Conversa de Mangá: Bleach 460 – Deathberry Returns 2

Bleach: Capítulo 460 foi disponibilizado dia 17 de agosto: “Deathberry Returns 2”.

Se você não sabe o que é o projeto Conversa de Mangá, clique aqui. Depois do “continue”, a gente conversa mais:

Aviso: Continue apenas se você já leu o capítulo 460 de Bleach. Atualmente acompanho o mangá pelo site Mangá Stream, e a qualidade da scan é absurdamente fantástica! Basta não ter medo de inglês. Mas, em todo caso, a BleachProject tem a tradução em Português. 😉

Bleach 460
Deathberry Returns 2

Eu não sei como vocês estão se sentindo, mas eu me sinto enganado pelo Tite Kubo. Quer dizer então que devo esquecer toda aquela parafernália do Fullbringer? No final das contas o treinamento do Ichigo, as novas habilidades, o novo visual e tudo mais que demorou uma eternidade para ser construído nesta saga vai ser descartado assim, num estalar de dedos? Ichigo volta ao visual de Shinigami, até mesmo a espada Zangetsu está de volta e pronto, o ciclo de Bleach se fechou. Tudo volta a ser como era antes dessa saga bizarra.

E tem como dizer que esta saga não foi uma tremenda perda de tempo? Um filler oficial criado pelo Kubo. Qual o propósito da saga então. Só segurar a trama até o Urahara criar a tal espada especial para restaurar os poderes do Ichigo? E por que diabos esconder isso do protagonista? Não faz sentido. Ele precisava passar por toda essa agonia com o Ginjou & cia, se o Isshin e o Urahara estavam sabendo do que estava rolando. Palhaçada! Não gostei mesmo do desfecho.

Gostei sim do retorno da Rukia, da nostalgia dos pessoal da Soul Society (o visual do Renji lembrou muito a sua primeira aparição no mangá, há 10 anos atrás). Mas a solução encoxada pelo Kubo para dar desfecho a saga do fullbringer ficou ridícula na minha opinião. Talvez a saga ainda não tenha terminado, é claro. Só o Ginjou tomou uma sova, ainda resta o Tsukishima e outros pontos da trama, como: se ele morrrer todo mundo volta ao normal? Mesmo assim, vai ser muito difícil engolir caso o mesmo seja ainda mais poderoso que o Ichigo.

Antes o Kubo tivesse criado uma forma do Ichigo derrotar a dupla e aí sim depois disso, como um prelúdio para a próxima saga, a Rukia surgisse para reestabelecer os poderes de shinigami do Ichigo. Antes o Ichigo choramingando tivesse despertado aquele hollow dele e tivesse ficado malucão. Antes Urahara e Isshin tivessem se juntado a luta. Enfim, não gostei.

E continua aquela questão sobre o passado do Isshin e também das intenções do Urahara dentro do universo da série. Questões que a própria saga levantou para se sustentar no começo de tudo. Deixamos isso para trás? Faz de conta que não aconteceu? O jeito é ter paciência pelo visto. Alias, alguém lembrou de socorrer o Ishida, que só apareceu no finzinho para tomar outra sova.

 O que salva o capítulo é Rukia, é claro. Os diálogos dela com Ichigo são sempre num outro astral para o mangá. Ichigo não é a mesma coisa com Chad, Inoe e Ishida. Com Rukia a coisa muda de figura, ele fica mais engraçado. A série sem a Rukia realmente perde quase que todo charme. Não há do que reclamar nesse ponto. Ainda assim, este foi um capítulo que me chateou. Não queria ver as coisas se resolvendo desta forma. Estava gostando disso de brincar com o psicológico, do Ichigo implorar para ser mais forte.  No fim, fica aquela impressão de saga vazia. O Ginjou fez tudo o que fez com qual objetivo? Porque roubar os poderes do Ichigo é um meio para um fim. Qual fim?

E no fim, como acabou? Com um Getsuga Tenshou… rá! Quanta criatividade. Matou a formiga arremessando um transatlântico em cima dela.

 

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