Cinema | O Espetacular Homem-Aranha (Crítica)

Uma nova visão com a mesma essência do herói mais querido do mundo!

Uma década se passou desde que o tão esperado (e adiado) filme do Homem-Aranha alcançou as telas dos cinemas pela primeira vez. Era um tempo onde a internet ainda não tinha a presença e o imediatismo de hoje. Cada pequena novidade sobre o filme do cabeça de teia era compartilhada com os amigos acompanhada de olhos e ouvidos atentos, seguida de uma troca de opiniões e de expectativas.

Eu estava lá nesse meio. O primeiro trailer eu só pude ver quando recebi um CD-ROM da AOL que continha trailers, papel de parede e proteção de tela. Tudo devidamente instalado e apreciado em meu modesto Pentium II de 233MHz. Foram dias fantásticos aqueles, onde a expectativa era mais plena pelo pouco que tinha visto do filme.

Dois meses depois, prester a sair de cartaz, consegui ir ver o tão esperado filme. Saí do cinema com os olhos brilhando, as lágrimas expondo minhas emoções; e isso se repetiu nos outros filmes seguintes, embora em menor intensidade no último. Mesmo encantado, eu tinha plena consciência das lacunas que haviam nesses filmes que formaram a primeira trilogia de filmes do Homem-Aranha.

10 anos depois, e lá estava eu à espera de um novo filme. E quanta coisa mudou nesses 10 anos! Se antes era trabalhoso reunir informações sobre o filme, agora em poucos cliques era possível ver centenas de fotos, ler dezenas de entrevistas, assistir trailers e cenas de bastidores. E um novo mundo como esse precisa de um novo herói, que realmente vivesse nele.

É isso o que sinto em relação a O Espetacular Homem-Aranha, que assisti ontem em 2D. Se você não viu, cuidado com os spoilers a seguir.

O Homem-Aranha foi criado 50 anos atrás pela dupla Stan Lee & Steve Ditko. Naquele início dos anos 60, os adolescentes apareciam nos gibis como side-kicks dos heróis. Lee queria algo diferente disso, e junto de Ditko concebeu um personagem que seria diferente daqueles que povoavam a maioria das páginas de quadrinhos. Um adolescente orfão, criados desde criança pelos seus tios paternos mais próximos. Um adolescente que além de enfrentar todos os problemas comuns da idade, recebe um poder incrível. Um poder que o permite alterar drasticamente sua vida, um poder do qual poderia se beneficiar para conseguir facilmente coisas que até lhe eram negadas. Mas esse adolescente, Peter Parker, decide que esse poder não pode mudá-lo. Esse poder não pode torná-lo diferente do que é, mas ele pode usar esse poder para fazer a diferença. E isso fez a diferença e tornou o personagem de Lee um herói no qual as pessoas se identificavam, e o sucesso do Homem-Aranha foi, espetacular.

O Espetacular Homem-Aranha bebe nessa fonte, mas seu principal mérito é juntar tudo aquilo que diferencia o Homem-Aranha de tantos outros heróis e apresentar tudo de uma maneira revigorada, mais próxima do mundo atual em que vivemos. Assim como Stan Lee criou um personagem que fazia sentido para os jovens da década de 60, o que vemos em O Espetacular Homem-Aranha é algo similar, que pega a essência do heróis e a traduz para os dias atuais. Isso de certa forma já havia sido feito no Homem-Aranha Ultimate com sucesso, mas não aconteceu com a primeira trilogia de filmes do herói, comandada por Sam Raimi.

Raimi é um fã confesso do personagem, mas ao transpôr o personagem e seu universo na forma de um filme, pouco fez para que ele soasse realmente moderno, e sua predileção pelo Aranha antigo sempre foi óbvia pra mim, e por isso desde o primeiro filme percebi as lacunas e a falta de sintonia do personagem com os anos 2000. Isso não aconteceu com a direção de Marc Webb em O Espetacular Homem-Aranha. Pra mim, Webb foi muito feliz ao conservar a essência do Homem-Aranha ao mesmo tempo em que o insere no contexto em que vivemos.

