Heroes VI | Um passeio nostálgico!

Uma aventura medieval nos moldes antigos! 

Anos atrás comprei um CD Expert, que nem sei se existe ainda, que veio com um jogo de estratégia pautado num mundo mágico e com mecânicas muito mais simplificadas e adequadas para idade que eu tinha na época.  Heroes III era um jogo simples que mesclava combate num RPG tático com um mundo aberto focado em exploração e controle de certas áreas do mapa. Os recursos eram importantes mas não eram realmente o foco.

Anos depois, me deparei com um número seis ao lado daquele jogo que havia passado horas jogando quando criança. Uma promoção foi o bastante para cofrá-lo imediatamente.

Ganhei uma bela surpresa ao perceber que o jogo não havia mudado quase nada. Meu teste definitivo foi jogar sem ler nenhum tutorial ou   ajuda. Fui cru, e tudo estava lá em seu lugar, com nuances aqui e ali e melhorias.

Algo que me irritou um pouco, mas é bem irrelevante é a necessidade de criar heróis para jogar com diferentes facções. Você já não pode simplesmente escolher uma e começar. Além disso foram implementados sistemas de skills mais densos e alinhamentos para os heróis o que fornece uma carga extra de estratégia ao jogo.

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O esquema do jogo é realmente o mesmo, até semelhante ao que experimentei mais recentemente em Total War: Shogun 2, porém lá a política realmente importa bastante. Aqui você só deve se preocupar em ganhar batalhas, com isso basicamente todo o resto vem até você.

A cidade é composta por várias construções o que faz com que existam realmente “builds” próprias para ter um melhor rendimento com cada facção. Nem sempre é bom comprar aquele upgrade de unidade, talvez seja melhor investir em maior produção de dinheiro. Mas isso desacelera muito sua progressão no mapa e suas conquistas. Perguntas como essa permeiam toda a partida e fazem de Heroes um ótimo jogo de estratégia menos “Serious Bussiness” como tantos outros que existem por aí.

Os turnos basicamente seguem uma progressão de explorar, fazer upgrades na sua cidade, e gerenciar seu exército. Eventualmente o jogo lhe oferece escolhas de risco, como enfrentar tal monstro que guarda uma mina de ouro, porém com o risco de perder seu herói. O que aliás não é o fim do jogo, você pode contratar mais heróis após construir uma taverna em sua cidade, porém isso é quase uma derrota já, pelo fato da exploração ser tão importante, caso você ainda não tenha a taverna, nem tropas de reserva.

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Existem partes marítimas no jogo, mas elas são meio que apenas um modo diferente de se locomover, raramente apresentando algo a mais. O realmente bacana é ir achando os portais, as construções abandonadas por todo mapa, sempre com aquele sentimento de não saber o que te espera.

Na parte gráfica é até engraçado perceber que parecem que todos as texturas e modelos são pautados nos de anos atrás, muitos deles retendo até mesma forma e cores. É basicamente um feijão com arroz básico do que já existia antigamente.

Já falando de trilhas, eu já achei um avanço tremendo, várias composições com um tom bem medieval e que remetem até algo como Two Steps From Hell (aliás quem não sabe quem são, recomendo escutar e se surpreender). Os efeitos sonoros mesmo em geral não são nada demais.

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Talvez comparando-se com o  refino de jogos como Total War ou até XCOM de hoje em dia a mecênica de Heroes Of Might and Magic VI esteja um tanto quanto velha, mas ainda funciona e diverte muito bem. É um sistema que não lembro de ter visto recentemente em lugar algum, mas que combina rapidez em um esquema de turnos.

Recomendo fortemente o jogo para aqueles que curtem Total War e RPGs táticos, acho que não se decepcionarão com o conteúdo apresentado aqui, de forma básica porém que cumpre seu papel. A melhor coisa do jogo é realmente não ter mudado quase nada.

