Beta | Tom Clancy’s The Division ainda é uma incógnita?

Estava agora à tarde lendo as impressões do Pablo Raphael da Uol Jogos a respeito da experiência dele com Tom Clancy’s The Division, que teve um beta agora neste final de semana e achei bem interessante sua perspectiva sobre alguns pontos do que talvez seja um dos maiores títulos da Ubisoft para 2016. E é um pouco estranho ver que o beta está bem colado ao lançamento oficial do game, que acontece agora no próximo dia 8 de março.

Também tive a oportunidade de jogar The Division nesta final de semana de beta. Infelizmente não o joguei mais do que duas horas, ontem, dia 01 de fevereiro, na contagem regressiva para o término do período de testes. A minha experiência então nem se compara com os jogadores que passaram os quatro dias de betas imerso nessa Nova York devastada por uma misteriosa doença.

Outro ponto importante também é lembrar que uma experiência de beta nem sempre é idêntica a uma experiência de uma demo. Um beta muitas vezes é utilizado para que os desenvolvedores possam ver como o jogo, geralmente online, se comporta com um número reduzido de jogadores o testando. Tanto que a parte de feedback, que existe em todos os betas realizados, são uma parte essencial para se entender o que funcionou, o que deu pau e o que os jogadores acharam da experiência proposta. Uma demo é mais como uma demonstração, uma apresentação criada e pensada para que o jogador se interesse por um determinado título. Claro que há betas que funcionam como uma mão de duas vias, permitindo uma sensação de demo e apresentação, bem mais do que apenas servir de testes de stress de servidores e tranco do game online.

Esclarecido esse meu ponto de vista, e retornando ao The Division, pelo pouquíssimo que pude experimentar no beta ainda coloco o game como uma incógnita, podendo ser muito bom, ou podendo ter pontos interessantes, mas problemas de refinamento e aperfeiçoamento.

Falando um pouco mais da minha experiência pessoal no Beta, eu tive a impressão de que os controles não eram tão intuitivos e simples como gostaria de fossem. Jogando ontem à noite tive ajuda de um leitor aqui do Portallos, o Marcelo Cazerta (Pellx) que estava por ali, passeando pelo mundo do jogo e me explicou algumas coisas. Eu suei para aprender algo besta e simples, como comandos para interagir com os jogadores online. Na verdade era algo besta e simples, bastava apenas segurar um dos lados do D-Pad no controle para abrir as opções que eu queria. Não basta somente apertar, é preciso segurar alguns milissegundos.

E no geral tudo eu achei meio complexo nos controles e comandos de The Division. Trocar de armas, gerenciar skill, o D-Pad que abre menus dentro de menus com uma par de opções, usar granadas, utilizar os pumbs e gatilhos na parte superior do controle etc. É muito raro um jogo me deixar tão confuso o que apertar para executar uma ação desejada e The Division conseguiu isso.

Não acho que a Ubisoft tenha interesse em simplificar os controles, até porque o game requer muitas opções e ações para serem realizadas em um conjunto pequeno de botões. Mas o que eu espero é que o game tenha um tutorial passo a passo na versão final que me ensine exatamente para que serve cada minúscula coisa do repertório de ação do jogador. Senti muito a falta de um tutorial aqui no beta, para não nos deixar perdido.

Isso porque não sei dizer se o começo do beta é exatamente o começo do game. Não parece, já que você chega em um local com a sua comandante superior toda acidentada e ela meio que te larga ali, no meio de uma Nova York caótica devido a uma doença que o game também não explica muito a respeito.

Passando por esse sufoco com os controles, não consegui ir até onde deveria ter ido neste beta, como interagir com jogadores ou a tal Dark Zone, que é uma espécie de área onde tudo vale em pró de recompensas que melhoram o poder/nível do jogador. Lá você caça inimigos, caça jogadores e não tem muito dó de ninguém. Bem, como mal cheguei nesse ponto, não posso comentar muito a respeito.

