Reflexão | Games possuem prazo de validade?

Qual a perda ao se jogar um game lançado há alguns anos atrás?

Essa era uma antiga discussão que rolou incontáveis vezes nos bastidores do blog, quando tínhamos uma equipe e um fórum privado para criar pautas e discutir alguns assuntos antes dos mesmo serem transformados em matérias para cá. Era uma discussão que sempre dava confusão e exaltava os ânimos com uma rapidez assustadora. Talvez até por isso nunca acabou virando propriamente uma reflexão por aqui. Até agora.

Para posicionar melhor a relevância do assunto basta pensar que estamos num momento de transição de geração, onde a sétima geração de consoles (PS3, X360 e Wii) está dando lugar a oitava geração (PS4, Xone e Wii U). Durante esse momento da indústria dos games é muito comum o debate entre comprar um novo console da nova geração ou comprar outro console dessa geração que está chegando ao fim e aproveitar os games exclusivos que você não teve a oportunidade de jogar ao longo da geração?

Muitos defendem que não se deve comprar um novo videogame em início de geração porque ele ainda não tem muitos games, os custos para se manter é maior do que o habitual, os aparelhos podem ter bugs e problemas de hardware e perante aos consoles concorrentes fica difícil tentar enxergar qual irá se sobressair perante os demais ao longo da geração. Nesse cenário é muito melhor adquirir um console da geração que está terminando seu ciclo já que existem bons benefícios em função do momento em si, como o preço ser mais camarada, já existir uma biblioteca consolidada de títulos para se escolher e assim por diante. Parece fazer sentido, não? E faz.

Aí é que entra a discussão sobre a experiência com games recém lançados e games que já estão nas prateleiras há alguns anos. Mas antes disso é preciso se perguntar: os games envelhecem e a experiência do jogador com isso é prejudicada? Jogar um game no lançamento tem realmente alguma diferença do que esperar alguns meses ou até mesmo o final de uma geração? A minha resposta nesse momento é: depende.

“O modelo Brotherhood”

Vou dar um exemplo prático. Já comentei várias vezes aqui no blog que sou uma lesma para jogar os títulos da franquia Assassin’s Creed. Somente no mês passado pude concluir AC: Brotherhood. Jogo lançado no final de 2010, ou seja, faz um pouco mais de três anos que o mesmo foi lançado. Por conta disso é claro que somente agora iniciei AC: Revelations e ainda tenho parado na prateleira AC III e AC: Black Flag. O curioso é que mesmo jogando Brotherhood nestes últimos meses não senti o peso do envelhecimento do game, talvez pelo fato de ter respeitado a cronologia da série e não ter experimentado as sequências. Agora que já iniciei Revelations e senti as pequenas mudanças de cenário e mecânicas de gameplay percebo a melhora na experiência do jogador. Com certeza se tivesse brincado um pouco com Revelations enquanto ainda terminava Brotherhood isso iria comprometer um pouco o meu vislumbre pelo título, que já trazia muitas mudanças positivas em relação ao AC II.

Essa minha experiência acima é importante também em outro fator: multiplayer. Vivemos a era do multiplayer. Muito mais do que qualquer outra geração anterior ouso dizer. Antigamente um game era desenvolvido pensando primeiramente na experiência solo do jogador e depois é que se preocupavam com o que seria feito no modo multiplayer, isso quando o game possuía multiplayer. Mesmo em jogos que tradicionalmente precisam de multiplayer, como esportes, corridas, lutas etc sempre se preocupou muito com a experiência do jogador que não pode apreciar o multiplayer a qualquer momento. E esse é um reflexo que mudou ao longo da sétima geração, com a popularização do multiplayer online. Basta pensar que o primeiro e segundo Assassin’s Creed não possuíam multiplayer, até a Ubisoft perceber a importância do multiplayer aos gamers da atualidade.

E apesar do multiplayer nos dias de hoje possuir dois aspectos – online e offline – esse é um fator que envelhece muito mais rápido do que single player de determinados títulos. Volto ao Brotherhood como exemplo, pois ao terminar o modo história resolvi testar o modo multiplayer, que sinceramente não havia tido a menor curiosidade de testar até finalizar a campanha, e descubro que é meio impossível usá-lo online porque não há muitos jogadores online e por isso as partidas ficam naquela eterna busca por players e partidas. Tudo bem que foi o primeiro AC com tal elemento, que o próprio sistema dele parece meio precário e bugado (pesquisando no google li relatos disso desde a época do lançamento), mas ainda assim, três anos depois do lançamento o modo multiplayer de Brotherhood está praticamente morto. Faz sentido quando lemos notícias de que servidores de games lançados há três ou mais anos acabam sendo desativados devido a baixa quantidade de jogadores em determinados títulos. Ou seja, é uma experiência que perdi ao decidir esperar tanto tempo para jogar Brotherhood.

Claro que esse foi um exemplo de uma franquia que criou o hábito de se lançar um novo game anualmente, fazendo com que os jogos mais antigos envelheçam muito mais rápidos do que outros jogos. É apenas um dos aspectos desse debate. Mas é um importante. Ao longo dessa geração tive algumas outras experiências com multiplayer online que envelheceram muito rápido e rapidamente morreram. Lembro quando adquiri Turok (de 2008) e o quanto era difícil jogá-lo online. Tive problemas semelhantes com Bulletstorm, que saiu em 2011, e ao testá-lo em 2012 já havia poucos jogadores em salas de multiplayer. E Shadowrun então? Saiu em 2007 e tinha a premissa interessante ao funcionar em modo cross-plataform, entre Xbox 360 e PC, mas logo que saiu as notícias de que o game não havia ido mal nas vendas, também se percebeu o abandono dos gamers das salas de multiplayer e com isso o título que só funciona online praticamente foi dado como morto.

Então chegamos em dois pontos:

  • Jogos que possuem muitas sequências tendem a envelhecer mais rápidos, até mesmo as campanhas single-player caso o jogador não respeite a ordem cronológica para se jogar;
  • Jogos que partilham de modos multiplayer online podem simplesmente morrer devidos a certos fatores, como baixas vendas, sequências que fazem a versão anterior cair em desuso, ou perda do interesse em multiplayers que enjoam rápido demais.

