Cinema: Jumper – Eu fui!

Finalmente vou estrear meu primeiro review de um filme nos cinemas!!

Warning! Warning!
Risco de Spoiler! Se você é alérgico, não continue!

Jumper – Potencialmente criativo e tristemente mal aproveitado!

A idéia é fantástica. Não é inédita porque vimos o excelente efeito especial de Noturno em X-men 2. Mas Jumper é um filme só sobre teletransporte porra! Que nerd, até mesmo os que não admitem ser, não adoram a idéia e o conceito de teletransporte? Ah, não mintam para si próprio. E cientificamente estamos anos-luz de conseguirmos nos teletransportarmos sabia? Segundo os estudos mais avançados sobre o assunto, o conceito de sumir e reaparecer em outro lugar não é possível. O teletransporte funcionaria se você conseguisse quebrar todos os seus atamos numa máquina que te escaneasse e te clonaria num outro lugar. Tem aquelas teorias mais malucas de atravessar realidades e quebrar o contínuo do espaço-tempo para poder chegar em outros lugares num piscar de olhos. Jumper é mais por aí, porque quando o “Jumper” se teletransporta ele deixa uma “janela” temporária que pode ser atravessada. Mas ficção é ficção seu nerd, não precisa ter sentido exato.

Voltando ao filme. Ele até começa promissor. O protagonista, David, é um zero à esquerda e logo nos primeiros minutos se ferra caindo num lago congelado por causa de que? Uma garota é claro. E é aí que o filme começa. David não conseguindo sair do lago, se teletransporta para a biblioteca (NERD). Sem saber como fez isso é claro. A partir daí temos uma rápida e divertida evolução de caráter.

Ao contrário de Noturno dos X-Men, David não vira super-heroi. O filme não é sobre heroismo. É mais pé no chão. O que você faria se tivesse essa incrível habilidade? O protagonista sem medo de ser politicamente correto, vira um ladrão de bancos. Ora essa, quer coisa mais fácil do que se teletransportar para dentro de um cofre, pegar a grana e sair de lá direto pro seu apartamento num piscar de olhos? O filme até brinca no primeiro assalto, quando ele resolve voltar no meio do roubo para seu apê para pegar um saco maior pro dinheiro. XD Só um detalhe não deu para engolir. O cara rouba bancos e nenhum maldito banco que se preze tem uma camera de vídeo dentro do cofre? Há, assim fica muito fácil.

A vida é boa. É fácil. É o que provavelmente todos fariam. Mas o que é uma história sem um bom vilão? É aí que o ator Samuel L. Jackson faz sua aparição. O cara realmente dá medo. Em seu primeiro encontro com David consegue dar uma senhora coça no garoto. BOA! Mas é a partir daí que o filme desanda.

O protagonista não chega a entrar em desespero depois de descobrir que pessoas estão o caçando, nem ao menos espoçar preocupação razoável. Nem ao menos somar 2 + 2 e chegar na conclusão que ele não é o único que tal habilidade, coisa que você se toca logo que o vilão a parece na primeira cena do filme. É claro que pelo jeito e olhar do cara, ele sabe do que se trata. O que o novato Jumper faz? Vai atrás da sua antiga vida que ele havia deixado para trás. Vai dar uma olhada no seu pai e na sua antiga paixãozinha de colegial.

E pronto, o filme melou daí até os últimos minutos.

Vira dramalhão adolescente. E aí o burro do protagonista faz seu segundo erro no filme, que eu como roterista nunca escreveria isso ou pelo menos não faria um protagonista tão tapado. Ele deixa o valentão dos tempos de escola dentro do cofre de um banco. X_X SABENDO QUE HÁ PESSOAS CAÇANDO ELE!! Cacetade, dá para ser mais burro. Já viu então como o filme fica previsivel né?

Garoto sai com a sua antiga paixão da escola, sem revelar o segredo é claro, por mais óbvio que algo esteja errado. Enquanto isso vilão descobre a verdadeira identidade da besta.

Por sorte alguns elementos no roteiro permitem que ele não fique mais previsivel ainda. Um segundo Jumper, muito mais simpatico e carismatico que o próprio protagonista surge. Zilhões de vezes mais inteligente. Cara esperto.

O filme poderia explorar mais esse lado, dos paladinos (vilões) e jumpers. Como isso pode existir? E desde da idade média? Paladinos são sinônimos de religiosos extremistas (apologia a…)? Qualé a da mãe do David? E a meia-irmã? E o do segundo Jumper? Qual a sua história? O que aconteceu com ele? Onde estão os outros Jumpers?

Tinha tudo para ser um filme complexo e intrigante, mas do meio pro fim vira dramalhão familiar. David precisa se tocar do perigo real que vivencia. Precisa se contar seu segredo pra namoradinha. Precisa salvá-la. A lista de clichês vai seguindo.

O que salva mesmo são os momentos finais e as batalhas entre os Jumpers pelo detonador da bomba. No meio do deserto com Roland (Samuel L. Jackson) e a corrida com o carro. Se não fosse por isso… não quero nem pensar.

No fim o que temos é uma receita explosiva para um filme inacreditável e criativo, mas acabou saindo do forno um filme cheio de clichê, previsivel, com falhas de enredo e com gosto de que poderia ser tanta coisa e não foi.

Potencial tinha… uma pena. Vale a pena ver, mas não entra no rol de coisas que são obrigatórias assistir.

Nota Mental: O protagonista do filme, atorzinho sem vergonha. Totalmente xarope. Sabe quem ficaria muito bem no papel? Aquele ator que fez Sam em Transformers. Aquele cara seria perfeito para o papel.

Fique com o Trailer de Jumper:

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Um Comentário

  1. “Qualé a da mãe do David? E a meia-irmã? ”

    Não sei, mas eu iria nas duas =)

    E, realmente aquela cena do final (batalha no deserto) acordou-me para o filme.

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