Conversa de Mangá: Bleach 594

Rubb-Dolls

| Texto recomendado para quem está acompanhando os capítulos semanais de Bleach e que já tenha lido até o de número 594, ou para aqueles que não se importam com spoilers. |

Bem, particularmente prefiro muito mais quando Bleach quebra um pouco sua narrativa para mostrar outras situações. Irrita um pouco, é claro, quando algo que já está estava se arrastando por severos capítulos, de forma exclusiva, corta sem uma dita resolução. Não que para o Mayuri a chegada de mais zumbis tenentes e capitães agrave muito sua posição. O personagem parece que não se importa muito com números, já que luta de uma forma bem peculiar. Isso só reforça pra mim a ideia de que ninguém ali vá morrer, e que todos irão retornar a forma normal depois de derrotar a guria (que não é guria, mas esse fato já foi esquecido) quincy.

O capítulo corta para a luta do Byakuya, que andou fazendo uma pequena limpa nos números do inimigo. Porém não chega a mostra muita coisa em termos de ação. Há mais alguns quincys que acredito que ninguém esteja realmente tentando decorar os nomes. Mas não posso deixar de comentar como é curioso a ideia de poderes bizarros que o Kubo dá para os personagens do universo de Bleach desde que ele inventou as bankais.

Só que pra mim fazia sentido quando as espadas se materializavam em algo especial, super foda no melhor estilo shonen. Seja um poder estranho, um treco enorme ou sumia e virava outra coisa. A escalada de poderes e habilidades foi crescendo até então, até chegar aos quincys. E como estes quincys não lembram em nada aquele tipo de poder e habilidade que o Ishida usava lá no começo do mangá. É tudo tão estranho, tão bizarro e tão grotesco que eles mal parecem a ideia de quincys que me venderam lá no começo da história de Bleach. Poderiam ser arrancars, poderiam ser qualquer desses inimigos bizarros e anormais que o mangá fica reinventando. Me pergunto se os japoneses realmente não se importam com esse aspecto que torna Bleach um pouco incoerente com aquilo que se apresentava lá em suas origens. É realmente tão estranho.

Alguém talvez vá justificar estas habilidades e tal. É muito possível que tenha sido dado alguma justificativa para esse monte de poderes estranhos, mas se houve, já esqueci. Enfim, em todo o caso, mais uma figura estranha quincy, um cara que faz as pessoas se apaixonarem pela próprio inimigo e passa a controlar elas. Mais um oponente que controla inimigos. Tá criativo, hein Kubo?

Não que julgue Bleach incoerente na escalada de poderes que os personagens possuem. Certamente o sistema overpower que existe em Naruto me irrita muito mais do que aqui, mas ainda assim entendo que o autor do mangá faça isso para manter a diversidade de lutas e cenas de ação, mas o problema é não acerta quando algo ficou muito exagerado e estranha a imersão da coisa. Se os shinigamis eram os caras de espadas, já não dá para dizer que os quincys são os caras das flechas. E eu gostava desse conceito original do mangá. Que pena.

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