PdS: How I met your mother – 7.17 e 7.18!

Os personagens são a peça principal para qualquer enredo!

Eu devia ter feito este papo de série antes, mas as preparações com o especial de aniversário do Portallos tinham tomado um pouco do meu tempo. Não podia deixar de escrever esse Papo de Série, atrasado mas ok, sobre o episódio passado de HIMYM, mas é claro que com menção ao episódio anterior a este, porque simplesmente os dois fazem parte de um conjunto. Mas paremos com as introduções e vamos direto à conversa que você acompanha na continuação do post.

Episódios abordados neste Papo de Série:

7.16 –  The Drunk Train

7.17 – No Pressure

O post contém spoilers, por isso só leia com isso em mente!

Se há uma coisa que busco em séries, seja lá qual o seu conteúdo, drama, comédia ou aventura são personagens bem construídos E quando digo personagens, não falo daqueles vazios homens ou mulheres que mudam de personalidade como mudam de roupa. As séries de hoje em dia estão cheio deles, sem coesão alguma, eles podem dizer uma coisa numa temporada, e logo depois acabam fazendo justamente o oposto, tudo em nome do momento, seja ele fazer rir ou surpreender.

Alguns podem dizer que certos tipos de séries não precisam de coesão alguma com os personagens, que eles só estão ali para fazerem rir. De certa forma eles estão certos, você ri aqui ou ali de vez em quando, mas você se dá conta de que após oito temporadas eles continuam sendo a mesma coisa de quando foram apresentados, e que nada mudou, as piadas são as mesmas, e o que você está assistindo é apenas mais do mesmo. Dá certo? Dá sim! Mas é inegável que fica faltando aquele quê de evolução, e aprendizado na mentalidade e personalidade dos personagens. Aprender com experiências e erros faz parte da vida de todo ser humano, coisa que acaba não acontecendo em muitas obras que se vêem por aí.

Tá certo, é fantasia, e daí? E daí que é legal, gosto de assistir, me divirto. Mas eu sei valorizar algo que se sobressai em relação as outras coisas, aquilo que foge da mesmice que encontramos sempre para todo lugar que olhamos. Comecei a olhar as coisas por esse ângulo depois de assistir Lost e perceber que a série não se trata da ilha, ainda que seja um ponto muito importante, mas sim dos personagens. Os mistérios estão lá, tudo bem, todos querem as respostas, mas…

Porquê não prestar atenção nas peças que movem o jogo? Personagens evoluem, aprendem coisas novas, superam medos,
enfim… Você sente que aqueles personagens podem existir mesmo estando inseridos num mundo que não é o seu.
Este texto foi somente para dizer que HIMYM é muito mais do que uma sitcom. É uma série sobre seres humanos, como eu, como você. Ela nos faz sorrir nos momentos certos, mas também nos faz ter lágrimas nos olhos porque nos apegamos aqueles papéis, maravilhosamente interpretados por atores incríveis. Acho que já falei isso antes, mas vale citar que a química entre os cinco atores é brilhante, e o resultado nós vemos ao longo das sete temporadas que a série já nos presenteou.

E o que falar destes dois grandes episódios?

Drunk Train a princípio parecia mais um episódio de ligação sem muito envolvimento com o enredo principal, sendo mais voltado para o lado cômico, tradicional aos sitcoms. Então, essa impressão logo é desmanchada por duas coisas que fizeram a estrada para o episódio seguinte, talvez o melhor da temporada.

Mas antes disso, vale ressaltar o belo trabalho entre os atores Josh Radnor e Neil Patrick Harris neste e no outro
episódio (deste, eu falarei depois), o que me arrancou grandes gargalhadas das mulheres dando foras no Ted. Além disso, deixando a parte cômica de lado, é interessante notar que após tantas frustrações de Ted, ele acaba meio que trocando de papéis com Barney. Por falar nisso, a cena final do episódio com Quinn revelando-se quem é, nos faz abrir um leque de possibilidades gigantesco para o futuro de Ted, Robin e Barney. O que eu falarei mais adiante.

