45h de Skyrim… e mal arranhei a superfície! (+3)

Inaugurando os diários de TESV no Portallos! Equipe, uni-vos! (EXP+)

TMT puxou a orelha do pessoal ontem lá no fórum. Por quê? Porque estamos quase todos (eu, Theo, Hugo, Rackor, Meltoh e Mauri, e o Pedro acabou de comprar também) jogando Skyrim e floodando no tópico do chat sobre cada experiência nova que temos, que level estamos, mostrando nossos chars, etc. É incrível como um jogo 100% single player como esse incite tanto as pessoas a conversarem entre si sobre como estão jogando. Eu mesma, além de falar com o pessoal aqui do site, tenho gente no Twitter e amigos IRL jogando com quem sempre divido as experiências da jogatina. Skyrim é um jogo tão enorme, tão aberto, que nos oferece tantas formas diferentes de jogar, de interpretar nosso personagem, que parece mesmo ser vários jogos em um. Fico feliz também de ver como várias pessoas não gamers sabem o que é Skyrim, culpa em grande parte do 9gag e dos memes de flechadas no joelho. Vejo gente que no máximo joga Angry Birds ou Farmville se interessar por TESV por culpa de estarem falando disso por todo canto na internet, o que acho foda demais.

Minha ideia com esse post, então, é tentar transferir essas nossas conversas do fórum pra cá. Depois do continue vou falar sobre o que vi até agora, só o que mais me marcou ou curiosidades legais obviamente, e nas próximas vezes em que quiser falar algo do jogo, apenas atualizo esse post e recoloco-o na home. Os outros jogadores da equipe também, sintam-se no seu próprio post adicionando coisas com o EXP+ e se identificando! Bora lá. 😉

EDIT: Rá, ficou enorme meu texto. XD Tive que resumir (BEM RESUMIDO) o que fiz até agora, e isso acabou ficando grande! Jogo bom dá nisso mesmo. Sendo assim, ou o pessoal da equipe usa esse post com EXP+ somente para seus resumos, e depois abrimos um post com o título “Diários de Skyrim” para relatos mais curtos e rapidinhos entre uma jogatina e outra, ou usamos esse aqui mesmo, com o EXP+ sendo sempre a primeira coisa depois do continue lendo ao ser atualizado, pro pessoal não ter que ir até o final da página sempre. Também seria legal demais se os leitores que jogam TESV comentassem sobre seus saves também, podemos até inclui-los no post com o Espaço Leitor! TAMRIELIC PARTY, BITCHES! /O/

03 de janeiro de 2012: 60 horas e ainda estou criando personagens

(por Hugo Crisostomo)

Sabe aquela pessoa que cria um personagem atras do outro? Que sempre arranja um defeito no personagem e recria. Que quando acaba de utilizar o primeiro ponto de habilidade diz que fez besteira e recria novamente? Que acha que o personagem poderia ter uma barba um pouquinho mais rala e vai lá criar mais uma vez? Então, esse sou eu. Minha compulsão por recriar meu personagem é caso de médico e quando me colocam um jogo com o número de raças e “classes” possíveis como Skyrim, a coisa fica muito pior.

Plataforma: PC. (Personagem mais atual) Raça: Wood Elf. Nível: 20. Gênero: Masculino. Arma principal: duas 1h orc swords. Perks mais desenvolvidos: One Handed, Light Armor, Restoration e Smithing.

Então, meu primeiro personagem foi uma bagunça. Nunca joguei nada da série The Elder Scrolls, logo não tinha a mínima ideia de nada. Nomes, raças, mitologia, emfim, tudo. Eu não sabia onde estava pondo meus pés. Logo na introdução do jogo ele já me prendeu. O ataque do dragão a primeira cidade é uma das coisas mais legais que já experienciei em jogos. Não sou muito fã de jogos em primeira pessoa (só jogo Skyrim em terceira pessoa) mas fico muito feliz que tenham travado a câmera naquela introdução para primeira pessoa. Você consegue se sentir no meio0 do desespero que o ataque causa e ao mesmo tempo o alívio que é a sua chance de escapar. Só tenho uma coisa a reclamar: de algum modo o jogo te induz a seguir o Imperial durante o ataque. Se eu não tivesse reiniciado o jogo trezentas vezes nunca perceberia que você também pode seguir o Stormcloak que estava fugindo com você e seguir a introdução de modo reverso (matando Imperials). As pessoas que eu conheço e que estão jogando todas falaram que não perceberam o Stormcloak lhes chamando para ser seguido.