“Clássicos são clássicos”

Mas há outros pontos que podem expandir esse debate. E jogos que foram lançados em gerações passadas. Jogar The Legend of Zelda: Ocarina of Time em pleno 2014 é a mesma experiência de quem jogou o game lá na geração Nintendo 64? Mesmo presumindo que essa pessoa nunca jogou um The Legend of Zelda que tenha sido lançado depois de Ocarina (porque senão cai no mesmo ponto de Brotherhood onde a experiência de uma sequência abaixa a bola do game anterior) não vai ser a mesma coisa. Ainda vai ser uma experiência legal? Se essa pessoa curte a Nintendo é bem provável que sim, mas ainda assim não vai ter o mesmo gosto de quem pode testar essa grande clássico dos games na época em que o mesmo saiu pela primeira vez. Na minha visão é claro.

Num paralelo seria a mesma coisa de mostrar um filme da nossa infância a uma criança dessa geração. Eu me lembro de gostar de Os Goonies e História sem Fim, porém apresentar esses clássicos para uma criança hoje em dia não vai causar o mesmo efeito que tivemos em nossa infância. Ou essa criança vai achar uma merda, pelos efeitos toscos da época, ou ela até pode curtir mas dificilmente vai gostar tanto quanto aos filmes de sua própria geração.

Clássicos ainda são clássicos é claro. E alguns são tão divertidos quanto eram na época em que saíram, mas tenho pra mim que a experiência deles jamais serão iguais a época em que estavam em seu auge. E cada caso é um caso. Eu ainda me divirto com Super Mario World, mas não posso dizer que tenho a mesma paciência com Super Mario Bros 2. Acho que este envelheceu mal. Então há esta questão também, de jogos que envelhecem mal. Tem alguns Mega Man das antigas que acho intragável nos dias atuais, mas tem muitos que ainda são excelentes. O primeiro Sonic The Hedgehog é outro exemplo dentro desse caso de envelhecimento, ainda mais se você o comparar com Sonic 3. E o primeiro Mario Kart para SNES, então? Não dá mais.

Mas não precisamos ir tão longe assim. Há muitos títulos da geração PlayStation One que já apresentam sinais de envelhecimento, em especial, aqueles primeiros plataformas 3D com gráficos rudimentares. Tudo bem que o primeiro Spider-Man do PSOne ainda me parece divertido na minha memória, mas não sei se tenho coragem de colocar isso a prova. Muito coisa que nos lembramos como bom está atrelado a nossa memória mais sentimental. Tente jogar os primeiros games de Resident Evil. Clássicos sim, mas nenhum gamer novato vai idolatrar como nós idolatrávamos na época.

O mesmo vale para geração PS2/Gamecube? Apesar de lembrar do Gamecube com muita simpatia – o considero meu console favorito de todos os tempos – admito que há certos títulos ali que não gostaria de revisitar mais. Mas aí como separar a memória afetiva do bom senso? Apesar de acreditar que muitos títulos da sexta geração valem a pena serem experimentados e até mesmo ganharem versões remasterizadas em HD para esta geração da alta definição, não acredito que os mesmo causem os mesmo vislumbres que tinha na época. Gostaria de jogar Viewtiful Joe novamente? Com certeza, porém gostaria de um novo game dessa série que a Capcom esqueceu que existe do que simplesmente um remake HD, mais emparelhado com o que existe tecnologicamente nos dias de hoje para produzir um jogo desse gênero beat-up.

Então aqui surgem mais alguns pontos:

  • Os jogos de antigas geração são clássicos e alguns envelheceram mal, da mesma forma como HQs, séries e filmes as vezes envelhecem, porém alguns ainda valem e muito serem apreciados por quem nunca teve a oportunidade ou nem eram nascidos;
  • A experiência destes clássicos são bem diferentes ao serem jogados hoje em dia, seja por novos jogadores ou veteranos, sendo preciso um olha crítico a época em que foram desenvolvidos e as limitações da época.

“Prazo de validade de um game atual”

 Entrando na último parte dessa reflexão – apesar de acreditar que existem muitos pontos – é preciso discutir qual o prazo de validade de um game atual. Esqueça aqueles lançados da sexta geração para trás, discutidos acima. Estes já são clássicos e precisamos tratar como tal. A questão agora é aquela proposta lá no início do texto: a troca de geração está acontecendo e com isso qual é a janela para a experiência completa de um título?

Desconsiderando os casos discutidos lá no primeiro bloco da matéria, onde as excessivas sequências envelhecem os primeiros títulos da franquia e também dos games mais antigos possuírem grandes chances dos modos de multiplayer online estarem desativados ou simplesmente abandonado pelos jogadores, o que resta para ser avaliado?

Você sobreviveu a sétima geração sem nenhum console e está adquirindo um agora ou talvez você possui apenas uma plataforma e está querendo adquirir uma outra dessa geração que ainda não fechou as portas completamente para aproveitar alguns dos exclusivos que perdeu nestes últimos anos. A sua experiência com esse “novo” console e seus games será idêntica aos jogadores que já usufruíram destes títulos ao longo destes últimos anos? A minha resposta e opinião é: não!

Claro que esse “não” vem carregado com alguns “depende”. Você comprou um Wii, então talvez você fique vislumbrado com Super Mario Galaxy 2, mas será que consegue dizer o mesmo se jogar Red Steel lá do começo da vida do console? Ou você comprou um PS3 e vai adorar The Last of Us, porém será que terá a mesma impressão se jogar Heavenly Sword? Então quem sabe um Xbox 360 e possivelmente vai adorar Gears of War 3, mas vai estranhar muito se resolver testar Ninety Nine Nights. Qual é o ponto em questão? Essa sétima geração possui uma linha temporal enorme e alguns jogos dela já estão um tanto quanto ultrapassados, envelhecidos por uma geração que teve uma evolução fantástica no desenvolvimento de títulos e novas franquias, fazendo muitas coisa ficar envelhecida rapidamente.

Isso significa que não valem mais a pena serem jogados? Não é isso que estou dizendo. Muitos games do começo dessa geração Wii/360/PS3 valem sim serem apreciados, mas muitos já precisam daquela visão contextualizada, onde o jogador precisa entender que um game do começo de geração é bem inferior, a níveis gritantes, dos títulos que estão saindo nos últimos dois anos pra cá. Que um GTA IV é impressionantemente inferior a experiência proporcionada por um GTA V.

