Animê | Os Cavaleiros do Zodíaco Ômega (Saint Seiya Omega) – Impressões

Os Cavaleiros de uma nova era!

Domingo passado, primeiro de abril, tivemos diversas estreias incríveis na TV, em ambos os lados do globo. Nos EUA, a segunda temporada de Avengers e o desenho novo do Spider-Man colocaram os melhores heróis do universo na telinha novamente. E ainda tivemos a estréia da segunda temporada de Game of Thrones (fiz um Papo de Série, que você confere aqui) que veio trazer também a continuação da aclamada obra de Martin, para o canal HBO.

E lá no outro lado do globo, mais precisamente no Japão,  finalmente aconteceu a estréia deste anime que todo mundo esperava, seja para assistir ou para criticar. Pude assistir e acredito que a maioria de vocês também. Então que tal agora a gente conversar um pouquinho?



Antes mesmo da estréia, no anúncio, muita, mas muita gente estava olhando feio para todas as informações que haviam sido anunciadas na Web. Algumas horas depois de domingo passado, vi muita gente mudando o jeito de pensar por aí, inclusive amigos. Mas o que será que causou todo esse preconceito? Foram tantas coisas que fica difícil enumerar: Teve gente falando do traço, da questão de que o anime agora havia sido infantilizado, que as armaduras mais pareciam roupas e etc.

Enquanto isso eu assistia tudo calado. Desde o início eu nutria um pensamento contrário aos comentários, achava que aquilo tinha potencial para dar certo. Ao mesmo tempo, claro, senti algum medo de quebrar a cara como a gente faz quando tá com um hype muito acima. Mas a diferença era que isso não era hype ou coisa do gênero, mas sim esperança, como a esperança do brilho de um cosmo.

Sou um grande fã de Saint Seiya, tenho todos os 48 mangás lançados pela Conrad (meus únicos mangás) e desde guri assistia o clássico na TV Manchete. Quando vi aquela notícia, simplesmente acreditei que fosse uma mentira bem redonda, a começar pelo dia do lançamento que havia sido agendado justamente para… Primeiro de Abril de 2012? Comecei a pesquisar a informação pela Web e vi que se tratava de ser uma verdade mesmo. Corri para postar aqui no Portallos, para dividir a alegria que sentia, não sei se vocês lembram…

Acreditei, confiei e finalmente assisti o tão aguardado episódio. O Rod já tinha visto e comentado que havia gostado, e que muita gente também. Lembro que ele falou da abertura, mas eu não tinha me tocado que ia ser Pegasus Fantasy. Então, qual não foi minha surpresa ao começar a ouvir aquele “Dakeshimeta Kokoro no Kosumo…”. Não teve outra coisa, comecei a cantar junto, emocionado! A abertura, como disse o Rod, misturou perfeitamente elementos clássicos com novos. Vemos a preocupação que a Toei teve de não só chamar o público novo como também agradar os mais veteranos.

“Quando o mal aparece neste mundo, os guerreiros da esperança sempre aparecem. Usando as armaduras de suas constelações fazem o cosmo, a energia escondida em seus corpos, explodir e lutam. Eles são guerreiros que protegem o amor e paz da Terra. Os cavaleiros!” 

Após a abertura foda, tive o primeiro contato com o Kouga e a aparição da amazona de prata, Shina de Cobra. Lembrou demais o anime clássico com Seiya treinando com Marin de Águia.

Então vimos o velho Tatsumi de volta, sempre do lado de Saori, e a apresentação do vilão Mars (que já havia aparecido antes da abertura). Este diz algo que dá a entender que Athena não possui mais os cavaleiros. O que será que aconteceu? Kouga é forçado então a usar o seu cosmo para salvar Saori das garras do vilão.

“Ah, mas não gostei! Infantilizaram demais, não é mais Cavaleiros e mimimi”. Sério isso, gente? Leiam o parágrafo anterior só que tirando os nomes e vejam que o “plot” é quase o mesmo de sempre. Athena em perigo e cavaleiros fiéis para proteger e salvá-la. Claro, tivemos elementos novos como a questão da armadura ser guardada numa pedra ao invés das tradicionais caixas, mas isso é o de menos, não acho que seja possível deixar de gostar de Saint Seiya por causa disso.

Percebemos que tivemos nuances sim, que diferem o clássico do original. Mas essa construção que foi feita em cima de SS:O busca aliar o novo para atrair o público que está começando agora, com a nostalgia dos mais velhos. A começar pelo traço que até mesmo é parecido com o original (não me xinguem, eu disse parecido não igual) e também é muito bonito, ainda  mais aliado a animação que para mim ficou muito bonita de se ver e bem fluída.

Uma coisa curiosa é que mesmo Saint Seiya clássico teve o seu ápice na Saga das Doze Casas. Não digo que o Omega vai seguir por esse caminho, mas se alguns acharam o início morno, poderiam pensar em dar alguma chance para a série que assim como a passada, também começou de um jeito parecedíssimo ao meu ver, meio parado. Vale citar também os elementos de continuidade com a série clássica, como por exemplo a própria Shina que ao meu ver evoluiu como personagem. Tem o Tatsumi que eu já citei e o próprio Seiya que agora é um cavaleiro de ouro (tá, disso todo mundo já sabia!).

Gostei pra caramba da parte que Kouga veste a armadura. Ali é um momento perfeito para citar de exemplo, essa coisa de aliar o velho ao novo que tanto falei no post. Foi nostalgia pura e muita emoção ao som de Pegasus Fantasy instrumental. Detalhe para o pégaso estiloso que aparece também na cena.

Sobre o vilão, nada a declarar ainda, apenas que ele não é Ares, como pensei que fosse. Ele é Marte mesmo, e tem alguma ligação com o planeta pelo que deu a entender, só que não entendi ainda, e talvez seja explicado depois. Não achei ele tão carismático ainda e um tanto enigmático, mas vamos ver né?

É isso, gostei mesmo, fiquei feliz em ver que minha esperança de ver um bom anime não me decepcionou, ao menos para mim. Sabemos que Saint Seiya é cheio daquelas lutas difíceis que se resolvem depois do personagem apanhar muito e virar o jogo com um ataque só. Sabemos que Athena sempre está em perigo e que seus cavaleiros vão lutar contra inimigos para salvá-la. Sabemos de tudo isso, e gostamos, porque nós somos fãs de Saint Seiya, dos Cavaleiros do Zodíaco!

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