Continuando, lá para o nível 20 percebi que meu personagem estava uma titica. Tinha perks espalhados por todas as arvores e terminava que eu não era bom em nada. Recriei meu personagem pela primeira vez e decidi fazer um com uma espada em uma mão e destruction em outra. Esse durou até o level 15 até eu resolver fazer um full conjuration. Daí começou a sessão refazer personagens um atras do outro. Até a ponta do nariz me incomodava e eu ia lá refazer. É eu sei, muito triste mas com tantos personagens também vieram várias experiências diferentes. Com meu warrior entrei para os Companions que Dakini já relatou, já em alguns dos meus magos eu me inscrevi no Winterhood Collage, uma espécie de Hogwarts de Skyrim que atualmente enfrenta uma probleminha de imagem com os habitantes de Winterhold, que culpam a escola pela destruição de cerca de 90% da cidade.

Mas as coisas mais legais do jogo não ocorrem dentro de cidades ou guildas. Elas ocorrem durante minha atividade favorita: exploração. Já perdi as contas de quantas vezes já subi em morros altos e desci tudo pelas cachoeiras (parece idiota mas é muito divertido XD). E entre uma cachoeira e outra sempre dou uma voltinha no local para ver que tem em volta e sempre me surpreendo com a variedade de lugares que existem em Skyrim. É um cenário mais lindo que outro. E é claro que a exploração não vem sem riscos. Já fui abordado por várias criaturas de surpresa e nem sempre os encontros têm um final feliz. Uma vez um dragão e um urso me atacaram ao mesmo tempo, foi tenso mas com muito esforço e corridas acabei vencendo. Mas nessas explorações cavernas suspeitas são minhas favoritas. Primeiro é sempre bom conversar com pessoas por perto para saber qual é a da caverna (já fiz muitas quests assim) mas na maioria das vezes é uma no meio do nada e habitada por ursos que conversam com elementais, ou um covil de bandidos. Já encontrei até um grupo de vampiros que organizavam rinha de humanos.

E por falar em vampiros, já enfrentei uma barra por causa deles. A primeira vez que os encontrei foi no meio de uma tempestade de neve e mal estava vendo o que estava fazendo. Eu vi pelo nome que era vampiro mas nem me liguei e só depois de alguns dias (do jogo) é que eu fui perceber as mensagens na tela do tipo “seu sangue começou a ferver com o nascer do sol”. Neste momento, já era tardes demais. Procurei na internet (o que não gosto de fazer) o que diabos era aquilo e só então lembrei do maldito vampiro. Já era tarde demais para eu me livrar do vampirismo com uma simples benção e eu precisaria fazer uma quest para me tornar humano novamente. Daí foi uma corrida contra o tempo porque eu não queria me alimentar e se eu chegasse no estágio 4 de vampirismo, todos os NPCs se tornariam agressivos. No meio da quest, um dragão ataca a cidade, o que só fez foi atrasar minha situação. Minha sorte é que ser vampiro te dá imunidade a gelo (o dragão era de gelo) e matei ele facilmente. Infelizmente neste momento atinjo e nível 4 e todo mundo saiu correndo atras de mim (mas eu acabei de salvar sua cidade de um dragão >.>). Até criancinha com faca na mão teve! Mais uma eternidade para eu conseguir me esgueirar dentro de uma casa e chupar o sangue de uma pessoa enquanto ela dormia e então voltar a quest. Som de alívio no final de tudo mas como sequela fico checando meu debuffs ativos a cada 3 minutos.

