Análise | Young Souls

Disponível para PlayStation 4 e 5, Xbox One e Series, Nintendo Switch & PC

Young Souls é um beat-em-up que coloca dois jovens em uma perigosa jornada além de seu mundo, para dentro de um reino de Goblins, dando-lhe um arsenal digno de bravos guerreiros, em meio a uma horda de inimigos que farão de tudo para impedir que seu objetivo seja alcançado.

Um título que não é puramente um beat-em-up, pois mescla elementos de ação e RPG, criando algumas camadas interessantes dentro do gameplay proposto. Desenvolvido pela francesa 1P2P Studio, e distribuído globalmente pela The Arcade Crew. Seu lançamento aconteceu primeiramente para Google Stadia ano passado, porém mais recentemente, em 10 de março, chegou aos principais consoles do mercado, além da disponibilização dentro do serviço Xbox Game Pass.

Young Souls também conta com localização em português para todos os diálogos e menus de textos do game. Quanto ao áudio, infelizmente os personagens não possuem vozes dubladas em nenhum idioma, o que é uma pena. Outra questão diz respeito aos palavrões da dupla protagonista, que pode soar exagerado e desnecessário, contudo a opção de desligar os desbocados pode ser acionada no menu de opções do jogo.

Na parte do gameplay, o jogo se comporta como um beat-em-up, contudo há diversos elementos de RPG na essência de sua jogabilidade, já que os personagens ganham experiências e sobem de nível, assim como os segmentos de fases possuem níveis que indicam a força dos inimigos. O jogador também pode trocar suas armas e equipamentos, que também possuem diferentes níveis de força, assim como atribuições que podem ser negativas ou positivas. A progressão é linear, com caminhos alternativos, além do título não se utilizar de elementos procedurais, deixando que o jogador sempre saiba o que irá encontrar quanto tiver que revisitar uma área previamente vencida.

Paciência inicial

É sempre importante que jogos eletrônicos saibam medir o tempo entre o entretenimento narrativo e o interativo, ou seja, o momento em que o jogador está assistindo ao game, para compor a história do mesmo, e quando a obra o solta para viver a aventura. Saber balancear isso é sempre uma boa decisão.

No caso de Young Souls é possível afirmar que existem pequenos tropeços iniciais dentro da hora inicial do jogo que criam um descompasso com esse conceito, o que pode até mesmo gerar a desistência de parte de alguns curiosos com o título, que estejam buscando entender melhor a sua experiência. Especialmente quando o jogo está em um serviço como o Xbox Game Pass, a qual se o mesmo não lhe convence logo de cara torna-se muito fácil pular para qualquer outro título que faça isso.

O que ocorre é que a construção da história do jogo leva-se mais tempo do que talvez fosse necessário. Tudo bem que o título se inicia direto na ação, apresentando ao jogador do que se trata sua jogabilidade, servindo como uma prévia tutorial do combate, contudo é uma ação muito contida e curtinha, a qual até senti que não representa tudo que depois lhe será oferecido. É o básico do básico mesmo.

Tão logo essa introdução se encerra, o jogador é levado ao passado da trama, naquela fórmula de mostrar o desastre para depois lhe contar como ele aconteceu. Somos apresentados a dupla de protagonistas, os gêmeos Jenn e Tristan, órfãos que vivem na casa de um cientista a qual ambos o chamam apenas de “Professor“. Os estudos do Professor são misteriosos e o mesmo se apresenta como uma figura muito focada em seu trabalho, distraindo até mesmo em se alimentar, cabendo inclusive aos irmãos tento que alertá-lo sobre isso.

Tudo vai em seus conformes até que um dia essa figura paterna desaparece repentinamente, e uma porta sempre trancada em seu laboratório está aberta, muito convidativa para indicar que algo ali deu errado. Os gêmeos então adentram ao local, descobrem uma espécie de portal e vão parar em um local habitado por goblins. Apesar de encontrarem um goblin que parecer ser gentil e amigo, boa parte dos demais parecem pertencer a um exército pronto a invadir a cidade a qual vivem, sem mencionar que potencialmente eles capturaram o Professor.

