Resumão da Conferência Microsoft – Xbox One X! (E3 2017)

Havia muita dúvida em torno do que a Microsoft iria apresentar em sua conferência em termos de line-up de jogos para os próximos meses e agora tudo foi revelado. A realidade talvez seja um pouco cruel, mas me parece que existir uma lacuna meio amarga entre os esperados blockbusters e novas IPs que a plataforma pode apresentar e o que a Microsoft disponibilizará aos donos da plataforma nos próximos meses de 2017 e provavelmente início de 2018.

Particularmente me perturba um pouco é o fato de ser óbvio que Halo 6 e Gears of War 5 já estejam em desenvolvimento e a Microsoft optou por nem sequer dar um teaser de qualquer um dos dois títulos na conferência desse ano. Isso talvez signifique que nem um e nem outro pode vir a ser lançado em 2018. Isso porque é bem difícil de acreditar que quando a empresa estiver pronta para mostrar qualquer um dos dois acabe sendo o mesmo ano em que o título irá ser lançado. Isso talvez signifique que Halo 6 só deve ser lançado em 2019, e muito provável que Gears of War 5 em 2020? Coisa chata, não? Talvez seja o momento de se discutir a respeito de ambas as franquias ficarem terminando suas histórias com ganchos no final de suas campanhas, abrindo mais perguntas do que as respondendo-as… um outro dia volto a este assunto.

Focando na conferência da E3, não é que a Microsoft não apresentou títulos, pois de fato apresentou. O caso é que suas próximas apostas envolvem títulos indie exclusivos (alguns de exclusividade temporária), títulos multiplataformas e exclusivos de segundo esquadrão da plataforma. E não venha dizer que Crackdown 3 é um big deal, porque (infelizmente) não é. Sea of Thieves para 2018 não ajuda em nada, enquanto Forza Motorsport 7 segue um nicho bem mais especifico do que Forza Horizon na minha opinião. Nem sequer uma quarta temporada para Killer Instinct…

E o Projeto Scorpio se tornou o Xbox One X, que chega mundialmente no dia 7 de novembro a um preço de 499 dólares. Agora esse mundialmente talvez tenha ser colocado entre aspas, porque aqui no Brasil o Xbox One S até hoje não foi lançado. Existe a real necessidade desse tipo de console ser lançado no Brasil? Até pode ser, mas certamente o preço será tão estratosférico quanto as TVs de 4K são hoje em dia em nosso mercado.

Enfim, vamos a lista dos games apresentados na conferência. Se prepare porque a lista de trailers é grande. Se houver a necessidade de tecer alguns comentários pessoais em alguns dos títulos, o farei logo abaixo ao trailer.

Xbox One X

Acredito ter mencionado tudo que gostaria de dizer a respeito do Xbox One X no texto de abertura desse resumão. Tal como o PlayStation 4 é um produto focado em um nicho bem específico de consumir. O que me deixa contente é saber que não se trata de uma nova geração disfarçada, ao menos não nesse momento. Tudo que sairá nele, sairá no Xbox One e está ótimo assim.

Foi bom também a Microsoft não ter perdido um longo tempo com ele em palco. Restou tempo de sobra para mostrar uma infinidade de outros games, ainda tenha faltado aquele AAA, aquele jogo que por si só vende um console, o chamado Game System Seller, mas isso é uma discussão que ainda vai dar o que falar.

No momento o meu desejo é de fato a troca do meu Xbox One normal por um modelo Xbox One S, na qual tenho esperanças que até o final do ano o mesmo chegue oficialmente ao Brasil.

Forza Motorsport 7

Bonito o novo Forza. Certamente um título para se fazer diferença no Xbox One X, mas me parece apenas isso. Pra mim, a série Forza Horizon meio que conseguiu engolir Forza Motorsport. Não que isso tenha algum problema. Ou será que tem?

Metro Exodus

Lindão, não? Fiquei verdadeiramente animado com o terceiro game da série Metro. Já havia vazado alguns meses que o título estaria em desenvolvimento. Não se trata de um exclusivo do console, e só chega em 2018. Parece um momento perfeito para dar uma olhada nos dois primeiros games, que estão presentes no Xbox One em formato digital (e são baratinhos).

Assassin’s Creed Origins

Não sei. Sério! Esse novo Assassin’s Creed é uma grande interrogação pra mim. Graficamente não me impressionou, fora que mecanicamente ainda soa muito similar a tudo que a série já fez desde então. Faço grandes apostas em torno de sua história, na esperança que ela seja realmente boa.

Esperava algum tipo de revolução ou inovação, mas pela apresentação mostrada na conferência da Microsoft, isso ainda não me pareceu provável. Espero estar errado e torço para ver mais do game na apresentação da Ubisoft amanhã!

