamente, o ginásio já estava lotado, e todos os jogos já estavam ocupados. Até aí normal, o problema é que as pessoas ao terminarem de jogar, não cediam o posto para ninguém, e poucas pessoas eram compreensivas (normalmente as que estavam lá para competir nos campeonatos) o que raramente deixavam a maioria jogar.

Problemas de infra-estrutura foram os que mais acabaram com a graça do evento. Nas primeiras 2 horas, a luz era continuamente cortada pela administração, sem o menor aviso para desligarem as máquinas, isso aconteceu comigo, quando estava conversando com um representante da Magus (vou falar mais a frente sobre a empresa) enquanto jogava uma Demo da empresa. Foram cerca de 5 cortes de luz seguidos, o que deixou os representantes furiosos.

Outras queixas vieram dos participantes de campeonatos. As modelos de Cosplay não davam conta do recado, e não tinham noção alguma do conteúdo do jogo nem de como organizar um campeonato, tentando impedir os jogadores “pro” de utilizarem seus controles Arcade e demorando entre uma partida e outra. Outro problema aconteceu em relação à premiação, pois os campeonatos terminaram por volta das 18 e 19h e a organização do evento só queria liberar os prêmios no encerramento (22h) mesmo os vencedores tendo que ir embora.

A parte sonora do evento estava totalmente abalada. Devido aos atrasos, todos os campeonatos possíveis ocorreram simultâneamente, junto ainda das mesas redondas, e para acabar de vez com o pobre ouvido dos visitantes, o estande da Seven Computação Gráfica estava estourando algumas caixas de som. Isso impediu a todos de escutar o que quiserem, sejam os campeonatos que foram obrigados a acontecer sem som, as mesas redondas ou até mesmo os videos do estande da Seven.

Os Estandes

De estandes de grandes empresas, só a Microsoft compareceu, com o maior estande indo de mal a pior (Ao lado dela havia o estande da história dos videogames, e sismaram de colocar a Demo de Sonic The Hedgehog para XBLA para rodar) e o único jogo dessa geração mostrado por ela foi PGR 3, que é um jogo de LANÇAMENTO do 360. Apesar de inteirar o estande da Microsoft, a empresa Magus merece um destaque extra.

Ao total foram 12 estandes, totalmente desconexos em suas áreas de atuação. Ao invés de separarem os campeonatos, lojas, serviços e estandes de empresas, ficou tudo jogado ao maior estilo Random. Os Anunciantes foram os seguintes:

Entre esses estandes estavam também as arenas Free Play e os campeonatos, os quais eram:

Destaques

Os destaques foram poucos, mas a alegria da mulecada presente no evento foi a exposição da História dos Videogames (que contou com Famicom, Amiga CD, 3DO, Phantom System, entre outros) Todos conectados em TVs de alta definição (para quê? não faz diferença alguma) para jogatina livre, administrada pelas Cosplayers.

Na Lan House montada para o evento havia uma jogatina de Capoeira Legends, o jogo brasileiro que involte as mandingas do mundo dos Orixás (que, apesar de ser o maior projeto brasileiro, me decepcionou profundamente)

Magus

Agora, finalmente vou falar da Magus. O Marcus Venturelli, estava lá para representar a empresa vencedora do XNA Challenge e seus dois projetos e contou um pouco sobre a filosofia da empresa:

“A Magus é uma empresa que tem como objetivo, lançar os estudantes na industria, utilizando objetivos e fases de desenvolvimento com organização, pois o que impede os jovens de terminarem os seus projetos é justamente isso.”

No estande da Empresa, haviam dois projetos, não necessariamente comerciais (mesmo nada a impedindo de lança-los) criados mais para Porfólio mesmo, eles eram:

(vencedor do XNA Game Challenge) que foi desenvolvido por um grupo singelo de 3 estudantes, mas que mesmo assim impressiona, colocando o jogador na administração de uma cidade, tendo que agir na área de nutrição, saúde e etc… mesmo voltado para causas humanitárias, o projeto está perfeito para a Live Arcade, muito divertido (aposto nesse). Mesmo sendo Demo, não contou com nenhum erro.

Esse apareceu na forma de um Trailer com data para 2010, que me lembrou muito Final Fantasy ( apesar de ser um Action/Adventure) e não teve o Gameplay mostrado. Em informações exclusivas, soube-se que o nome do time de Desenvolvimento (Phoenix Team) tem ligação com esse jogo. The Guest será a princípio exclusivo para os PC (me parece ter requerimentos elevados para o padrão brasileiro, mas nada realmente PC Gamer não)e está sendo desenvolvido em C++.

Gostaria de agradecer ao Marcus Venturelli, pela ótima recepção e atenção aos profissionais de mídia, o único estande de todo o evento que tratou os profissionais com qualidade.

Mesas Redondas

Tive a oportunidade de participar de duas mesas redondas, a primeira sobre o desenvolvimento e suas dificuldades, e a outra sobre novas ferramentas e qualificação de profissionais da área.

As duas acabaram que foram muito interligadas (na minha cabeça não consigo definir o que aconteceu em cada uma) mas lembro que a Nano falou muito e muito do iPhone, de como o aparelho da Apple é bom para os desenvolvedores, de como é o trabalho de testar e portar códigos para cada SO de celulares e etc… No fim, nada do que não sabiamos foi revelado, exceto por alguns joguinhos.

Houve um teaser de um jogo (aparentemente) da Donsoft (Capoeira Legends) que se trata também da história do Brasil, dessa vez, você controlará um índio na chegada dos colonizadores em nossa terra, em plena baía de guanabara. Qual é o nome do jogo? França Atrativa. Os gráficos estão mal acabados assim como Capoeira, e o tema não parece ter carisma nenhum. Não gostei não.

A Nano anunciou dois jogos para o novo queridinho dos estúdios de mobile,o iPhone. Um deles é um Advergame (advertisement + game = jogo propaganda) para a Pepsi, de nome aqui inpublicável devido à barulheira do evento (e a minha dor de cabeça a essa altura do campeonato). O outro, pelo nome me parece ser algo como um Mario Strikers abrasileirado e provavelmente ambientado na favela, o nome é Brazooka Soccer (deve ser legal esse, futebol com o povo do morro usando AK-47 e R15 no iPhone).

Os desenvolvedores falaram algo como uma “formula mágica” para obter um bom desenvolvimento de jogos, e segundo eles a receita é:

Eles também deram um exemplo de uma conferência da Blizzard, onde a mesma falava sobre a falta de qualificação no mercado, mesmo utilizando a fórmula mágica, mas o barulho atrapalhou novamente…

Resumo

O que atrapalhou o andamento do evento foi a falta de organização mesmo. As atrações tinham de tudo para arrebentar, consagrando o evento, mas a Staff não soube cuidar direito das coisas, atrasando o evento, remarcando mesas redondas e desorganizando os campeonatos. Por fim, saí mais cedo. O que podia ser uma boa oportunidade para fazer o Rio de janeiro crescer nos Games, se tornou um fracasso. Dependendo, retornarei em uma futura edição, mas por enquanto, ainda há muito o que melhorar

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