Crítica | 007: Operação Skyfall – Eu fui!

Será que o agente Bond fez bonito em seu aniverário de 50 anos?

É muito difícil escrever sobre um filme que traz tanta história consigo, 007: Operação Skyfall marca e comemora o aniversário de 50 anos de uma das franquias com maior longevidade da história do cinema. Nesse filme, “autoral e comemorativo” pude sentir essa história passando bem diante dos meus olhos  ao longo de seus 143 minutos de duração.

Após o Continue Lendo vamos entender se esse filme fez jus ao peso que carrega: o nome de Bond, James Bond!

Os alérgicos a spoilers podem continuar sem medo.

Sinopse: A lealdade de Bond a M é testada quando o seu passado volta a atormetá-la. Com a MI6 sendo atacada, o 007 precisa rastrear e destruir a ameaça, não importando o quão pessoal será o custo disto.

Confesso que tive alguns problemas para aceitar esse filme, não por ele ser ruim, longe disso, mas em diversos momentos ele remete a filmes clássicos de ação e espionagem sem nenhuma preocupação com realismo e para entrar no clima de um filme assim, costuma demorar algum tempo. Não é preciso mais do que 10 minutos de filme para entender do que estou falando, pois a primeira cena de ação é extremamente fora da realidade e louca, mas é bem interessante.

Se você é fã de longa data do 007, ou até mesmo de outros espiões consagrados e não realistas como Ethan Hunt (Missão Impossível) e Jason Bourne (Trilogia Bourne) não terá muitos problemas, mas como escrevo para todos os públicos fica o aviso para desligar seu senso critíco quanto a saltos impossíveis, motoristas absurdamente incríveis e planos mirabolantes e difíceis de engolir.

Vendo sob um ponto de vista de um fã desse gênero, esse filme como a maioria dos outros filmes da franquia é um prato cheio e este vem acompanhado por um recheio especial: uma trama que aborda não apenas conflitos para salvar o mundo, como também conflitos internos de Bond e sua nova condição de um espião com uma idade avançada para a profissão e a convivência com uma nova realidade mundial, onde bandidos ou terroristas podem destruir qualquer coisa, atrás de um simples computador e porque não, de um pequeno smartphone.

Nesse filme é possível notarmos elementos que remetem aos filmes mais antigos da franquia aliados com características próprias dos filmes mais atuais, talvez em uma tentativa de homenagear a história da série, não darei exemplos claros demais para não dar spoilers, mas além dos elementos clássicos como o jeito sedutor de Bond para cima das mulheres, temos referências a quando o agente utilizava armas altamente tecnológicas disfarçadas de outros objetos, caracteríscas de filmes de espiões mais antigos, mas que hoje soaria meio galhofa.

Daniel Craig prova mais uma vez que é capaz de dar vida a um excelente James Bond e sua atuação é um dos pontos fortes do filme. Outro destaque de atuação foi Judi Dench, no papel de M e seu jeito focada na missão, determinada, mas também irônica em alguns momentos. Vale também um destaque para o personagem Q (Ben Whishaw) que em muitos momentos faz um contraponto com Bond em relação juventude e a “velhice”.

Destaque também para a música tema do filme e a cena de créditos iniciais do filme, logo após a primeira cena de ação, que é simplesmente incrível, uma arte e montagem muito belas.

Não curti muito o vilão do filme em si, o que ele representa para a história e seus métodos são interessantes, mas a atuação de Javier Bardem foi um tanto quanto caricata, talvez intencionalmente, mas em relação ao vilão eu não consegui desligar o cérebro da realidade.

Resumindo, 007: Operação Skyfall é um bom filme, mas eu não diria que é um longa excelente e imperdível, se você é fã de filmes de espiões que realizam proezas impossíveis, pode considerar esse filme como um dos melhores dos últimos tempos, mas se você não é tão entusiasta do gênero, pode não se divertir tanto com os exageros proporcionados pelo filme, mas certamente não sairá totalmente decepcionado, pois a trama envolvendo especialmente os conflitos de Bond, Silva e M, conseguem prender a atenção do telespectador em diversos momentos.

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10 Comentários

  1. quando vi a sinopse não mi interessei, mas quando vi o primeiro e o segundo episodio realmente não deu pra parar xD mi encantei com a historia, apesar que em certos episódios eu ficava boiando quando do nada aparecia uma certa ação, e só no fim do epi é que revelava o que realmente havia acontecido pra começo de conversa x.x Mas devo admitir que DRRR é um dos meus animes preferidos ♥

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