Dias atrás eu fiz um maratona de filmes com a trilogia de Sam Raimi, depois de uns dois anos sem vê-la. E fiquei chocado em constatar como os filmes me pareciam mais velhos do que realmente são. O quanto eles se afastam de maneira negativa da essência dos personagens originais (com raras exceções). Não é que de repente eu tenha passado a odiar eles, longe disso. Mas depois de ver o novo filme do Aranha eu pude perceber com mais clareza as coisas que me incomodavam na antiga trilogia, as discrepâncias da visão particular de Raimi. E isso é algo natural. Muito do que Nolan faz nos seus filmes de Batman eu também não gosto.

Se tem algo que me atrai muito em HQ’s, filmes, jogos, são universos alternativos e reinterpretações de personagens. Aliás, geralmente prefiro uma HQ da Marvel por exemplo, do que um mangá, pois gosto da variedade de escritores e desenhistas que a maioria das revistas dela possuem. Acho bacana ver pontos de vista diferentes, idéias novas sobre algo já conhecido, e situações acontecendo de maneira que até então eu não poderia sequer imaginar no passado… às vezes não dá certo, mas não me preocupo, logo as coisas podem mudar. E quando as coisas mudam e a essência permanece, eu fico satisfeito.

É isso o que vi em O Espetacular Homem-Aranha. Vi tudo sob um novo olhar, novas possibilidades, mas lá no fundo, eu ainda consegui enxergar tudo aquilo que sempre me atraiu. O Peter antigamente andava de lambreta, mas não consigo ver isso acontecendo nos tempos atuais. Então, para citar um exemplo, ver um skate nas mãos dele no novo filme é algo que me fez sorrir. Peter no skate é sobre liberdade, é uma forma dele poder andar por aí sem que as pessoas o abordem. Enquanto corre com seu skate, Parker está mergulhado no seu mundinho particular, se sente mais confortável, já que é notória a sua dificuldade em se relacionar com as pessoas. É um momento de velocidade em seu mundinho parado e quase impenetrável. É uma adrenalina que faz bem pra ele. Mais tarde, o skate cede seu lugar para a fantasia de Homem-Aranha.

Gwen Stacy é uma jovem que vive no nosso mundo atual, tem aspirações compatíveis com ele. Não é mais aquela donzela em perigo típica das primeiras histórias do Aranha, mas conserva toda sua doçura, sua personalidade, sua alegria de viver no filme. O Dr. Connors aqui constrói mais rápido sua ligação com Peter, uma amizade e companheirismo que o tornaram um dos mais queridos personagens do universo do Aranha, bem como todo o seu potencial para o irracionalismo sempre que se torna o Lagarto.  Connors é amigo de Peter, e nosso herói sempre usa isso como ponto de apoio quando tem que enfrentar a fera interior do seu colega cientista. Isso se faz presente no filme.

O maior foco em Peter Parker é um dos grandes trunfos desse filme. Pois quando Lee criou o personagem Homem-Aranha, deixou claro que não seria o poder e as habilidades extras que definiriam ele. O poder ganho não transforma Peter, mas apenas potencializa aquilo que ele já é. A picada da Aranha não mudou Peter. Deu meios para que ele pudesse ser o herói que sempre foi, mas de maneira ampliada. Não por acaso muitas vezes nas HQ’s eu li declarações de personagens como Capitão América, dizendo que o Aranha é o maior heróis de todos. Um dos maiores gênios científicos, mas também um dos mais abnegados dentre todos os heróis

Mas, esse reboot, era mesmo necessário? Bem, mercadologicamente sim, a Sony precisava fazê-lo para continuar com os direitos. E acredito que um Homem-Aranha 4 seria frustrante. Tobey Maguire e Kirsten Dunst estão velhos demais para esses papéis. E ainda em seus primeiros filmes, é visível que não há química, algo que o novo filme esbanja. Mas existem falhas no filme. Sim, e não são poucas. Algumas coisas não ficaram bem explicadas, como a motivação de Connors, e aí eu acho que fez falta a aparição da família dele. Connors faz o que faz pois deseja muito ser completo, e sua mulher e filho são partes imprescindíveis disso. Sem ela, a sua decisão de ser sua própria cobaia perdeu um pouco do peso original, e sua luta para não ser dominado pelo Lagarto ficou prejudicada.

