Minipost | Yooka-Laylee – Vilões e heróis…

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Eis os vilões

Um dos destaques na esfera dos indie games esta semana é o lançamento de Yooka-Laylee, do estúdio Playtonic Games, fundado em 2014 no Reino Unido, estúdio formado basicamente por ex-funcionários da Rare.

O game é uma inspiração direta de Banjo-Kazooie, na qual boa parte da equipe da Playtonic chegou a trabalhar quando o mesmo saiu no distante ano de 1998, ainda na geração Nintendo 64. Yooka-Laylee é a tentativa de resgatar a essa fase de ouro da Rare e de genuínos games em plataforma 3D.

Quanto ao vídeo aqui, o jogador está sendo apresentado aos vilões do game, Capital B (o chefão) e Dr. Quack (o inventor), e os eventos que irão despertar a atenção dos heróis do games (que irão surgir no próximo clip).

Resumindo esse começo, Capital B está em busca de um livro em particular – um que nesse momento o jogador ainda não sabe os motivos. Como o vilão não sabe onde se encontra tal livro ele resolve roubar todos os livros. Mérito de um poderoso invento do Dr. Quack.

Outro detalhe legal de mencionar é que tal como ocorre em Banjo-Kazooie todos os personagens de Yooka-Laylee falam através de caixas de diálogo em texto, enquanto o som da fala acontece por meio desses barulhos e sons que não pertencem a nenhum idioma próprio. São apenas ruídos engraçados.

Essa brincadeira das vozes surgiu na época de Banjo-Kazooie, já que era comum a ausência de falas em áudio nos games dessa época (com raras exceções e sempre contidos). Faz sentido os produtores terem mantido esse elemento em Yoola-Laylee, talvez pela nostalgia (e certo charme) em si.

Um camaleão e um morcego

E aqui está a dupla de protagonistas do game, Yooka, um camaleão macho, e Laylee, um morcego fêmea. * curiosidade: morcego em português é um substantivo epiceno, ou seja, são nomes de animais que não possuem duas variações de gênero. Então não dá para dizer que Laylee é uma morcega (apesar de achar charmoso dizer “morceguinha”). O correto é realmente usar “morcego fêmea” para designar gênero nesse caso.

Continuando. Na história ambos finalmente se assentaram (encontraram um lar) frente a um navio abandonado, quando um livro na qual Laylee diz ter encontrado no porão do navio – e que agora ela usando como porta corpos – sai voando, revelando que o mesmo tem páginas douradas escapando por sua encadernação.

Parece motivo mais do que suficiente para ir atrás do livro e descobrir o que exatamente está acontecendo!

Durante a jornada a dupla irá encontrar novos amigos, novos inimigos e descobrir mais a respeito do poder escondido no livro pelo qual Capital B tanto almeja.

Outro ponto. Você deve ter percebido as legendas em inglês, certo? Pois é, infelizmente Yooka-Laylee não recebeu algum tipo de localização, nem mesmo legendas em português. Tudo bem que a Playtonic é um estúdio pequeno, sendo este o primeiro título da casa, além do game ter sido financiado por meio de uma campanha no Kickstarter… mas… sei lá.

Hoje hoje em dia até mesmo estúdios indies de várias partes do mundo localizam seus games para vários idiomas, expandindo o potencial de vendas em termos de mercado mundial. A Playtonic Games até mesmo fechou parceria com a Team17 (estúdio famoso pela franquia Worms) que se tornou a distribuidora do título. Será que não dava mesmo para localizar?

Enfim, dá para jogar sem entender inglês, mas boa parte da história é mostrada por meio dos diálogos, incluindo muitas piadinhas típica dos bons tempos de Rare. Tem aquele bom humor britânico em vários segmentos. O jogo também tem muitos desses momentos na qual Yooka e Laylee encontram personagens que pedem ajudam ou dão dicas do que fazer a seguir. Sem uma base de inglês, parte disso se perde.

Porém Banjo-Kazooie também saiu somente em inglês em 1998 e todo mundo se apaixonou. Até hoje é um genuíno clássico. Verdade seja dita: não deixe a barreira do idioma lhe impedir de jogar Yooka-Laylee.

Gameplay
 
Por fim – para fechar a rodada de três clips – um pouquinho do gameplay inicial. Aqui Trowzer, a cobra que usa bermudas, pede que a dupla lhe traga cinco penas douradas, que é meio que o dinheiro no mundo do game.
 
Esse é um gameplay bem inicial, ainda até tutorial. Parte do game se passa dentro da Fábrica de Capital B, tal como o primeiro Banjo-Kazooie se passava dentro da (enorme) casa da Gruntilda. O trecho deste vídeo ainda se passa na área externa da fábrica, basicamente no quintal de Yooka e Laylee.
 
O jogo é bem fiel as regras de Banjo-Kazooie. Os movimentos no começo são bem limitados, obrigando o jogador a coletar mais penas para destravar mais movimentos com Trowzer. De cara dá para perceber várias áreas que só vão ser possíveis após descobrir movimentos avançados da dupla.
Há tonelada de colecionáveis, segredos e a fábrica funciona como um HUB para acessar outros mundos, por meio de livros mágicos. Em breve espero mostrar um pouco mais desses elementos por aqui.
 
Vale dizer que tal como os games antigos de plataforma 3D, há essa câmera desengonçada no game, que hora o jogador controla, ora o game pensa por si próprio e posiciona onde acha melhor para o jogador. É meio desnorteador no começo, especialmente para quem nunca jogou esse gênero em seu formato mais clássico.
 
Em breve terá review do game no site. Pode apostar nisso! 

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