Na estrada de Burnout, Dangerous Driving é lançado

Three Fields Entertainment segue inspirada em seu legado

Dentre os lançamentos da semana, um se destaca entre os que sentem falta de batidas e grande colisões de veículos automotores, oriundos daquela linda época dos jogos da série Burnout: Dangerous Driving está sendo lançado hoje, dia 9 de abril, para PlayStation 4, Xbox One e PC.

E mencionar Burnout não é algo ocasional e sem qualquer intenção. Justamente o contrário. Dangerous Driving é uma produção do estúdio Three Fields Entertainment, fundado por Alex Ward e Fiona Sperry, que lá em 2000 também fundaram a Criterion Games, famoso e icônico estúdio que trabalhou em inúmeros (e saudosos) games da série Need for Speed e Burnout, dentre eles o maravilhoso Burnout Paradise (o meu favorito da franquia). Alex e Fiona deixaram a Criterion em 2014 (adquirido em 2004 pela Eletronic Arts) e fundaram a Three Fields. Tornando assim novamente desenvolvedores independentes.

Ao longo desta jornada, a Three Fields Entertainment tem produzido jogos com um orçamento mais humilde, testado ideias e brincado um pouco com toda essa experiência que seus desenvolvedores tiveram no passado com jogos de corrida. Ao longo dos últimos anos foram lançados os títulos Dangerous Golf e Lethal VR (2016), Danger Zone (2017) e Danger Zone 2 (2018). É possível dizer que Dangerous Driving é a maior aposta do estúdio.

Em Danger Zone, o estúdio já havia ensaiado um pouco a vontade de voltar aos jogos de corrida. Porém, lá a brincadeira era um tanto quanto arcade, pois brincava totalmente com o modo CrashBreaker da série Burnout, em quê o jogador causava grandes batidas em avenidas de carros, enquanto tentava coletar moedas e pontuando ao desencadear caos em meio ao tráfego de inúmeros veículos. Não havia corridas, muito menos os clássicos Take Down (que são aquela investida em meio a uma corrida em que o jogador tira outro adversário da pista, empurrando-o a bater em outro carro ou em obstáculos do percurso). E é exatamente isso que Dangerous Driving faz!

Então veja só, Dangerous Driving pode ser considerado o sucessor espiritual de Burnout, feito por uma parte da equipe que trabalhou por muitos anos na franquia. Porém é importante ponderar que a Three Fields Entertainment não é um estúdio gigante, com uma equipe gigante ou um orçamento milionário. É exatamente o contrário: são uma pequeno time, com um orçamento muito modesto e limitado. E isso impacta, obviamente, em tudo que Dangerous Driving pode e não pode fazer. Seu preço também acompanha tal modéstia, com o título sendo lançado custando 29 dólares, que é bem menos do que os atuais blockbusters do mercado.

Mas o jogo tem uma quantidade legal de conteúdo, segundos notas oficiais em sei site. São 9 tipos de modos de jogo, dividido em 69 eventos – Race, Heatwave, Face Off, Shakedown, Eliminator, GP, Survival, Pursuit, Road Rage (saiba mais aqui). Boa parte dos eventos consiste em queima pneu, usar e abusar do turbo e sair colidindo com os carros que estiverem em seu caminho. Porque é isso que representa um dos principais aspectos da série Burnout, caso esteja se perguntando. Cada modalidade tem suas particularidades, como correr contra alguns carros, tirar mano a mano, ou detonar certo número de veículos, bater o tempo do jogo e afins.

Na parte das locações, o estúdio criou 7 áreas distintas, dividindo o jogo em 31 rotas (percursos) – Twin Ferry Lakes, Dead Rock Canyon, Surfside Island, Eagle Ridge Mountain, High Dunes Desert, Grasslands Proving Ground e Cool Water Valley. As locações distribuem as paisagens do jogo em diversos estilos clássicos, como lagos, florestas, desertos, paisagens litorâneas, montanhas e afins. Dê uma espiada aqui nos detalhes.

Quanto aos veículos… são 27 ao todo, podendo customizá-los, podendo criar assim mais de 400 combinações de veículos distintos. Estes veículos se dividem entre seis classes: Sedan, SUV, Coupe, Supercar, Hypercar e Formula DD. Não parecem muitos, mas é o suficiente para o porte do jogo. Veja imagens dos carros aqui.

E agora preciso dizer algo que Dangerous Driving não faz neste momento: dar suporte a um modo online. Sim, nessa semana de lançamento o jogo chega aos consoles e PC apenas com modalidades single player. O que parece meio ruim, mas não se preocupe! O estúdio já se prontificou a dizer que haverá sim um Modo Multiplayer Online para Dangerous Driving e que estão totalmente focados em finalizar alguns de seus aspectos antes de lançar tal modalidade, por meio de um DLC que será totalmente gratuito. A previsão é que essa parte online chegue no próximo mês. Em todas as plataformas que o jogo está sendo lançado. Enquanto isso, Dangerous Driving já possui um placar de recordes online, para os jogadores possam comparar suas performances com demais corredores. Para mais dúvidas, o estúdio preparou um ótimo FAQ com as principais dúvidas da comunidade.

Outro ponto que se faz necessário se mencionar: o jogo não tem uma playlist de músicas para se ouvir durante a jogatina. A Three Fields também explicou isso. Afim de não encarecer o preço final do jogo, com trilhas que precisariam ser licenciadas, e novamente contando com a premissa de serem um estúdio muito pequeno, eles buscaram uma solução alternativa: integrar Dangerous Driving com o serviço de música por streaming Spotify.

Significa que os jogadores podem ouvir suas próprias playlist do Spotify enquanto estão jogando o título. Basta fazer uma integração obrigatória, a qual o passo a passo também está explicadinho no do jogo e sair ouvindo suas músicas prediletas ou qualquer playlist do serviço (há inclusive algumas oficiais para se ouvir no trânsito que combinam com a proposta do jogo). Só há um porém: para essa funcionalidade funcionar é preciso ter uma Conta Premium no Spotify. Esse recurso não funciona com contas gratuitas (que pena!).

Acho que isso cobre os principais pontos deste lançamento. Os primeiros reviews internacionais começaram a sair hoje e tem dividido a comunidade. Pelo que dá a entender é que Dangerous Driving não é perfeito, com diversos pequenos defeitos e problemas. Essencialmente o jogo tem uma proposta divertida, mas certamente seu orçamento mais modesto pode ter atrapalhado o potencial do título. É algo que os fãs vão precisar conferir por conta própria. O que é certo é que a Three Fields Entertainment continua se esforçando muito para entregar o tipo de jogo de corrida que fez a alegria de muita gente na época em que podiam produzir Burnout. É algo que merece seu valor e certamente o apoio da comunidade.

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