Análise | Marvel Cosmic Invasion

Disponível para PlayStation, Xbox, Nintendo & PC

Marvel Cosmic Invasion era desde o seu anúncio um dos meus jogos mais aguardados do ano, e finalmente está entre nós!

Houve uma época, entre o cheiro de salgadinhos gordurosos combinados a uma Coca bem gelada, e o barulho ensurdecedor de fichas caindo, em que a Marvel não era um império cinematográfico, mas a rainha incontestável dos beat ’em ups de fliperama.

Se você cresceu jogando X-Men: The Arcade Game ou gastou a mesada em Captain America and the Avengers, você sabe do que estamos falando.

E é para essa memória, esse sentimento puro e sem filtros de um sábado à tarde em fliperama lotado, que a Tribute Games (os magos por trás de TMNT: Shredder’s Revenge) e a Dotemu apontaram seus canhões cósmicos.

O resultado é Marvel Cosmic Invasion, um título que não apenas abraça a nostalgia, mas a lança através de um buraco de minhoca direto para a nossa felicidade.

Lançado agora no final de 2025, o jogo não chega apenas para preencher um nicho, mas para definir o novo padrão de excelência em pixel art e mecânicas de ação 2D. É deslumbrante, frenético e absolutamente divertido, estabelecendo um novo ápice para o gênero — mesmo que a viagem acabe um pouco mais cedo do que eu gostaria.

Aniquilando tudo na base da porrada

Enquanto treinava em sua nave, Nova é alertado sobre uma incursão da Zona Negativa pelo Aniquilador e sua armada, a Onda de Aniquilação . Ao chegar à Terra, Nova encontra Nova York sob ataque e une forças com o Homem-Aranha para resgatar o Besouro , que é confundido com um drone rebelde durante um assalto a banco e possuído por um parasita .

Enquanto isso, a IMA se alia à Onda de Aniquilação e contrata o Treinador para libertar MODOK , recém-capturado do AeroPorta-Aviões da SHIELD . Capitão América e Homem de Ferro conseguem repelir o ataque da IMA e derrotar o Treinador, que se recusa a unir forças com eles mesmo quando o Homem de Ferro oferece a ele um emprego na folha de pagamento de Tony Stark. O Treinador recua, mas avisa os heróis que a Terra Selvagem está sendo atacada.

O Professor X percebe uma atividade estranha na antiga fábrica de Sentinelas em Genosha e envia Wolverine e Tempestade para investigar. Lá, eles descobrem que o Molde Mestre foi reativado e reprogramado para servir a Aniquilador, produzindo Sentinelas pilotadas por Insetos de Controle.

Libertando mutantes capturados, Wolverine e Tempestade destroem o Molde Mestre e são informados pelo Professor X de que as Sentinelas estão se espalhando pelo mundo e até mesmo indo para o espaço, com um grande número delas indo para a Terra Selvagem.

Na Terra Selvagem, Ka-Zar informa a Mulher-Hulk e Tempestade que os mutantes que ele havia resgatado foram sequestrados pelas forças da Onda de Aniquilação. Tempestade deduz que isso é obra de Sauron, que se aliou à Onda de Aniquilação em troca de mutantes para se alimentar. Lutando contra o enxame Arthrosiano e as Sentinelas sequestradas, a Mulher-Hulk e Tempestade derrotam Sauron e o devolvem à sua forma humana, deixando-o aos cuidados de Ka-Zar.

Em Wakanda , Guarra Sônica se alia à Onda de Aniquilação e ataca a capital, Birnin Zana , para roubar seu Vibranium . No entanto, o Pantera Negra e o Capitão América conseguem detê-lo. A Princesa Shuri rastreia a trajetória das cápsulas de invasão da Onda de Aniquilação e determina que elas vêm da Lua.

Wolverine, Nova e Fênix chegam à Área Azul da Lua e encontram a cidadela de Uatu sob ataque da Onda de Aniquilação. Explorando o local, Jean é parasitada por um Inseto de Controle e, ao usar o poder da Força Fênix , sucumbe aos impulsos destrutivos da ave de fogo cósmica e se torna a Fênix Negra. Após Jean recuperar a consciência, Uatu fornece aos heróis Dentinho como meio de transporte.

Então, com a ajuda de Dentinho, o Homem-Aranha e a Mulher-Hulk unem forças e se teletransportam à nave de Lady Hellbender , a Destromundo , e a encontram sob ataque das forças da Onda de Aniquilação. Lutando para abrir caminho através da coleção de criaturas de Lady Hellbender até os confins da nave, eles são atacados por um Venom enfurecido, cujo simbionte estava gerando descendentes corrompidos.