Então, Skyrim é isso e muito mais. Explorando você encontra de tudo. De cavaleiros sem cabeça fantasma andando a noite em uma estrada deserta até um grupo suspeito maquinando no meio da rua e que vão embora a primeira vista do seu personagem. E querem uma dica? Evite ao máximo o fast travel. Isso retira 99% da graça do jogo e te deixa mil vezes mais pobre.

03 de janeiro de 2012: 70h de jogo e ainda estou começando a jogar

(por Theo)

Nossa, como são diferentes as experiências que esse jogo te oferece? Agorinha mesmo estava observando meu irmão jogando e eis que após uma luta ferrenha contra um dragão (ele ainda está no nível 19) surge um fantasma correndo no meio do nada. Sugeri que ele seguisse o fantasma pra ver aonde ele iria chegar e ele o conduziu para uma pequena gruta com dois bandidos a espreita e um baú com alguns itens. Procurei nos guias da Internet sobre esse tal fantasma e achei pouca coisa, diziam que ele aparecia aleatoriamente e te levava para algum lugar com alguns inimigos e alguns itens, mas nenhuma quest importante.

Acho que isso, pra mim, resume bem do que se trata Skyrim. É um mundo vivo que responde diretamente aos avanços do jogador. Já que eu, com mais de 70 horas de jogo, não vi nem de relance esse tal fantasma corredor…

Plataforma: Xbox 360. Raça: Dark Elf (Dunmer). Nível: 37. Gênero: Masculino. Arma principal: fireball na mão esquerda e Glass Sword com encantamentos elétricos na direita; ocasionalmente um Arco Élfico com danos de gelo. As habilidades (perks) que mais tenho desenvolvido são Destruction, Lockpicking, One Handed e Smithing.

Escolhi jogar como Dark Elf primeiro pela história da raça dentro da mitologia da série (quem jogou Morrowind ou leu algo sobre o jogo sabe do que estou falando) e, segundo, para dar uma continuidade espiritual ao personagem que criei em Oblivion. Os Dark Elfs são considerados fortes, ágeis e extremamente inteligentes. Conseguem balancear muito bem o uso de magias, com o combate corpo-a-corpo e o uso de arcos. Mas são considerados portadores de má sorte depois que a sua terra natal – Morrowind – foi destruída e muitos habitantes tiveram que fugir. Por conta disso, meu personagem sofre muito preconceito por onde passa: os guardas dizem “Se mantenha longe, elfo” com desdém e por conta da minha predileção pelas magias de fogo muitos me alertam para não sair incendiando prédios pela cidade ou me avisam para não deixá-los me pegar arrombando portas por aí, devido ao meu nível alto de lockpicking.

Apesar das 70 horas de jogo ainda não avancei muito na história do jogo. Preferi vestir a carapuça de bem-feitor e saí pelo mundo de Skyrim completando missões secundárias e aleatórias para todo tipo de gente. Já recuperei heranças de família, ajudei um Khajiit a montar um anel de noivado para sua amada, livrei uma tribo de Orcs de um líder fraco (de quebra completando uma missão do Daedric Prince Malacath). Consegui ajudar tanta gente que me tornei Thane de várias cidades, menos na cidade de Riften, pois devido a algum bug do jogo eu não consigo completar a missão. Vale dizer que esse foi o único bug que me deparei até o momento.

Jogava como um aventureiro solitário até que resolvi aceitar a ajuda de Lydia. Com muito receio (afinal, com um golpe errado eu posso matá-la) a levei em uma quest e ela conquistou minha simpatia pela suas habilidades de combate e pela sua quase inocência perante alguns cenários que visitávamos (Nossa, eu nunca vi um lugar como este antes!). Separei alguns itens bacanas, usei e abusei das minhas habilidades como ferreiro e criei um set bacana de itens para ela usar.

Atualmente estou a procura das diversas Word Walls espalhadas por Skyrim, nelas que consigo aprender as Words Of Power e ampliando a minha biblioteca de Shouts. Por conta disso já enfrentei vários dragões, 22 segundo as estatística do jogo, e tenho um bom estoque de materiais para criar a minha Dragon Armor quando eu conseguir elevar a minha habilidade de smithing ao máximo. Mas também continuo nas minhas aventuras como benfeitor, procurando por missões secundárias e objetivos aleatórios para cumprir.