É preciso compreender que estamos vivenciando um momento da história dos videogames onde a cada ano novas e impressionantes inovações estão sendo aplicadas aos gêneros de games e que isso faz determinados títulos já lançados, sejam sequências de uma franquia ou não, ficarem rapidamente defasados e que se você não entender a cronologia dessa linha do tempo, alguns games vão lhe dar uma experiência muito diferente daqueles que a tiveram dentro da janela de oportunidade causada pelo auge de determinado título.

Não estou defendendo que um game precise ser comprado e jogado no momento em que ele é lançado. Não, não é isso! A grande questão aqui é que existe um momento em um determinado título onde ele está em seu auge de jogabilidade. E não estou me referindo apenas ao multiplayer online. É aquele momento onde todos estão comentando sobre o game, aquele momento onde seus amigos estão jogando o mesmo, aquele momento do ápice do entusiasmo com tal título. Esse é um dos momentos mais divertidos dessa experiência. Você pode ignorar isso e ainda assim se divertir? Claro que pode, mas não venha dizer que a experiência é igual.

Em mais uma comparação com o outro lado do mundo do entretenimento seria como alguém começar a assistir Lost hoje. Vai dizer que a experiência de ver essa série hoje é igual a quando a mesma explodiu? Ou no caso de você não ter ido ver Vingadores no cinema e estar esperando o filme estrear na Tela Quente da Globo. A experiência não é idêntica. Não significa que qualquer coisa tem seu auge em seu lançamento. Breaking Bad é um excelente exemplo, onde o seu ápice foi na reta final. Foi quando as pessoas descobriram a série, onde ela se tornou popular e virou assunto do momento. Essa foi a melhor janela de experiência para quem conseguir pescar o momento. Eu, por exemplo, perdi esse momento. Significa que hoje não vale mais a pena ver Breaking bad? Claro que vale, mas não tem o mesmo estímulo e entusiasmo que havia quando ela explodiu. É o que acontece hoje com Game of Thrones.

Com o mundo dos videogames estes momentos também acontecem. Claro que é impossível quanto tempo a bolha de ápice de um jogo vai durar. Pode ser anos, podem ser meses e até mesmo semanas. Há quem diga que o boom de um novo game que dure apenas algumas semanas não vale a pena e eu concordo com isso. Quanto maior foi o auge de um título, mais divertido é a experiência proporcionada por ele. Não basta apenas durar algumas semaninhas e depois cair no esquecimento. Longevidade também é um fator importante. Só que longevidade não significa durar para sempre. É ilusão achar isso – e muito gente acha – pois uma hora ou outra, o ápice de um game terminar.

Então a validade de um game não possui uma regra exata, que pode ser calculada usando alguns simples parâmetros. E veja bem, isso não quer dizer que todo bendito game precisa ser aproveitado dessa maneira. Eu acredito que isso nem seja possível. Há momentos e títulos que a gente precisa despriorizar, deixar na prateleira, esperar uma promoção ou até mesmo deixar passar. Assim como fazemos com filmes, séries e quadrinhos. Não dá para consumir tudo no momento de seus respectivos auge. Mas é importante vez ou outra você curtir esse momento, porque é realmente uma experiência bem diferente de comprar um game que já está aí no mercado há alguns meses e já caiu no esquecimento.

Claro que vivemos num país onde o mercado de games não é fácil. É um entretenimento caro pra burro. Então é comum existam jogadores que só agora estão aposentando seus PS2 e entrando na sétima geração, sem nem pensar na oitava geração. Não fiz esse texto para persuadir qualquer um de que o melhor é ter o console mais atual e moderno possível. Não se pode moldar a realidade de cada um. Até porque eu mesmo já disse algumas vezes aqui no blog que ainda não vale a pena entrar na oitava geração a menos que você realmente queira e entenda o que é ser um early adopter. Também não é para menosprezar aqueles que não podem acompanhar em tempo real esse universo dos videogames, porque muitos até gostariam mas não possuem condições. E menciono isso porque quando esse debate surgia privativamente aqui no blog ele sempre descambava para esse lado dos egos, de poder ou não poder, não ter condições e de quem tinha condições estava de chacota com quem não podia. Algo que sempre achei imbecil, mas o mundinho dos games tem muito desse mimimi, desde guerra de consoles a “o melhor é melhor que o seu”.

A minha proposta aqui é apenas passar adiante a reflexão de que alguns games possuem um prazo para serem apreciados em seu total potencial, independente da situação individual e específica de cada jogador de poder ou decidir por si mesmo vivenciar ou não tal momento. Isso também é importante na hora de pegar um game mais velhinho e não entender como o mesmo fez sucesso na época em que saiu, ou porque a sua experiência com o mesmo não foi tão bacana quando a daquele seu amigo. Até mesmo ter a consciência disso na hora de adquirir um console que já está no mercado a muitos anos e do momento de escolher quais títulos você deixou passar e que valem serem jogados independente de já terem se passado da validade de seu pleno potencial.

Fechando então os últimos pontos:

  • Jogos de uma mesma geração envelhecem cada um a seu próprio tempo, uns mais rápidos, outros nem tanto;
  • Jogos que perdem a validade rápido demais são potencialmente os mais inexpressivos a longo prazo;
  • Jogos do início de geração tem altas chances de estarem todos vencidos ao final da mesma geração, salvo uma ou outra exceção;
  • Mesmo ciente que os games possuem uma validade para sua experiência completa, não é recomendando que você busque isso tem todos os jogos de seu console. Ser seletivo nesse ponto é importante.

Sendo assim, na minha opinião os games possuem sim um prazo de validade. Porém isso não significa que ao término desse prazo eles se tornem descartáveis e dispensáveis. Os bons games eventualmente se tornam clássicos e clássicos são para sempre, mesmo aqueles que acabam envelhecendo muito mal, porém contanto que você entenda o contexto e do porque eles ficaram para a história e na memória de muitos, ainda será válido a experiência adquirida ao joga-los. E se você é daqueles que curte esperar uma geração estar próxima do fim para adquirir o console, talvez você esteja perdendo um tipo de experiência muito prazerosa desse universo gamer. Claro que se você não tem condições de ter um novo console mais cedo, tudo bem, é a realidade na qual vivemos, isso não o torna menos gamer. No fim, o importante é jogar e se divertir, cada um a seu tempo e momento. Uns mais cedo, outros mais tarde.

