Crítica | Atividade Paranormal 4 – Eu fui!

Depois de um começo promissor, a franquia cai (e muito) de qualidade!

Desde que foi lançado o primeiro filme da franquia Atividade Paranormal, as opiniões das pessoas e sites especializados sempre se divergiram muito sobre sua qualidade. Atividade Paranormal sempre foi uma franquia ame-a ou odeie.

No entanto, considerei que Atividade Paranormal 1 e Atividade Paranormal 3 são filmes que passam um grande nível de tensão se você embarcar na história e se deixar levar. O segundo filme nem tanto, mas ainda sim tem seus méritos.

Por esses fatores, fui assistir Atividade Paranormal 4 com uma certa expectativa, se não fosse um filmaço (nenhum dos três anteriores são) pelo menos me divertiria um pouco e tomaria alguns sustos.

Que decepção!

Texto sem spoilers!

Sinopse: A história centra-se em Alice e sua mãe, experimentando atividades estranhas quando os novos vizinhos mudam-se para a casa ao lado.

O filme até consegue criar algum interesse ao nos apresentar a continuação da história que se encerra no segundo filme, com o rapto do garoto Hunter por parte de Katie, no entanto, o desenvolvimento do filme é lamentável e os sustos são pífios. As pessoas ficam tensas esperando cenas aterrorizantes ou perturbadoras iguais algumas cenas muito boas dos outros filmes, mas o resultado é lamentável. Os roteiristas tentam utilizar o Kinect como ferramenta de ligação entre os personagens e o demônio/fantasma Toby, o que seria até uma boa idéia se bem executada, mas o tiro sai pela culatra e o aparelho é usado de forma desinteressante, causando apenas um único susto com a entidade maligna, em uma das poucas cenas realmente interessantes no sentido de assustar da forma correta, ou seja, utilizando o ser Toby como disseminador do medo.

Imaginem cenas em que os roteiristas e produtores querem te assustar com aparições repentinas dos personagens, barulhos altos  ou de algum outro elemento do cenário, pois é, utilizam esse recurso o tempo todo e a tensão causada pelo demônio/fantasma que deveria ser a parte mais importante, fica em segundo plano. O terceiro filme da série tem excelentes momentos de tensão (cena do lençol é clássica) e considero inconcebível os produtores e roteiristas retrocederem tanto nessa quarta parte.

Sabemos que o filme tem como alvo principal o público adolescente em busca de alguns sustos e cenas aleatórias de sexo ou piadinhas sobre sexo, mas até nisso o filme é pior que os anteriores. Mesmo sendo mais velhas, Katie e Kristi protagonizavam cenas muito melhores nesse aspecto no primeiro e segundo filmes, já que o terceiro mostra as duas crianças (para mim, o melhor filme da franquia). Nesse quarto filme as atuações estão bem piores e a garota da vez Alice (Kathryn Newton), é bem menos encorpada tanto na atuação, quanto no resto (se é que me entendem), se comparada a Katie e Kristi.

Por pior que vinha sendo o filme, ainda tinha esperanças de um final minimamente decente e que explicasse algumas pontas soltas da história, já que o roteiro até ali apenas dava voltas sem desenvolver nada, mas para meu desapontamento, o clímax é extremamente brochante. Não dá nenhuma resposta ao telespectador e a impressão que fica, é que  continuamos parados no Atividade Paranormal 2 (já que o 3 é um “marco zero” da franquia).

Se você é muito, mas muito fã mesmo de Atividade Paranormal e quer saber qual foi o destino do garoto Hunter, vale até a pena alugar o dvd ou blu-ray do filme, talvez pagar uma sessão barata no meio de semana, mas garanto que mesmo tentando ver pontos positivos e tendo muita boa vontade, é muito difícil encontrar algo que se salve nessa quarta aventura de Toby e Katie! Infelizmente…

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