02 de janeiro de 2012:  reinícios, homenagem a Thor e muito amor!

(Por Mauri)

Skyrim é meu primeiro contato com a série The Elder Scrolls. Porém, tenho o Daggerfall que um dias desses foi disponibilizado gratuitamente, e o Morrowind que comprei em uma banca. Dos dois, apenas o Morrowind eu tentei jogar, mas como na época meu PC não rodava bem o jogo, acabei deixando ele de lado.

E o Oblivion sempre me chamou a atenção, e quase comprei a edição GOTY quando a encontrei por um preço bem legal, mas enrolei e quando finalmente decidi comprar, acabou. Engraçado perceber como a série sempre esteve próxima a mim, mas faltava aquele “tcham” para finalmente jogar algum TES.

Particularmente, aprecio muito os jogos com temas que lembram uma época medieval. Cavaleiros, espadas, princesas, batalhas de vida ou morte, magia e feitiçaria. E dragões. Ah, os dragões… embora irreais são tão imprecindíveis. E é aí que entra TES V: Skyrim.

De posse da edição nacional, lá fui eu me aventurar pelo que de fato seria meu primeiro TES. Durante uma semana, assumi o papel de um guerreiro que partia pra cima dos inimigos no melhor estilo Conan, portanto a maior espada que encontrasse, sem dar o mínimo para o uso de magias e afins. O anseio pelas batalhas consumia todo o meu ser, e logo meu guerreiro chegou ao nível 10, já ciente de que era um Dragonborn.

Mas aí, um acontecimento cruel ceifou a vida do meu guerreiro. Aliás, não só dele como a de todos os guerreiros de todos os meus jogos. Esse terrível mal atende pela alcunha de “HD não-reconhecido”. E ele surgiu curiosamente quando meu guerreiro dragonborniano cruzava um pacato rio próximo de Riverwood. A tela congelou. E tudo o que restou foi o vazio.

Sem back-up dos saves, coube a mim fazer com que outro HD fosse escolhido para tomar o lugar daquele que fora colocado fora de ação. E com as forças restauradas, foi me permitido mais uma vez começar Skyrim. Mas agora, com a experiência adquirida daquela jornada tão prematuramente interrompida, tudo seria diferente.

Como avatar optei por continuar com um guerreiro nórdico, mas como homenagem dessa vez batizei-o como Thor, pois de fato meu guerreiro era deveras parecido com o Deus do Trovão. Que por sua vez, me lembrava Talos, mas calma que agora vou contar como a jornada foi diferente.

Skyrim tem como uma de suas principais características seu mundo aberto e cheio de possibilidades. E desbravar esse mundo se tornou um desejo meu, e lá se foi meu guerreiro a caminhar por todos os cantos de Skyrim, principalmente após passar por Whiterun e decidir que essa história de ir lá matar o dragão que incomodava o Jarl podia esperar.

Fui até o sujinho de Whiterun, e de lá saí com Uthgerd “The Broken” como companheira, não sem antes emurrrar ela um bocado. Acho que ela gostou de apanhar, essa sádica. Mas o fato era que a armadura que ela estava vestindo foi meu principal interesse. Tomei-a por uma boa guerreira e assim começou nossa história.

Sempre ao lado de Uthgerd, não demorou muito a conhecermos vários lugares. Bem, para falar a verdade, demorou sim, andamos muito! E durante algum tempo, tivemos a companhia de um cachorro feioso que encontramos em uma cabana onde jazia seu antigo dono. Se tivesse um cavalo, com certeza eu colocar na sela dele um adesivo de um homem, uma mulher, e um cachorro, assim como as pessoas modernas fazem nos seus carros.

O primeiro acontecimento marcante ocorrou quando Thor inadvertidamente entrou em uma caverna que era um esconderijo de vampiros. Sem dificuldades, os vampiros foram destruídos pelo invencível Mjolnir de Thor, porém os seres sombrios deixaram um presentinho para o meu guerreiro…

Depois de um descanso em um acampamento dos Imperials, Thor acordou com uma estranha vontade de beber sangue, e os soldados imperiais olhavam para o guerreiro de forma estranha, e seus comentários me levaram a acreditar que algo estava errado com Thor.

