Season Finale | The Flash – 1×23 – Fast Enough! (Opinião & Spoilers)

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Esta parte não contém Spoilers, siga sem medo!


Terminou nesta terça-feira, dia 19 de maio, lá nos Estados Unidos, a primeira temporada de The Flash. E no meu balanço final fechou com muitos mais pontos positivos do que negativos. O episódio final, Fast Enough, terminou com um gancho bonito para a já renovada segunda temporada, além de vários easters eggs em torno desse universo televisivo baseado no universo da DC Comics, o que gerou boas expectativas do que vem a seguir tanto em The Flash quanto em Arrow e na futura Legends of Tomorrow.

O único problema destas séries do CW – que não é exatamente um problema – diz respeito apenas ao toque as vezes exageradamente juvenil que permeia os elementos narrativos destes seriados. E precisa ser assim porque o CW é um canal voltado ao público mais adolescente por lá. Não tinha como ser algo mais intenso e sério como foi com Demolidor na Netflix, por exemplo. Até pelo contraste do que pode ou não ser exibido num canal de TV aberta contra um serviço de streaming. São pesos e medidas diferentes.

Ainda assim há uma clara evolução na forma como o CW trabalha hoje em dia com estas séries jovens da DC em comparação nos tempos em que o canal trabalhou com Smallville, que recebia duras criticas justamente por ser melodramático e adolescente demais para um personagem como o Superman. Houve um aprendizado e um equilíbrio na forma de como contar a história de um jovem super-herói e como fazê-lo ter problemas comuns ao público alvo do canal, sem perder ritmo do universo dos quadrinhos. E não é como se nos quadrinhos também não encontrássemos personagens com um amor não correspondido ou um romance melodramático semelhante ao de uma novela. São clichês comum no meio narrativo. O grande lance sempre foi saber dosar estes elementos com a aventura e ação que um universo de seres com super poderes precisa ter. E a meu ver, The Flash fez essa dosagem de forma satisfatória ao longo de toda sua primeira temporada. Não é uma série para adultos, mas um adulto que lê quadrinhos pode ser divertir tranquilamente assistindo a mesma.


ATENÇÃO! A seguir começa a Zona com Spoilers, vá por sua conta e risco!


Indo para a esperada Season Finale, a temporada toda trabalhou no conflito da morte da mãe de Barry em sua infância e termina exatamente concluindo esse ponto da trama. O interessante é ver que a solução desse ponto da história não encerra exatamente os problemas que o Flash Reverso ainda pode causar ao Flash futuramente.

Isso porque não acredito que o Eobard Thawne se foi para sempre. Ele é um personagem bom demais no universo do Flash para ter seu fim aqui. Até porque o que dá a entender nos minutos finais deste último episódio é que a singularidade que abre um buraco negro no meio de Central City ocorre justamente porque Eobard não pode simplesmente ser varrido da existência temporal causada pela morte do Eddie já que toda essa linha temporal só existe justamente porque o Flash Reverso precisa matar a mãe de Barry no passado. Se ele some da existência do contínuo espaço-tempo, a mãe de Barry não morre e Barry não se torna o Flash nesse período na qual toda a série se passa. Um bonito paradoxo temporal (e que acredito que não será um mero erro de roteiro)!

É bacana ver que Barry finalmente superou a morte de sua mãe e agora sabe toda a verdade que permeia seu passado. Não há mais que mexer com isso na segunda temporada, bem diferente, por exemplo, de Smallville, que perdeu anos e temporadas para mexer com as origens de Kal-El.

O episódio final também foi um show de migalhas sobre vários pontos que a segunda temporada deve trabalhar. Cisco é um meta humano que sente as vibrações no espaço tempo (nos quadrinhos ele é o herói conhecido como Vibro). Caitlin também terá poderes (ou já tem e não sabe) e deve ser tornar uma versão dos novos 52 da vilã Nevasca. Há vários elementos da futura nova série Legends of Tomorrow (veja o teaser abaixo), com uma rápida aparição da Mulher Gavião (Hawkgirl) no episódio. O chapéu de lata que pula do portal do tempo é de Jay Garrick, o primeiro Flash dos quadrinhos (de 1940) e hoje em dia é bem comum encontra-lo nas história da Sociedade da Justiça, um grupo de heróis da velha guarda da DC, anteriores aos tempos de Batman e Superman. Fora as várias referências a arcos do Flash nos quadrinhos. Inclusive todo esse conflito de Barry salvar ou não salvar sua mãe pertence a saga Ponto de Ignição (Flashpoint) na qual ele salva sua mãe e cria uma linha temporal apocalíptica (há uma animação da DC com esse arco, procure – ou compre aqui – e assista porque é excelente).