PlayerUnknown’s Battlegrounds

Esse título está fazendo um tremendo sucesso na plataforma do PC nestes últimos meses. Chega com exclusividade (aposto que temporária) ao Xbox One ainda este ano. Minha única indagação é se esse tipo de jogo irá se sair tão bem assim em um console doméstico. Quer dizer, faz sentido seu sucesso na plataforma do PC, já que é um título que parece não precisar de grandes especificações técnicas para computadores, enquanto no console se você tem um Battlefield, Call of Duty entre outros shooters multiplayer que rodam perfeitamente sem precisar turbinar sua máquina, por que jogaria Battlegrounds? A menos que ele chegue de forma gratuita no console… aí faria total sentido…

Deep Rock Galactic

Muitos indies apresentados na conferência não tiveram tempo para serem detalhados ou apresentarem maiores contextualizações. Deep Rock Galactic é um destes exemplos. Me lembrou um pouco de Astroneer, um outro indie game, entretanto parece que Deep Rock Galactic terá um foco maior em multiplayer de exploração e combate em uma espécie de jogo de mineradores, enquanto Astroneer tem uma pegada mais de exploração e craft espacial.

State of Decay 2

Mais um “não sei o que dizer”. Me lembro de ter ficado mais empolgado com esse título quando ele foi apresentado na conferência da Microsoft do ano passado. Segue como exclusivo do console e será lançado somente em 2018. Seria de uma ajuda muito maior se tivesse conseguido ser lançado em 2017.

Lembra um pouco Left 4 Dead com um pouco de Dead Island. Sobreviva cooperativamente em um mundo cheio de zumbis. Não está reinventando a roda, mas parece ter um gameplay sólido. Porém acho que a janela para que State of Decay 2 seja realmente relevante nesta geração, meio que já está passando. Há games assim já lançados e que estão tapando esse buraco causado pelo seu longo desenvolvimento.

The Darwin Project

Mais um título de batalha online multiplayer estilo arena. Jogadores contra Jogadores. Há inúmeros jogos assim nessa geração. Não que mais um não seja bem vindo. Se fizer bonitinho, que venha. Gostei do fato do gameplay ser em terceira pessoa, mas muito pouco foi mostrado para conseguir maiores impressões.

Minecraft

Não se trata se um novo Minecraft, mas o mais interessante aqui foi o anúncio de que o game irá conversar entre todas as plataformas existentes. Sim, não importa a sua plataforma, Minecraft será ainda em 2017 integrado com tudo. O jogo conversará entre todas as plataformas na qual foi lançado. Isso é bem impressionante.

Dragon Ball FighterZ

O que dizer desse fantástico novo game de Dragon Ball? Os gráficos seguem um modelo 3D, mas o gameplay parece girar em uma 2.5D. Fantástico! Sem palavras para comentar. Preciso ir atrás de mais detalhes, mas o trailer é um colírio para os olhos dos fãs de Goku & companhia. Chega no começo de 2018!

Black Desert

Foi interessante a Microsoft vir com alguns títulos com uma forte influência dos desenvolvedores lá do oriente. Afinal é exatamente uma fatia do mercado que o PlayStation 4 está se saindo vitorioso nesta geração. É preciso reforçar e melhorar essa linha, pena que não se está correndo atrás de tudo de bom que já saiu nessa geração e os donos de Xbox One perderam.

Quanto a Black Desert, um MMO, não sei exatamente o que dizer. Não me pareceu ruim, mas também não me convenceu de que será imperdível.

The Last Night

Mais um indie game sem muitos detalhes. Mas foi um dos títulos mais bonitos da noite. Estilo de arte que dá gosto de olhar. Pixel art, quando bem feita, é algo fenomenal!

The Artful Escape

Mais um indie. E um daqueles estranhos, bizarros e surreais. No bom sentido, claro. Gostei do que vi e quero jogar para ver qual é, mas por enquanto é só isso mesmo. Preciso correr atrás de mais informações a seu respeito.

Code Vein

Vide o que disse mais acima no trailer de Black Desert. E é bom ver a Bandai Namco apoiando o Xbox One. Mais um promissor game. Não é exclusivo, mas é ótimo saber que Code Vein também estará no Xbox One! Quero muito jogá-lo!

Sea of Thieves

Eu gostaria muito que Sea of Thieves não estivesse há tanto tempo sendo desenvolvido. Fiquei triste em saber que teremos que esperar até o começo de 2018 por seu lançamento. A Rare está presa na produção desse título enquanto gostaria de vê-la produzindo novos games de forma mais rotineira. Viva Piñata, Battletoads, Banjo-Kazoiie, Kameo… tantas coisas legais presas em um estúdio que passa tempo demais produzindo um único game até o momento para esta geração.

Não acho que Sea of Thieves é um título ruim, mas certamente é um título sem um apelo de aspecto amplo. É um game que busca um nicho muito específico de jogador e que está há tanto tempo em desenvolvimento que não é mais o único original na atual geração. Perdeu aquela janela na qual ele seria realmente incrível e inovador.

Tacoma

Pouco sei a respeito de Tacoma, mas sei que é um indie muito aguardado em certos grupos, e que agora temos uma data oficial de lançamento: o próximo dia 2 de agosto! Irei procurar saber mais a seu respeito…

Super Lucky’s Tale

Disse no grupo do FB do Portallos na hora em que este título foi anunciado e repito aqui: precisamos de mais games com essa ingenuidade e leveza infantil. Por alguns segundos achei que fosse Conker’s, mas tá valendo assim mesmo! Gostei do trailer apresentado, mas não sei muito bem quem o está desenvolvendo ou de onde surgiu esse indie. Parece que veio mesmo de surpresa. Quero saber mais a seu respeito!