Tentei descobrir qual era o mal que assolava Thor, mas os feiticeiros e magos não me ajudaram em nada. Então, decidi consultar o oráculo dos oráculos, pertencente ao deus Google, e graças a intervenção dele consegui descobrir que Thor estava prestes a se tornar um vampiro!

Tal maldição era indesejada meu guerreiro thunderborn, e tão logo descobri como extirpar essa doença, Thor, Uthgerd e seu cachorro feioso iniciram uma corrida contra o tempo para o o templo em Whiterun, onde enfim a benção foi conseguida e o Thor se libertou da corrosiva maldição vampírica.

Depois dessa e de muitas outras aventuras, Skyrim já havia sido quase que totalmente desbravada, e meu guerreiro já conhecia algumas palavras de poder. Thor achou que essas palavras eram relacionadas com os dragões, então voltamos para os arredores de Whiterun, onde Thor deu o golpe final que acabaria com a vida do dragão que tanto assustava o Jarl de lá.

Thor descobrira que era também um dragonborn, e que precisava descobrir o real significado disso. Porém, antes disso, decidiu aproveitar e tirar umas férias, passar alguns momentos de reflexão. Enquanto isso, eu aproveitei para chegar ao nível Commander em Modern warfare 3 e colocar a leitura de Homem-Aranha em dia.

Após essa pausa, era a hora de começar uma nova epopéia. Como marco dessa retomada, Thor e Uthgerd se casaram em uma cerimônia simples, mas um tanto aterradora, já que um dos convidados era um morto. Como os dois estavam sedentos por se embriagarem com o hidro-mel do amor, fizeram um fast travel até a casinha recém-comprada em Whiterun.

Pena que Thor não aproveitou bem a cama com sua esposa, pois na versão PS3 não se ganha bônus quando seu avatar dorme com sua cara-metade. Entretanto, Uthgerd pareceu ter gostado muito, pois antes era durona e antipática, agora vive de bem, conversando com Thor de maneira sempre carinhosa, e ainda por cima lhe dá dinheiro e comida. Esse é o amor que fica…

Thor deixa sua amada em casa e parte para sua nova jornada ao lado de sua guarda-costas, Lydia, ainda que Thor não tenha gostado das vezes em que Lydia tenha invadido sua privacidade com sua amada. Ele pensava se sua guarda-costas não estava a fim de um ménage ou coisa assim.

O destino de Thor e Lydia era subir na vida e conhecer os carinhas de barba cinzenta, que eram imaginados como antepasados de Gandalf, Saruman e aquele outro que gosta de Harry Potter, Doubledare ou algo assim. Mas assim que os três (um segundo cachorro entrou na festa) chegaram ao pé da gigantesca montanha, perceberam que iam perder parte de suas vidas até chegarem ao topo. Se tivesse pelo menos uma escada-rolante ou um bondinho a subida seria menos cansativa…

Por falar em cansaço, encerro por agora os relatos dessa jornada esperada e em breve continuo (ou não). Atualmente, estou no level 30 e desesperado por uma Ebony Armor (só tenho a Luva) e me casar de novo!

30 de dezembro de 2011: 45 horas e mal comecei a jogar

(Por Dakini)

Plataforma: PlayStation 3. Raça: Wood Elf. Gênero: feminino (não, não é óbvio porque vários guris jogam de guria, haha). Atualmente: lobisomem. Arma principal: arco e flecha. 45 horas de jogo, e fiz muita coisa, mas ao mesmo tempo não fiz quase nada. Skyrim é realmente gigantesco, e avançamos da forma como queremos. Hoje cheguei ao level 100 de Smithing (outras habilidades altas pra mim: 84 Pickpocket, 75 Archery, 75 Light Armor, 69 Enchanting, 62 Lockpicking, 57 Speech, 50 Sneak, e o resto, os vários outros, de 30 pra baixo) e já posso fazer Dragon Armor! Lindas demais, cara, e tem opção tanto de Light quanto de Heavy Armor, então depois de pegar o loot de dragões suficientes, estarei eu de Light e a Lydia de Heavy, se é que até lá já não estarei casada com a Aela. Atualmente estou full Glass Armor, equivalente Light da Daedric Armor, e in love com essa armadura.

