Análise: Trauma Center Under the Knife 2

Antes de lerem a análise vou me apresentar, sou o Sephiroth_VII do fórum NGM e estarei colaborando com o portallos a partir de hj =P. Normalmente escrevo análises de jogos, mas espero também postar notícias interessante e se possivel começar uma coluna. No momento postarei esta análise que já havia escrito há um tempo atrás, mas que não teve muita divulgação. É um grande jogo, vale a pena a leitura =D

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Trauma Center: Under The Knife 2 (DS)

Doutor Derek Stiles está de volta!!

Chamem-me de jogador hardcore, Cult, maluco, doido ou masoquista, mas não é segredo que sou fã da série Trauma Center. A série foi lançada no NDS em 2005 sendo um dos primeiros jogos no lançamento do portátil. O jogo é um simulador de operações médicas utilizando apenas da tela de toque do portátil para todos os comandos, foi um dos primeiros títulos a fazer um ótimo uso para a tela de toque de forma original e com uma precisão razoável.

O jogo acompanhava a história do Dr. Derek Stiles em suas primeiras operações, começando com operações mais simples de rotina, mas ao avançar no jogo a história se complicava e o jogador passava a tratar uma doença criada em laboratório e utilizada para o bio-terrorismo (ou terrorismo-médico como é apresentado no jogo) conhecido por GUILT. Além de todo o jargão médico que é muito bem explicado no jogo, a história se tornava mais interessante por causa dos carismáticos personagens da série que se tornavam mais complexos ao se aprofundar nas suas relações, rotinas e dilemas.

As primeiras operações no jogo eram “tutoriais” para os jogadores iniciantes (ou seja, todo mundo na época de lançamento) com diversas instruções sobre o que fazer e como fazer nas primeiras operações, mas ao se avançar no jogo as operações poderiam se tornar extremamente difíceis para alguns já que requeriam muita concentração e agilidade do jogador. Talvez seja por isso que muitas pessoas que jogaram nunca chegaram a terminar o primeiro jogo. Como extra, o jogo ainda fornecia ranks para determinar o desempenho do jogador nas diversas operações podendo variar do C (mais baixo) ao S (mais alto). As missões X, com dificuldade máxima, nesse jogo são parte da história, mas nas seqüências elas seriam apenas extras para os jogadores que queriam provar suas habilidades.

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Após esse primeiro jogo da série, o mesmo foi completamente reinventado e portado para o Wii com comandos adaptados, personagens refeitos, vários níveis de dificuldade, missões selecionáveis, um capítulo extra (cada capítulo no jogo consiste de várias operações) e diversas missões extras introduzindo uma nova médica. Além das melhorias técnicas (gráficos, som, arte, design do jogo e etc.) Trauma Center Second Opinion (nome da versão de Wii) trouxe consigo um grande avanço na série e em alguns procedimentos no gameplay. Foi um belo remake do Under The Knife, mas……

Após o primeiro jogo e o remake muito bem feito, era necessária uma continuação para a série. A série continuou no Wii com Trauma Center: New Blood que é considerado por muitos o melhor jogo da série. O jogo trazia dois doutores como personagens principais (Dr. Markus Vaughn e Valerie Blaylock) além de maiores avanços na série tanto na parte de gameplay como design e história. A história do jogo estava mais obscura, seus personagens estavam mais complexos e não tão “presos” ao estereotipo do “médico bom, justo e quase perfeito”, a trama se desenrolava com mais mistério e intrigas. No fator gameplay o jogo possibilitou co-op para até dois jogadores, rankings online o que melhorava e muito o quesito replay do jogo, além de já manter todos os avanços dos jogos anteriores.

É então que a série volta ao DS com a verdadeira continuação do primeiro jogo com Trauma Center: Under The Knife 2 (nome original, não ?) trazendo novamente o doutor Derek Stiles e sua enfermeira Angie Thompson como personagens principais. O jogo se passa três anos após os acontecimentos do primeiro jogo e traz consigo grande parte dos avanços feitos nos jogos anteriores.Tais fatores serão explicitados a seguir.

As “grandes” mudanças.

