Falando em “aparência”, qualé das novas boxarts da Live Arcade? Perderam a faixa branca para ficarem com essa faixa laranja bizarra? Se a Microsoft justificou as razões para tal mudança estética eu não vi o memorando. Até que gostei da ideia dos Arcades Kinect terem faixa roxa, já que está é a cor que a Microsoft usa para diferenciar o sensor, mas nunca pensei nos arcades normais com essa representação laranja, ainda que o logo da “Xbox Live Arcade” tenha esse tom de cor (veja). Enfim, esteticamente achei horrível mesmo. Prefiria o branco tradicional ou até mesmo o verde, símbolo da Live.
Agora sobre os lançamentos da XBLA desta semana, ambos os games enganam esteticamente, fazendo a gente pensar que não são lá grande coisa, mas depois de quase ter perdido meu almoço testando os demos deles, posso afirmar que isso é só aparência mesmo. Começando por Rotastic, o jogo tem um visual simplório e uma mecânica de gameplay tão simples quanto, mas é tão viciante que me fez ir até o final do demo e ainda voltar pro menu do jogo, procurando encontrar algo mais para fazer na trial. Tudo se resumo a rotacionar o seu personagem na tela de gameplay, fazendo colher pedras preciosas, enquanto desvia de obstáculos e adversários. O sistema é engenhoso no entanto, impedindo que o jogador altere a largura da rotação, isso cria aquela necessidade de se segurar no ponto certo para rotacionar no momento exato, pois senão, é preciso largar o ponto e pegar de novo. Além disso é possível mudar a direção da rotação e ainda soltar e pegar quantas vezes quiser, até mesmo se o personagem cai fora da dela por alguns segundos (tem que ser rápido aí, senão ele “morre”). O joguinho vicia, há algumas missões diferentes do que simplesmente colher os itens em tela, como sobreviver por determinado tempo, destruir caixotes e até mesmo vencer um adversário. Divertido demais. Talvez não para um game de 800 MSP, mas eu compraria de olhos fechados numa promoção pela metade do preço. Há 4 personagens jogáveis, alguns modos de game e até mesmo multiplayer. Vale à pena testar!
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Já Burnout Crash já liguei achando que seria um lixo, afinal sou fã de Burnout Paradise City e em nada estes se assemelham. Mordi a língua porque o game é muito bem feito e incentiva o replay e a jogar a mesma fase milhares de vezes. O sistema é inteligente, consiste em dirigir a um cruzamento e bater no primeiro carro que ver, depois disso, é preciso desengatilhar um empilhamento de carros, de modo que nenhum consiga fugir das colisões. 5 carros que escapem é “Game Over”. Parece muito simples e besta olhando os vídeos pelo You Tube, mas não é quando se joga. Você dirige o carro até a primeira batida, depois disso fica totalmente dependendo do engarrafamento de carros para encher uma barra e explodir seu próprio carro (ele explode infinitamente, não chega a se destruir e você ficar sem carro) para que com a explosão, seja impulsionado para alguma direção, tentando pegar pontos extras, atingindo novos alvos ou pegando algum carro fujão. Eventos malucos também vão acontecendo ao longo das fases, conforme o jogador vai preenchendo uma barra de batidas. Os cenários também são um show a parte. Tudo é praticamente destrutivo, prédios, lixo nas calçadas, muros, carros estacionados etc. Tudo que você faz causa pontos que são somados no fim da partida e abrem fases e carros e fica na leardboards do game, que tem o sistema de autolog que a EA usa em seus games de corrida atualmente. O jogo instiga o jogador a ultrapassar seu próprio recorde. Este é um game que eu pago tranquilamente 800 MSP, valor que está sendo cobrado em seu lançamento. Fiquei muito impressionado mesmo.
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Em relação ao Kinect, Burnout Crash tem a opção de usar o sensor, mas sinceramente? Achei uma bosta. Sério mesmo. Muito melhor jogar com o controle tradicional. Os menus do game são selecionados apenas com o controle mesmo. Você utiliza o Kinect apenas para jogar as fases e ainda assim o sistema é totalmente sem noção. A começar que para entrar na fase é preciso levantar os braços. Levei quase 10 minutos para entender o que o game queria que eu fizesse para que reconhecesse os braços pra cima, já que apenas dá uma mensagem de texto na tela, sem indicar visualmente o que ele queria (levantar os braços igual segura um voltante? com os braços para o céu? como se fosse voar?). Quando o game começa, fica ainda pior. Dirigir com o braço no comecinho é até fácil e intuitivo, mas ter que explodir executando um pulo é escroto demais. O game pede que se exploda a todo momento, então a toda hora o jogador precisa pular, além disso, para redirecionar o carro na direção que você quer, é preciso andar (um passo para a direção desejada), o que não é nem 5% da precisão que se tem com o controle tradicional. Ficou horrível mesmo. Burnout Crash é um excelente game, para se jogar tradicionalmente. Com o Kinect ele se torna uma tremenda decepção. Sorte nossa que a opção do Kinect ficou opcional mesmo. Ufa!