Far Cry 5 chega em 2018, provocativa do jeito que tem que ser?

Ao longo de todo o mês de maio a Ubisoft deu sinais de que Far Cry 5 seria revelado a qualquer momento, que não iriam segurar a surpresa para sua Conferência na E3 2017 e dito e feito, na última semana de maio veio o anúncio, as primeiras informações e alguns trailers bem interessante a respeito do novo game.

É bacana lembrar que os últimos games da franquia, com talvez uma exceção em torno de Far Cry Primal, o foco tem sido sempre um sólido vilão psicótico e um ambiente não qual o jogador se sente oprimido, preso e acuado por adversidades que colocam sua vida em risco. Não é simplesmente um mero game de sobrevivência, tal qual tenho algumas recordações de Far Cry 2 (onde o protagonista tinha uma doença e precisava ficar se medicando de tempos em tempos).

Estas diretrizes são forte influência de Far Cry 3 e seu icônico antagonista, Vaas Montenegro. Desde então a Ubisoft tem tentado reproduzir esse tipo de vilão, com um relativo sucesso, nos games que sucederam Far Cry 3. Não poderia ser diferente com Far Cry 5.

Parte da polêmica talvez fique em torno do ambiente e tema que está sendo mostrado no quinto game da franquia. Ao menos alguns debates e pessoas incomodadas surgiram na internet desde o anúncio e primeira artes mostradas. Porém, vamos com calma. Antes de continuar vale a pena dar uma espiada no trailer em si:

O próximo título então irá se passar, pela primeira vez na história de Far Cry, dentro dos Estados Unidos, em uma fictícia comunidade chamada Hope County, que estaria localizada no Estado de Montana. A proposta aqui é a de um culto de fanáticos que irá chegar a pacífica cidade e seduzirá a população, e irá impor medo e violência à aqueles que resistirem ao domínio do grupo. Do outro lado da ponto estará o jogador se aliando a Resistência, um grupo que não irá se submeter ao culto e seus líderes.

Não é um tema fácil, especialmente quando há essa alusão a cultos religiosos, que existem aos montes, e que pregam de uma forma que muitas vezes pode ser entendido como opressores. E lá nos Estados Unidos existem muitos filmes que já apresentaram tal tema, mostrando vilas e comunidades que normalmente vivem isoladas do resto do mundo ou até mesmo da tecnologia moderna em si (o que não parece ser o caso de Far Cry 5).

Mas mexer com religião sempre vai incomodar alguém. Até achei meio ousado a arte da Última Ceia como arte oficial do game. É para ser provocativa porque Far Cry se tornou uma franquia que provoca sentimentos. Os últimos games em especial tem sido esse o tema em si: conseguir sua liberdade em meio a um ambiente opressor. Dito isso, não vejo qualquer problema com o tema e ambiente que está sendo proposto para Far Cry 5.

Isso fica bem claro com os trailers apresentando alguns personagens da Resistência, explicando que o culto que surgiu em Hope County não tem nada de bom, que aquilo não é necessariamente uma religião (ou uma de verdade). O jogador não estará combatendo um ideia de um povo ou acabando com uma seita religiosa incompreendida, mas com uma quadrilha que está oprimindo uma comunidade, seja com falsas mentiras, pelo medo, pela justiça com as próprias mãos ou sei lá o quê. Claro que tudo isso é só um opinião inicial, sem ter como tirar maiores conclusões, afinal nem mesmo gameplay foi revelado nesse momento. Enfim, eis os trailers mencionados:

Mais de Far Cry 5 deve ser mostrado em alguns dias, quando começarem as conferências da E3 2017. Certamente haverá algum gameplay para ser mostrado, além de maiores detalhes sobre a história em si, em particular quem será o protagonista do game.

E a data de lançamento está longe: o game só irá chegar ao PlayStation 4, Xbox One e PC em 28 de fevereiro de 2018! Tem muito chão até lá. Porém o que já está garantido é que toda a campanha poderá ser vivenciada em modo cooperativo para dois jogadores.

Depois de passear por alguns lugares exótico, na qual são fáceis de justificar certas loucuras, grupos armados e vilões psicóticos como líderes de territórios, Far Cry 5 parece ter um senso mais realista, e portanto pode soar mais provocador que os anteriores. Uma perspectiva e direção que certamente vale seu risco.

Talvez o público aqui no Brasil não se sinta muito incomodado, talvez se o teor religioso for muito forte isso incomode algumas pessoas por aqui, caso contrário, os norte americanos devem ser os que mais terão que discutir a respeito dos temas que serão apresentados em Far Cry 5. Resta aguardar e observar!

Para fechar, os teasers que precederam os trailers acima, e que também dão o tom do game:

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