Resgatado o goblin camarada, eles entendem que precisarão adentrar nesse mundo aparte de sua realidade, encarando tal exército de goblins e outras criaturas, afim de descobrir mais sobre as motivações de quem quer que esteja ali tentando invadir o mundo humano, enquanto almejam resgatar o Professor, que supostamente já estudava esse lugar com algum propósito não muito claro inicialmente.

Uma premissa simples, mas interessante, não? O problema é que essa exposição inicial leva-se quase uma hora inteira ao iniciar ao jogo para que o mesmo finalmente largue o jogador na ação direta dos combates e exploração dos ambientes a qual ocorrerá a ação. Existe uma exposição bem longa de diálogos e mais diálogos nessa hora inicial, enquanto o título também resolve lhe apresentar a cidade a qual os gêmeos podem visitar, mas é uma espécie de hub central para conversar com habitantes da cidade, vender e comprar alguns itens (que só serão possíveis bem mais a frente do jogo), tal como melhorar alguns atributos.

Veja bem, não é que o centro da cidade seja uma idealização enfadonha, mas aqui, na hora inicial, por não ter muito a ser feito, é bem exaustivo conversar com os habitantes, achando que há algo que vale a pena ser investigado e, na real, é que não há. Rola uma construção narrativa de que o prefeito terá um papel importante à frente da história, mas nesse momento inicial, são elementos que seguram o começar de fato da ação. E o curioso é que depois que a ação se inicia, o contexto narrativo, que parece ter tanta importância nesse início, meio que cessa, desequilibrando essa dinâmica do ato de jogar e se entreter com a trama. O que foi exatamente como esse diálogo se iniciou.

Então, a minha recomendação ao iniciar Young Souls é que se tenha paciência. Há muita exposição narrativa sim, e é exagerada mesmo. Mas se você espera a ação, saiba que ela virá e quando chegar a este momento ficará como ponto central da experiência. Tente não vagar por tempo demais na cidade quando ela lhe for apresentada pela primeira vez, pois eventualmente seus pontos principais e propositais serão melhor contextualizadas conforme novas mecânicas forem demonstradas. Vá direto para onde o jogo lhe mandar, faça o que tem que fazer, justamente afim de passar dessa longa curva expositiva inicial.

Pancadaria em goblins!

Deixando de lado a questão da curva inicial feita para construir a trama, Young Souls pega fogo quando o jogador finalmente pode iniciar sua aventura dentro destas áreas dominadas pelos goblins. É aqui que a jornada fica de fato divertida e interessante. Ao todo são quatro áreas (masmorras) que precisam ser exploradas para se chegar ao final do jogo.

Vale apontar que cada área conta com rotas alternativas, a qual se pode explorar afim de ganhar algumas recompensas, contudo a rota principal é única. Além disso a disposição dos inimigos é sempre fixa, bem diferente de muitos jogos da atualidade que preferem uma abordagem mais roguelite, com as áreas construidas de forma procedural. É uma construção de design que cai muito bem a proposta do jogo.

Alguns destes caminhos extras estão bloqueados até que o jogador encontre cada uma das quatro chaves que se fazem presentes na aventura. Existe também a possibilidade de revisitar rotas já vencidas afim de abrir alguns baús que não são possíveis serem abertos da primeira vez que o jogador visita tais locais, pois ainda não teria como ter as chaves que os abrem.

A progressão por cada um dos mundos do jogo se faz por meio de segmentos de fases, a qual se escolhe uma rota e avança por trechos de salas a qual as batalhas irão ocorrer. Normalmente são segmentos de dois ou três ambientes, a qual monstros vão surgir para serem derrotados. Se vencer todos, é possível progredir. Cada área pode funcionar com ondas de monstros, escalando o combate para níveis mais difíceis. Vencido o segmento de batalhas um ponto de checkpoint irá se apresentar e o jogador poderá sempre que desejar recomeçar uma área a partir de um portal que ficará ativado dentro da rota.

