Takahashi mais inspirada! Ranma ½ engraçado como sempre, mas com pitadas shonen! [Vol. 12~14] [MdQ]

Mesa dos Quadrinhos mais atrasado que já fiz! Não duvido que o volume 15 já esteja nas bancas inclusive… mas enfim! Antes tarde do que mais tarde ainda, então mãos à obra falar das recentes aventuras de Ranma Saotome. É depois do continue!

Quem lê sempre os MdQs deve lembrar que meu último desse mangá foi meio negativo. De fato, já estava meio cansada de não acontecer nada na história, de ficar só na comédia em loop sem nada novo pintar com os personagens. Decidi, então, que leria esperando por isso mesmo, e deu certo. É quase como uma HQ da Disney, com várias histórias, umas mais curtas e outras mais longas, mas que num contexto geral não interferem na vida dos personagens.

O volume 12 foram duas grandes sagas, a do diretor do colégio Furinkan, que é um figura, e a do sabonete anti-transformação. Gostei muito mais da segunda, que poderia entrar pro meu Top Ranma Comedies, mas a primeira foi legal para apresentar o pai do Kuno e quem manda naquele colégio. Só achei meio sem noção demais as enchentes e animais selvagens no porão da escola… mas humor nonsense de vez em quando é bom também.

E então, ironicamente talvez, vemos os dois volumes subsequentes apresentarem pitadas shonen que não víamos desde o treinamento do Ryoga com a avó da Shampoo, lááá no volume 6. O 7 ainda foi muito bom com a apresentação do Happousai, mas depois senti mesmo que o mangá ficou só na comédia sem tempo/sentido e me frustei um pouco. Ok, então mudei as espectativas… só pra Takahashi chegar com o que eu queria antes! Coisas da vida, né, haha.

Pra terem uma ideia, vejam só, o volume 13 acabou no clímax! Bem estilo “E agora, como Goku sairá dessa? Conseguirá derrotar Majin Buu e salvar Gotenks? Não percam o próximo episódio de Dragon Ball Z!”, coisa que, em Ranma ½, só tinha acontecido durante a saga da patinação, lá nos primórdios do mangá. Ranma está caindo com Akane nos braços desacordada, e ele não tem mais sua força! Claro que ninguém espera que dê tudo errado porque, bom, são os mocinhos e não estamos nem na metade dos 38 volumes, mas é legal ver o mangá acabar com uma chamada assim, ao invés de uma finalização normal para alguma saga de comédia. Dá um gostinho a mais, acho eu.

E não só o desfecho foi bacana, como o volume inteiro foi dedicado a essa história da moxabustão, deu pra trabalhar legal com os problemas iniciais, “drama”, treinamento e revanche, que, no caso, terminou mal e ficamos querendo ver o que ia acontecer a seguir. Essa coisa de a cada nova saga aparecer uma maldição ou item mágico novo, sem a menor explicação, faz parte do estilo de Ranma, e acho que dá liberdade à autora para pensar na história, só depois se preocupando em inventar o que daria início a tudo aquilo. “Moxabustão” eu não faço a menor ideia do que seja, por exemplo, mas serviu ao propósito de mostrar pro leitor que Ranma perdeu as forças por algum motivo. “Rajada Celestial do Dragão Ascendente” parece nome de golpe de Cavaleiros do Zodíaco, só que ainda maior. Acho que eu preferiria usar o nome em japonês mesmo, que é bem mais curtinho, mas isso é o de menos.

Já o volume 14, além da continuação e término da história do 13, trouxe outra bem legal, com o Ryoga invencível devido àquele desenho ridículo na barriga. Foi divertida, é legal quando ele e Ranma parecem mais amigos do que rivais. Teve outras três historinhas menores também: Akane aprendendo a nadar, gato fantasma em busca de noiva e o menininho que gosta de pandas. Só dessa última eu gostei mais, as outras duas achei dispensáveis, mas mesmo assim serviram pra quebrar o ritmo entre as principais.

E é isso. MdQ de três volumes, mas pequeno apesar disso. Já me conformei em não ter muito o que comentar sobre essa série, então não vou ficar inventando assunto, né? Deixemos as confabulações para Kekkaishi. Até a próxima!

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