Impressões | Afro Samurai – Animê e Mangá

Yo, Nigga!

Essa semana comecei a leitura do mangá de Afro Samurai. Não sou leitor frequente de mangás, mas como os podcasts já estavam enjoando e ir para o trabalho sem fazer nada no caminho é horrível, resolvi dar umas folheadas em algo.

Antes de tudo conheci Afro Samurai no animê que passava nas madrugadas da MTV, junto com Desert Punk e Trigun, mas não sabia nada sobre o mangá. Consegui uma edição que a Panini lançou aqui no Brasil, infelizmente só consegui a primeira ainda.

Pra quem não conhece a história, aqui vai um resumão:

A história é situada em uma espécie de Japão feudal futurístico pós apocalíptico, onde clãs e guerreiros lutam para conseguir a faixa do número um. Número um é o cara que possui essa faixa é considerado o mais poderoso entre todos, tendo o poder de “deus”. Como já da pra imaginar, para conseguir a faixa é preciso derrotar o dono atual.

Poderia parar por aqui, mas então comecei a ler o mangá e já tive minha primeira surpresa. Tudo começa com um Afro Samurai usando a faixa de número um pedindo para que seu filho espere um pouco para que ele enfrente um cara que buscava tomar essa faixa pra si. Ele enfrenta o cara e perde.

Não é de se explodir cabeças, mas pra mim ele era o personagem principal e não iria morrer ali. Engano meu. O personagem principal é o filho que esperava o fim da luta do pai e vendo tudo aquilo, ele não jura em voz alta uma vingança, mas é isso que vem por ai.

Logo temos o garoto já grande, parecendo um clone do próprio pai, usando a faixa de número dois, um Afro Samurai em busca da faixa de número um. E assim segue a aventura.

O mangá é bem mais violento que o animê, mas ainda assim o animê tem cenas bem fortes e algumas adaptações bem interessantes para dar seguimento a história.

Mangá

Prepare-se pra forçar a vista, pois as cenas de luta são ao estilo Michael Bay de cinema, cheia de ângulos  estranhos e uma confusão imensa. Tanto que até agora não sei se uma das cenas que i no animê tem mesmo no mangá.
Entretanto, prepare-se também para um obra prima de preto, branco e vermelho. Como grande parte dos mangás esse também é em preto e branco, mas possui o vermelho para destacar o sangue.

Vale a pena, ler e depois tirar um tempo para rever as imagens, pois existem detalhes bem legais pra se observar nas páginas. A história não é um bicho de sete cabeças também, então da pra passar rápido e rever sem ficar chato.

Uma coisa que me atrapalhou e as vezes até estragou a surpresa, foi a publicação no padrão esquerda pra direita, pois várias vezes me peguei olhando da direita pra esqueda (que é o comum nos mangás) e vendo a cena seguinte antes.

Animê

O animê trouxe detalhes que precisavam estar ali, como a dublagem em inglês muito bem feita por Samuel L. Jackson, Ron Perlman e Kelly Hu. Não poderia ser diferente, não tinha outra pessoa pra dublar o Afro Samurai e seu parceiro que não fosse o próprio Samuel L. Jackson.

A tentativa de manter o clima do mangá funcionou, porém as cores poderiam ser em alguns momentos apenas em preto e branco e com o vermelho para o sangue.

A movimentação também conseguiu levar a arte do mangá a um nível muito bom, misturando o uso de armas futurísticas, espadas, golpes e hip hop. Podemos até comparar com Samurai Champloo, mas sem os alívios cômicos.

Vale muito a pena ver o animê, mas indico que deem uma olhada no mangá antes e depois passem para as telinhas.

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