Outra coisa ruim é o tempo excessivo que tomou para se contar a origem do Aranha. Mesmo que aqui tenha ficado mais interessante, principalmente a relação de Peter com os tios, dava para encurtar as coisas e colocar um foco maior em Connors, e quem sabe de quebra mostrar mais dos primeiros dias de Peter como Aranha. Ah, e uma coisa que deveria funcionar melhor é a trilha sonora incidental. Se James Horner desse uma encorpada na suas composições, especialmente no tema do Aranha, seria bem interessante. Como ficou, passou quase desapercebida.

Mas os acertos são maiores, e a direção de Marc Webb me surpreendeu. Cenas como a morte do Tio Ben foram modificadas em relação ao primeiro filme de Sam Rami, mas sem perder a essência. Essa era uma preocupação minha, mas tudo se encaixou bem dentro do contexto dos dias de hoje. Os diálogos ficaram bons como o esperado, e as cenas de ação que eram a minha maior preocupação ficaram muito bem executadas. O Homem-Aranha aqui se comporta como eu sempre quis ver, bastante parecido com o jeitão dele nas HQ’s. Ah, e o uniforme novo, que gerou tanta discussão, funciona muito bem, bastante superior ao da trilogia original. Eu adoro o uniforme clássico do Aranha, mas caramba, estamos em 2012, e o uniforme criado pelo Cirque du Soleil ficou muito mais crível. Um uniforme derivado de roupas esportivas faz mais sentido do que um pedaço de pano costurado.

Então é isso, relevando alguns problemas de narrativa e ausência de elementos importantes no roteiro, o novo filme consegue um saldo extremamente positivo, deixando a trilogia original o chinelo, por mais do que apenas respeitar os personagens, mas também por traduzi-los para a geração atual, assim como o Homem-Aranha Ultimate fez nas HQ’s. É esse justamente o segredo de uma boa adaptação de HQ.

Isso também pode lhe interessar

34 Comentários

  1. Eu curti afu o filme! Mesmo o Mauri falando das coisas que foram +- e tal, sei lá, é que eu não conheço o Connors da HQ, então não me incomodei em nada. Veria de novo!

  2. Muito bom o filme. Realmente, algo que deu pra perceber é a personalidade do aranha. Fazendo piadinhas e coisas do tipo, bem mais foda!

  3. Gostei do filme também… Mas, não me satisfez ao máximo… Acho que criei expectativa demais. Com certeza, o filme tem seus méritos, mas não consegui gostar tanto dele quanto gostei de Vingadores, por exemplo (desculpem a comparação, mas Os Vingadores está na minha lista de "filmes que reverei sempre."
     
    O que mais senti falta foi do lado cômico do amigão da vizinhança… aconteceram, mas achei poucas. Humilde opinião…
     
    Agora que venha "The Dark Knight Rises"… E vou tentar ter expectativas menores…
     
    Muito bom seu texto, Mauri! Parabéns… =)
     
    Abraços!

  4. O filme superou completamente a trilogia anterior. Temos um Peter mais extrovertido quando usa máscara, nerd, piadista, gênio e diversas características. Ao contrário de Maguire, que não parecia com o Peter das comics em nada, Garfield consegue dar vida ao personagem na aparência tanto 616 quanto Ultimate e em personalidade
     
    Emma Stone foi a melhor Gwen. Muito parecida, perfeita, nasceu pra ser a loira.
    O Lagarto que foi muito criticado, pra mim foi um dos melhores. Sua aparência remete as primeiras aparições do personagem em que ele não tinha o focinho alongado como hoje e sua personalidade é mais científica e não bestial como alguns sites atribuíram ao personagem.
     