Outro destaque do episódio foi Kevin pedindo em casamento a Robin e lidando com os medos que ela tem de uma relação. Se por um lado Kevin estava disposto a aceitar que Robin não poderia ter filhos, ela não estava disposta nem ao menos a adotar crianças, o que frustra o pobre personagem que parece que saiu da série, eu gostava dele mas já tava mais que na cara de que Robin não ia ficar com ele, e não digo isso por causa de Barney.

A grande surpresa do episódio fica por conta da declaração de Ted abrindo uma ponte sólida para o episódio seguinte, que se inicia com as inseguranças de Ted e ele querendo não ter falado aqui. Por incrível que pareça Robin, a primeira vista parece compartilhar dos seus sentimentos, mas logo isso fica em suspenso para que o roteiro possa focar em outro lado dessa relação, o fator Barney.

Barney descobre uma caixa que era usada por Marshall e Lily para jogarem com a vida dos amigos, e isso traz à tona o
porquê de Lily ser contra Robin e Ted ficarem juntos. Por outro lado Marshall acredita fielmente na relação do amigo. Mas um dos pontos altos do episódio é a conversa entre Ted e Barney.

Lááá no início da temporada quando Victoria disse que essa relação de amizade entre Ted, Robin e Barney não ia dar certo, achei que este arco ainda deveria ser mostrado nesta temporada. Eu esperava que haveria uma grande briga entre os três, não foi o que aconteceu, Barney muito maduro disse que Ted poderia seguir com Robin, mas na minha opinião, e na do videocassete, acho que Barney ainda não esqueceu totalmente da garota. Aliás o recurso se mostra muito interessante ao mascarar de forma a fazer com que os telespectadores não saibam realmente o que Barney pensa disso tudo.

Robin volta e percebe-se que os dois não se acertam. Ela diz que não o ama, meio relutante, mas diz… O que não significa que seja verdade de todo. Talvez ela não queira fazer com Ted o mesmo que ela fez com Kevin, e mentir tenha sido a solução para isso. Uma das maiores provas disso, ou talvez a maior pegadinha do episódio foi Marshall falando para Lily que a disputa ainda estava de pé.

E sinceramente, desculpem a palavra, mas que sequência de cenas FODA foram aquelas? Marshall avisando para Robin sair pelo bem de Ted, e aquela música tocando ao fundo enquanto Robin está saindo do apartamento e Ted na varanda onde tudo havia começado entre eles… Tudo isso me fez arrepiar, é nítido que Ted está sofrendo, e vê-lo daquele jeito é de dar muita pena. Talvez nem todos, mas muitos devem ter passado por algo semelhante, e é aí que entra a identificação com o personagem, com a série.

E a cena seguinte é ainda mais intensa! Por um momento a série nos prega uma pegadinha e ainda nos presenteia com uma das metáforas mais fodas da série. Quem não pensou que a mulher de guarda-chuva amarelo não fosse a tal esposa? E depois aquela infinidade amarela fez com que esquecessemos por um momento todas as teorias e ficássemos sem reação apenas escutando ao fundo a maravilhosa trilha do episódio.

“Porque crianças, quando uma porta se fecha… Bem… Vocês sabem o resto…”

E quanto ao trio? Querem saber o que eu acho? Karma é um dos pontos centrais aqui, a importância que foi dada a ela, pode não ser nada, mas não impede que façamos as nossas teorias. Primeiro, eu cheguei a pensar que ela seria a esposa de Ted, contra toda a lógica, mas agora consigo pensar numa teoria bem mais plausível… Nada de Nora ou de Robin, Barney vai é se casar com Karma!

E agora isso remete à cena do dia do casamento de Barney. Está chovendo, todos sabemos que Ted irá encontrar a sua esposa no dia de chuva… Só que… Robin não está presente no casamento, onde ela estará?

Certo, Robin não pode ter filhos, e não estou dizendo que ela é a mulher de guarda-chuva amarelo.

Não temos pista do que vai acontecer com a personagem. Talvez, eu disse talvez, ela ainda tenha algumas pontas soltas a resolver com o Ted. Não dá para formular muitas teorias, mas sabemos que a Robin irá voltar… Ah, e uma coisinha para reforçar a teoria de que Karma tem importância na história é que o episódio de amanhã terá o nome da personagem…

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