Para aqueles que já jogaram algum Trauma Center na vida, vocês sabem muito bem que o jogo pode colocar o jogador nas piores situações possíveis para uma operação ou pelo menos nas mais incomuns. Alguns bons exemplos, e lembranças para aqueles que jogaram o primeiro jogo, seria a “operação bomba” (“operar” ou desarmar uma bomba literalmente) e a missão under the knife (operar cinco pessoas em 10 min). A continuação não difere muito do seu antecessor já que o jogo em si está mais difícil, mas com grandes avanços no gameplay também. As duas primeiras operações no jogo servem muito bem como tutorial básico do jogo, servindo muito bem para veteranos e iniciantes. Os comandos agora foram melhorados e estão mais precisos, além de que o visual do jogo está muito mais bonito e limpo, alguns efeitos visuais do primeiro UTK foram retirados (como aqueles efeitos de sangue e do gel antibiótico) o que permite melhor visibilidade ao se realizar uma operação.

Para aqueles que nunca jogaram nenhum Trauma Center na vida, o jogo ocorre da seguinte maneira: O jogador realiza diversas operações para se avançar na história, no começo são operações de rotina onde se aprende as técnicas básicas para o jogo, obviamente que mais pro final as operações do jogo se tornam mais difíceis e desafiadoras. O jogo é completamente controlado pela tela de toque do DS, selecionando os diversos instrumentos disponíveis na tela para se realizar a operação. Em muitas ocasiões, haverá a enfermeira ou algum outro personagem guiando o jogador sobre como realizar a operação na teoria, já que na prática dependerá totalmente do jogador. Além disso, há vários níveis de dificuldade (easy para iniciantes, normal para os acostumados, hard para os masoquistas) o que permite que jogadores iniciantes possam aproveitar bem o jogo, além de garantir um bom replay para o jogo. O som do jogo foi melhorado com um número maior efeitos especiais, as tracks do jogo anterior foram refeitas e estão melhores além de um número maior de falas por parte dos personagens, porém algumas falas,tracks e outros sons se repetem demais o que pode vir a cansar alguns jogadores.

O único grande negativo fica pela falta de co-op, possibilidade de se jogar com mais de um personagem, falta de rankings online e alguns desafios, elementos presentes em TC: New Blood que ajudava e muito o fator replay do jogo. Seriam elementos muito interessantes, mas a falta deles não afeta demais a experiência geral.

A difícil vida de um médico.

TC: UTK2 se passa três anos após os acontecimentos do primeiro jogo. No inicio do jogo o Dr.Stiles e a enfermeira Angie estão ajudando pessoas em um campo de refugiados na África. Muitas das primeiras operações consistem em primeiros socorros já que o país Costigar em que se encontram está no final de uma guerra civil e ainda há diversas guerrilhas e minas espalhadas por todo território.

Antes de me aprofundar um pouco na história (tentarei evitar o máximo de spoilers também) darei um resumo básico dos acontecimentos do primeiro jogo novamente tentando evitar grandes spoilers que possam a vir estragar algumas surpresas. Em TC: UTK o jogador acompanhava o Dr. Stiles em sua luta contra GUILT, uma doença feita pelo grupo extremista Delphi que utilizava a doença para atos terroristas e para matar milhares de pessoas.

Dr.Stiles obviamente não estava sozinho nesta luta já que contava com o apoio da organização Caduceus, organização que visa em destruir todas as doenças no mundo. Stiles é um médico que trabalha na Caduceus US (ainda há outros Caduceus espalhados no planeta) e é nesse ambiente de trabalho que o jogador passa a conhecer outros personagens,fatos e conceitos importantes para o primeiro jogo.Outro fator importante é o Healing Touch, habilidade que poucos médicos possuem (Stiles por exemplo) e que consiste em uma concentração tão grande capaz de fornecer mais precisão e velocidade para aqueles que a possuem. No jogo o Healing Touch é ativado se desenhando uma estrela na tela e seus efeitos consistem em “deixar o tempo mais lento”, dando mais tempo para o jogador para realizar qualquer ação necessária. Porém, tal habilidade consome muita energia to cirurgião então só é possível usá-lo uma vez por operação e os efeitos do Healing Touch só permanecem ativos por uma determinada quantia de tempo.

