Zelda 25 anos: o dia em que virei Link! [Retrogames] [Nostalgia]

Infelizmente, devido à problemas pessoais, não consegui fazer uma matéria especial sobre os 25 anos de Zelda. Mas nem por isso, vou deixar essa data passar batida, e pelo menos quero deixar minha homenagem aqui no Portallos, contando como foi meu primeiro contato com esse clássico dos videogames!

Zelda e o tempo. Um ocarina. Um elo. Uma espada e um escudo. Tudo isso não me chamava a atenção quando ainda estava no início da minha adolescência e comprava religiosamente todo mês a revista AÇÃO GAMES. Em um dado momento, a revista passou a trazer dicas e estratégias de The Legend of Zelda, o primeirão mesmo, que foi lançado no Nintendinho. Já era a época do Super Nintendo, e me irritava ver aquele espaço da revista disperdiçado com um jogo velho e feio.

Algumas edições depois, estou lendo alguns previews de jogos que seriam lançados nos próximos meses para o SNES. Entre eles, um tal de Zelda 3. Pensei comigo algo como “ah, não, vai ter esse jogo xarope também no Super?”.  Continuei a ler a matéria, e o redator teceu só elogios á série Zelda, e o terceiro capítulo foi colocado num pedestal de hype. Mas continuei não dando bola…

Alguns anos depois, comecei a trabalhar em uma loja de videogames, onde trabalhávamos com venda, conserto e locação de jogos também. Eu na época tinha meu SNES com Killer Instinct e TMNT Turtles in Time, entre outros. Um colega meu me emprestou então Chrono Trigger, dizendo que ele “é o melhor jogo de RPG do console” e coisas do tipo. Terminei Chrono Trigger e curti muito o tal de “jogo de RPG”.

Trabalhar na loja tinha uma vantagem muito interessante, que era a chance de eu poder levar para casa um jogo durante o final de semana, sem pagar a locação, claro. Como eu já tinha jogado praticamente os melhores jogos do SNES (na minha opinião), resolvi começar a pegar os jogos que não me atraíam. E olhehm só, o primeiro da lista foi o tal do Zelda 3, o The Legend of Zelda – A Link to the Past. Decidi por ele quando peguei a caixinha do jogo e li que era um Action-RPG. Achei a premissa da história interessante, eu gostava de elemntos medievais. Achava que se Zelda fosse um pouco parecido com Chrono Trigger, já estava de bom tamanho.

Então, no final da tarde de sábado, eu finalmente joguei Zelda pela primeira vez. Quando percebi, já eram 2 da manhã. Fiquei hipnotizado com Zelda. Estava totalmente envolvido com a história, mergulhado nas florestas de Hyrule, ansioso por adentrar os castelos, por descobrir mais uma dungeon. Parei de jogar quando estava na segunda dungeon, o Eastern Palace. O cansaço físico e mental me derrubaram e fiu dormir. Só que Zelda teve um efeito tão poderoso em mim que eu pasei a sonhar que estava dentro do jogo, passando pela área do Eastern Palace, como se de alguma forma eu ainda estivesse jogando, mas dessa vez eu era o Link em pessoa! De túnica verde, escudo e espada empunhados, o gorro tremulando ao vento. Lá estava eu, enfrentando o Agahnim, tentando escapar de seus raios mortais, procurando um jeito de localizar seu ponto fraco e dar um fim nele…

A partir daquele sonho, me tornei um fã inveterado da franquia Zelda, com Link destronando o Homem-Aranha do posto de meu herói favorito. Vivo tirando poeira dos meus consoles velhos e assim matar a saudade dos antigos Zeldas. Sou tão fã que tenho a esperança de um dia poder até mesmo jogar os Zeldas toscos do CD-i!

Falando nisso, é incrível notar que todos os jogos da série principal de Zelda são no mínimo muito bons, e a maioria é espetacular. Não é á toa que Ocarina of Time é celebrado como o melhor jogo do século 20. Todos proporcionam muita diversão para quem decide desbravar os mistérios da Triforça, de Hyrule, do herói calado com o qual sentimos tanta empatia. Jogo Zelda e sinto aquilo que o Miyamoto sentiu quando era pequeno e descobria cavernas perto das redondezas de sua casa: vontade de viver uma aventura… obrigado mestre Miyamoto, por conceber e partilhar de uma criação tão magnífica!

Fanart por FantasyAce
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