    Ah, os movimentos são muito mais fluídos, há o lança teias que realça o aspecto científico do personagem, há maior uso do sentido aranha , etc
     
    Enfim, esse filme foi excelente. Agora é esperar por Web of Spider-Man (Percebam que há uma homenagem nos títulos que são iguais aos que existiram nas comics. Depois pode ser um Spetacular, Sensational, etc..)
     
     
     

  5. Ah sim, se um terceiro filme for Spetacular Spider-Man, a versão brasileira vai se ferrar já que terão dois filmes com o mesmo nome em pt.
     
     

  6. O pior do filme é justo esse atorzinho meia-boca, que nem tem cara de Peter Parker. Ví o filme muito a contra-gosto, e se a trilogia anterior já era ruim, esse filme se superou, e ficou pior ainda! Perto disso, a trilogia mais antiga era perfeita (onde pelo menos, o Peter tinha cara de Peter, e não de um emo babão).
     

    1.  @Brunoman Tobey Maguire era tão parecido Peter Parker quanto Val Kilmer era parecido com Bruce Wayne ou citando outro exemplo, Keanu Reeves como Constantine. Brunão, nessi tu vacilou legal, falar que o Andrew Garfield não se parece com Peter Parker é muito, mas muito errado. Garfield não só se parece muito com Peter Parker como sabe como é ser um Peter Parker. Mas se essa é a sua opinião mesmo, ok, sempre tem uma minoria que pensa assim.

    2.  @Brunoman O problema é que você foi ver o filme já não gostando do filme. Aí fica difícil mesmo, cara… e esse é o problema da grande maioria das pessoas que não curtiram esse filme: por algum motivo, simplesmente pareciam não querer gostar da película.Agora, sobre esse Peter ter cara de emo babão… SÉRIO? Assim, é sua opinião e tal, mas eu acho que isso é só implicância da sua parte =/ Andrew Garfield me surpreendeu, ele é um ator extraordinário. Bato palmas pra ele, fez um Peter Parker ÓTIMO.

    3.  @Brunoman Se eu nao me engano o Tobey VIRA emo com o venom no 3º filme da trilogia não??Tem que ver esses argumentos aew Brunow!!

      1.  @EdmundoRodriguez  @Brunoman Ele estava falando do Andrew Garfield, não do Tobey Maguire 🙂 Garfield não chega nem perto de emo babão.

  7. Gostei do filme, mas entre os quatro lançados até hoje, ele seria o segundo da lista… O primeiro da trilogia do Raimi é o melhor pra mim, talvez por eu ser fã do Duende Verde… Falando em Duende, se naquela cena pós crédito, o personagem misterioso for o Norman Osborn, o próximo filme será foda, a personalidade daquele personagem me pareceu ser extremamente doentia e isso é excelente…
     
    Acredito que essa franquia vai ter sucesso assim como o Dark Knigth… Basta lembrar como foi Batman Begins, com uma nova origem e talz, construindo as bases para o excelente segundo filme e o provávelmente excelente terceiro filme…
     
    Sobre as críticas ao filme, acredito que o pessoal que curte as histórias mais antigas do Aranha vai preferir a versão do Raimi, eu mesmo curto muito mais a versão da origem contada por ele, mas isso não desmerece de forma nenhuma a versão atual, apenas é a visão que se adequa aos jovens de hoje em dia e constrói bases para uma história sólida nas continuações…
     
     

    1.  @Rafael Gaara Eu já acho que quem o Aranha antigo (como eu também gosto mas prefiro a fase atual inclusive o Ultimate) tende a gostar mais do novo filme, pois o Sam Raimi criou um universo do Peter bem diferente dos quadrinhos. O Parker de Raimi é medroso, angustiado, pouco pró-ativo, e parece até mesmo pouco inteligente!
       
