Análise | Returnal (PC)

Disponível para PlayStation 5 e PC

Returnal é jogo cujo nome faz bastante sentido. Com uma premissa simples e um gameplay bastante intuitivo, é uma divertido fusão de jogo em terceira pessoa de tiro com elementos de roguelike, com aquela pitada de antigos jogos arcade que fizeram a sua produtora, a Housemarque, se destacar nos últimos anos, levando a uma trajetória de sucesso, o que a levou a ser incorporada pela Sony.

Jogadores mais antigos se lembrarão com saudade de jogos como Resogun ou Dead Nation, e quando ocorreu o anúncio de Returnal para o PlayStation, muita expectativa foi gerada, sendo considerado um dos mais esperados exclusivos para a nova geração de console, chegando no PlayStation 5 em março de 2021, menos de um ano depois de ter sido revelado no evento junto com o console. Infelizmente nessa época não pudemos fazer a cobertura do jogo, mas agora nossos amigos da equipe brasileira de PlayStation nos forneceram o jogo para podermos conferir, e estamos satisfeitos com esses lançamentos no PC.

Dito isso, o que esperar de Returnal finalmente no PC? Bem, é claro que podemos desfrutar do aspecto de tela em Ultrawide (21:9) e Super Ultrawide (32:9), que oferecem um campo aumentado de visão em Atropos, com aparências maiores acrescentando mais opções para cinemáticas e interface do usuário, com uma bela apresentação em 4K. Se já era um título bonito no PS5, agora tudo ficou melhor ainda e vai um belo destaque para o framerate bem otimizado, para a alegria dos jogadores de PC.

E claro, jogar com retorno tátil do DualSense é uma excelente opção. Mas claro, é possível escolher o mouse e o teclado ou outras entradas de controle, todas com prompts de botões personalizáveis. Há opções de acessibilidade expandidas, incluindo uma notificação de carregar mira alt-fire, junto com um sistema de ping cooperativo. Há suporte para Dolby Atmos, assim como a opção para selecionar o tipo de suporte de Áudio em 3D, o que aumenta mais mais a imersão sonora.

Para quem nunca jogou ou ainda vai jogar Returnal, o jogo é uma aventura espacial. Após o pouso forçado neste mundo que muda de forma, Selene deve pesquisar a paisagem árida de uma antiga civilização para escapar. Isolada e solitária, ela se vê lutando com unhas e dentes pela sua sobrevivência. Repetidas vezes ela é derrotada – forçada a reiniciar sua jornada sempre que morre.

Por meio de um jogo implacável de RPG com elementos roguelike, descobrimos que, assim como o planeta muda a cada ciclo, os itens à sua disposição também mudam. Cada loop oferece novas combinações, forçando o jogador a ultrapassar seus limites e a combater com uma estratégia diferente.

Trazida à vida por efeitos visuais incríveis, a beleza sombria do mundo decadente ao seu redor está repleta de surpresas explosivas. Com combates de alto risco e com munição de bala, reviravoltas viscerais em ambientes rígidos e contrastantes. Portanto, há muito o que explorar, descobrir e lutar em uma jornada implacável, onde o mistério espreita todos os seus movimentos.

Projetado para extrema repetibilidade, o mundo processual de Returnal nos convida a tirar a poeira da derrota e enfrentar novos desafios em evolução a cada renascimento, com uma boa dose de desafio que fez do gênero um dos mais procurados e jogados dos últimos anos. E a boa notícia é que aversão de PC já vem completa, com duas novas adições muito boas, incorporando um novo modo cooperativo e um outro modo ainda mais desafiador, a Torre de Sísifo, esses dois modos foram bem pensados e vamos abordar mais a seguir.

No modo cooperativo, o jogador luta para romper o ciclo com outra Selene de uma linha do tempo ramificada, e pode compartilhar toda a sua jornada através do labirinto de Átropos com outro jogador. A natureza hostil de Átropos persistirá, imutável, mas a possibilidade do trabalho em equipe adiciona uma dimensão inédita e novos meios de sobrevivência. Em vez de patrulhar cada um à sua maneira, a dica é tentar coordenar seus ataques com outro jogador, principalmente quando as probabilidades continuarem prevalecendo contra vocês.