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Agora um caso rápido de uma cagadinha que a Ubisoft fez no lançamento da expansão mais recente, que saiu há um mês. Todas as pessoas que compraram o jogo na edição Gold (Tudo menos a nova expansão), foram simplesmente agraciados com uma demo de um mapa, sem modo história. Alguma coisa no update simplesmente desabilitou as keys desta edição e de outras expansões, sabe-se lá porque, deixando muitos recém compradores (coincidiu com uma promoção de cerca de 60% na steam) uns 5 dias sem o acesso ao jogo. Mas depois do bate cabeça inicial, a situação foi resolvida em uma semana. O real problema foi a fata de informação e a única resposta dada era “Estamos trabalhando nisto”, até que o problema fosse resolvido.

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3 Comentários

  1. Essa franquia, M&M é meio "estranha" [aspas, note as aspas] pra mim.
    Eu "conheci" ela num blog de games retrô onde o cara jogou o primeirão de DOS e foi contando suas aventuras. Achei muito doido, mas aí fui pesquisar na wikipédia e vi q o último jogo da série principal tinha lançado em 2001. [!]
    Como eu queria muito jogar, continuei olhando as alternativas e vi esses jogos de estratégia da franquia mas não tive coragem pq… sou muito ruim em jogos de estratégia [única exceção é Dota 2], tanto q recentemente comprei um Total War no steam e não tenho paciência pra tentar a terceira fase de novo. Então, quem sabe algum dia eu tenha coragem de experimentá-lo.

    PS: e quem sabe a Ubi algum dia faça uma reimaginação do primeiro né? À moda de TR, DMC… pq em conceito a série usa TES como papel higiênico. :p [gosto de TES gente, mas nem tanto]

    OFF: Carlos, tu tá sem tempo pra escrever no blog? Pq se não, bem q tu poderia dar uma "revisitada" nos posts da Jump, falando do mangás novos. 😉
    [Soul Catcher(S), Mutou Black e Smoky B.B.]

    1. Realmente acho que Heroes é um jogo pra pessoas mais impacientes do que Total War. Eu mesmo gosto dele mais elas batalhas do que pela politicagem toda. Nisso Heroes se comporta melhor, já que é muito mais algo como um Final Fantasy Tactics / Disgaea com unidades do que realmente um jogo de estratégia, em minha opinião. Ah, lembrando que Heroes é um spin of de Might & Magic e a série principal vai receber até um jogo novo da Ubi: http://might-and-magic.ubi.com/mightandmagicx-leg

      OFF: É, pior que a coisa anda braba, faculdade apertou em todos os sentidos e ando sem tempo, aí acabo escrevendo mais sobre as experíências que tenho nos poucos descansos da coisa toda. E com isso acabei largando essa loucura da Jump de ToCs e novas estréias, acompanhava uma média de 10 mangás semanais e hoje mal consigo colocar Naruto e One Piece em dia.

      O que acabei lendo foi Hajime No Ippo todo, e JoJo que estou na parte 7. Acompanhar coisas já "terminadas" se tornou muito mais viável do que ter o trabalho de catar tudo semanalmente pra ler. Junto ao fato que meu pc principal deu um pau, e aí perdi todo meu controle do app que fazia isso pra mim, então me perdi mesmo em quais capítulos parei.

      Eu estou pensando em escrever sobre Hajime e JoJo faz um tempo, mas esses post levam mais tempo para serem produzidos por se tratarem de obras gigantescas, aí não quero fazer algo meia boca haha.

      Estou muito por fora de novidades, meu momento está de clássicos!

      1. Nossa, ne sabia q a Ubi tinha anunciado o X! [fã de série cult é fodz… :p] E com lançamento pra setembro já!
        Acho q vou começar a me preparar com o primeiro desde já… XD [tá bem bunito esse X viu?]

        E caramba, tu deu pra ler clássicos agora? Legal. apesar de q eu [ainda] não tenho essa coragem… :p

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