The Black Keys – El Camino

Rock com uma pitada de blues ou blues com uma pitada de rock?

Volta e meia ouço alguém reclamando sobre o cenário musical atual, dizendo que não existem mais bandas boas ou que o tempo de ouro de tal estilo ficou no passado… E eu sempre me pego criticando mentalmente o tal reclamão. Minha vontade é de perguntar qual foi a última vez que ele pesquisou sobre novas bandas ao invés de ficar esperando uma música nova tocar na rádio. Acho inadmissível que alguém com acesso a Internet reclame de falta de novidade: se você reclama que não existe bandas atuais boas, bem meu querido, talvez seja por falta de interesse seu em correr atrás de coisas novas para ouvir.

Eu por exemplo, estou sempre pesquisando por lançamentos independentes ou tento ouvir o que têm feito sucesso lá fora, até através de filmes e suas trilhas sonoras eu já consegui descobrir muita banda boa.

Mas a minha principal fonte de informação são as indicações de amigos e foi através de uma delas que eu descobri The Black Keys.

A banda, que na verdade é uma dupla, é bem antiga. Formada pelos amigos Dan Auerbach (guitarra e vocais) e Patrick Carney (bateria) em 2001, e são considerados como parte de um movimento chamado “garage rock revival”, que tenta trazer um pouco da estética musical dos anos 60 para os dias atuais. Bandas como The White Stripes, The Strokes e Arctic Monkeys também são consideradas parte desse movimento. O Black Keys já lançou sete álbuns que totalizam dois milhões de discos vendidos e ainda três Grammys. Não parece muito impressionante, eu sei, mas quem foi que disse que quantidade é o mesmo que qualidade?

El Camino, é o mais recente álbum da banda e será o responsável por lançá-los ao grande público, já que vem sendo elogiadíssimo: entrou no ranking da revista Rolling Stone como um dos 50 Melhores Álbuns de 2011 (ficando na frente do ótimo Wasting Light do Foo Fighters) e também na lista dos 10 Melhores Álbuns de 2011 da revista Time. E sem dúvidas que todos os elogios são merecidos.

El Camino é aquele álbum que você ouve sem passar uma música, desde a animadíssima Lonely Boy (duvido você ouvir essa música sem bater o pé no ritmo) até a linda Little Black Submarines (qualquer semelhança com Led Zeppelin é ocasional). As música são simples, sim, mas possuem uma melodia tão gostosa e um refrão tão chiclete que depois de ouvir o cd todo pela primeira vez é capaz de você já sair cantando alguma parte sem nem perceber.

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