      Quanto ao personagem que ao final teve aquela conversa rápida com o Connor, tenho certeza que não é o Norman, pois ele está com a saúde muito debilitada e por isso se afastou da direção da Oscorp. 

  8. Sempre fui fã do aranha , de longa data, e infelizmente sou muito conservador em relação a sua origem.Mas apesar disso para as novas gerações é interessante um personagem mais atual, e não o peter com calça boca de sino kkkkk, pois bem, sendo fã como eu, nunca nenhum filme sera superior aos quadrinhos  então  dificilmente superará minhas expectativas, e sim concordo com o Bruno achei Peter Muito EMO!!!

  9. Que filme, que filme!! Tem suas falhas? Bem, sim.
     
    Mas acho injusto compará-lo (como um amigo fez mais abaixo) com Vingadores. O filme da equipe de super heróis foi construído por outros 5 filmes, toda a base já estava pronta para 2 horas de trama. No caso do Espetacular Homem-Aranha, o mais justo seria compará-lo com outros filmes de origem, como Batman Begins ou Homem de Ferro.
     
    Sim, na minha opinião ele ainda sai perdendo, mas não por muito. Creio que temos dois motivos pra isso: primeiro, além de contar a história, o filme ainda tinha que se preocupar em não ser muito repeteco da outra trilogia. E em segundo lugar, acho que Peter Parker é um personagem bem mais complexo que Tony Stark ou até mesmo Bruce Wayne. É difícil fazer um filme de origem do Homem-Aranha e ainda inserir um vilão com profundidade.
     
    Por isso acho que o próximo filme tem potencial demais! Vou tentar não levantar muito as expectativas, mas é difícil… afinal o Homem-Aranha é meu herói favorito desde que eu era um molequinho 🙂
     
     

  10. È muito interessante observar como ficou bem marcada a questão do Aranha ser uma espécie de alter ego válvula de escape do Peter. Você vê que ele sem a máscara é um sujeito angustiado, intrivertido, altamente tímido, que usa o sarcasmo e a ironia, bem como a máscara, para liberar suas frustrações tanto do seu historico anterior como pela morte do tio Ben…Essa caracteristica fundamental que há nos quadrinhos pra mim foi muito bem representada no filme. Sensacional meeeeerrmo!! 

  11. Mauri, acho que minimizou demais os defeitos do filme. O filme é bom, mas não é um espetaculo.
    Pra quem vai pra ver mais um filme de super-herói cheio de efeitos vai curtir, mas pra quem espera um reboot epico do homem aranha, o filme deixa bastante a desejar.
    *CUIDADO SPOILERS*
    Tem um enredo que eu achei bem… regular. O filme gasta MUITO tempo na historinha de amor piegas do parker com a gwen (muito tempo MESMO) e perde na profundidade dos personagens.
     
    Persongens que poderiam ter sido ótimos, como o connors que uma hora é um cientista com um senso humanitário que fazer fazer o bem, e do nada (sério, em uma cena) se torna um sociopata que odeia a raça humana! Mas hein!? E porque diabos o lagarto iria querer transformar nova york em mutantes? Ele estava se sentindo sozinho?
    Como vilão o lagarto não chega aos pés do Willem Dafoe como duende verde. 
     
    E o chefe de policia que faz de tudo pra manter a ordem e prender o tal "vigilante mascarado" no momento em que descobre que o tal vigilante é o NAMORADO DA FILHA DELE, ele reage com "ah beleza, vai la salvar o mundo" Assim.. sem mais nem menos, sem conflito, sem profundidade.
     
    Agora, a dota d`agua foi aquela cena a lá michael bay ,em meio de uma ordem de evacuação uns construtores se reunem e alinham uns guindastes pra servir de suporte pras teias do aranha. Claro, tudo muito emotivo movido a uma trilha sonora (fraquissima, diga-se de passagem) com aquele climão de filme "os americanos salvam o dia novamente". REALLY!? Mais cliché, impossivel…
     
    Claro que o filme tem suas partes boas, como o LANÇADOR DE TEIAS, esse sim, ficou animal.
    As cenas de luta, muito bem feitas. A cena do resgate da criancinha na ponte , que pra mim foi a melhor do filme.
     