Convencido a unir forças com os heróis, Venom pressente uma ameaça ainda maior e leva o Pantera Negra para Klyntar , onde a IMA acidentalmente despertou o deus primordial das trevas, Knull . Derrotando a IMA, Venom e o Pantera Negra conseguem atrasar Knull o suficiente para que ele seja selado novamente, embora o deus das trevas jure vingança.

Contatados por Lady Sif , Fênix e Bill Raio Beta viajam para Asgard e a encontram sob ataque da Onda de Aniquilação, de um Galactus com lavagem cerebral e da deusa da morte Hela, que se uniu a eles para engrossar as fileiras de seus exércitos de mortos-vivos.

Os heróis conseguem derrotar Hela, mas não impedem Galactus de consumir Asgard, embora Sif consiga salvar uma semente de Yggdrasil para que a Árvore do Mundo possa ser plantada novamente.

Ao chegarem ao planeta natal dos Kree, Hala, e o encontrarem sob ataque da Onda de Aniquilação, o Capitão América e o Rocket Raccoon impedem os Arthrosianos de tomarem a Inteligência Suprema e libertam Phyla-Vell de um Inseto de Controle.

Ouvindo uma risada maníaca em seu comunicador, Rocket percebe que Thanos é o responsável. Nova e Phyla-Vell atacam a nave de Thanos, a Santuário II , onde o Titã Louco revela que facilitou a invasão de Aniquilador como um “grande experimento” para testar se a vida poderia resistir ao ataque da Onda de Aniquilação.

Com Thanos derrotado, Bill Raio Beta e o Motoqueiro Fantasma Cósmico libertam o Surfista Prateado dos Insetos de Controle que o infestavam, e ele, por sua vez, liberta Galactus. Viajando para a Zona Negativa, Nova e Phyla-Vell atacam a instalação de reprodução da Onda de Aniquilação, Heteropteron, derrotando as três rainhas de Aniquilador: Extirpia , Eradica e Exermina.

Com a ajuda de Galactus, o Surfista Prateado e o Rocket invadem a cidadela de Aniquilador, mas o senhor da guerra parte para destruir a Terra, deixando-os para lutar contra MODOK. Como recompensa por libertá-lo, Galactus leva os heróis de volta à Terra, onde derrotam Aniquilador e o deixam à mercê de um furioso Devorador de Mundos.

Com a Onda de Aniquilação frustrada, os heróis começam a se recuperar e arrumar toda a bagunça e caos que atingiu a Terra, com Uatu confiante de que estarão prontos para o que vier a seguir.

Lendas e Lados B Cósmicos

A primeira coisa que chama a atenção é a curadoria do elenco, que é, de longe, o maior acerto do jogo. Fugindo do óbvio “Vingadores da Terra”, o jogo mergulha de cabeça no lado cósmico da editora.

O plantel inicial de 15 personagens é um sonho para quem sempre quis ver heróis menos “famosos” em ação junto de heróis populares:

Homem-Aranha, Wolverine, Mulher-Hulk, Capitão América, Fênix, Pantera Negra, Tempestade e Homem de Ferro, alguns dos muitos Super-heróis da Marvel nascidos na Terra, estão prontos para enfrentar a ameaça. Mas eles não estarão sozinhos! Os Super-heróis galácticos Rocket Raccoon, Bill Raio Beta, Venom, Motoqueiro Fantasma Cósmico, Nova, Phyla-Vell e o Surfista Prateado também entram na batalha para completar esta implacável equipe.

Cada personagem possui um conjunto de movimentos (Moveset) surpreendentemente complexo, incluindo ataques de corrida, arremessos, um golpe lançador para combos aéreos e, claro, o devastador Ataque Especial Cósmico (que consome uma barra de energia e limpa a tela, no bom e velho estilo ‘especial’ de arcade).

A animação, feita em uma pixel art moderna e vibrante, é de cair o queixo, com os sprites grandes, expressivos e uma fluidez de 60fps (ou 120fps nos consoles atuais) que beira a perfeição técnica e capturamdo muito bem o estilo visual dos jogos da época.

O retorno do Tag-Team

Onde Marvel Cosmic Invasion realmente inova em relação aos seus antecessores espirituais (Shredder’s Revenge ou Streets of Rage 4) é no sistema de Tag-Team (Dupla), claramente inspirado nos clássicos jogos de luta da Capcom.