Esse ponto de respiro é importante, pois sempre que um destes portais for ativado, sua barra de saúde e vidas são restaurados concomitantemente ao salvamento do jogo. Também é um momento em que se pode viajar para o mundo externo, indo para o quarto dos irmãos para dormir e assim usar os pontos de experiência obtido para subir de nível, ou viajar ao mercado goblins para comprar poções, aprimorar armas ou armaduras e afins. Nesse ponto também dá para voltar e escolher um caminho diferente da rota, ou mudar para outra área, sem que isso prejudique sua progressão por meio do caminho salvo. Isso dá uma dinâmica muito boa para a ação, pois se o combate em certo lugar estiver muito difícil ou complicado, vale escolher uma outra rota e se fortalecer em locais mais tranquilos para se avançar.

Na parte do combate, Young Souls funciona muito como um beat-em-up em sua essência mais simples. Há um único botão para atacar, o que em sequência cria um combo de dois a três acertos em sequência. Há um golpe especial que gasta um pouco da barra de mana, como se fosse uma magia, sendo que essa barra só se enche cumprindo certas condições no combate, que é executando um parry (defletir) o ataque inimigo. Interessante também que é possível saltar e atacar o inimigo em meio ao pulo, tornando um tipo de ataque bem eficaz quando há muitos inimigos.

Voltado ao ato de defletir, este é um comando realmente muito satisfatório ao se usar em combate, pois a ação em tela irá desacelerar e permitirá que o jogador ataque diversos inimigos e cause um bom dano nestes. A janela para usar o parry é bem generoso, pois o inimigo emite um brilho avisando que o comando pode ser realizado. E até mesmo para inimigos que tem uma resistência ao movimento, ainda vale executar pois danifica sua postura e eventualmente ele irá quebrar sua defesa, enquanto isso vai se enchendo a barra de mana para o uso dos ataques especiais.

Já para entender os ataques especiais é preciso entender o sistema de armas do jogo. Tristan e Jenn podem utilizar diversas armas brancas, como machados, espadas e adagas. Como há elementos de RPG dentro das mecânicas, isso significa que as armas possuem pesos que impactam a velocidade de uso das mesmas, de acordo com a capacidade que cada personagem tem com equipamentos. Some isso ao fato de que armaduras também possuem peso e então quanto mais pesado é sua armadura e sua arma, mais lento será o ataque do personagem.

Isso não necessariamente é uma desvantagem, afinal uma arma pesada com baixa cadência de ataque normalmente tem um ataque potencialmente danoso, enquanto armas leves, como adagas duplas, são muito ágeis, mas causam dano menor. Claro que dentre as possibilidades de combinações, o jogador poderá encontrar armaduras bem leves ou um acessório com um atributo de baixar a somatória de seu peso total, afim de lhe deixar mais ágil ao usar uma arma mais pesada. E cada arma tem um raio e um combo de ataque próprio, o que torna muito interessante a troca de estilo de combate por meio de novas armas encontradas.

Então retorno a falar sobre os golpes especiais. Cada arma terá um especial próprio, que vai desde um ataque potente a coisas mais interessantes, como invocar pequenas criaturas para lhe auxiliar no combate ou utilizar até mesmo magias, como uma espada de fogo que pode canalizar bolas de fogo no comando de seu golpe especiais. Lembrando que para usar isso, é preciso defletir ataques inimigos afim de encher a barra de mana. Vale a pena, especialmente quando a jornada avança e as coisas ficam mais perigosas a partir da segunda e terceira masmorra.

No que diz respeito aos inimigos, existe uma variedade, mas não é nada expressiva. Há goblins com espadas e escudos, com machados, goblins enormes, alguns com bombas, uma versão que restaura a energia dos aliados, um com arco e flecha, além de variações de tudo isso com outras cores para indicar que são mais fortes ou agressivos. No outro escopo, das criaturas do mundo, o jogador irá encontrar aranhas, ratos, morcegos e pequenos cãezinhos ferozes, que normalmente se juntam aos goblins para deixar as batalhas mais agitadas.