Deixe nos comentários o seu relato. Já experimentou esse “auge do game” que menciono no texto? Não acredita que os jogos possuem validade e que jogar eles em qualquer momento dá vida não interferem em nada a sua experiência com eles? Como é a sua política de aquisição de novos games e consoles?

Obs: infelizmente alguns pontos acabaram ficando fora da matéria, como a questão do jogos para portáteis, a situação de remakes antigos com novas roupagens gerações posteriores, a tendência do desenvolvimento de games apenas com multiplayer online nessa oitava geração, a manutenção da validade de alguns títulos mediante DLCs – pagos ou gratuitos – mantendo o interesse do público etc, o mercado indie e assim por diante.  Entretanto são pontos que podem ser discutidos nos comentários e até mesmo voltarem futuramente em reflexões próprias por aqui.

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18 Comentários

  1. Muito boa reflexão Thiago. Estou experienciando isso nesse momento visto que adquiri meu PS3 em outubro do ano passado e tenho "corrido atrás do prejuízo" já que não tive a oportunidade de jogar muita coisa no PC. Concordo com seus pontos e vou detalhar pela forma como seu texto foi dividido. passagens aéreas promoção

    “O modelo Brotherhood”

    É interessante você ter citado Assassins creed, pois é uma franquia que tenho vontade de voltar a experimentar e até possuo os três primeiros para PC, mas que no momento não tenho a menor vontade de começar, em especial pelas experiências ruins que tive jogando pelo PC.
    Jogos anuais que se desgastam com muita rapidez são bem desanimadores como a franquia Call of Duty do qual só tenho vontade de jogar o primeiro Modern Warfare, pois foi um dos jogos mais influentes da geração.

    “Clássicos são clássicos”

    Esse também é um tema interessante, pois ano passado pude experimentar vários clássicos, muitos deles da era 8 bits. Concordo que a experiência nunca será a mesma, mas acredito que bons jogos são atemporais. Os jogos ditos clássicos que zerei são :

    The Legend of zelda Ocarina of Time
    The Legend of zelda Link's Awakening
    The Legend of zelda
    The Legend of zelda 2 The Adventure of Link
    Metroid
    Mega Man
    Mega Man 2
    Mega Man Zero
    Castlevania
    Kirby's Adventure
    Super Mario Land
    Super Mario Land 2
    Ys I
    ICO

    Dentre esses só estava rejogando o Ocarina of Time e o Mega Man Zero. Apesar de não serem jogos perfeitos consigo enxergar jogabilidades criativas e influentes além de bons gráficos dada a limitação da plataforma. Inclusive discordo de você com relação ao Super Mario Bros 2, pois apesar de ser uma jogabilidade diferente dos outros jogos da série não acho ela datada. Porém concordo quando você cita o Sonic 1, este sim tem uma jogabilidade datada e não tão boa quanto a nossa memória diz que é. No fim das contas conta muito também o gosto pessoal, pois a quem curta a jogabilidade travada do Resident Evil. Acho que para experimentar jogos clássicos é preciso ter mente aberta para entender e apreciar aquilo que a época era capaz de produzir.

    “Prazo de validade de um game atual”

    Novamente concordo com você por experiência própria: Tive a oportunidade de jogar Dark Souls 1 ano passado e embora fosse uma ótima experiência, ele é um tipo de jogo de ser jogado no lançamento, visto que a integração do multiplayer é parte fundamental na experiência e este ficou um pouco comprometido pelo fato do jogo ser de 2011. Digo isso pois fiz questão de comprar Dark Souls 2 no lançamento para que a experiência de jogo fosse o mais interessante o possível e realmente foi. Em outros casos como a série Uncharted e The Last of Us, que possuem mais foco no single player, a perda é menor se você não se importa com multiplayer, como no meu caso.

    No mais é isso, desculpe o monólogo que escrevi.

    1. Atos, excelente comentário. Só vou discordar de você num único ponto que é quando você menciona Uncharted como um todo. Eu já acho que existe uma perda grande da experiência ao se jogar o primeiro Uncharted, que segundo as opiniões por aí já dizem que de toda a série é o mais fraco, o que é normal por ser o primeiro de uma nova franquia. Assassin's Creed também sofre do mesmo mal.

      O mesmo sentimento acontece em relação a Halo 3 em detrimento de Halo Reach e Halo 4. São games que envelheceram muito rápido e mesmo a campanha já mostram sinais de que a experiência delas hoje, em meio ao que já existe e também com base em suas sequências demonstram que estão um pouco defasadas já.

      😉

    2. Atos, excelente comentário. Só vou discordar de você num único ponto que é quando você menciona Uncharted como um todo. Eu já acho que existe uma perda grande da experiência ao se jogar o primeiro Uncharted, que segundo as opiniões por aí já dizem que de toda a série é o mais fraco, o que é normal por ser o primeiro de uma nova franquia. Assassin's Creed também sofre do mesmo mal.

      O mesmo sentimento acontece em relação a Halo 3 em detrimento de Halo Reach e Halo 4. São games que envelheceram muito rápido e mesmo a campanha já mostram sinais de que a experiência delas hoje, em meio ao que já existe e também com base em suas sequências demonstram que estão um pouco defasadas já.

      São exemplos onde o foco single player perdem força com o tempo, numa situação bem mais difícil de distinguir do que o problema com games que precisa do suporte do multiplayer online.

      😉

      1. Concordo que o primeiro Uncharted é o mais fraco, o que não quer dizer que ele seja ruim, só não é tão bom quanto os outros. Dito isso ainda acho que vale muito a pena joga-lo, por ser um jogo divertido e para efeito de comparação com o as sequências, pois é interessante notar como a franquia foi evoluindo junto com a geração. O mesmo não sei se pode ser dito de Assassin's Creed, já que o que aparenta é que o primeiro jogo teve conceitos interessantes que só vieram a ser bem executados de fato na sequência. E de vez em quando dá vontade de comprar um xbox para jogar os Gears e dar uma chance a franquia Halo.

        1. Sim, longe de ser ruim. Digo até que Uncharted é um game que vale a ser jogado se você tem a plataforma requisitada, porém parte do encanto, da magia e do vislumbre que o primeiro game tinha em seu "auge", já foi… passou. Não é a mesma coisa jogá-lo hoje, independente da experiência ser apenas single-player no caso do primeiro. Mas ainda deve ser jogado, é claro.