Cuphead

Demorou, mas Cuphead finalmente tem uma data de lançamento: o próximo dia 29 de setembro. Ufa! Ainda bem que não ficou para 2018. Um indie game tão esperado. Que se cumpra todo hype criado até o momento! Parece que ele continua ótimo.

Crackdown 3

Jogada de gênio terem chamado o Terry Crews para dublar o protagonista principal de Crackdown 3, e também de colocá-lo no trailer do game. Porém tirando isso, o trailer é bem desapontador. Tudo muito confuso, sem apresentar o que realmente este Crackdown se difere dos anteriores. Graficamente não é impressionante. Cadê o esquema de destruição total? De derrubar prédios e tal? Me parece que o desenvolvimento do título sofreu certas mudanças. Até mesmo voltou a ser Crackdown 3, enquanto que em apresentações anteriores o game havia perdido sua numeração.

Crackdown 3 chega em 7 de novembro, aquele mês infernal na qual os maiores games da temporada serão lançados. Será que há espaço para ele justamente aqui? Sei não… espero que a Microsoft mostre mais dele até lá. Torcendo para ver demos do game ao longo dessa semana da E3 e do ponto em que está seu desenvolvimento.

Diversos ID@Xbox

Aquela montagem bacanuda de diversos indies que estão para serem lançados nos consoles. Eu consigo citar mais de uma dúzia deles na qual quero colocar as mãos! Preciso atualizar minha lista que serve como radar para próximos indie games.

Ashen

Não me lembrava que Ashen já havia sido anunciado e revelado em 2015. Me parece bem fiel ao que já havia sido mostrado. O game me lembrou um pouco de Necropolis, um indie game lançado ano passado pela Bandai Namco. Ashen tem uma boa direção de arte, só ficou faltando ao final do trailer uma data de lançamento. Será que sai esse ano?

Life is Strange: Before the Storm

Inesperado seu aparecimento dentro da conferência da Microsoft, mas gostei muito de saber que este novo Life is Strange se passa antes do primeiro e que o episódio 1 já chega no final de agosto. Surgiu uma certo urgência para terminar o primeiro game!

Terra-média: Sombras da Guerra

Queria poder dizer algo aqui, mas não tenho. Achei a demonstração um pouco esticada. Acho que Sombras da Guerra será um dos grandes games do segundo semestre, mas não fez uma boa demonstração no palco da Microsoft. Já tendo sido anunciado e muito de seu gameplay mostrado, bem antes da E3, não precisava ter aparecido para mostrar mais do mesmo.

Ori and the Will of the Wisps

Esperado e inesperado. A sequência de Ori parece até mais bonita do que o original. E o teor emocional está presente aqui também. Porém parece que vai sair esse ano ainda. Provavelmente só em 2018.

Retrocompatibilidade dos jogos do Xbox original

Então, games do Xbox original também serão retrocompatíveis? Apoio a ideia, ainda que não esteja tão animado quanto a plateia lá parece ter ficado. Espero que a Game With Gold passa a dar alguns destes games em seu programa. Resta aguardar uma lista do que estará disponível no final desse ano.

Anthem

Para fechar com chave de ouro, Anthem, que a EA já queimou a largada em sua conferência no sábado. Aqui foi revelado o gameplay do novo título da BioWare, que só deve ser lançado no final de 2018 (tá longe demais). E veja só: não tem cara de que será um exclusivo. Até porque se fosse, teria um grande ênfase nisso, o que não ocorreu.

Quanto ao gameplay, me pareceu uma mistura de Mass Effect, Crysis e Destiny. Gráficos estonteantes, com uma linda ambientação e aquele tipo de gameplay que te pega de jeito. Tudo parece ótimo. E mais de Anthem deve ser mostrado até seu lançamento. Resta pensar porque Mass Effect Andromeda não sofreu esse tipo de influência…

E meio que assim se encerrou a conferência da Microsoft. Muitos games, poucos exclusivos de peso que tragam mais pessoas para a plataforma. Ainda quero discutir o atual cenário do Xbox One em um outro momento oportuno. Por enquanto, tudo aquilo que disse lá no começo do texto fica como fechamento dessa conferência.

Não é que a Microsoft não está entregando nada. Ela apenas não está entregando o que se espera de uma empresa com tantas IPs paradas, com tamanho potencial. Talvez esteja na hora de começar a focar mais em jogos e menos em hardware. Talvez seja a hora de parar de fechar estúdios, de criar novas parcerias.

2017 começou com um terrível baque quando a empresa perdeu Scalebound, que obviamente seria seu carro chefe para segundo semestre desse ano. E com isso a empresa não conseguiu se recuperar. Uma pena.

Sigo feliz com meu Xbox One, mas sinto que na corrida desta geração a Sony abriu uma vantagem tão grande que nada mais a alcança. O que desestimula a concorrência, o que pode refletir em menor empenho para se competir. Torço para estar errado.

Fecho com o link da conferência completinha:

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