Estes combates não ocorrem um contra um, justamente o contrário, o jogador pode esperar ter que batalhas contra três, quatro, seis inimigos simultaneamente, como se espera na cartilha de um bom jogo de briga de rua. Os chefões também tendem a ser apelões, impedindo que se fique atacando-os por muito tempo sem sofrer um ataque poderoso dele, a quais são sempre resistentes ao parry, mas ainda assim podem sofrer com esse comando. Alguns chefes convocam inimigos normais para tornar o combate ainda mais desafiador, enquanto estes podem ser enormes, ou ágeis, ou ter diversos estágios dentro da batalha, ao qual seus padrões de ataques vão mudando a cada estágio. E antes de um chefão sempre haverá um checkpoint, afim de evitar a frustração de perder e ter que refazer parte de uma fase.

Acabei nem mencionando os acessórios extras, que são pequenas armas secundárias que auxiliam o combate, mas que leva um bom tempo até serem destravadas na campanha principal. São itens que podem ser acionados pelo jogador, mas levam um tempo para recarregar e ser usado novamente. Como um arco e flecha, uma bomba arremessável, um gancho para puxar inimigos ou um cajado que abre um campo de energia que suga a vida dos inimigos e lhe restaura a sua vida. São boas opções adicionais, e que podem mudar o ruma do combate se bem utilizados.

No geral o combate de Young Souls é super satisfatório, dada a diversidade de armas que serão apresentadas de tempos em tempos conforme se progride dentro da aventura. O jogo te instiga a modificar seu estilo de combate em diversos momentos do jogo. Por exemplo, há uma área em que você pode encontrar goblins muito ágeis, portando adagas duplas, quase como ninjas. Contra inimigos assim não adianta estar lento e pesado, pois até sua espadona ou martelo iniciar um ataque, você já tomou um contra ataque. É preciso se adaptar ao ambiente e aos inimigos, então ficar na mesma arma nem sempre será o recomendado.

O jogo também combina bem os diferentes tipos de inimigos, deixando o combate sempre com um gostinho diferente dos já vivenciados. Claro que alguns vão se repetir, inclusive o cenário dentro das áreas possuem essa tendência de serem reciclados inúmeras vezes, mas nada que vai lhe incomodar. O senso de progressão do jogo, de explorar diferentes caminhos, de sempre está sendo recompensando com alguma arma ou equipamento ou moedas ou item para aprimorar armas ou as chaves para novas portas ditam um ótimo ritmo a ação, nunca deixando a jogabilidade tediosa ou cansativa. É um jogo que você senta em um sábado a tarde e quando se dá conta já está de noite.

Considerações finais

Young Souls é um jogo bem divertido quando se pega o embalo da ação, deixando o jogador genuinamente entretido com sua proposta. Sua apresentação inicial peca por ser muito longa e lenta, mas ultrapassado essa barreira, o ritmo melhora consideravelmente e o título volta a se recordar que é um entretenimento interativo.

Visualmente o título entrega uma direção de arte muito bonita, com gráficos desenhados a mão, com um 2D muito limpo e flexível, a qual os personagens demonstram uma expressividade muito consistente e agradável. A parte cenográfica pode deixar a desejar um pouco por sua repetição, contudo o design de personagens, incluindo os inimigos, é muito bem detalhado.

Na parte do som há pontos questionáveis. Os personagens, por exemplo, não possuem dublagem em nenhum idioma, então os textos possuem uma responsabilidade muito grande e nem sempre conseguem dar viva aos personagens. A trilha sonora também não tem muito destaque, estando presente, porém nunca se fazendo ser memorável. Os efeitos de som, por outro lado, funcionam e dão o peso certo ao combate.

Apesar de ser possível relevar, pelos aspecto indie do game, não posso deixar de mencionar que Young Souls apresentou vários bugs e probleminhas técnicos que podem ser bem irritantes. No meu caso, tive a experiência do jogo em sua versão de PlayStation 4, tendo jogado-o pela retrocompatibilidade no PlayStation 5 e tive alguns momentos bem chatos. Comigo o jogo chegou a crashar (travar e desligar) umas três vezes na tela de carregamento, passando-se vários minutos sem que nada acontecesse, me obrigando a fechar e reiniciar o jogo.