Quando comecei Skyrim, joguei 12h e aí, por uma infelicidade, perdi meu save e tive que recomeçar. Mas, no fim das contas, isso só me ajudou. Recomecei muito mais ciente do que fazer e do que não fazer, mas não em situações específicas, e sim no como jogar mesmo. Quando cheguei ao mesmo level que estava ao perder o save (12 indo pro 13), minha contagem de horas era apenas a metade de antes, pra verem o melhor aproveitamento. A primeira Hold (grande cidade) em que chegamos, pela história, é Whiterun (mas não precisa ser a primeira também. Se tu quiser ir pra outro lugar, fique à vontade.) e não saí de lá até o level 30 (estou no 36 atualmente), o que é monstruosamente desnecessário, haha. Pra terem noção, a partir do level 9 já é possível terminar o jogo, pois os inimigos são nivelados de acordo com o level do jogador quando os encontra. Apesar disso, é claro que ninguém em sã consciência jogaria um TES pra correr com a narrativa.

A quantidade de side quests é mais que overwhelming. Fazemos, fazemos, fazemos e sempre surge mais! E isso sendo objetiva quanto à resolução delas, pegando as quests na cidade, resolvendo-as fora dela e voltando, mas quando paramos para simplesmente explorar o mundo, pode-se perder ainda mais tempo, com cavernas, minas, ruínas, santuários, cemitérios de mamutes habitados por gigantes, dragões nos abordando, assassinos contratados pra lidar com a gente, o(a) Dragonborn, e tantas outras coisas com as quais nos deparamos nesse mundo vivo. O level up em Skyrim se dá por acúmulo de level ups nas skills, e um level up alto nelas enche muito mais nossa barra de level do que um level up baixo… Por exemplo, meu level 100 em Smithing encheu um quarto da barrinha do level 35 em que eu estava, enquanto que upar pro level 24 em Destruction (magias de fogo, raio, etc) mal mexe dois centímetros dela. E como se upa as skills? Pelo uso. Pickpocktear as pessoas aumenta o pickpocket, andar se esgueirando e sem ser notado, atacar sem o inimigo perceber, etc, aumenta o Sneak, atacar com espada aumenta One-Handed, bloquear com escudo aumenta Block, e assim por diante. Dessa forma, jogar como queremos é o que nos faz aumentar de level, e é um sistema extremamente satisfatório e recompensador.

Minha casa em Whiterun custou 5000 Gold e fiquei quase zerada quando comprei. Agora que estou em Riften (porque fui fazer a quest dos Greybeards e Ivarstead é longe de TUDO e considerando que meu inventário estava cheio, fui pra essa outra Hold vender as coisas), a casa custa 8000, mas olho pra isso e rio, tendo 25799 Gold comigo. Recolher as armas dos inimigos mortos, ir para a cidade e encantá-las com Stamina Damage, depois vendê-las = margem de lucro de… sei lá eu, 300%. E ainda ganho level em Enchanting, o que me ajuda para encantar minhas próprias armas e armaduras com bônus de Light Armor, Health, Archery ou o que quer que seja. Smithing também é recompensador demais, pois rende grana e nos deixa orgulhosos de fabricarmos nossa própria armadura e a do nosso companheiro também. Fora isso, me divirto horrores abrindo cofres, portas trancadas, baús e outras coisas do tipo e roubando os cidadãos. Roubar diretamente deles também, e sem que sequer nos notem, é ultra divertido, e também o motivo de meu Pickpocketing estar tão alto.

