Conversa de Mangá: Bleach 431 e 432 – The Soul Pantheism

Bleach: Capítulo 431 e 432 foi disponibilizado dia 15 e 25 de dezembro: “Welcome to our Execution 3” e “The Soul Pantheism“.

Se você não sabe o que é o projeto Conversa de Mangá, clique aqui. Depois do “continue”, a gente conversa mais:

Aviso: Continue apenas se você já leu o capítulo 431 e 432 de Bleach. Atualmente acompanho o mangá pelo site Mangá Stream, e a qualidade da scan é absurdamente fantástica! Basta não ter medo de inglês. Mas, em todo caso, a StrawHat Scans tem a tradução em Português.

Bleach 431

Welcome to our Execution 3

Ah, nem acredito! O último Conversa de Mangá em atraso! Finalmente após a publicação deste post todos voltam a ficar em dia e prontos para o retorno dos capítulos no Japão. E aí é só nada atrapalhar e o projeto volta a sair sem mais atraso. Bleach acabou sendo o último a ficar em dia não porque os capítulos foram inferiores, apenas deu o azar de ter acabado deixando dois capítulos em atraso, enquanto os outros só tinha um. Mas chega de jogar conversa fora e vamos aos finalmente.

Até pensei em fazer o CdM tudo junto, sem divisão de capítulo, mas  como ambos tem assuntos diferentes a serem tratados, resolvi seguir a velha forma e dividir os mesmo. Welcome to your Execution 3 tem dois quadros que destacaram muito pra mim, nem são importantes e tal, mas eu simplesmente gostei da arte deles. A primeira tela foi essa abaixo, com o Ichigo chegando ao encontro com o Kuugo, é uma paisagem urbana bem diferente do que estou acostumado a ver, então curti a ideia do layout diferenciado, parecendo uma espécie de condomínio/apartamento de baixa renda, só não sei se é isso mesmo que o Kubo quis dar a entender, o Ichigo cita edifício abandonado, mas depois o Kuugo menciona mesmo que eles abriram paredes pro lado e pra cima para o clube ficar gigantão. Enfim, eu gostei, mesmo que não tenha nada demais.

O segundo quadro também não é nada demais, mas acredito eu nunca comentei por aqui que sempre curti a criatividade do Kubo ao colocar os nomes dos capítulos integrado a algum quadro da própria história. Neste capítulo achei genial a forma como ele o fez no cartão que abre o clube do Kuugo. Até por isso escolhi o quadro para fechar essa prosa do capítulo 431. Não são todos os mangás que conseguem integrar o titulo visualmente na história. Os mais famosos como Naruto, One Piece e Katekyo Hitman Reborn, por exemplo, não fazem isso. É um diferencial do autor e nunca havia comentado por aqui.

Quanto a história em si, eu realmente não tenho muito o que comentar. É uma fase nova e tudo parece novidade mesmo. Não consigo adivinhar o rumo das coisas, se o futuro será promissor ou se o Kubo vai escorregar em algum momento e deixar tudo torturoso como foi na saga anterior. Até o momento, se tiver que reclamar de algo, é um pouco da demora do ritmo da narrativo, mas o mangá está assim faz tempo, então não é uma crítica nova. A história deste capítulo mesmo, demora quase tudo, só para que Ichigo fosse para o clube. Mesmo que seja notável algum esforço do autor para colocar outros elementos à trama, nessa espera do acontecimento. Mas as ceninhas do celular, para que o Ichigo faça contato com o Kuugo, qual o sentido delas? Porque tanta frescura, tanta demora e tanta enrolação nestes quadros? É algo do autor do mangá que realmente não entendo porque gastar páginas e quadros com situações assim.

Não curti também o Kuugo ter dito ao Ichigo que a parada com o Isshin foi só para chamar a atenção do personagem. Quer dizer que não vai mais explorar esse mistério da família Jurosaki? Espero que não seja isso, pois queria muito que esta saga se dedicasse um pouco mais a alguns mistérios da história do mangá, do que na criação de mais um bando com ódio da Soul Society e que no final vai tentar invadir/derrubar/dominar novamente o Gotei 13. Torço até que nem envolvam estes personagens agora nesta saga. Mas é esperar e ver quais são os objetivos reais do grupo do Kuugo.