  2. Eu tambem concordo que há um momento de "auge o game" e esse momento eu acho que é muito mais importante pro multiplayer. Quando eu joguei o AC Brotherhood em abril de 2012, eu ja tinha jogado o AC 1 e 2 na ordem deles e naquele momento eu nao achei que tivesse havido "perda" da empolgação com o jogo até que joguei o Assassin's Creed 3 e percebi que, realmente, há algo que torna jogar no lançamento algo quase especial. Não que a experiencias se torne fraca posterior ao lançamento, mas , atualmente, o problema de demorar a jogar um jogo é que na internet sera inevitavel alguma visualizaçao de spoiler sobre o mesmo. Ainda mais importante que o Assassin's Creed 3 foi a minha aquisição do Gears of War 3 em dezembro de 2011 (3 meses pos-lançamento) e 2 semanas apos a aquisição do XBOX 360. Minha opção por adquirir o GOW3, por mais caro que ele fosse comparado a titulos mais antigos, foi porque eu tinha certeza que o multiplayer seria povoado. Somente em 2011 que em um momento em que eu nao me divertia mais como antes em jogos online gratis (como os mmorpg) que veio a vontade de adquirir um console da 7 geração; a parte curiosa é que no ano de 2005, o ano de lançamento do XBOX 360 (o qual eu nao conhecia, tambem tinha 9 anos haha), foi o ano em que ganhei o Playstation 2. Atualmente, com uma biblioteca de jogos ja estabelecida que creio ja passar dos 60 jogos pro XBOX 360, misturando fisicos e digitais, so tenho comprado jogos quando há promoção na xbox live (exceção para os episodios do The Walking Dead Season 2), ainda tem os gratis da Game with Gold e os lançamentos somente os que considero imperdiveis e que desejo para ontem; foi assim com Assassin's Creed 3, com GTA V e espero que seja com Watch Dogs.

    1. Tem essa também, as vezes a própria sequência em si já te deixa ciente do rumo que a série está tendo e isso estraga também parte da experiência de ir sabendo, conforme for jogando, os rumos da história de certos games. Spoilers é pauta alias pra um assunto só dele, ainda que acredito que no universo dos games ele é bem menos invasivo do que é com, por exemplo, seriados americanos. 🙂

  3. Bom vou falar pela minha experiência, tenho o ps3 faz tempo mas não compro jogos no lançamento, já até comprei mas não faço mais por 2 razões:

    1 – O preço de jogo novo é muito caro, se importar diminui um pouco mas dai tem a demora para chegar, a chance de parar na alfandega e etc.. Com o preço de um jogo novo consigo comprar 2 ou 3 mais "antigos".

    2 – Os famosos dlcs, você compra o jogo hoje e daqui a um mês sai um dlc por 10 dólares que te da mais um "pedaço" do jogo. Então espero sair todos os dlcs, o "hype" pelo jogo diminuir e sair as famosas Game Of The Year Edition, Golden Edition ou sei la o que Edition que vem o jogo e todos seus dlcs mais baratos do que o jogo no seu lançamento, e se esperar um pouco sai muito mais barato. Terminei essa semana Red Dead Redemption que comprei na versão Game Of The Year Edition bem mais barato do que se tivesse comprado o jogo no lançamento e seu dlc depois.

    Mas isso tem as suas desvantagens, principalmente em jogos que se apoiam muito no online, vou dar alguns exemplos:

    – Jogos de esporte, onde a atualização dos times, independente do esporte, muda todo ano e saem novas versões dos jogos todos os anos, o multiplayer online se perde muito se você vai jogar uma versão anterior da atual.

    – Pokémon é um jogo que eu adoro, comprei um Game Boy Color só pra jogar, mas as versões novas dependem muito do online se você não pegar no lançamento você perde eventos onde são distribuidos lendários, as trocas onlines e as batalhas onlines também ficam pra trás, quem tem DS sabe que agora o online dos pokémons estão todos fechados. Da mais vontade de jogar novamente as primeiras versões que não dependiam tanto do online do que as novas, mesmo elas dependendo de trocas também.

    – E por último os jogos de tiro que saem 1 versão nova por ano e o multiplayer online sempre bomba na versão mais nova, comprar uma versão antiga é jogar o story, muitas vezes curto, e ficar chupando o dedo.

    Bom acho que é isso, ficou maior que eu esperava mas ta ai o que eu acho.

  4. concordo com muita coisa, talvez tudo, ou quase…mas não é só o tempo, a data, mas tb os gráficos, a sua motivação, o seu tempo, a sua dedicação, a sua quantidade de jogos, a sua idade, etc…a principal coisa que tb sou da sua opinião e que não vale a pena comprar consoles assim que lançam, ainda mais hoje em dia…os novos jogos tem para s da geração anterior, e não sinto tanta potencia nos novos (ou tanta decadência dos velhos?).

    vou contar sobre mim…tenho 29 anos, tive snes na época do auge, eu criança, meados de 1995, época de dk1 e dk2 em diante…pouco games na coleção mas muita locação (na época mesmo pirata era caro)…tive n64 desde o início com poucos games e algumas locações, tive zelda ocarina sem nunca jogar um zelda e me apaixonei, jogava direto, zerei trocentas vezes, mas o majoras por exemplo nunca tive saco de jogar, pela mecânica, pelo link só estar criança, etc…mais velho 1×0

    abandonei os games, não tive ps1, ps2…muitos anos depois, já formado, adquiri o GC original travado já com alguns jogos, smash, metroids (nunca joguei), mario sunshine (não gostei, mal joguei, seria mas fácil eu ir jogar de novo o mario 64 por saudosismo), velhos 2×0. Qndo já havia o wii, gostei de alguns jogos, os clássicos, mas teve vida curta.