O problema das coisas roubadas? Não podemos vendê-las em lojas normais, e começam a pesar no nosso inventário, o que nos impede de recolher mais coisas. Minha solução, em Whiterun, foi estocar tudo que roubei na minha casa, onde ninguém mexe, para depois vender para a Thieves Guild, que, adivinhem, é em Riften. Companions, Thieves Guild, Mages’ Guild e Dark Brotherhood. As quatro guildas do jogo às quais podemos nos juntar e que nos proporcionam quests que não são nem side nem main, são outras linhas de quest completamente. Os Companions ficam em Whiterun, e são a guilda dos guerreiros. Um grupo foda e com segredos ainda mais legais, que nos dão poderes se não tivermos medo de “maldições”. Virar parte do Circle, o grupo dos melhores guerreiros da guilda, é uma das quests mais legais que fiz até agora, mas não darei detalhes pois tem spoilers bem significativos. A Thieves Guild fica em Riften, e caramba, estou ainda mais apaixonada por eles do que pelos Companions. Antigamente uma organização que impunha respeito por medo, hoje está decadente e sem poderes, e nosso papel, ao nos juntarmos a ela (tudo opcional, obviamente, como praticamente tudo nesse jogo) é fazê-la voltar à antiga glória. Imaginem, é gente me pagando para fazer o que eu já fazia, e as reuniões na cisterna subterrânea da cidade, o bar clandestino lá em baixo, os labirintos de túneis de esgoto que temos de enfrentar para chegar lá a primeira vez, a entrada secreta no cemitério, a armadura especial que recebemos quando somos aceitos… tudo é COOL demais, sério mesmo. E diferente dos Companions, há regras sólidas na guilda, há uma hierarquia importante. Os Companions são cada um por si, unidos por um código de honra que… não é o mesmo para todos, e com um líder simbólico, mas que apenas orienta, não manda. Na Thieves Guild é diferente. Faça o que lhe foi ordenado, ou está fora ou morto.

O Mages’ Guild fica em Winterhold, e a Dark Brotherhood em Falkreath, mas não fui e não irei tão cedo a nenhuma dessas Holds, então não posso dar meu parecer. (O Hugo está jogando de mago e não sai de Winterhold, talvez venha aqui falar pra vocês como é.) Fora isso, Skyrim inteiro está em guerra fria. O confronto entre Imperials e Stormcloaks é forte e ambos os lados mostram seus benefícios. É interessante também ver os NPCs que gostam de um ou de outro, porque percebemos que tem gente ruim e gente boa nos dois, bem como na vida real. Há um ideal básico em cada um, e é por ele que devemos nos guiar a tomar um lado (não cheguei na parte de decidir isso ainda), mas gente podre e sem noção está nas duas frentes, tirando aquela ideia de uma utopia de Império unificado e em paz ou de província independente e feliz. Abaixar o rabo para os Thalmor e continuar com o Império ou se rebelar contra Tamriel e seguir Ulfric, um assassino de reis que pode muito bem estar manipulando a massa regionalista de Skyrim apenas para seu próprio proveito (como se não fosse isso que todos os líderes fizessem)? E fora isso, interpretar nosso personagem nessa história. Eu, como uma Wood Elf vinda de Valenwood, poderia ser Thalmor se quisesse, e qual seria meu interesse de comprar a briga nórdica? Que benefícios eu possivelmente teria assim, que não teria como privilegiada do Aldmeri Dominion? E ao mesmo tempo, sou Dragonborn, herdeira do legado de Talos of Atmora, ou Tiber Septim, agora negado como divindade pelos Thalmor. É uma série rica demais!! Sério, quem conhece a história dos outros jogos e chega em Skyrim… tem livros que encontro durante a aventura que meu deus, piro ao lê-los e ver detalhes dos anos perdidos entre Oblivion e Skyrim. Se eu pudesse escrever sobre isso, sabendo que tem gente que leria, ficaria sentada pra sempre nessa cadeira haha, de tão foda que acho a história dessa série, espalhada por todos os jogos.

