Guia Portallos de Música: Pearl Jam – Ten! Esse você não pode deixar de ouvir! [Nº02]

Na semana passada falamos do disco B.B. King & Eric Clapton – Riding With the King. Hoje, saímos da zona do blues e entramos no grunge, no ápice do movimento, nos anos 90!

O álbum Ten foi a estreia do Pearl Jam, lá nos tão distantes anos 90 (é amigos, já contalizamos 20 anos!).

Música honesta, potente e com a voz profunda e letras de Eddie Vedder se misturaram à um excelente trabalho de produção, tornando toda aquela porrada sonora e conteúdo confrontador, algo acessível a todos.

Assim, em 1992, Ten, já havia tomado o topo das  paradas musicais e ao longo dos anos seria imortalizado como o melhor álbum da banda e também um dos melhores (para mim, de longe o melhor) da história do grunge e da música popular em geral!

À época existia uma rivalidade entre o Nirvana e o Pearl Jam. Eu gostaria de dizer uma coisa, antes de continuar analisando o Ten: para mim, Pearl Jam é só milhões de vezes melhor que o Nirvana – que, também na minha opinião, não passa de uma banda adolescentes, com letras medíocres – falando de biscoitos e coisas do tipo, compostas por um sujeito desgostoso da vida, com um potencial espírito emo dentro de si,  e que conseguiu a imensa notoriedade que tem na atualidade, somente porque morreu. E assim, virou ídolo pop (idolatrado) e produto de comércio da indústria fonográfica (que até hoje se beneficia com isso)…

Antes que os mais fervorosos comentem muito e me joguem aos tubarões, vamos falar do Ten (que é de verdade o foco do post) e explicar o porque dele entrar na nossa lista de “Discos que você não pode deixar de ouvir!”.

O disco começa com Once, com um riff simples comandando os versos e levando aos poucos ao potente refrão. Vale ressaltar a interpretação de Eddie Vedder – que para mim, é o cara – em resumo! A música tem aquela voz vibrada, em tom alto e uma virada bem legal no meio – popularmente conhecida como “ponte” que liga um refrão ao outro. Música para ouvir alto e ir em frente no dia. Acho que o mesmo pode se dizer Even Flow, que tem até uma construção musical parecida.

Daí chegamos ao primeiro grande hit (na ordem de apresentação do álbum): Alive. Simplesmente um hino, cantanda em coro no mundo inteiro, tocada em rádios, programas de televisão e todo o marketing que tem direito. Mas, muito além do valor comercial, muito além mesmo, é uma excelente música – dauqleas que você pode ouvir várias e várias vezes e continuar ouvindo. Não é efêmera, como o que é hit hoje em dia, entende o que quero dizer?

Vale destacar o grande solo (grande em qualidade e em duração também) que segue até o fim da música: um final apoteótico, pra cima e, também graças a Eddie Vedder, profundo.

Para encurtar o post e até direcionar aqueles que não estão acostumados com o estilo e querem experimentar, vou “pular” para os outros dois hits do álbum: Black e Jeremy.

Black é uma das melhores músicas compostas nos anos 90 e uma das minhas favoritas entre todas as que gosto. A letra é sensacional, retratando uma melancolia esquisita e uma revolta com a situação em geral da personagem da música. A harmona é perfeita, o piano repetitivo, com a guitarra, o compasso lento, tudo misturado cria uma espécie de transe, daqueles que você canta alto e esquece que tem vizinhos na casa ao lado.

Jeremy é uma pancada no fígado, com Eddie Vedder mostrando uma potência vocal e uma interpretação forte (que aliás é o grande trunfo do artista), com seus gritos e grunhidos. O riff inicial é imortal e inconfundível. Até mesmo o clipe “incomoda” de um jeito que você estranha a situação do tal Jeremy – que passa por algumas coisas ruins , entremeado de citações, palavras fortes, etc.

Em 2009 o disco foi remixado por Brendan O’Brien, que já trabalhou com a banda várias vezes), reeditado e relançado em quatro edições (Legacy, Deluxe, Vinyl e Super Deluxe), todas com faixas bônus. Eu tenho a Edição Legacy, CD duplo, com nova capa etc. O trabalho de mixagem ficou extraordinário – acentuou muitas qualidades da ideia original e vale conferir!

O álbum Ten é unanimidade entre a crítica especializada e, claro, entre os fãs da banda. Raramente um grupo tem tanto êxito com um álbum de estreia: normalmente vai amadurecendo, melhorando até “explodir”. Mas, esse grupo, que se formou depois de alguns percalços, na loucura de Seatlle, parece ter nascido pronto.

Ten pode ser comprado atualmente até por R$10 em promoções de algumas lojas.

A edição Legacy, contudo, custa R$59,90. Mas, tem uma edição de Luxo que pode custar mais de mil reais!! Aí já é demais… XD

Confira o clipe de Jeremy. Espero que goste também!

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