Você não escolhe apenas um herói; você escolhe uma dupla. Com um simples toque no gatilho (L2/LT), seu personagem secundário entra na tela desferindo um Ataque de Assistência (Assist) que pode estender combos, quebrar o bloqueio de um chefe ou, de forma crucial, curar a barra de vida temporária do seu personagem principal.

Se você for rápido, pode executar a Troca de Dupla, permitindo que o segundo herói assuma o controle sem interrupção, adicionando uma camada de complexidade e profundidade tática nunca antes vista no gênero beat ’em up.

Essa mecânica incentiva o aprendizado de duas movesets simultaneamente e cria sinergias únicas. como por exemplo, usar o Surfista Prateado para lançar o inimigo no ar, troque para o Bill Raio Beta e finalize com um atque forte que causa dano de área. Ou use a Capitã Marvel para criar distância com seus raios, e troque para o Vespa para executar um ataque rápido e evasivo.

O resultado é um sistema de combate que recompensa a experimentação e a coordenação, especialmente no modo cooperativo para 4 jogadores, onde o caos se torna uma sinfonia de luzes e explosões.

Confrontos Épicos e Desafios Táticos

A seleção de vilões é um prato cheio para os fãs de quadrinhos cósmicos. O jogo acerta em cheio na escala e na variedade dos vilões clássicos e modernos, tais como Molde Mestre, Garra Sônica, Hela, Knull, Thanos, Galactus, Aniquilador, entre outros. Embora não enfrentamos todos que aparecem, os chefões de fim de fase são bem legais e apresentam um bom nível de desafio.

No entanto, em se tratando dos inimigos buchas, o resultado final poderia ser mais variado. Embora os visuais mudem conforme o planeta (robôs Kree em um estágio, criaturas da Zona Negativa em outro), a maioria se resume a três arquétipos: grunt (bucha de canhão), blocker (o inimigo que te agarra) e ranged (o que atira de longe). Mas nunca deixe que muitos deles estejam perto de você, senão realmente suas habilidades serão testadas.

A Curta Jornada Intergaláctica

Apesar do polimento técnico e da profundidade do combate, Marvel Cosmic Invasion sofre do mal de sua origem arcade: a duração. A campanha principal, no modo História padrão, pode ser finalizada em cerca de 3 a 4 horas, especialmente para jogadores mais experientes que exploram o potencial do Tag-Team.

A desenvolvedora tentou mitigar isso com a “Matriz Cósmica”, um sistema de achievements internos e caminhos ramificados que incentivam o fator replay (desbloquear novos personagens, skins e variações de ataques especiais) e a busca por pontuações perfeitas em dificuldades mais altas.

O jogo brilha de verdade no modo Arcade de Tempo Limitado, onde a pontuação e a sobrevivência são tudo. Para quem busca uma experiência duradouro jogando de maneira solitária, o preço pode ser um obstáculo.

Contudo, para quem busca um dos melhores multiplayer cooperativo da geração, o valor está garantido na diversão intensa e nas inúmeras horas gastas tentando dominar os combos de dupla.

Veredito Final

Marvel Cosmic Invasion é, sem dúvida, o beat ’em up mais bonito e mecanicamente refinado da geração atual. A trilha sonora sintetizada, que mistura rock progressivo com temas clássicos de heróis (cortesia de um compositor que trabalhou em Metal Gear Rising), é contagiante e eleva o nível da ação.
Jogar com amigos é uma experiência caótica, hilária e taticamente rica que justifica a existência do jogo.


Se você consegue perdoar a campanha curta em troca de uma jogabilidade que beira a perfeição, este é um título obrigatório. É a prova de que, às vezes, a melhor maneira de avançar é olhar para trás — e adicionar superpoderes.

Galeria

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Dando nota

O sistema Tag-Team reinventa o combate no gênero - 10
Curto. O fator replay depende da busca por pontuações - 8.5
Efeitos sonoros e músicas contagiantes - 10
Fases variadas, mas inimigos menores repetitivos - 8
Pixel art sublime, sprites gigantes e animação de 60fps - 10
História simples, porém eficientes e com muitos personagens aparecendo. - 10

9.4

Porradaria Maravilhosa

Essencial para fãs da Marvel e de pancadaria. A profundidade do combate é surpreendente e eleva o padrão do gênero arcade para a era moderna.

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