Por sinal, mesmo para uma compatibilidade com o PS5 as telas de carregamento poderiam ser bem mais ágeis. Também passei por um bug a qual o menu de equipamentos não apareceu, deixando um quadro branco na tela, assim como um personagem (o ferreiro) no mercado goblin que constantemente sumia quando viajava para o local, o que me impedia de aprimorar minhas armas, só sendo resolvido quando reiniciado o game novamente. Este último bug realmente me incomodou bastante, acontecendo com muita frequência. Contudo, não é nada que um patch não possa consertar, é claro.

Também não posso deixar de elogiar o fato do título ter suporte local para multiplayer cooperativo para dois jogadores, afinal é um gênero de jogo que pede por isso. Poderia criticar a ausência de uma opção online, mas o fato é que o que mais de agradou mesmo é como o título trabalho essa dinâmica de dois personagens no single player, pois permite que o jogador solitário utilize ambos os personagens, alternando-os a qualquer momento e se utilizando de um sistema em que se um personagem cair, o próprio jogador sozinho pode reerguê-lo ao utilizar o segundo personagem. E para não facilitar demais as coisas assim, cada personagem possui duas vidas extras, que são restauradas em pontos de checkpoints. É um formato que dá acessibilidade, enquanto também não torna tudo fácil demais.

E já que mencionei dificuldades, Young Souls sabe dosar muito bem a escalada da dificuldade, entregando momentos mais difíceis, mas nunca impossíveis de se avançar. Há sempre a indicação do nível da área a ser explorada, e mesmo quando se perde em uma batalha ou confronto com o chefe, os pontos de retorno são generosos e é visível que mudanças nas estratégias, como alterar as armas do combate, tornam eficientes novas tentativas de combate.

Para encerrar esta análise, posso concluir que Young Souls é um ótimo jogo, que tem alguns tropeços iniciais, mas que quanto mais se joga, melhor ele vai se tornando. Um título que rende facilmente 10 horas de gameplay se progredir de forma objetiva, contudo é um tempo que pode facilmente ser dobrado para mais de 20 horas se o jogador decidir explorar todos os caminhos, todos os tesouros, tudo que a experiência pode oferecer. É um jogo bonito, muito bem localizado em português, que entrega um mundo crível, personagens interessantes e um ótimo desafio para um jogo do gênero briga de rua. Os elementos de RPG presentes na obra dão um bom senso de progressão e tiram um pouco a repetição que o estilo de combate acaba tendo em jogos assim. Entrega um senso de recompensa, diversão e desafio na medida correta. Vale a pena ser experimentado.

Galeria

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Dando nota

Construção narrativa na hora inicial do jogo quebra um ritmo esperado de ação - 6
Combate empolga, com diferentes armas e estilos, além dos elementos RPG em um beat-em-up - 8.8
Visual cheio de charme, bom design de personagens, apenas os cenários são um tanto repetitivos - 7.8
Múltiplos caminhos a se explorar aumentam bastante o valor de replay e longevidade do título - 8.8
Alguns bugs são chatos e exigem reiniciar o jogo, telas de loading demoram um pouco no PS5 - 6
Ótimas batalhas contra chefes, boa variação de inimigos e checkpoints generosos - 8.5
Multiplayer local para 2 jogadores e ótimo uso da dupla protagonista no single player - 8.5

7.8

Bacana

Young Souls se prova como um excelente beat-em-up ao pegar elementos do gênero RPG para encorpar o ciclo de combate, sem tornar as lutas enfadonhas ou repetitivas. A arte visual do jogo é encantadora, com coop local para dois jogadores e um bom sistema single player a qual se pode controlar alternadamente a dupla de protagonistas. Título localizado em português e quem se incomodar com os muitos palavrões da obra pode desligá-los nas opções de jogo. A curva inicial é bem lenta, dando uma atenção exagerada em uma construção narrativa que não é tão boa quando o gameplay em si. Porém ultrapassado esse ponto, quando o jogador assume a pancadaria, o jogo se transforma e se mostra bem divertido.

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