Voltando ao TC: UTK2, após um período na África, Stiles retorna com um médico promissor chamado Adel que seguira na história pelo decorrer do jogo, porém não é possível jogar com esse personagem: uma pena porque poderia abrir as possibilidades de um co-op nesse jogo. Após retornar para os EUA, o grupo (Stiles, Abel, enfermeira Angie) segue para Caduceus para descobrirem que uma nova doença está afetando o mundo.

A doença em questão se trata da PGS (Post-GUILT Syndrome ou Síndrome pós-GUILT), doença que afeta pessoas que já foram contaminadas pela GUILT anteriormente, seus sintomas são falha dos órgãos devido a uma toxina estranha presente no órgão. No inicio pouco se sabe sobre essa doença, mas logo vão sendo criados métodos de se combatê-la, mas a história não acaba apenas com essa doença e as coisas ficam mais complicadas com o decorrer da história, já que a PGS será apenas o inicio e a ponto do iceberg.

A nova doença do jogo dessa vez não é só o único foco do jogo, já que ao mesmo tempo uma empresa de medicamentos se instala na área prometendo grandes avanços na área médica, podendo chegar a substituir Caduceus quando se tratando no combate de doenças. Essa história mais abrangente permitiu um jogo maior, mais interessante, com mais reviravoltas, personagens mais complexos e com um numero maior de operações consideradas normais fator muito bom para iniciantes, mas aviso que as operações de pacientes com PGS e outras doenças não será fácil.

O jogo chegou há durar 8 horas a primeira vez que joguei relativamente alto se comparado aos outros jogos da série, ainda mais que boa parte do jogo é leitura da história. As operações possuem limite de tempo que normalmente é de 5 min, poucas chegam a mudar esse limite, então caso compre esse jogo esteja preparado para ler muito. O jogo continua viciante como seus antecessores muito devido a seu gameplay e história, o jogo ainda chega a durar mais caso o jogador almeje aos ranks mais altos de cada operação. 

Considerações Finais

Trauma Center Under The Knife 2 é a esperada continuação para o clássico cult de 2005, o jogo está muito melhor que seu antecessor em qualquer aspecto. Os visuais e os sons estão melhores, o gameplay está mais preciso e rápido, a história mais intrigante, enfim tudo que os fãs pediam. Mesmo com a falta de alguns elementos que poderiam ter aumentado o replay, o jogo ainda consegue se sustentar por um bom tempo nas mãos de muitos jogadores que tentaram conquistar as missões nos níveis mais difíceis e com os ranks mais altos. Recomendo a compra para aqueles que já são fãs da série pelo aspecto história e gameplay, para aqueles que nunca jogaram um Trauma Center recomendo uma locação do jogo antes da compra. TC:UTK2 se sai muito bem como a verdadeira continuação do primeiro jogo, agora é esperar pela Atlus anunciar outro jogo para ver como essa história e essa série vão evoluir.

Gráficos: Mais limpos e melhores, detalhados, arte dos personagens muito boa. Gráficos não surpreendentes, mas que não fazem feio.

Som: Alguns trabalhos de vozes ótimos, mas repetitivos. As musicas refeitas acabaram muito boas e com a adição de novas musicas o jogo consegue se sustentar e muito bem

Jogabilidade: Muito melhor e mais precisa que o anterior, com pouquíssimos erros e ainda com grande uso da tela de toque do DS.

Apresentação: Continuação para o clássico Cult de 2005, história intrigante e que se desenvolve muito bem, personagens carismáticos e mais complexos e ainda um modo easy para permitir iniciantes na série.

Replay: Várias dificuldades (easy, normal e hard) e os ranks das missões e nada mais. Jogo relativamente curto, mas desafiador.

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2 Comentários

  1. postei na ngm:

    parabéns pela análise!! foi mto boa, abrangeu todos os ptos direitinho

    realmente trauma center é um game mto bom e desafiador, game para mto poucos!!

    só alguns errinhos de digitação, como falta de espaço depois de ponto ou de virgula, q deixa buracos no texto justificado…. fora isso!! tdo blza!!

    mande sempe analises!! é bem legal le-las!!

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