O que fiz no beta foi executar as primeiras missões de campanha, ou a primeira se considerar que todo o ato até o terraço do hospital é uma única coisa. Foi após o final dessa missão que estacionei meu save. Dizem por aí que outro beta, desta vez aberto, pode acontecer no meio de fevereiro. Espero que sim e que meu save possa ser utilizado e que eu continue de onde parei.

Deu para sentir a imersão em uma Nova York repleta de detalhes, ainda que não tão estonteantes e memoráveis quanto os primeiros vídeos de The Division, há sei lá qual E3 atrás. Algo que Watch Dogs também foi duramente criticado, mas essa é uma conversa para um outro dia.

Nesta ponto o mundo aberto de The Division é instigante e curioso. Há NPCs que você pode ajudar, colecionáveis para correr atrás, conflitos que podem surgir do nada (algo semelhante com os eventos públicos de Destiny ou ao menos foi o que senti) e um gigantesco mapa para explorar.

Mas eu tive uma experiência meio xarope de estar indo a um evento alternativo e na pressa topei com 2 inimigos, que começaram a atirar em mim praticamente à queima roupa e ao morrer o jogo que levou de volta a base inicial do beta. Foi meio frustrante voltar tudo, tanto que depois dessa não quis mais ficar explorando o mundo aberto. O jogo poderia ter um sistema de respawn próximo aonde morreu. É um facilitador? Talvez, mas hoje em dia há aqueles que não tem tempo para andar 15 minutos em um mapa aberto e morrer sem querer e voltar a ter que anda mais 15 minutos pelo mesmo trajeto.

Nos combate não tive muito problema. Jogando sozinho até achei eles desafiadores o suficiente para me entreterem e me deixarem um pouco tenso. A missão de criação da primeira base de operações e do hospital tem conflitos onde eu me vi obrigado a recuar porque os NPCs estava me pressionando além do que achei que seria possível. E ok, são NPCs, então não possuem a inteligência real de um jogador humano, mas são agressivos o suficiente para que o jogador não vá como o peito aberto ao confronto. Mesmo assim, não cheguei a morrer nestes conflitos nenhuma vez e nem a ficar sem munição.

Uma coisa que me agradou foi o sistema de cover. Dá para grudar e se proteger em qualquer parede ou objeto. E diferente de Gears of War, por que esse é o meio referencia, dá para pular de um cover para outro de forma automática, apenas segurando o botão no ponto em que deseja correr para se esconder. Achei isso bem incrível, entretanto achei que o salto sobre obstáculos meio lento. Poderia ser mais ágil, tal como Sleeping Dog por exemplo.

Também resta dúvida quanto a diversidade de inimigos que existirão ao longo da campanha. Serão apenas estes bandidos, gangues e mercenários ou teremos coisas mais extraordinárias? Não vai rolar nenhum mutante ou humanos com poderes ou algo que diferencie de humanos com armas de fogo e porretes? Não acho que The Division consiga se sustentar apenas com esse tipo de inimigos. Quer dizer, em um Assassin’s Creed, pegando a Ubisoft de exemplo agora, o jogo não é exatamente sobre confrontos e lutas, e mesmo assim Syndicate está bem interessante nesse sentido, e aqui em The Division me parece que o confronto é parte essencial de um game com armas. Eu torço por maior variedades de confrontos, armas malucas e combates inimagináveis em um nível que no momento não é possível imaginar.

Tom Clancy’s The Division neste momento me parece uma aposta que me deixa curioso. Parece uma boa direção para se levar uma nova série de games. Ao menos me agrada muito mais do que a proposta feita com Rainbow Six Siege lançado no final do ano passado. Pra mim isso já é uma grande diferença.

Estarei de olho e compartilharei mais sobre The Division assim que puder aqui no site!

Vídeos para entender o mundo de The Division (em português!)

Apresentação do Beta

Curta Live Action

Apresentação do Game

Curiosidade e Inspirações

Todos os vídeos são do canal oficial da Ubisoft Brasil no You Tube!

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