    Enfim, um filme de super-heroi normal. Pra escolher? Fico com o da trilogia passada.

    1.  @Mr_Big humm… tu acha que Peter e Gwen "gastaram" muito tempo de tela? É assim mesmo, em muitas histórias o Peter não veste nem uma única vez o uniforme, inclusive já tivemos uma revista que se chamava Peter Parker, the Spectacular Spider-Man. Pois Peter é um cara que ás vezes é um super-herói, e não um super-herói que ás vezes é um cara, como a maioria.
       
      Connors não queria companhia ou algo do tipo para fazer o que fez. Quem queria alterar os humanos era o Lagarto, movido mais a instinto do que pela razão. Isso já aconteceu nos quadrinhos recentemente. Connors temeu nunca mais conseguir ser completo e por isso como medida desesperada usou a si mesmo como cobaia, a exemplo do que Norman Osborn fez em Homem-Aranha para tentar desesperadamente salvar a Oscorp de ser tirada dele.
       
      O Cap. Stacy não mudou de idéia à toa. Ele não conhecia o Aranha, tinha pré-julgamento, mas tudo mudou quando percebeu que o homem por trás da máscara era Peter, e percebeu claramente que não podia detê-lo naquele momento, e na sequência viu que o Aranha não era a ameaça que pensava ser. Isso também aconteceu nos quadrinhos de maneira ligeiramente diferente no fim.
       
      A cena dos guindastes eu gostei muito, assim como em Homem-Aranha gostei quando o povo atirou coisas no Duende para ajudar o Aranha. Isso também é algo que sempre aconetce nas revistas do Aranha, apedar de toda a difamação do Jameson, os nova-iorquinos que tem contato com o Aranha passam a pensar diferente. Eu sinceramente não vejo nenhum problema com cenas de "os americanos salvam os dia", já superei há muito essa coisa ridícula de ficar com ojeriza de patriotismo, não conseguia nem gostar do Capitão América, mas hoje adoro ele. Sou patriota e todos deviam ser, independentemente de onde nasce, e todos deviam respeitar mais as outras pessoas. Se fazer o bem é ser cliché, que eu seja o maior cliché do mundo.
       
      Hoje assisti novamente e o filme ficou ainda melhor pra mim. Mas entendo quem prefira a trilogia anterior, de repente é uma coisa de maior identificação, assim como eu prefiro o Batman de Burton do que o do Nolan. Cinema nem sempre é algo preto no branco, ás vezes o coração também influencia nas nossas escolhas.

      1.  @Mauri Link  @Mr_Big  Para mim as melhores partes eram essa interação Gwen e Peter, Marc Webb mandou muito bem nessas cenas e a quimica entre os dois é imensa.
         
        Eu nunca li hqs mas sei de algumas coisas que acontecem e espero no segundo filme acontecer o grande evento com a Gwen que todo mundo sabe que acontece, se bem trabalhado será emocionante.

  12. Eu vi muitas reclamações por aí do filme, mas a grande maioria é de quem conhece as hqs. Eu como não conheço, me diverti muito com o filme e poucas coisas me incomodaram.
     
    Isso da família do Connors no filme eu nem tinha me ligado mas lendo o que o Mauri disse faz todo sentido mesmo, olhando agora fez falta a aparição da família.
     