    Pouco depois peguei o wii destravado com vários jogos, hj fácil com mais de 300 jogos, sendo que poucos eu joguei (mas bem mais que o play3, próximo a ser citado), na época do auge (pouco depois do mario kart, antes do galaxy 2, zelda ss), inclusive zelda tp, que não tive saco de jogar na época por achar os gráficos muito feios…e por outro fator importante: qndo pego um jogo gosto de jogar pra valer, até o fim, com tudo, 100%, tanto que ate quase zerei o ocarina master quest no wii, ao inves de jogar o TP, mas perdi o save. Curti bastante galaxy 2 (claro que não tanto qnto o impacto que foi o mario 64 na época, que tb zerei várias vezes), tanto q nem zerei o galaxy 2…galaxy 1 nunca tive coragem de jogar, joguei menos q o 2, por achar os gráficos muuuuuito feios…não joguei muito nenhum dos dois, mas mais velho 2 x 1 mais novo (mario galaxy 1 contra o 2)

    tive primeiro o mario kart de wii para depois testar e ter o de game cube, gosto dos dois, mas entre um e outro, fico com o do wii. velhos 2 x 2 novos;
    porém tb tive bem depois o de n64, apesar de ter jogado na época, entre o de CG e o de 64, fico com o do 64 pelo saudosismo. velhos 3×2 novos.
    comparando o do n64 com o do wii, fico com o do wii, q tb é meio saudosista, velhos 3×3 novos.

    na época que saiu o zelda SS zerei primeiro o TP, já que já tinha, vamos jogar…link adulto, adorei a historia, o estilo dark, epona, ganon, etc…mesmo com gráficos feios…zerei 100%, adorei…fui pro SS, e fiquei com gostinho amargo na boca, bons gráficos, mas muito colorido, uma certa evolução, mas não achei muitas…link com cara de mané (no tp tb tinha, mas a historia compensava), falta de epona, ganon, etc…resumo: MESMO DEFASADO, prefiro o TP do que o SS…pelo conjunto da obra. mais velho 4×3 novos…

    continua…

  5. parte 2

    zerei o resident evil 4 no wii (meu primeiro RE), mesmo com os gráficos meio ruins, mas não tive saco de jogar muito o 5, nem no pc, nem depois no play3, ótimos gráficos, mas devido a mecânica…velhos 5×3

    depois do RE4 joguei o darkside, zerei e não tive o mesmo saco para jogar o umbrela (mesmo modo de jogo), gráficos feios, historia muito fragmentada. velhos 5×4 novos.
    Só citando, tb não tive saco de gar os outros RE do wii, o remake do 1, e snem lembro se tem mais algum. Tive saco para jogar o metroid other m e nunca tive saco de jogar os primes…sendo q tenho o 1 e 2 de GC e os 3 para o wii…não vou incluir nessa conta, pois nem testei, ando meio sem saco de jogos em primeira pessoa…

    outros exemplo, anos depois peguei o Play3, original travado, tenho até uma boa quantidade de jogos, uns 15, mas mal joguei eles, zerei 100% alguns dos que eu nem tenho: GoW 1, 2 (geração passada na nova) e o 3 (qnd já era velho)…mesmo achando os gráficos um pouco feios do 1 e 2…a historia compensa…zerei os 3 100% (faltando um trofeu em cada, o da camara de desafios), gráficos top do 3, historia top de todos…velhos 5 x 5 novos

    violência, zerei até os gow do psp remasterizados no play3 (esse já era meu, nas tb não foi na época que saiu pro play3, tão pouco no psp), achei o 1 bizarro, o 2 gostei um pouco mais, achei coisas interessantes, não vou incluir na conta pois é sacanagem. Comprei o ascension na época que saiu, e não vi nada de mais…mais do mesmo, mas com história bem inferior…jogo mais novo, mas piorado, tal qual zelda tp x zelda ss (na minha opinião), alias, na realidade muito pior no quesito historia, já q o zelda S tem muita historia…mais velhos 6×5 novos (gow 3 x gow ascension).

    nesse caso de exemplos acabou 1 ponto a mais para os mais velhos, talvez pq exagerei em alguns casos que não mereceriam ser contabilizados, pois eram meio óbvios. Também poderia citar varios outros exemplos, mas acho que já esta bom esses, resumindo, as vezes um jogo anterior fica melhor q o novo, pelo conjunto da abro, pq caragam na sequencia, na histria, pela época, sei lá…

    tenho uncharted 3 que nunca joguei, to com o 1 e o 2 emprestado a anos que tb nunca joguei, tenho o AC 1 e o revelations ou brothers e nunca joguei (na real testei o 1, achei o gráfico feio e fugi), tive mais saco de testar o "seu pai" por algumas horas, os prince of persia do wii. Talvez só tenha jogado os primeiros gow pelo tanto que eu ouvi falar dele, e por ser emprestado…vai saber…continuando, tenho o primeiro batman, peguei na época que saiu o 2, testei, adoro o batman, mas não tive muito saco pra ele, não sei bem o pq…talvez pela mecanica do jogo…por não ser mais a época do jogo, ate comprei o 2, mas a midia nacional não rodou no meu play americano (sim, tem esse bug nesse e em alguns poucos casos).

    continua

  6. parte 3

    por fim, um exemplo de jogos datados: baixo trocentas demos pro meu play3, tenho fácil mais de 100 na memoria do meu play3 de 500gb…e nunca jogo, raramente testo um ou outro na época que sai, qndo é muito do meu interesse. Dia desses fui jogar uns demos multiplayer, e muitos vc não acha ninguém jogando (não sei se demo só joga com demo, se demo joga com jogo full, ou se varia de caso a caso), sendo assim, muitos eu nem testei.

    como disse não tive play1 e 2,por isso perdi varias sagas clássicas, como RE, CoD, tekken, tomb raider, etc, etc, etc…creio que para alguns como no meu caso, ter essas sagas em mãos do nada pode ser tão gratificante qnto qndo eu tive meu primeiro zelda, o ocarina, ou nada gratificante e empolgante qnto qndo tive alguns dos novos em mãos.

    ps: pirata x originais: pirataria é uma festa, vc baixa ou compra tudo q vc quiser, mas mal joga nada…já qndo é original vc da mais valor, pesquisa sobre o jogo antes de comprar, (ainda mais antigamente), aluga, joga o mesmo jogo várias vezes, etc

    bom ficou meio sem nexo meu comentário, ficou sem uma conclusão óbvia, pq lá na frente lembrava de coisas lá do meio….talvez até tenha errado no calculo por conta disso…cerca de 1 hora digitando..talvez tenha alguns erros (falta de letras devido meu teclado sem fio) mas é isso ae…espero que seja aprovado, e quem leia aqui (coragem) tenham me entendido…hauahu..

