Piloto | Dominion

Dominion

| Atenção! Postagem livre de grandes spoilers, assim como sempre são as postagens desse especial Pilotos |

Chega a ser um pouco impressionante como atualmente existe uma quantidade enorme de seriados americanos do gênero ficção científica e fantasia, além de ser muito comuns cenários pós-apocalípticos. Parece que essa é a geração onde os seriados na TV finalmente conseguem criar mundos e possuir efeitos especiais que não pareçam toscos ou falsos ou até mesmo limitados pelo tipo de produção e o resultado tem sido essa ótima fase criativa das séries americanas, até mesmo nesse período de summer season, que é mais voltado a apostas de novas séries e espaço que a partir de setembro e outubro voltam a serem ocupados pelos seriados mais populares da atualidade.

Dominion então é um destes escolhidos de summer season, para completar a grade do canal SyFy enquanto a grande temporada de 2014/2015 não se inicia daqui alguns meses. Lá fora a série estreou no pelo meio de junho, e terminou sua primeira temporada agora no começo de agosto, fechando o primeiro ano com apenas 8 episódios. Levando em consideração que atualmente os EUA estão vivendo uma fase de bons seriados com um número bem menor de episódios por temporada, me parece tranquilo que Dominion seja testado dessa forma, justamente pelo período em si. Aqui no Brasil, numa rápida pesquisada no Google, suspeito que a série nem tenha começado a ser exibida por aqui.

Antes de começar a comentar um pouco do episódio piloto que assisti para escrever a postagem, tenho que admitir que cometi um vacilo, pois apenas descobri no momento em que sentei para escrever esse texto que na verdade Dominion surgiu inspirado num filme de 2010 chamado Legion (Legião) e que não o assisti, apesar dele estar disponível no Netflix (link) – o que significa que agora irei ver antes de dar continuidade aos demais episódios do seriado, ainda que seja apenas vagamente inspirado, o que elimina a obrigatoriedade de ver o filme para entender a série.

Poderia parar por aqui, ver o filme e depois voltar a escrever o post, porém ao fazer isso estaria deturpando a primeira impressão que tive ao assistir ao episódio piloto as cegas sem tal conhecimento, e certamente a série foi produzida com a intenção de servir para qualquer tipo de público, tenha este visto o filme de 2010 ou não.

Estou apenas explicando isso porque o primeiro episódio realmente me passou uma sensação estranha, como se este universo ficcional da série já existisse há algum tempo e eu é que estaria chegando ali com atraso, pegando a coisa pela metade. Esta explicado a razão dessa sensação, e não que isso seja ruim, pois como eu disse, no final do piloto, comprei totalmente a história ali e já estava entendendo todas as premissas do show, e aquela sensação estranha inicial já havia desaparecido.

Em alguns momentos, Dominion me lembrou um pouco de certos elementos que Supernatural vem explorando há alguns anos. A premissa do seriado se dá pelo fato de que Deus sumiu e alguns anjos decidiram descer ao plano dos humanos e tocar o terror pra cima da gente. A história conta o ponto de vista de uma cidade, que seria o futuro distópico de Las Vegas, onde os humanos construiram uma fortaleza para se proteger dos anjos e onde também reside o único anjo, Michael, que ficou do lados dos humanos. Supernatural… lembrou né?

Ao que dá a entender a série se passa num futuro incerto, totalmente naquele clima pós-apocalíptico. Onde os humanos vivem enclausurados, numa sociedade dividas em agressivas classes sociais e governantes escrotos. O piloto trabalha rapidamente com os principais personagens, mostrando algumas facetas e personalidades. Dá destaque um protagonista principal, que serve como o mocinho da história com um passado ainda misterioso até mesmo para ele, e como é uma série de anjos e religião, é claro que não pode deixar de rolar aquela parte de uma profecia que diz que irá surgir um humano que será o salvador de toda a humanidade. Só que paro por aqui para não dar nenhum spoiler, ainda que seja apenas do piloto.

A série tem episódios com 90 minutos de duração, o que é muito mais do que o padrão normal de um seriado. Gostei dessa ideia, apesar de sentir que o piloto as vezes fica arrastando a trama para segurar o clímax para o último ato do episódio. Gostei dos efeitos especiais, ainda que uma vez ou outra parecem superficiais, mas realmente não é fácil criar anjos com asas e parecer totalmente verídico, ao menos pra mim.

Dominion questiona velhos tabus religiosos, passa pelas reflexões políticas do poder e da administração de uma cidade, trata elementos de um mundo onde perdemos as mordomias que temos nos dias de paz e como a humanidade pode vir a lida com tudo isso. Claro que há alguns clichês bobocas, como o mocinho que ama a mocinha que é prometida para outro pretendente ou aquela já batida trajetória do herói que precisa assumir seu papel. Porém a graça realmente está nesse universo original, criado para servir como a estrutura para todas as bases de personagens e chavões que fazem o papel de crítica a estereótipos de nossa sociedade.

É diversão garantida, apesar da temática já ter sido explorada nos últimos, deixando assim com que a série dê um vislumbre muito menor ao espectador. Porém com apenas 8 episódios, acredito que vale a pena ver aonde essa guerra dos Anjos contra os personagens da cidade de Vegas vai culminar. Vou continuar vendo os demais episódios!

Resta saber se o canal SyFy irá renovar para mais uma temporada para 2015 e quando a série será exibida no Brasil.

 Obs: muito legal ver o ator Anthony Stewart Head  (eterno Rupert Giles de Buffy) de volta a um seriado assim, com essa pegada sobrenatural e dessa vez numa papel mais malvadão. Ficou ótimo!

elenco dominion

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5 Comentários

  1. T_thiago De uma lida no livro a batalha do apocalipse é bem essa historia mas o livro é brasileiro, bem interessante e muito parecido com a serie.

    1. Olá Leandro, valeu pela dica, é o livro do Eduardo Spohr correto? Tenho conhecimento sobre a existência do livro porque acompanho o canal do Jovem Nerd e eles já mencionarem o mesmo uma porrada de vezes (e o Spohr faz parte do time do Nerdcast). Algum dia com tempo vou realmente adquirir esse material pra conferir. Mas não duvido que seja ótimo!

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