Em relação a Inoe, nada muito importante aqui. A cena sobre o Chad já sabemos pelo capítulo 432, então deixo para falar sobre o mesmo mais abaixo. Gosto do autor estar dando esse destaque a Inoe, deixando mais leve e engraçada, como era no começo do mangá, ainda que numa situação assim, esperava algum tipo de trauma da menina pelo que a mesma passou no Hueco Mundo, mas parece que o Kugo não anda se importando com isso. E pulo pro próximo capítulo!

Bleach 432

The Soul Pantheism

Aqui neste último capítulo lançado há alguns pontos de polêmica muito importantes. Infelizmente desta fez não fui correr atrás dos comentários dos fãs pelo Orkut e comunidades relacionadas a série. As vezes faço isso para me inspirar nos CdMs e para sentir o clima do que rolou pela net. Mas hoje estou meio às cegas por aqui O caso mais problemático neste capítulo 432 é em relação a explicação dada pelo Kuugo sobre as habilidades que os membros do clube possuem. Sei lá, achei meio sem noção, ridículo a tal idéia de que todos os objetos tem almas e que os caras podem “absorver” ou comer tais almas.

Veja bem, eu até entendo a ideia do Kubo sobre o assunto, afinal, dentro do universo da série, os espadachins conversam com suas espadas e cada um tem uma certa representação numa dimensão própria, como sabemos do Zangetsu, a espada do Ichigo. Até não acho tão estranho assim essa idéia de que os objetos tem um certo fluxo de vida e sentem as coisas. Novamente, as espadas usadas na série, assim como os barcos em One Piece do Oda também tem uma certa representação de terem sentimentos, ou seja, almas. Mas nesta caso do Kuugo & cia, achei meio forçado demais a idéia de que todo objeto inanimado tenha algo assim. Sei lá.  Pegue uma caneta, por exemplo, ela tem uma única alma, ou a tinta que tem dentro dela, e o plástico na qual ela é feita possuem almas separadas? E a tampa da caneta? Ok, talvez eu esteja distorcendo toda a ideia do autor, mas sei lá. Não seria mais fácil dizer que todo objeto tem uma energia especial, como uma aura. O meu incomodo é realmente com a palavra “alma”.

Mas deixando de lado a parte técnica da fantasia da história, a ideia dos objetos mudarem de forma eu gostei. Até mesmo o nome, “Fullbring”, achei bacana. Quero ver maiores explicações sobre essa possibilidade de mudar as formas dos objetos na qual se tenha afinidade. No caso do Ichigo, será que o autor planeja dar uma nova espada para ele? Ou a Zangetsu irá mudar para uma nova forma? Ou Ichigo não vai aprender essa nova habilidade? Ainda tem muito o que se falar sobre isso e não dá para saber o que o autor pretende com este novo grupo de personagens. Tem portencial com certeza.

Já em relação ao Chad ter sido chamado para o clube. Não sei o que esperar. O Chad já tem um poder não muito bem explicado. Mas porque recrutar ele e fuzilar o Ishida uns capítulos pra trás? E o Kubo não precisava necessariamente ter dado chá de sumiço no Chad só para colocá-lo no final do capítulo. Ficou estranho a reaparição do personagem assim do nada. Alias espero que todos os personagens ali do Clube tenham algumas armas diferentes, porque se todo mundo tiver um objeto que vire uma espada, vou achar muita papagaiada. Até mesmo o Kuugo, seria legal se a cruz dele pudesse tomar outras formas, não acham? Tudo bem que Bleach é um mangá de espadas, mas tem personagens que luta com outras formas e até bankais que fogem um pouco da regra das espadas.

Enfim, capítulo polemico, com uma certa complexidade se for tentar ficar entendo tudo, é deixar a fantasia rolar e pronto. Aí dá para se divertir. Dentro do contexto do universo da série, até dá para encarar objetos com almas.

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