O mais legal é que agora The Flash abre fronteiras para infinitas possibilidades. Universos paralelos, linhas temporais. Tudo é possível. Tal qual é nos quadrinhos. A própria série da Supergirl, que pertence ao canal CBS, mas que é produzido pela própria galera das séries do CW, já foi confirmado que se passará num destes universos alternativos, explicando assim porque no mundo de Oliver e Barry não existe um super ser tão absurdo como o Superman. Porém no momento não há possibilidade de crossovers entre as séries do CW e da Supergirl da CBS, mas nunca se sabe o futuro… se não fizer sucesso pretendido na CBS, a própria CW poderia comprar a Supergirl e trazer para o universo de Arrow e The Flash. Alias os produtores de Constantine estão justamente tentando fazer isso para que a série, cancelada pela NBC, possa vir a ter uma segunda temporada.

A season finale de The Flash então basicamente criou o Multiverso da DC na TV! E o mais legal é que isso também vai permitir que os filmes da DC para o cinema não fiquem tão destoantes assim ao que a DC está fazendo também na televisão. O que não se comunica são universos alternativos e ponto. Não muito diferente dos quadrinhos quando ocorrem estes conflitos narrativos. Fora o fato que a própria série The Flash também abriu o universo de Arrow para os personagens com super poderes. É como disse lá no começo: há muito mais pontos positivos do que negativos em toda essa construção realizada nesse primeiro ano de The Flash.

Teve seus problemas? Claro que teve. O último episódio mesmo ficou meio inchado com tanto drama a respeito de voltar e mudar o passado ou deixar como está. Despedidas para todos os lados só para manter o suspense e a ideia de que toda a linha temporada da série iria mudar, quando de fato não mudou. Mesmo diante disso, foi um ótimo Season Finale, que só não foi maior porque o episódio 22 não foi exibido junto com o 23. Tive a impressão de que eles foram produzidos na intenção de serem exibidos no mesmo dia, o que não deve ter acontecido porque Arrow precisava encerrar sua temporada primeiro que the Flash para que tudo se encaixasse certinho.

E o futuro? Arrow e The Flash andaram brincando com o universo do Lanterna Verde, como a menção de Coast City e da Companhia de Aviação Ferris (no episódio 22 de Flash fala-se de um piloto que sumiu do nada durante um teste de voo). Dá a entender que o próximo elemento a ser inserido no universo destas séries seja o de personagens extraterrestres! Faz sentido com Supergirl chegando na CBS. Sem contar que nos clássicos, Hal Jordan e Oliver Queen são amigões. Bem, ficaria faltando apenas o elemento sobrenatural, ainda que Arrow tenha arranhado isso com o Poço de Lázaro, o que seria bacana se Constantine pudesse se mudar para o CW. Tudo isso em conjunto com o próprio conceito do Multiverso que The Flash abriu em seu final de temporada!

Para encerrar fica apenas a indagação se esse episódio final precisava mesmo ter terminado com um puta gancho para um ponto em que as pessoas só irão saber o que aconteceu daqui alguns meses, quando a segunda temporada estrear em setembro, que seria o fato do Barry entrando dentro da tal singularidade na tentativa de parar a destruição de toda sua linha temporal. Precisava disso? Admito que fiquei chateado em não ver a resolução desse problema aqui, ainda mais depois de tanto tempo perdido com o drama de mudar ou não o passado que desenrolou por todo o episódio, porém entendo a decisão de deixar esse gancho, ainda mais com o fato da trama parecer se interligar com Legends of Tomorrow (como a máquina – esfera – do tempo e a menção do Rip Hunter e parte do elenco que irá para a nova série aparecendo), e da série já ter sido renovada com folga o suficiente para que os produtores pudessem preparar esse primeiro final de temporada. Pra mim esse recurso jamais será a forma ideal de encerrar uma temporada, independente da série, mas em nenhum momento isso estraga tudo que The Flash está se tornando.

E engraçado que antes da série estrear, eu não achei que seria tão divertida e cheio de referências aos quadrinhos quanto ela acabou sendo. Quem diria que até o Gorila Grodd apareceria?! The Flash conseguiu dar peso e importância que o personagem sempre teve nos quadrinhos, mesmo quando a gente não dava muita bola para ele enfrentando um Gorila enorme (que na série também ficou incrível) ou fazendo piadinhas no meio de suas brigas contra a Galeria de Vilões!

Run, Barry, Run!

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Extra: se você não viu, vale a pena dar uma espiada no teaser já liberado da série da Supergirl que, como mencionado mais acima, estreia na CBS no segundo semestre desse ano!

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2 Comentários

  1. A unica coisa que me incomoda nessas series é o tipo de drama voltado para adolescentes que não curto, principalmente em Arro toda a trama sobre a irmã dele acho um saco de assistir, mas tirando isso curti bastante as duas temporadas e espero que essa ligação entre as series continue na proxima temporada e que Constantine e Supergirl entre nesse rolo (não com personagens principais como o Flash e o Arqueiro mas usando secundários como a Amanda)

  2. Flash o final tava meio que na cara, ou pelo menos a solução…acho que essa morte do Flash reverso não vai continuar assim tão morto…Arrow não vi ainda desde o inicio, só alguns dos cross…

    esse Legends of Tomorrow eu não tava sabendo, só acho que não é o momento, pelo menos não na 2015-2016…supergirl vai ser bem teen menininha mesmo…a não ser que mudem pós “vazamento” do piloto que nem fizeram com Constantine…

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