    acabou, abraço

  7. Bom ver que você tomou jeito, Thiago! kkkkkkkkkkk

    Vou tentar resumir a minha história, que é um tanto quanto "diferente". Por muito tempo eu estive atrasado nos games, atrasado me refiro, possuir um console de geração anterior ao "atual" de cada época. De nenê, joguei muito Atari, que meu pai pegou no auge. Enquanto o PS2 era lançado e arrancava baba de todo mundo, eu estava no SNES. Quando o PS3 já tinha certo tempo de vida, eu adquiri meu PS2. Só que eu morava numa cidade pequena e atrasada, e do meu núcleo de amigos só eu tinha videogame e curtia de verdade. Então nunca senti isso de "auge do game", de todo mundo comentar e tal, porque no SNES quem jogava e comentava eramos eu e meu pai, e mesmo eu sendo de 96 e tendo jogado o SNES durante os anos 2000, eu curti demais e se hoje pudesse mudar, ter tido outro console mais moderno e etc, não mudaria. Se pudesse trocar uma fita que tenho desde a infância, não trocaria. Até os games com os quais cresci jogando no SNES eu não mudaria, amo todos. Quando comprei o PS2 em 2010, outros estavam comprando PS2 ou haviam comprado não fazia muito tempo, e alguns poucos já tinham há mais anos. Então pela lógica, aqui eu vivi o "auge" desses games, pois mesmo não sendo o auge real, era o auge para o meu núcleo de pessoas, certo? Errado. Galera só via graça em Resident Evil 4, God of War e futebol. E eu como ia atrás de coisas diferentes como Ratchet & Clank (série quase desconhecida que pra mim é uma das melhores da Sony), Devil May Cry, Darkwatch, Klonoa 2, ia comentar o quê com um bando de atrasados? Nada.

    Em 2011 comprei o PS3 e mudei de cidade, e aí a coisa melhorou. Aqui a galera é um pouco mais antenada, sabe dos jogos do momento, e às vezes só não joga pelo fato do jogo não rodar em seus notebooks (agooooora que uns tão começando a comprar os PS3 também). No meu caso, quando comprei o aparelho, adquiri jogos mais antigos para ele pelo fator do preço. Nunca um lançamento. Depois desbloqueei ele, e aí a coisa ficou boa. TODOS os jogos agora eu jogo no lançamento. Todos no auge de todo mundo comentando, eu jogo ANTES de todo mundo comentar, por causa dos vazamentos kkkkkkkk! É muito legal, mas às vezes atrapalha um pouco. Tem vezes que você está jogando um game e está gostando, e chega um lançamento bombástico e atrapalha. É o meu caso agora, estou jogando Far Cry 3 que deixei passar (não jogo só lançamentos também, jogo de tudo que tem pro meu console) e estou adorando, mas saiu Watch Dogs, quero fazer tudo que for possível no Far Cry, mas quero começar Watch Dogs, e não tenho muito tempo, aí dá conflito xD

  8. Parte 2:

    Em contraparte ao mundo real, no mundo virtual tenho vários amigos num fórum do qual participo, os quais já nos conhecíamos pela blogosfera desde meados de 2008/2009 e criamos o fórum em 2010, o qual mantemos até hoje. Gente legal que joga de tudo, de Super Mario Bros a Watch Dogs. Ali pude (e posso) trocar muitas ideias e compartilhar experiências de games de SNES (que nunca deixei de jogar mesmo com os consoles posteriores); de PlayStation 2, pois quando eu estava curtindo o console era com o pessoal dali que eu discutia e comentava sobre jogos que eles também estavam jogando, jogos diferentes e variados, não futebol; E da geração atual também, que eles também jogam, seja no PS3, PC, etc. Ou seja, ali todo mundo joga de tudo, e enquanto eu morava na velha cidade com o pessoal de gosto atrasado e agora aqui com o pessoal "um pouco mais antenado", no fórum todo mundo é bem ligado igual a mim, então ali vem sendo meu lugar principal de discussão sobre games, pois ali todos podemos falar sobre qualquer jogo de qualquer geração, pois todo mundo conhece.

    Hoje jogo games no lançamento. Mas não ter feito isso até 3 anos atrás nunca me fez falta. Sempre me diverti com os jogos que tive e como eu disse, não mudaria uma vírgula da minha vida gamer. Primeiro com o pai, depois com o pessoal do fórum (que vem sendo até hoje) e agora com os amigos daqui também, o jogo jogado por mim sempre teve com quem bater papo. Na minha humilde opinião, jogar no auge faz bem pro ego da gente, "bah, tô jogando Batman Arkham Origins aqui antes de todo mundo!" É uma das melhores sensações que tem, tipo ir ao cinema e ver o filme antes do seu colega que só vai vê-lo em DVD ou quando baixar. Mas não é tudo. Eu sempre consegui jogar um jogo e fazer essa análise temporal que você comentou, de maneira a não menosprezar um game por ser antigo, e curtí-lo do mesmo jeito. É mais difícil com games de 32/64 bits, pois 3D envelhece e "fica feio" mais fácil que 2D. Ficar nessa dos lançamentos até atrapalha as vezes, como eu comentei, ainda mais se você não tem que pagar por nada e pode ter o jogo que quiser em 3 dias de download. Mas no meu caso, independente de qual era o jogo pertencer, sempre vou ter com quem comentar sobre ele. ^^

  9. "E apesar do multiplayer nos dias de hoje possuir dois aspectos – online e offline – esse é um fator que envelhece muito mais rápido do que single player de determinados títulos."
    Realmente é por aí mesmo: mas há exceções Thiago, no PC, vários [vários mesmo] jogos lançados à vários anos com foco no multiplayer até hoje são exaustivamente jogados como Counter Strike, Team Fortress 2, World of Warcraft…
    Acho muito chato isso de nos consoles os mutiplayers não durarem tanto pelo fato de a produtora, logo no auge de seu título lança uma nova versão "obrigando" as pessoas a abandonarem o antigo… =/