Fora isso, todas as Holds têm seus problemas de poder. Whiterun é dividida entre Gray-Manes e Battle-Borns, apoiadores dos Stormcloaks e dos Imperials, respectivamente; Riften é dominada pela família Black-Briar, que manda até em altos oficiais de Cyrodiil (capital do Império), que é pra termos a real noção do poder da Maven; e Markarth tem os Silver-Blood mantendo escravos nas minas de prata, que fogem e se revoltam, auto denominando-se Forsworth e estabelecendo-se em diversas cavernas e minas por aí, preparando-se para atacar. Cada Hold tem um rei, chamado de Jarl, e quando realizamos tarefas suficientes para ele e para os cidadãos da cidade, recebemos o título nobre de Thane e nos é permitida a compra de uma casa no lugar. E falando em Markarth, fui parar lá depois de um homem me abordar no Bannered Mare, um bar de Whiterun, pra uma competição de bebida. Ganhei, mas desmaiei e acordei DO OUTRO LADO DO MAPA, no templo dos prazeres de Markarth. Imaginem, gente, quests desse tipo. Seguindo a trilha do safado, descobrimos que queríamos casar com um bode e tantas outras coisas ridículas de bêbado, no maior estilo “Se Beber Não Case” como disse o Theo, que já completou a quest. Foi uma das mais WTF que fiz, e muito, muito legal. Outra bacana envolvia coletar uma arma especial de Hagravens ao sul de Riverwood, por só essa adaga poder retirar a seiva da Eldergleam, a árvora da deusa Kynareth que tem uma ramificação, Geldergreen, morrendo em Whiterun. Depois de pegar a arma, tínhamos de viajar até o shrine da Eldergleam e retirar a seiva (e que lugar absolutamente lindo aquele!), sendo que, ao aceitarmos a quest, um homem no templo da deusa em Whiterun escuta a conversa e pede para ir junto. Podemos aceitar ou recusar, e se aceitamos ele só fará diferença se o conseguirmos manter vivo até lá, o que é difícil porque o idiota não tem arma ou armadura alguma e se atira nos inimigos junto com nosso companheiro, só que com a diferença de realmente morrer e não se regenerar. Se conseguimos, porém, ao invés de invocarmos a ira da natureza e dos hippies que moram no shrine por ferir a árvore, ele reza para ela e recebemos uma nova muda, o que ao invés de reparar a Gildergreen de Whiterun a substitui por uma árvore nova. Essas diferentes possibilidades de resolução de quests são geniais e nos dão uma sensação incrível de escolha, de que jogamos como queremos de fato.

E Skyrim é isso, gente… escrevi demais, haha, e isso que falei MUITO POUCO de tudo que joguei. Muito, muito pouco, podem acreditar. Já fiz mais de 50 quests menores e 15 grandes, e imaginem que, mesmo se eu tivesse dito tudo que fiz nessas 45 horas, seria o quê, 10% do jogo todo. Talvez menos. Como podem ver pelo mapa do GameBanshee que coloquei mais acima… a coisa é gigantesca mesmo. Espero, então, que os outros complementem o que falei, cada um com suas experiências, e eu também vou voltar aqui para falar mais, à medida que for jogando. Vocês que ainda não jogam… joguem! Deem uma chance mesmo se não forem gamers! TESV é o que realmente podemos chamar de uma experiência única, e não por ser um jogo único apenas, mas por ser um jogo diferente para cada um que o joga.

EDIT 2: Lembrei de uma coisa que ia dizer, sobre a interação dos NPCs com a gente. Falando especificamente dos guardas com quem cruzamos, que não têm árvores de diálogo, mas sempre falam algo quando estamos perto, é legal demais como o jogo analisa as habilidades que desenvolvemos e então coloca diálogos de acordo. Como tenho Sneak, Lockpickng e Pickpocketing altos, eles falam que se pegarem minha mão nos bolsos deles, cortam ela fora, que se eu mexer com fechaduras pela região, já era, e que conhecem esse meu tipinho que anda se esgueirando, e elogiam minha predileção por Light Armor por me manter leve. Quando meu Enchanting foi subindo, eles começaram a pedir pra eu melhorar as armas deles, e quando virei lobisomen eles começaram a reclamar de cheiro de cachorro molhado, a perguntar se é pelo isso que tá saindo das minhas orelhas ou jurar que ouviram uivos noite passada. XD Sério, coisas desse tipo colocam um nível de imersão absurdo relacionado a tudo que a gente faz, e é legal demais.

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