Especial | Os 20 anos de Doom! (1993)

Minhas memórias dessa clássica franquia!

Doom sempre terá seu nome cravado na história dos jogos. A importância que ele teve para o desenvolvimento dos FPS’s e para os jogos multiplayer é enorme, ainda que grande parte dessa “geração Call of Duty” não o conheça (eles não sabem o que estão perdendo!). Doom, essa lenda dos games, está por aí há 20 anos e precisa ser lembrado pelo que é.

Não vou fazer aqui um especial contando toda a história da série, destrinchando o desenvolvimento do jogo ou falando sobre como os criadores do jogo original estão hoje. Muitos outros sites já fizeram isso e esse não é o meu objetivo. Eu, como parte do público gamer que curte Doom, estou aqui para compartilhar com vocês as minhas experiências com a as incursões da franquia ao longo dos anos. Tem algo interessante a dizer também? A caixa de comentários é de vocês!

O primeirão!
Doom – O primeirão!

Conheci Doom através de um amigo chamado Rafael, xará do Gaara que escreve por aqui. À primeira vista aqueles gráficos pixelados causaram estranhamento, mas foi só começar a jogar pra entender do que realmente se tratava o jogo.

Fases grandes, passagens secretas, jogabilidade acelerada, sangue e shotguns. Isso era Doom. Olhando em retrospecto percebemos que ele deixa muito à desejar em conteúdo em relação aos jogos de hoje, mas isso não é o mais importante aqui. O negócio era sentar na cadeira e aproveitar algumas horas de diversão descompromissada. O jogo, lançando há 20 anos, é tão querido que até hoje há fãs que criam mapas e lançam para download, e ainda reunem uma galera para jogar online! O tipo de fidelidade ainda inexistente nos jogos para console.

O verdadeiro terror
Doom 3 – O verdadeiro terror!

Nunca joguei Doom 2, parti direto para o 3. Quando o jogo foi lançado o meu irmão era bastante novo – eu tinha certeza que teria problemas se ele me visse jogando. A solução? Jogar somente à noite. Com as luzes apagadas. E com fones de ouvido. O terror proporcionado pelo jogo aumentava umas três vezes! E por mais que critiquem o esqueminha da lanterna, há que se admitir que ajudava bastante a entrar no clima. Ao contrário dos dois primeiros jogos da série, mais focados na ação, Doom 3 aproveitou os avanços da tecnologia para mergulhar de vez no terror. Em vez de andar pela base espacial feito o Rambo, é preciso falar com pessoas, ouvir relatos em áudio, e jogar com mais cautela. Uma experiência nova, que acrescentou mais um jogo muito bom à franquia.

Doom 3 era lindo demais para a época. Em 2004, o único jogo que tinha um nível gráfico semelhante era Half-Life 2. Pra vocês terem uma ideia, o port de Doom 3 lançado para o Xbox original teve que sofer cortes para poder rodar no console. Um jogo que deixou muitas lembranças boas. Só estou esperando a oportunidade aparecer para jogá-lo mais uma vez na nova BFG Edition!

O filme - tanta coisa errada de uma vez só...
O filme – tanta coisa errada de uma vez só…

Fiquei MUITO ansioso pelo lançamento desse filme. Vez ou outra saíam notícias sobre ele na EGM Brasil (lembra?) – revista que eu comprava religiosamente todos os meses – e eu esperava feito louco que lançassem logo o DVD por aqui. Um belo dia, meu pai chega com o filme em casa. Vou assistir ao filme e… Que decepção, meus amigos. Que decepção.

Esse é um dos poucos filmes em que não apenas o título, mas o subtítulo também está errado. O estúdio por trás de Doom – A Porta do Inferno nem precisaria ter gasto dinheiro licenciando a marca Doom, porque o filme não tem praticamente nada dos jogos! O subtítulo exclusivamente nacional faz menos sentido ainda, já que o inferno nem faz parte da história.

A história dessa bomba, estrelada por Karl Urban e Dwayne Johnson (que na época se identificava pelo tosco apelido “The Rock”), relata os problemas enfrentados por uma equipe de fuzileiros enviada para um centro de pesquisa em Marte, que foi contaminado por um vírus que transforma todo mundo em seres maléficos. Está certo que Doom nunca foi famoso por sua história, mas os caras que fizeram esse filme se superaram.

Aliás, esse é o único caso de DVD onde os extras são mais legais que o próprio filme. Além do making of e alguns trailers, temos o vídeo de um tal de Jason, que dá dicas sobre como jogar Doom 3. Nada espetacular ou fora dos padrões, mas é interessante como esse vídeo, de certa forma, previu a invasão de gameplays que aconteceria no YouTube poucos anos depois. O outro é um curta-documentário chamado Doom Nation, onde os criadores dos jogos e profissionais da indústria comentam sobre a franquia e o impacto dela em suas vidas. Os dois estão aí embaixo.

doom rpg
Doom RPG – Matador de monstros e de tédio!

Os RPGs eram os meus salvadores durante as aulas chatas do colégio. Baseados em turnos e sem a necessidade de reflexos rápidos, eles são o passatempo ideal para aquela aula chata de Química cheia de mols e Haber-Bosch. Foi durante essas aulas que joguei Pokémon Yellow até o fim no Nokia 5130, através de um emulador em Java sem som que quebrava o galho.

Mas então, Doom PRG. É estranho imaginar como a jogabilidade acelerada característica da série poderia se adaptar ao esquema de turnos. O resultado é um jogo que, apesar de diminuto, representa o caminho mais ousado já seguido pela franquia até hoje.

Você já conhece a história: uma base de pesquisas em Marte é invadida por monstros do inferno e cabe a você resolver o problema. Nada de novo por aqui, certo? A diferença é que agora há um mistério a ser solucionado, o que inclui uma trama misteriosa com vários NPCs dando dicas do que está acontecendo na base de pesquisas. Num jogo frenético como Doom, a história é apenas um detalhe, mas vê-la tão bem cuidada nessa versão mobile a torna mais interessante do que o esperado. Completando o pacote, há várias referências geek e tiradas de humor que ninguém nunca esperaria num Doom. Mas, devido ao contexto, tudo funciona muito bem!

Cada ação do jogador conta como um turno: Um passo? Um turno. Um tiro? Um turno. E assim por diante. Com isso em mente, é preciso ter noção da distância dos inimigos, e prestar atenção nos seus ataques – caso ele solte bolas de fogo, é bom evitar ficar na frente dele, mesmo que distante. O mesmo vale para as armas.

Bom, então essa é minha homenagem a uma das franquias mais importantes da história dos games. E você, tem alguma lembrança sobre Doom para compartilhar conosco? Fique à vontade!

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2 Comentários

  1. Doom certamente tem muita importância na história dos videogames. Um dos aspectos favoritos meus no primeiro jogo da série é a trilha sonora, que consegue ser muito mais empolgante que a da maior parte dos FPS de hoje.

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