Community: a melhor série de comédia atual? Para mim, é! [PdS] [2×22]

Community, episódio 22, da 2º Temporada. Mesmo se você não assitiu a esse episódio, pode ficar traquilo e seguir adiante (até certo ponto – você saberá!)

Community vem evoluindo desde sempre, desde o primeiro episódio que assisti, há 2 anos, na primeira temporada, no início de tudo (o famoso “piloto”).

É bem facilmente identificável as alterações, até mesmo na personalidade de alguns personagens, na construção de outras, até chegar ao meio da primeira temporada – quando, para mim, tomou o primeiro lugar da minha lista pessoal, do gênero comédia!

Abed tinha se tornado Abed de vez, quando no piloto aparentava ser só um cara inteligente que falava muito rápido. Jeff deixou de ser apenas um advogado frustrado, para tornar-se “Jeff Winger”, oras! O cara que resolve tudo, a voz mais ouvida, e assim sucessivamente… (o que é normal, todas as séries são assim!).

Mas, voltanto… Episódios impressionantes e marcantes como o do “paintball”, o da sinuca (onde a partida leva ao ápice da nudez total!), os diferentes tipos de direção, as paródias de  filmes e de outras séries, feitas de forma inteligente e peculiar – fugindo totalmente do “fácil modelo pastelão”.

Isso tudo combinado aos episódios em que o roteiro original se destaca, e também à grandes atuações (divertidas demais!), deu oportunidade de renovação para mais uma temporada.

Eis então que a segunda temporada começou e a série sofreu algumas outras modificações…

Algumas, eu gostei muito, como a intensificação das personalidades, a loucura nerd de Abed, o jeito “esquisito” de Troy, o facista/racista/mau caráter Pierce, a natureba Britta, o bonitão e orgulhoso Jeff, a puritana Shirley e a certinha Annie.

Não curti as lições de moral que se sucederam em alguns episódios, ficou uma coisa meio “Scrubs”, sabe? Em que, no final, alguma coisa tinha de ser concluída, com uma musiquinha de fundo.

Mas, isso é facilmente abstraído por excelentes roteiros originais, como o episódio do foguete, o que a caneta fica perdida, o episódio da votação da entrada de Chang ou não no grupo, votação do líder estudantil, o teatro sobre drogas, enfim – cenas que me fizeram rir alto e diálogos que mereceram ser assistidos mais de uma vez, até! Destaque também para o episódio do RPG! Sensacional! E a ousadia dos produtores de fazer um episódio em stop motion, o qual não me diverti muito. Mas admirei a iniciativa, sair da zona de conforto…

Aliás, já que mencionei Chang: eu adoro a personagem! Ele é muuuito louco e o fato de ter inventado o verbo “changuear” foi mais uma dentro por parte da equipe de produção da série.

E é por essas todas as qualidades, de pessoas carismáticas e temas diversos que surgem a cada episódio, (mesmo com continuidade nos fatos), que a série foi renovada mais uma vez!!

Agora, após a looonga introdução, podemos finalmente falar do último episódio lançado: o episódio 22!

Atenção: não tem spoiler diretamente, eu dou uma passada por tudo o que acontece, mas não falo como, nem o que é na verdade. Mas, se você é daqueles que preferem ficar 100% sem saber de nada mesmo, nem somente “pinceladas”, não recomendo continuar…

Mas, voltando (mais uma vez). O episódio aqui “analisado” foi lançado no dia 24 de abril, nos EUA e, realmente, não sei dar uma previsão de estreia no Brasil… Episódio esse que deu um fim à gestação de Shirley e ao suspense: quem é o pai do bebê?!

Tudo foi contado tão naturalmente, com histórias paralelas tão divertidas, que passou rápido, como se tivesse dez minutos, e não 20 de duração…!

Pierce apareceu insuportavelmente como Pierce, com propostas indecentes e atentados ao politicamente correto; Britta foi natureba até o fim (Deus sabe até onde ela agüentou)! A amizade esquista de Troy e Abed também tiveram força nesse episódio que deu espaço até mesmo para a implicância natural de Jeff!

E como se não bastasse, o episódio reuniu o reitor e o professor de antropologia, além de contar com os absurdos de sempre de Chang!

Bom, o que quero dizer com tudo isso, é o seguinte: um episódio tão maduro, tão curto e ao mesmo tempo tão completo, com todos os personagens aparecendo e brilhando de uma só vez e, mesmo assim, nada soou forçado!

Adorei a forma como começou de um jeito e foi tomando outro rumo, tão naturalmente, que parecia um episódio bom dos Simpsons, sabe? Quando a premissa só servia para iniciar o assunto real do espisódio…

Então, em resumo: para mim, é a série de comédia ideal, imprescindível que você, nem ninguém que você conheça, deve deixar de assistir! E serve para mostrar que a série pode (e deve) evoluir, sem alterar a construção inicial dos personagens e suas personalidades (após solidificá-las), simplesmente para “estender” e ganhar mais dinheiro, entendem?

Em breve, o PdS do episódio 23 (chegando no final da temporada!)! Mas corra e assita! Porque Community é imperdível pô!

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