  10. Reflexão interessante, mas ainda assim, creio que eu discordo da sua opinião em alguns aspectos

    “O modelo Brotherhood” se pauta nas melhorias que uma franquia oferece tornando um jogo anterior “menos impressionante”, eu, particularmente, não joguei a série, mas acho que cada jogo tem seu próprio apelo

    um bom exemplo para isso é a série Tales:
    por algumas limitações (essencialmente eu não tive um game-cube ou um PS2), não pude jogar Tales of Symphonia antes da aquisição do meu Wii, o que me fez jogar a “sequência” antes, Tales of Symphonia: Dawn of a New World…
    tirando uns spoilers absurdamente óbvios do tipo “o protagonista do jogo não morre no final”, não posso dizer que minha experiência foi afetada e, embora a sequência tenha muito mais recursos que o primeiro da série, a história do original não deixa de ser uma das melhores que já apareceram num dos meus video-games… Concluindo esse argumento, o próprio jogo original tinha mais do que o suficiente para me atrair a atenção, independente das suas limitações… posso citar o mesmo com a série Fire Emblem: Path of Radiance/Radiant Dawn

    concordo que “jogar no lançamento” pode ter algum efeito, se você ainda for uma criança no lançamento, e aquilo gerar memórias que sejam agradáveis a você acopladas a uma ansiedade infinita de jogar aquele jogo… eu certamente nunca vou esquecer da primeira vez que joguei Donkey Kong Country e tive todos os meus conceitos espatifados pelo chão sobre o que era possível fazer com meu amado Super Nintendo, mas ainda creio que isso tudo vem da “primeira experiência” e não do fato de que o jogo foi lançado “recentemente”

    Claro que essa minha opinião ainda depende de um fator secundário, o fator social… o fato de que você pode jogar algo e comentar com todos aqueles que estão na mesma “linha de pensamento” e essa experiência, sim, está estritamente atrelada com o momento, mas aquele primeiro momento, aonde você experimenta um jogo de qualidade pela primeira vez, creio que sempre será um momento interessante da vida útil de cada jogo…
    a experiência social pode ser tardiamente reproduzida, se o jogo puder ser propagado entre os seus amigos que “ainda não jogaram”

    enfim, creio aqui que um bom jogo pode, muito bem, ter o mesmo efeito, se apresentado nas condições certas, e oferecer a mesma experiência, mesmo que em escala reduzida no que tange o aspecto social

    Creio que dizer que essa experiência é diferente é praticamente a mesma coisa que dizer que ler um livro que já foi lançado, aclamado e discutido por todos os seus amigos não vai te oferecer o prazer de uma primeira leitura, mas isso não é o caso, se é a primeira vez que você está lendo o livro e conhecendo a história, você terá essa “primeira experiência” independente de quantas pessoas já tiveram a oportunidade de ler, apreciar ou discutir a mesma.

  11. Se um jogo é feito visando o multiplayer, é lógico que ele tem prazo de validade e a experiência é diferente de alguém que vá jogar o game depois que os servidores tiverem sido encerrados. Não tem nem o que discutir. Agora esse lance de clássico que envelhece bem é algo de cada um, nunca há um consenso.

  12. Eu sou o tipo de cara fã de platinas, sempre que eu acabo gostando de um jogo, tenho por obrigação fazer 100% do que o game oferece. Existem alguns jogos que valem a pena todo o esforço, inclusive ter as DLC’s para ter um gostinho de quero mais. Um exemplo que posso citar é Deus Ex Machina, que é um puta jogo e que foi um dos maiores prazeres de minha vida fazer 100% do mesmo, inclusive pegar a DLC caríssima ( Que atualmente se encontra pela metade do preço ) para poder continuar ou entender melhor a história, e mesmo tendo platinado me pego jogando aqui e ali, conhecendo cada cenário, cada inimigo, cada rota de fuga e o que deveria enjoar na verdade te deixa naquela nostalgia infinita. O prazo de validade se inicia a partir do momento que o jogo não te encanta, eu posso falar de AC, que me encantou bastante no começo e hoje em dia ( Apesar de ter platinado o primeiro e o segundo ) não consigo fazer nem 80% do que o jogo pede ( AC III e IV ), enjoou de uma forma que o único motivo de jogar é pela história, aquela vontade de explorar cada canto não funciona. Talvez pelo fato de um novo jogo ser lançado a cada ano, faz perder a essência e você acaba querendo algo novo.

  13. Muito bom o texto. Acredito que o prazo de validade exista apenas para a experiencia multiplayer online, em que as pessoas param de usar ou o server fecha. Mas tirando isso todo o resto e que sempre foi principal em uma jogo permanesse intacto, principalmente a historia e a jogabilidade, que são a alma de um jogo. Mas a experiencia vai ser diferente dependendo não só da época do titulo, mas da sua epoca, sua idade e suas disponibilidades. Não é possivel apreciar todos os grandes jogam que lançam, a não ser que vc ainda não esteja na idade do trabalho ou então trabalhe com games, basta ver o play 2 que tem mais de 2000 jogos lançados, ou o Wii que tambem beira essa faixa. Apesar de não gostar de rotulos, sou mais do tipo Retro Gamer, e existe varios sites e revistas para esse publico. Jogo facilmente hoje varios jogos de GBA, SNES, Mega Drive as veses até Atari. Descobri jogos ecelentes que não pude jogar na epoca. As empresas lucram muito com a vontade que as pessoas tem pelo “hoje”, o “hype”, o que esta na “moda”. E tudo oq foi feito a meu ver foi primeiramente pensando em lucro, em atração, o “como fazer eles comprarem rapido”. Mas o ponto é jogar por que gosta, quando quiser, quando puder, e o que quiser, seja em qualquer console, seja ele popular ou não. Por exemplo, em minha cidade ninguem tem o Vita, quando saiu Muramasa, comprei o jogo sem ter o console, depois juntei mais dinehiro e comprei só pelo jogo, mas ninguem aqui joga ele, comprei pq pra mim vale, pq joguei no Wii e esta no meu top 10 ou 15 de jogos ja feitos. Sobre a questão de ter uma “diferença gritante” em uma mesma geração, acho meio dificil, não vejo uma diferença gritante nem mesmo do PSOne pra ca. Acompanho games desde a 2º geração, e depois de ver a transição entre SNES, Mega Drive, para Saturn, Nintendo 64 e PSOne… nada me surpreende desde então… aquilo foi gritente, aquilo foi epico, aquilo sim é algo que quem não viveu o momento não vive novamente. Ver uma paisagem pixelada mesmo que bonita em 2D…. e do dia para a noite ve o rosto do mario gigante na tela e Link cavalgando na epona em um mundo gigantesco, isso é uma diferença gritante.

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