Primeira Hora | Angry Birds 2 não inova, mas atualiza a franquia

Liberado gratuitamente há alguns dias atrás, em 30 de julho, Angry Birds 2 finalmente dá sequência ao game original, lançado em de dezembro de 2009, na eterna briga entre pássaros e porcos!

Se você chegou em pleno 2015 e nunca jogou um Angry Birds, algo muito errado está acontecendo. Pegue seu celular, abra seu browser, ligue seu tablet. A série de games da franquia existe em tudo quanto é aparelho, e atualmente são todos de graça, o que significa que você não precisa gastar um tostão sequer (a menos que queira).

E não é porque o primeiro Angry Birds foi lançado em 2009 que a Rovio ficou todo esse tempo sem lançar nada. Pelo contrário, Angry Birds 2 é o décimo quinto game baseado na franquia, sendo que nem todos seguiram o modelo tradicional do game original. Atualmente Angry Birds já se aventurou por games de corrida, de tiro em trilho e até mesmo no RPG por turnos.

Bem, e o que torna Angry Birds 2 tão diferente da pilha dos outros games da franquia? Existe algo que realmente justifique o número 2 no título ao invés de um mero outro subtítulo? Então, meio que sim e meio que não.

De fato se for comparar com o primeiro Angry Birds, este novo game está um tanto quanto diferente, mas se for olhar o trabalho que a Rovio já fez com Angry Birds Space ou Angry Birds Star Wars ou vem fazendo com Angry Birds Seasons, Angry Birds 2 apresenta quase nada de inovação. A bem verdade é que o novo game apenas atualiza sua roupagem, deixando-o mais atraente e condizente com essa nova geração de games portáteis.

O game não tenta reinventar a roda ou trazer novas mecânicas de física e espaço como, por exemplo, Angry Birds Space criou em 2012. Claro que ele, felizmente, traz novidades que não existem em games anteriores, ainda que não reinvente a roda.

Dentre as novidades está a possibilidade de escolher qual pássaro usar primeiramente, ao invés de ter uma fila predeterminada como são em todos os outros games anteriores a este. Outra boa adição é o level por etapas, ou seja, você entra numa fase, destrói uma construção e a fase não acaba! Ela continua por outras etapas e outras construções, e cabe ao jogador dosar seus tiros até que todas as etapas acabem, pois seus pássaros não resetam a cada etapa. E agora existe um medidor de destruição, e ao encher este medidor, o jogador ganha um novo tiro (pássaro) para ser utilizado no level em questão.

Visualmente o game está mais atraente do que qualquer game anterior. Tudo bem que ele pode não ter o visual e os efeitos sonoros hollywoodianos de Angry Birds Star Wars, mas ele se esforça para parecer o Angry Birds tradicional mais bonito até então. No canto superior a esquerda da tela o game dá sempre um zoom nas caras dos pássaros e dos porcos, mostrando a raiva e aflição de cada personagem, indo até mesmo ao deboche dos porquinhos quando você erra um tiro. É um efeito visualmente bem bolado.

Também acaba aquela coisa meio sem graça do painel de fases para que o jogador escolha os níveis entre um mapa absurdamente gigante. São 240 fases já nesse momento de lançamento e já avisado que novas expansões e fases virão no futuro. E sempre gratuitamente. E o mapa é dividido em setores com novas áreas e novos itens a serem destravados, dentre eles os pássaros e os novos power-ups do game. Há um muito bem, ainda que não faça o menor sentido, com patinhos de borracha caindo aos montes na construção e detonando tudo.

Vale mencionar também que o Red, o pássaro vermelho do game, que sempre foi o personagem padrão e meio que sem poder, diferente de todos os demais, agora está mais útil, pois ele consegue criar um boost como se estivesse empurrando o ar (como um grito sônico) quando o jogador clica nele, empurrando blocos e porcos com isso. Não é uma adição de Angry Birds 2, pois eu me recordo do Red tendo uma utilidade parecida em Angry Birds Star Wars, mas nos jogos mais clássicos ele não fazia nada mesmo.

O game também recebeu algumas batalhas de chefes, ainda não não tenham me parecido muito elaborados. Na verdade são porcos maiores e mais resistentes, na qual mesmo que você o empurre para um buraco, eles conseguem retornar. É preciso detonar o espaço ao redor destes chefes para que eles recebam dano. As fases são planejadas para que os escombros caiam neles até que eles se deem por vencidos.

Bem, e Angry Birds 2 é meio que isso, ao menos nestas primeiras horas que me aventurei por ele. Me pareceu mais atraente do que os antigos games da série, apesar de ainda achar Angry Birds Season o mais diversificado e dinâmico de todos até agora. Porém fiquei desejando que a Rovio crie um Angry Birds Seasons 2 com essa reforma gráfica e mecânica utilizada em Angry Birds 2.

É válido então a sequência? Completamente. E a Rovio não se arriscar muito tentando reinventar a franquia não é uma crítica negativa, pois Angry Birds não é necessariamente um game desatualizado, que ficou vencido com os anos que se passaram desde o lançamento do original. É realmente válido a reforma e atualização da franquia em si do que uma tentativa de inovar tudo e criar algo completamente inesperado. Afinal isso ela já fez em 2012 quando criou Angry Birds Space.

Angry Birds 2 está de graça em qualquer iOS e Android, então recomendo que você confira o game por conta própria. E depois volte aqui e me conte o que achou!

Ah… uma dica pra encerrar. Não pule a animação inicial do game (essa aí embaixo). Eu pulei achando que poderia ver depois e não há nenhuma opção de revê-la! Tive que ir depois no You Tube para ver a simpática introdução do game. Que mancada!

Novidades condizentes com a franquia
Visualmente excelente, com esmero nos detalhes
Tudo bem não inovar, e isso é bom e ruim ao mesmo tempo
Finalmente deixa escolher qual pássaro usar primeiro!
Gratuito e com 240 fases já em seu lançamento

Um tiro certeiro de estilingue!

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