Xbox Live Gold sofrerá reajuste em seu preço e me pergunto: É justo pagar para poder jogar online?

A Microsoft realmente vem dando tiro no pé de uns tempos para cá. Mas antes de entrar na questão do título do post, primeiro preciso repassar a notícia. Ontem, o Major Nelson, em seu blog, avisou que as mensalidades cobradas para a assinatura Gold da Xbox Live sofrerá um reajuste à partir de Novembro. Os preços antigos e novos, para contas americanas, são estes:

Atualmente:
1 mês Gold: US$ 7,99
3 meses Gold: US$ 19,99
12 meses Gold: US$ 49,99

Novo preço em Novembro:
1 mês Gold: US$ 9,99
3 meses Gold: US$ 24,99
12 meses Gold: US$ 59,99

Reino Unido, Canadá e México também terão as mensalidades reajustadas em novembro. O Major Nelson ainda menciona que desde que a rede online chamada “Xbox Live” foi criado em 2002, ainda no primeiro console da empresa, os valores de mensalidade nunca haviam sido reajustados.

Mas na minha opinião, o maior problema disso, não é exatamente o fato de ter ficado 8 anos sem ter reajuste, mas sim o conceito na qual a assinatura Ouro se sustenta: Multiplayer Online. Passados 8 anos, os gamers ainda são obrigados a pagarem para jogar online no Xbox 360. Veja bem, quando a rede foi lançada, quando ela era o que havia de melhor em multiplayer online, até que fazia sentido restringir a jogatina para quem pagasse, mas a partir do ponto em que surgiu o Playstation 3 e o Nintendo Wii onde o multiplayer online é totalmente gratuito, a Microsoft já deveria à muito tempo atrás, ter revisto o seu conceito quanto a Live Gold.

Os comentários no próprio blog do Major Nelson foram bem inflamados por gamers americanos revoltados com o reajuste. A assinatura Gold continua dando privilégios interessantes ao console, como EPSN, Last FM, Twitter, Faceboox entre outros utilitários, mas quanto ao suporte gamer do console, ela apenas restringe a comunidade, impedido que os assinantes Silver joguem online. Tudo bem, tem a Deal of Week que dá descontos na Marketplace,  é um pouco interessante realmente, mas nem sempre as ofertas são bacanas e ainda assim não chega a ser justificativa suficiente para assinar a Live Gold.

A Sony lançou esse ano a Playstation Plus e é impossível não comparar com a Live, pois a empresa de Kratos continua oferecendo multiplayer online para todos os donos de um Playstation 3 gratuitamente, e a assinatura paga se limita apenas a serviços exclusivos, entre outros incentivos, como descontos e games grátis aos assinantes. Se está dando certo ainda é cedo para dizer, mas o fato é que esse é realmente um sistema mais justo dentro de um console de mesa. Soa estranho comprar um console hoje em dia e ficar pensando que ele vem totalmente limitado em termos de jogatina online se você não pagar alguma mensalidade.

Como disse lá no começo, a Microsoft vem pisando na bola agora que chegamos no meio da geração. Seu console já segue em desvantagem em relação ao tipo de mídia, o Blu-Ray da Sony vem ganhando mercado de forma agressiva nos últimos dois anos. O controle de movimento da Sony também vem recebendo melhores elogios da impresa do que o Kinect, que ainda carece de aperfeiçoamento tecnológico pelo que dizem, e os games também voltados a esse sistemas de movimento parecem melhores na Sony. Os games hardcore exclusivos da Microsoft andam bem tímidos e opacos frente ao que a Sony anda produzindo de exclusivos desde o ano passado. E agora a empresa ainda resolve aumentar o preço de sua assinatura Gold e continua a restringir o multiplayer online para aqueles que pagam? Fica complicado assim.

A Microsoft começou esta geração com um ótimo fôlego, com games interessantes, recursos inéditos em videogames e bem adiantada em relação a concorrência. Pena que ela tenha perdido o pique no meio do percurso. Agora que finalmente parece ter resolvido e colocado um fim na sombria 3 luzes vermelhas, na qual o X360 sofreu no começo da geração, o console já não tem mais o mesmo charme de quando surgiu no mercado.

O Playstation 3 ainda tem fôlego para durar muitos anos, mais de 5 ou 6 arrisco dizer, mas o Xbox 360 a cada ano que passa, parece seguir o mesmo caminho do Nintendo Wii: o prazo de validade começa a apertar. A Microsoft precisa rever algumas de suas políticas no setor do Xbox, como parar de limitar o multiplayer online, comprar estúdios e formar parcerias exclusivas para mais games interessantes, porque senão, não vai aguentar até o final da geração.

Enquanto isso no Brasil, está marcado para Setembro/Outubro, o anúncio da nossa Live BR, assim como o lançamento do novo Xbox 360 Slim e os respectivos preços. Na minha opinião, a Microsoft Brasil já enrolou pra cacilda com isso. Falta menos de um mês para o lançamento de Halo Reach e os gamers não sabem nada de nossa rede online, estamos a dois meses aproximadamente para o lançamento do Kinect e ainda não sabemos seu preço por aqui, e quase todo os mercados majoritários ganharam a versão do novo console, e aqui ainda nem fazemos idéia do preço. Ruim demais ficar nessa situação de escuridão. Nada é divulgado e o gamer brasileiro não sabe se espera, se importa ou se vai na concorrência mesmo. Aí depois choram que a pirataria aqui massacra o mercado, que a importação concorre de forma desleal e blá blá blá, mas cadê o compromisso com o consumidor? Anunciem preços e datas com antecedência, ninguém gosta de ficar no escuro e na incerteza, ainda mais quando estamos falando de videogames, um setor complicado no Brasil.

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