Cada jogador controla uma versão diferente de Selene, vindas de ciclos diferentes. Ao usar o dispositivo Cronose localizado em cada bioma, o jogador anfitrião pode invocar um amigo ou ser chamado para uma partida com outro jogador online aleatório. O progresso do anfitrião determina os itens disponíveis durante a sessão multijogador.

O jogador que se juntar ao ciclo ajudará o anfitrião a progredir em Átropos, embora sem manter qualquer progresso permanente para si. A progressão e os itens disponíveis na sessão cooperativa são determinados pela disponibilidade para o anfitrião.

No final da sessão, ambos os jogadores mantêm o éter, o progresso de arma e as entradas da base de dados, assim como as Cifras ou os Diários de Patrulha obtidos. O anfitrião também retém todas as habilidades permanentes e desbloqueios conquistados. O jogador convidado também aumenta seu próprio Nível de Patrulha.

E finalmente, a Torre de Sísifo, um novo tipo de desafio para o game, uma provação ascendente praticamente infinita com puro foco no combate, cujo foco é aumentar a pontuação conforme progride e busca itens exclusivos, Diários de Patrulha e fragmentos nunca vistos da história de Selene.

Prepare-se para qualquer coisa. Com ameaças antigas e novas aguardando sua subida pela Torre, você pode se deparar com ecos do passado ou de alguma coisa inteiramente nova. Outras novas surpresas também aguardam você, disponíveis somente na Torre de Sísifo. Para acessar ela, quando “acordar” no local da queda, olhe para cima. Você verá um portal rumo à Torre de Sísifo, acessível se já tiver desbloqueado o Arpéu Icário.

Ela consiste em fases intensas cada vez mais perigosas, cada uma composta por 20 andares. Ao entrar, elimine todos os inimigos em cada andar e garanta sua passagem para o andar de cima.

Para quem gosta de gêneros de jogos mais difíceis/desafiadores, encarar a aventura de Selene é praticamente uma obrigação. Claro que jogadores em geral podem gostar do título, mas não terão vida fácil. É um daqueles jogos que devem ser degustados como um vinho, ficando melhor com o tempo e dedicação a ele. Toda a conversão para o PC feita pela Climax Studios ficou bem realizada, não podia deixar de fazer esse apontamento.

Claro que em termos de enredo e construção de mundo, Returnal não é dos mais brilhantes, nem inovador ou original em seu gameplay, mas pega todas as referências e coloca a sua assinatura, de modo que ganha uma identidade própria, com um ritmo de progressão agradável, uma sólida eficiência em qualidade de apresentação e fica nítida a evolução do estúdio a cada jogo lançado.

Se você procura por um jogo desafiador, com um design bem ajustado, um mundo e criaturas interessantes, você sempre vai querer retornar para Returnal!

Especificações para rodar Returnal no PC – REQUISITOS MÍNIMOS:

Sistema Operacional: Windows 10 64-bit (versão 1903)
Processador: Intel Core i5-6400 (4 core 2.7GHz) AMD Ryzen 5 1500X (4 core 3.5GHz)
Memória: 16 GB de RAM
Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 1060 (6 GB) AMD Radeon RX 580 (8 GB)
Armazenamento: 60 GB de espaço disponível
Outras observações: SSD recomendado
REQUISITOS RECOMENDADOS:

SO: Windows 10 64-bit (version 1903)
Processador: Intel i7-8700 (6 core 3.7 GHz) AMD Ryzen 7 2700X (8 core 3.7 GHz)
Memória: 16 GB de RAM
Placa de vídeo: NVIDIA RTX 2070 Super (8 GB) AMD Radeon RX 6700 XT (12 GB)
Armazenamento: 60 GB de espaço disponível

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Dando nota!

Otimização bem ajustada para jogadores de PC - 9
Alto valor de replay mantendo o desafio - 9
Trilha sonora não muito inspirada - 6
Desafio cooperativo precisa mesmo ser cooperativo - 9
Equipamento em configurações medianas sofrem um pouco para rodar o game. - 7

8

Retornável

Pegando emprestado vários elementos de vários tipos de jogos, Returnal é uma mistura interessante e mais uma prova que shooters podem sim ser desafiantes com as mecânicas certas.

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