    O que me incomodou uma pouco foi essas coincidências de que tudo tem que estar relacionado, como uma teia. Peter é apaixonado por Gwen, que trabalha na empresa que seu pai trabalha assistente do maior cientista da empresa (mesmo ela sendo uma colegial), que era parceiro do pai de Peter e precisa de uma formula para terminar o experimento que está desenvolvendo, formula que está justamente com Peter. Ah e Gwen ainda é filha do capitão da poilícia que está perseguindo implacavelmente o Homem Aranha. Sei lá, não acho que precise de todas essas coincidencias. Gwen ser assistente de Connors foi totalmente desnecessário pra mim, mesmo porque Peter vai atrás dele antes de saber que Gwen era sua assistente.
     
    Agora palmas para Martin Sheen, o cara fez um tio Ben fantástico, gostei muito mais dele do que o da trilogia original.
     
    No mais esse filme não me causou o mesmo impacto de quando vi homem aranha, mas eu tinha 10 anos a menos e foi o primeiro grande filme de super heroi que vi, então é complicado comparar. Analisando friamente esse filme me agradou mais, dos atores gostei mais, só do vilão que achei meio meh. A e história do pai do Peter que parece que vai continuar no segundo filme também não achei nada de mais e não acho que ela fosse necessária, não acho que Homem Aranha precise de uma mistério por tras de tudo.

    1.  @simiano Ah, mas isso de ter tudo amarradinho é coisa normal. Veja o Batman por exemplo; "por acaso" lá na empresa tem um cara que desenvolve equipamentos bélicos, e por acaso tem um traje de combate, um carro de combate, um jato de combate. O Bruce só tem que "assinar a papelada" e tarammmmm, tem na mão tudo o que precisa para ser o Batman. E a amiga de infância dele, se envolveu com ele e mais tarde vai se envolve com o promotor que mais tarde vira inimigo. Aliás, antes disso o ex-mentor do Batman vira seu inimigo anos mais tarde. O Batman faz amizade justo com um dos poucos policiais honestos de Gotham, que passa a lhe ajudar.  O Coringa só surgiu em Gotham por causa do Batman, digamos que "um não existe sem o outro".  Essa teia de acontecimentos eu acho normal xD

  13. Eu particularmente acho que não se deve mudar coisas clássicas ,  o homem aranha original dos anos 60 , não era um cara magrelo , que me faz lembrar os HQs atuais em que fazem um homem aranha cabeçudo magrelo e de traços distorcidos .
    O biótipo e uniforme da trilogia do cinema original me parecia que foi dado vida aos  quadinhos dos anos 60 , e nisto inclui o jj jameson  ,bastante fiel aos quadrinhos .
    O uniforme do homem aranha 4 achei muito ruim ,asqueroso.
    Quanto a estória , também  se afastou da original ,não aparecendo a família do lagarto  e pelo que me lembro o Doutor Connors morava na flórida e Peter Parker é enviado para lá por jj jameson  para fazer matéria para o jornal .
    Acho que foi desnecessário recontar o inicio do homem Aranha ,algo que já havia sido bem feito no primeiro filme e com fideidade ao HQ .
    Resumindo não gostei prefiro a trilogia original ,o que salva o filme é a beleza da atriz que faz a Gwen Stacey , mas em um mundo em que depois de 100 anos o Santos joga de Azul claro e o Corinthians ganha libertadores , homem aranha 4 é apenas um detalhe da distorção dos clássicos  .
     

    1.  @luiscarvalho12 Como assim o Peter nos anos 60 não era um cara magrelo????? Olha só:&nbsp ;http://1.bp.blogspot.com/_rLV-ZuNPwJ4/TT5oPJSA-rI/AAAAAAAAIXM/mAMDP6UGsCU/s1600/AmazingFantasy_15p002.jpg.
       
      Mas concordo contigo que o Jameson ficou muito bem retratado na trilogia original, mas também, fora ele a a Tia May o resto dos personagens não tem nada a ver…
       
      Há uma cena onde Connors encontra sua família, mas ela acabou sendo cortada durante a edição do filme. Senti falta dessa cena, mas nada demais que pudesse alterar a trama em si.
       
      E… VAI CORINTHIANS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
       

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Dê uma ajuda ao site simplesmente desabilitando seu Adblock para nosso endereço.